domingo, 31 de março de 2013

A Páscoa em Cordel

Muito bem explicado!

sábado, 30 de março de 2013

Encontrando a Fonte da Alegria



Aleluia!

A palavra Aleluia não é grega, ela é hebraica. Ela é usada em hebraico no novo testamento porque é muito especial e praticamente não pode ser traduzida. Ela vem de duas palavras raízes que significam "brilho ou brilhe" e "de Jeová"! Aleluia é uma expressão que significa “Brilhe na glória de Deus!” e “Brilha a Glória de Deus!”. Essa palavra exalta a presença manifesta gloriosa do Deus que tudo pode por nós. Não há como não se alegrar quando você expressa essa palavra conscientemente. É uma ministração para que o que está à sua volta brilhe coberto com a glória de Deus! Reconhece a glória dEle como realidade ou como promessa! É fé pura! Uma bomba de Luz no reino das trevas!

Então, uma vida plena da consciência do poder, amor e concretude desse brilho, expressa em todos os momentos: Aleluia! Aleluia! Aleluia! Brilha Senhor Deus! Tu és glorioso! Tu és glorioso sobre toda e qualquer situação! Tu Brilhas em mim! Tu brilhas sobre minha vida! Tu és glorioso sobre minha casa ! Sobre meu corpo! Sobre minha vida! Sobre minha família! Sobre meu trabalho! Aleluia! Brilha glorioso sobre tudo! Aleluia!

Você pode dizer isso em todos os momentos e agradecer: “20 em todos os momentos e por todas as coisas dando graças no nome de nosso Senhor Jesus Cristo para Deus o Pai.” (Efésios 5:20 –Bíblia Amplificada). Se você está cheio do Espírito, vai louvar e dar glória a Deus sem se aperceber, se quer se encher do Espírito comece a dar glória a Deus e vai sentir a alegria da Sua presença rapidamente ao reconhecê-la como preciosa. Este sim é um ciclo que vale à pena alimentar e que depende de todos os outros passos anteriores.

Nós, muitas vezes, não somos conscientes do que nos faz bem e do que nos faz mal. Estamos tão distraídos com a rotina e os desafios diários, que perdemos a noção de que alimentamos vários ciclos que nos fazem mal. Mas, a vida é responsiva. Ela reage aos estímulos e aos investimentos que fazemos. Colhemos o que plantamos. Por exemplo, esquecemos de tomar água... Você tem ideia de que só em tomar água na quantidade correta (certa de dois litros por dia) pode ajudar a controlar sua pressão sanguínea, sintomas de sinusite, alergias, melhorar a pele, digestão, evitar ou ajudar a controlar diabetes, tônus muscular e muitas outras coisas? Mas, quantas pessoas focam tanto no trabalho que esquecem de tomar água o suficiente. Eu mesma tenho que prestar atenção nisso. O dia-a-dia nos distrai e nos consome nas mínimas coisas.

Essa desatenção física é fácil de perceber porque pode ser medida. E na nossa vida mental, emocional e espiritual? Será que percebemos quando não cultivamos hábitos que nos fazem bem às emoções, à mente e ao espírito? A sede é uma das sensações que o corpo mais tem dificuldade de perceber. Ela costuma às vezes ser confundida com fome, por exemplo. Muitas pessoas ganham peso com isso. Não sabem distinguir o que realmente necessitam. A sede espiritual, mental e emocional então, pode ser muito mais disfarçada e desviada. Na realidade, a solução de Deus para a sede da alegria está no fruto do Espírito Santo: “22 Mas o fruto do Espírito [Santo] [a operação que acompanha a sua presença interiormente] é amor, alegria, paz, [...]” (Gálatas 5: 22a – Bíblia Amplificada)


O Espírito Santo é dado a todo aquele que aceita Jesus como Senhor de sua vida. Nós recebemos o Espírito Santo como presente, a partir do momento em que cremos e recebemos pela fé uma nova vida através do Senhor Jesus. É o Espírito Santo quem nos faz nascer de novo para Deus, pois “[...] o que é nascido do Espírito é espírito.” (João 3:6b). Esse é o presente de Deus para nós através da habitação do Espírito nos regenerando:

4  Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, 5  não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6  que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. (Tito 3:4-7)


Paulo já explicava aos Gálatas que esse presente iniciava um novo estilo de vida para quem o recebia: “25 Se nós vivemos pelo Espírito [Santo], vamos também andar pelo Espírito, [Se pelo Espírito Santo nós temos nossa vida em Deus, vamos adiante, caminhando em linha com ele e tendo nossa conduta controlada pelo Espírito].” (Gálatas 5:23 – Bíblia Amplificada).  O Senhor nos mostra o que uma vida plena e saciada inclui e ainda alerta para não procurarmos outra forma de saciar as nossas necessidades. Convido-lhe a conhecer esse novo estilo de vida, que cultiva a alegria e como vivê-lo.

A alegria que dá vida


sexta-feira, 29 de março de 2013

Cordeiro de Deus, Páscoa de Deus



Com tantos anos e tanta distância cultural entre nós e a Páscoa que Jesus viveu, a frase "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" tem pouco sentido para nós brasileiros, em 2012. Poucas pessoas deixaram de ouvir essa frase. Mas o número das que a compreenderam é, pelo que tenho visto, bem menor. Eu não tinha ideia de que relação tem um cordeiro com o pecado do mundo. Mas agora eu sei... E como foi maravilhosa essa compreensão. A conexão dela com a Páscoa talvez ainda seja mais dispersa. 

A Páscoa no tempo de Cristo apontava para a comemoração da saída do povo judeu da escravidão no Egito. Sair da escravidão é um tema atemporal. Nós podemos ser escravos de sentimentos, vontades, pensamentos, pessoas, situações, práticas, dívidas, de praticamente qualquer coisa má e destruidora. Deus chama tudo o que nos prende por dentro de "pecado". A maior prisão é dentro de nós. Presos por dentro, não adianta conseguir a liberdade fora. Páscoa é o momento em que isso se resolve. Assim como no Egito, isso é fruto de grande poder e manifestação de Deus pela nossa liberdade. A ressurreição de Cristo é o nosso equivalente à saída do povo judeu do Egito. Vejamos porque e quais as implicações.

João reconheceu Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Jesus é aquele que quebra as cadeias e abre as portas das prisões.  Jesus foi morto exatamente no dia em que o Cordeiro pascal era sacrificado (Marcos 14:12). Como o Cordeiro de Deus, Jesus foi oferecido para o povo como rei pela boca de Pôncio Pilatos: "E era a parasceve pascal, cerca da hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei." (João 19:). 

E o Rei perfeito, sem pecado, foi oferecido por nós. Já se perguntou: Por quê tinha que ser assim? Por quê isso funciona? Deus não tinha outro jeito? Ou pensou: Isso foi muita injustiça... Precisamos entender a razão de nossa fé, queridos e queridas. Tudo começa na substituição e termina na ressurreição.


Quando o homem e a mulher desobedeceram a Deus, desligaram-se da vida de Deus.  Passaram a dever a vida por causa da desobediência. O preço do pecado é a morte. Essa falta de vida, esse desligamento da fonte que é Deus, foi a herança de todos os seus descendentes: "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram."  (Romanos 5 : 12).

A dívida de vida precisava ser paga. A justiça precisava ser cumprida, mas Deus nos deu uma solução intermediária no Velho Testamento. Como para Deus a vida física está no sangue, ele aceitou a substituição da vida humana pela vida de animais, desde que a pessoa que quisesse se reaproximar dEle estivesse na condição do arrependimento: "Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma."  (Levítico 17: 11).

Aquele que estivesse arrependido durante o período do Velho Testamento, levaria um animal, um cordeiro, perfeito, e confessaria a Deus seus pecados, mas ao invés de derramar sua vida, a do Cordeiro seria derramada em substituição à vida do pecador arrependido. Assim, no Velho Testamento, os cordeiros dos homens se multiplicavam a cada pecado confessado. E, por isso, a missão de Jesus foi declarada por João Batista: "No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."  (João 1 : 29).

O sacrifício e os esforços humanos, mesmo os melhores, ainda são imperfeitos, pois os homens são imperfeitos. Então, Deus mesmo, enviou Aquele homem, Filho de Deus, sem pecado, para pagar o pecado dos homens, substituindo-os na morte. Deus tinha algo melhor em mente do que rituais e substituições passageiras:

22  E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão [pagamento de preço para libertação]. [...] 24  Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; 25  Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; 26  [...] Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.  (Hebreus 9:24-26)
Para garantir o direito de substituir os homens Jesus assentou-se à mesa com os discípulos e levantou o cálice celebrando uma aliança com eles: "Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós."  (Lucas 22 : 20). 

Aliança para os judeus e povos orientais significa "minha vida é sua vida; tudo o que é meu é seu, tudo o que é seu é meu". Por isso, assim que a ceia foi tomada, Jesus foi preso e, logo em seguida, morto. Pois o Cordeiro de Deus precisava morrer para pagar e retirar o pecado do mundo no lugar daqueles com quem tinha aliança. Mas, após a dívida paga, a justiça cumprida, Jesus não devia nada por Si mesmo e pôde ser RESSUSCITADO POR DEUS. Com crédito pelos nossos pecados e Vida de Deus para oferecer na Sua natureza ATRAVÉS DA ALIANÇA que oferecia a todos os homens. 

Aqui os portões do Egito se abrem e nós passamos para a Vida. Acabou-se a escravidão da dívida pelo perdão; acabou-se o pecado pela retirada dele na cruz; acabou-se a injustiça pela aplicação da pena sobre Jesus, nosso Cordeiro Pascal; abre-se um caminho de liberdade sob um novo poder e um novo destino que jamais poderá ser comparado. Uma nova vida surge porque o juízo passou e o povo julgado e condenado em Cristo ficou livre da condenação, recebendo na ressurreição liberdade para um novo caminho em triunfo: "Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento." (2 Coríntios  2:14).

Você já imaginou a alegria daquelas pessoas após 430 anos de escravidão saindo vencedoras da sua masmorra? Já imaginou o que é derrotar o maior exército da terra? Liberdade é a palavra chave na revelação da Páscoa. Estamos livres do juízo em Cristo: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida." (João 5:24)


O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo nos dá a Paz. Não traz realmente paz sabermos que Deus está esperando que tentemos o melhor que pudermos e que vai nos ajudar com as nossas fraquezas? 

Deus não é o que procura defeitos, mas Aquele que fortalece as qualidades: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).

Você pode fazer uma aliança com Jesus e gozar de todo o poder do Cordeiro de Deus e receber Paz. Só é necessário crer que Ele é quem a Palavra diz que é e dizer isso com fé, pois está escrito "9  A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10  Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." (Romanos 10: 9-10)


A Páscoa nossa de todos os dias

quinta-feira, 28 de março de 2013

A Luz e as sombras




Nos últimos dias tenho ficado chocada com a capacidade de analisar as situações de algumas pessoas. O primeiro problema é reagir pela primeira informação ou primeira impressão. Por exemplo, quando a mídia dá uma notícia, precisamos verificar para ver se de fato é assim. Muitas vezes, nos apresentam apenas um lado da questão.

Observe um trecho da letra dessa música de Daniel e Samuel (cantores cristãos):

A boca da noite não fala nada;
A manga da blusa não mata a fome;
Bainha não serve pro peixe espada;
O prato é pra comer e não come;
A asa do avião não tem pena;
As pernas dos óculos não usam calça;
A mão de pilão, pra mim, nem acena;
Calçada tem pé e vive descalça;
Tem coisa que parece ser mas não é.
Só Deus é até o que não parece.
Deus se manifesta onde quiser.
Só quem tem discernimento conhece.

Porque essa música é tão interessante? Porque quebra a lógica de significado esperado por nós. Retira uma palavra do contexto original e a usa em outro contexto, onde seu significado se torna diferente. A expressão “boca da noite” é uma metáfora regional para o começo da noite. Mas a boca é um órgão que utilizamos também para falar. A mistura de dois tipos de linguagem (metafórica ou direta) causa uma surpresa no nosso entendimento. Isso só nos diz que estamos prontos, preparados para compreender numa direção pré-estabelecida. E isso pode se tornar uma armadilha para nós. Porque nem tudo se repete. Nem toda boca fala; nem toda manga se come; nem toda espada tem bainha; etc.

Muitas vezes, essa tendência a deduzir pode ser usada contra nós. Uma conversa pode induzir você a entender de uma forma que vai ser prejudicial a você, à verdade, ao direito de outra pessoa, etc. Como aquela brincadeira que uma criança diz à outra: O que é, o que é: enche uma casa, mas não enche uma mão? Ele induz a pensar numa casa habitação, mas na realidade trata-se de uma casa de botões. Daí a importância de analisar aquilo que com tanta veemência assumimos como verdade e nos comprometemos a defender. A bíblia diz: “não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.” (Provérbios 19:2). Há coisas que só discerniremos espiritualmente, está além do poder do raciocínio ou da informação obtida, mas a reflexão já nos dá muito em relação ao discernimento. O povo de Beréia nos ensinou essa lição. Quando Paulo chegou e lhes ensinou, eles “[...] receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17:11). A bíblia diz que se aprende o que é o espiritual comparando-se ao que é espiritual (1 Coríntios 2:13).

Além da má compreensão, há as más consequências. Nem tudo deve ser dito a toda hora, em todo lugar e a qualquer pessoa. Cada coisa que dizemos ou fazemos deve ter tempo, espaço e auditório específico. Cada coisa que dizemos ou fazemos inclui consequências e essas consequências devem ser consideradas quando falamos. Às vezes, a melhor resposta é o silêncio. Outras, calar é consentir o mal. Nossa força deve ser direcionada para aqueles investimentos que realmente valerão à pena. Naqueles em que faremos uma diferença positiva. Por isso, o problema a evitar é reagir sem analisar os argumentos e as consequências com cuidado. Uma outra questão é a ilusão da concordância.

O que significa concordar


terça-feira, 26 de março de 2013

Três chaves para uma vida transbordante






Há três características cristãs que têm me chamado a atenção nesses dias. São capazes de abrirem mais portas do que a maioria dos esforços que fazemos para mudar o mundo à nossa volta. A história abaixo ilustra o princípio com um testemunho real, gravado na biografia do Dr Howard A. Kelly, um dos quatro médicos fundadores da Universidade John Hopkins, a primeira universidade de pesquisa médica nos Estados Unidos e um dos melhores hospitais do Mundo. O Dr. Howard Atwood Kelly viveu de 1858 a 1943. Em 1895, criou o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Trabalhou como ginecologista clínico e cirúrgico, professor e médico. 

Dr. Howard A. Kelly
Ele era de família rica e gostava de passear nos campos. Um dia, vinha sedento de uma caminhada e pediu um copo de água numa casa modesta. Uma jovem, que não o conhecia, ao invés de água, lhe trouxe leite fresco. Conversaram um pouco e ele se foi.  Alguns anos depois, a mesma jovem o reencontrou, mas não o reconheceu. Ela precisava de uma cirurgia, que ele realizou e, quando recebeu a fatura, estava escrito: "totalmente pago com um copo de leite, há muitos anos atrás." Só então, ela lembrou-se dele.

A gratidão é uma convicção em ação, ela é fruto da fé. O Senhor nos diz para sermos gratos:

16  Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. 17  E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Colossenses 3:16-17)

Observe que toda a leitura da palavra, as conversas e ensinamentos, a sabedoria, o louvor, tudo isso deve ser movido pela gratidão. Aquilo que recebemos de Deus deve nos mover em direção ao serviço, ao cuidado de tudo e todos os que estão à nossa volta e ao conhecimento de Deus. Ser grato é reconhecer o que o outro lhe fez. A gratidão leva a outros dois tesouros, que nos farão milionários da vida espiritual.


A gratidão como estilo de vida


domingo, 24 de março de 2013

A Metamorfose de cada dia nos dai hoje



Uma vez uma borboleta olhou para uma crisálida e disse:
-Você não tem vergonha de se aproximar de mim sendo tão feia e sem atrativos?
A crisálida nada respondeu. Prestava atenção em tudo que ocorria dentro dela. Havia muita transformação. Muita coisa boa e nova estava surgindo. Ela se concentrava nisso com todas as suas forças. Mantinha tudo registrado para não perder nada daquela preciosa transformação. E a borboleta arrogante insistia:

- Devia ser proibido haver seres como você por aqui. Aqui é o lugar onde os seres voam e enfeitam o céu. Você não sai do lugar e não tem graça, diminui a beleza do ambiente.
Duas semanas se passaram e a borboleta percebeu algo acontecendo. A casca da crisálida começou a se partir e, com muito esforço, viu sair de dentro uma linda borboleta, nunca vista antes, mais forte e mais vistosa.
A borboleta recém-nascida abriu suas asas, olhou para o céu e disse:
- Anotei tudo que fizeste Pai, para não esquecer de onde eu vim.
Obrigada pela tua graça e teu cuidado enquanto outros não creram em mim. Obrigada por teres me ajudado e fortalecido enquanto providenciavas teu milagre sobre minha vida. Vou anunciar isso a todos que estão sendo preparados para sair e brilhar na Tua glória! Agora, vou voar contigo e na tua força, com todo o vigor e beleza que o Senhor guardou para mim!
Então, a borboleta levantou vôo. E foi onde as outras borboletas não pensavam em ir. Foi fortalecer os que estavam fracos e acudiu os que estavam solitários e aflitos, levando consigo sempre a lembrança de onde ela tinha vindo.

Queridos, diante de Deus, nós somos comparados à perfeição dEle. E diante disso ninguém é belo ou maravilhoso. Mas, o Amor de Deus é maravilhoso. Ao mesmo tempo em que Deus diz: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23), isto é, todos possuem erros, limites e defeitos quando comparados com a perfeição gloriosa de Deus. Ao estarmos em posição igual, somos levantados para estar com Deus pelo mesmo amor. “Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem.” (Gálatas 3:22).

A abertura da fé trará para fora a força da metamorfose que Deus pode fazer em sua vida. Porque ele “levanta o pobre do pó e, desde o monturo, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do SENHOR são as colunas da terra, e assentou sobre elas o mundo.” (1 Samuel 2:8).

Há um plano para transformar tudo o que você sofre em paz, quando você der ouvidos apenas ao que Deus quer fazer na sua vida e não às críticas e cobranças das estéticas e padrões que estão à sua volta e que só lhe fazem sentir-se inadequado(a) e indesejado(a):

11  Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. 12  Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. 13  Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. 14  Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio. (Jeremias 29:11-14)

A nossa origem de envolvimento com erros e desvios nos torna todos iguais antes e depois de Cristo, pois “nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:28). Mas também nos torna melhores nEle, porque nEle somos capazes de fazer o que Ele fazia:

Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. (Efésios 2:10)
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. (João 14:12)

É muito triste ver pessoas que não sabem de onde vieram. É triste ver alguém desprezando o outro igual por causa da classe social, a cor da pele, o tipo de vida que ainda vive e esquecendo-se de que todos nós estávamos presos na mesma casca chamada pecado. Precisamos lembrar que só quando Deus operou em nós a metamorfose maravilhosa chamada perdão é que conseguimos nos tornar aquilo que Ele havia planejado para nós. E essa metamorfose custou a vida de Jesus, pois o preço do pecado é a morte.

Deus vê potencial de vida em tudo o que está incrustado numa capa asquerosa de imperfeição, mas também de sofrimento. Ele vê cada ferida da sua alma e não tem intenção de castigar e sim resgatar, como diz em Isaías:

Ele viu (e vê) o pecado como ferida:

4 Ai, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao SENHOR, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás. 5 Por que seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. 6 Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo. (Isaías 1:4-6)

E Ele enviou Jesus para sarar:
3  Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. 4  Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5  Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6  Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. (Isaías 53:3-6)

Se você quer sair dessa casca que o prende e fluir na vida que Deus tem para você, você pode orar assim:

Querido Deus, estou preso por [cite cada pensamento, sentimento e desejo que lhe prende] ajuda-me, Senhor a ficar livre e viver para ti. E também a nunca esquecer que aquilo que eu receber, devo compartilhar com todos à minha volta que estiverem na mesma situação. Jesus, seja o Senhor da minha vida, cura-me, liberta-me faz-me uma nova pessoa, lavada e livre de todo esse mal.


sábado, 23 de março de 2013

Evite as decepções


Nada pior do que investir em algo e vê-lo dar em nada. Ali, foram as nossas expectativas, o nosso tempo, esforço, dinheiro. E quando isso se aplica à vida espiritual, então, fica tudo pior. Aprendi sobre três tipos de decepções que podemos evitar e consegui três "antídotos" para não ter que arcar com as consequências delas. Estão na história de Caim e Abel.

Após serem retirados do paraíso, Adão e Eva tiveram dois filhos: Caim e Abel. O nome de filhos no Velho testamento tinha um caráter profético. Quando Caim nasceu, Eva disse: “Adquiri e ganhei um homem com o auxílio do Senhor.” (Gênesis 4:1 – Bíblia Amplificada). Isto demonstrava a esperança que ela tinha sobre ele de ser o portador da semente, o primogênito, o “homem da casa.” Abel nasceu depois e já não recebeu nenhuma frase de contentamento ou título que fossem registrados. Os nomes dos dois irmãos são interessantes: Caim significa “posse” (Eva disse “eu tenho um filho varão”) e Abel significa “sopro” ou “filho”. Na expectativa de Eva, um era “o” filho e outro “um” filho.


A lida diária dos dois era interessante: Caim lidava com plantas, que apenas se submetiam aos seus cuidados e davam como resposta seu fruto e Abel lidava com vidas. Caim exercia posse sobre sua vida diária e Abel lidava com o sopro de vida das ovelhas. O trabalho de ambos lhes dava um foco diferente sobre a vida. Enquanto Caim trabalhava e investia para ter frutos e depois, arrancar para si tudo quando lhe fosse útil; Abel cuidava da vida das suas ovelhas diariamente e tinha que mantê-las vivas para viver bem. O olhar de Caim era sobre o resultado;  o de Abel sobre a qualidade de vida. Caim tinha que trabalhar, mas não tinha que se relacionar com as suas plantas. Abel tinha que estar com as ovelhas e observá-las, guardá-las, procurar bons lugares para que se alimentassem e bebessem, tudo era relacionamento. Antes, durante ou depois do seu turno com elas, teria que estar provendo, guardando e atento às suas necessidades. Caim estava atento à sua plantação, mas não tinha relação com ela, não havia troca. O centro era ele mesmo. Com Abel, o centro eram as ovelhas e suas necessidades.


Da mesma forma como Caim se relacionava com seu trabalho, centrado em suas próprias necessidades e convicções, ele quis se relacionar com Deus. Deus era poderoso, devia receber adoração, era útil tê-lo como aliado. Então, Caim foi cumprir a sua obrigação. Mas a coisa não foi bem como ele esperava...

3 E no correr do tempo Caim trouxe ao Senhor uma oferta do fruto do chão. 4 E Abel trouxe dos primogênitos de seu rebanho e das porções gordas. E o Senhor teve respeito e consideração por Abel e sua oferta, 5 mas por Caim e sua oferta Ele não teve nenhum respeito ou consideração. Então, Caim ficou com muitíssima raiva, indignado e pareceu triste e deprimido. (Gênesis 4:3-5 - Bíblia Amplificada)

Caim não estava acostumado a relacionamentos, ele não prestava atenção no que o outro queria, mas no que daria melhor lucro. Estava focado em tirar o melhor proveito com o mínimo de esforço. Do modo como a mãe o via, ele era “o homem”, sobre ele estava o melhor da raça humana. Ele trouxe alguma coisa para Deus e Deus não a aceitou? Isso era impensável! Além do mais, aceitou a oferta do outro, que era apenas “um homem”. Ele se sentiu humilhado. Deus não tinha o direito de fazer aquilo! e começou a fase do "Deus está errado!".

No original, a palavra que define como o rosto dele ficou descreve-o como se fosse distorcido pela raiva. Caim odiou profundamente Deus e o irmão. Mas, contra Deus ele não podia fazer nada. Pessoas como Caim nunca entenderão porque Deus não aceita suas ofertas, já que ele fez o grande ato de ser uma pessoa decente e trabalhadora. Mas seu coração não está voltado para um Deus que esteja acima dele mesmo. Esse tipo de pessoa apenas aceita um Deus que sirva aos seus propósitos. Mas, Deus serve apenas aos propósitos de Deus, que são a melhor oferta para nós."Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte." (Provérbios 14:12). "Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal;" (Provérbios 3:7). 

Abel já tinha o princípio da vida em si desde seu nome. Sopro... Filho... Abel estava acostumado a ter cuidado de outras vidas e perceber necessidades. Também estava acostumado aos seus limites na tarefa de defender as vidas das ovelhas. Sendo apenas “um homem” precisava ter em Deus o seu valor. Abel estava profundamente ligado à vida e aos relacionamentos, principalmente com Deus. Às vezes, uma posição difícil e oprimida nos ensina lições preciosas sobre humildade e uma posição de destaque nos deixa cegos para a aprendizagem. O homem que valoriza demais a si mesmo está à beira do precipício e nem sabe:

18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. 19 Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos. 20 O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no SENHOR, esse é feliz. (Provérbios 16:18-20).


O Velho Testamento tem simbolismos que precisamos compreender. O fato mais significativo nas duas ofertas é que uma confessava pecados e pedia misericórdia e a outra dava "alguma coisa" a Deus, que nem era o melhor. O sangue representa a vida (Levítico 17:11). Quando Caim deu a sua oferta, não levou sangue como substituição pela vida que o pecado lhe havia roubado. Enfim, ele não foi a Deus como necessitado dEle ou de perdão. Não foi errado apenas o fato de não ter levado qualquer coisa para Deus, o que já é um desrespeito. Abel, por sua vez, foi a Deus com um coração arrependido, consciente da sua necessidade e suas limitações. Ele pediu vida e graça ao mesmo tempo. E as teve.


A primeira decepção de Caim foi achar que Deus se submeteria a ele e à oferta que  ele escolhesse lhe dar. Enquanto estamos na posição de escolher o que dar ao Senhor, não o estamos adorando e nossa oferta certamente será recusada. O Senhor decide o que é adoração aceitável. Ele é o Senhor. A nossa oferta de adoração deve ter os princípios de ser irrecusável: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51:17). Cuide de sua postura para que não seja recusado. Entre na presença de Deus como quem precisa e não como quem faz um favor a Ele.

A segunda decepção de Caim


sexta-feira, 22 de março de 2013

Abrindo os caminhos para trazer o seu milagre


Abra os braços do seu coração e receba seu milagre!


Você me escutou dizer no texto “Pensamentos que garantem a sua vitória” que tudo o que somos, a forma como nos reconhecemos, está estabelecida na forma como pensamos. O texto citado mostra as implicações daquilo que pensamos. Este texto, mostra como perceber e mudar o que você pensa para melhor. Esta não é uma tarefa fácil em nenhum dos dois momentos, seja o de perceber o que pensa e é destrutivo ou de mudar o que pensa quando se está convencido de que aquela forma de pensar não é boa e lhe prejudica.

Tudo começa porque pensamos com o nosso cérebro, nosso equipamento físico para pensar. O ser humano é o ser de tempo de resposta mais lento na natureza. Isso significa que se um leão ou um gato pressentem perigo eles vão fugir mais rápido do que você e eu. Isso acontece porque eles interpretam o mundo a partir de instruções pré-ordenadas de reação. Eles não questionam sobre a ética, sobre o lucro, sobre o afeto ou qualquer outra coisa, como nós fazemos. 

Isso nos deveria tornar mais conscientes das nossas reações e o faz, mas não de todas as nossas reações. Nós temos um auxiliar do sistema do córtex cerebral chamado cerebelo. O cerebelo automatiza várias reações que repetimos várias vezes para que possamos reagir automaticamente, liberando o córtex para pensar em coisas mais essenciais.

Quando você começa a dirigir um carro com marcha, você pensa que está na hora de mudar de marcha. Quando você tem bastante prática, vai passar a marcha automaticamente ainda que esteja num carro hidramático. Seu cérebro para economizar as funções mais nobres, diminui a quantidade de questões a serem processadas pela área consciente do cérebro. 

Nosso cérebro é treinável assim como qualquer órgão.  Assim como ele automatiza certos comportamentos antes desejados, pode ser retreinado para a paz, a alegria e a justiça de Deus. Você pode desativar os gatilhos destrutivos e acionar e preparar novos gatilhos de bênção para a sua vida. Há pessoas que treinaram seus cérebros para a derrota, a murmuração, o desespero, a lamentação, mas que podem decidir transformar tudo isso em fé, paz, alegria e justiça. O Espírito Santo fará o impossível no processo, mas você precisará cooperar fazendo a sua parte.

Observando as reações prejudiciais




quinta-feira, 21 de março de 2013

Batendo nas portas certas




Diariamente estamos diante de muitos desafios. Temos que lidar com outras pessoas para nos aproximarmos dos nossos objetivos. José teve que falar com o faraó para conseguir libertação de sua  prisão,  Moisés precisou falar com faraó e com o povo para conseguir o êxodo judaico do Egito, Ester teve que falar com o rei para conseguir liberação para seu povo, Daniel precisou falar com o chefe dos eunucos da casa real para conseguir liberação de sua dieta e assim sucessivamente. Saber colocar-se e influenciar uma comunicação positivamente é fundamental.

Observe esta estória...
Da Europa em guerra, conta-se que uma família foi forçada a sair de sua casa quando tropas inimigas invadiram a localidade onde viviam. Para fugir aos horrores da guerra, perceberam que sua única chance seria atravessar as montanhas que circundavam a cidade.
Se conseguissem êxito na escalada, alcançariam o país vizinho e estariam a salvo. A família compunha-se de umas dez pessoas, de diversas idades. Reuniram-se e planejaram os detalhes: a saída de casa, por onde tentariam a difícil travessia. O problema era o avô.
Com muitos anos aos ombros, ele não estava muito bem. A viagem seria dura.
- "Deixem-me", falou ele. "Serei um empecilho para o êxito de vocês. Somente atrapalharei. Afinal, os soldados não irão se importar com um homem velho como eu."
Entretanto, os filhos insistiram para que ele fosse. Chegaram a afirmar que se ele não fosse, eles também ali permaneceriam.
Vencido pelas argumentações, o idoso cedeu. A família partiu em direção à cadeia de montanhas. A caminhada era feita em silêncio.
Todo esforço desnecessário deveria ser poupado. Como entre eles havia uma menina de apenas um ano, combinaram que, a fim de que ninguém ficasse exausto, ela seria carregada por todos os componentes da família, em sistema de revezamento.
Depois de várias horas de subida difícil, o avô se sentou em uma rocha. Deixou pender a cabeça e quase em desespero, suplicou:
- "Deixem-me para trás. Não vou conseguir. Continuem sozinhos."
- "De forma alguma o deixaremos. Você tem de conseguir. Vai conseguir", falou com entusiasmo o filho.
- "Não", insistiu o avô, "deixem-me aqui."
O filho não se deu por vencido. Aproximou-se do pai e energicamente lhe disse:
- "Vamos, pai. Precisamos do senhor. É a sua vez de carregar o bebê."
O homem levantou o rosto. Viu as fisionomias cansadas de todos. Olhou para o bebê enrolado em um cobertor, no colo do seu neto de treze anos. O garoto era tão magrinho e parecia estar realizando um esforço sobre-humano para segurar o pesado fardo. O avô se levantou.
- "Claro", falou, "é a minha vez. Passem-me o bebê."
Ajeitou a menina no colo. Olhou para o seu rostinho inocente e sentiu uma força renovada. Um enorme desejo de ver sua família a salvo, numa terra neutra, em que a guerra seria somente uma memória distante tomou conta dele.
- "Vamos", disse, com determinação. "Já estou bem. Só precisava descansar um pouco. Vamos andando." O grupo prosseguiu, com o avô carregando a netinha. Naquela noite, a família conseguiu cruzar a fronteira a salvo. Todos os que iniciaram o longo percurso pelas montanhas conseguiram terminá-lo. Inclusive o avô.

O amor é o argumento mais forte de todos porque responde no fundo do coração de quem ouve. O amor não coage, mas constrange. Impulsiona sem forçar, mas dando força. O amor nos esvazia do egoísmo e do interesse próprio, que nos levam a intermináveis disputas sem sentido.

O amor busca a verdade, que valida e dá poder e razão aos argumentos. A verdade de que o avô da história que utilizamos como ilustração era necessário a todas as gerações futuras, que ele tinha um papel na família e que era necessário foi um argumento mais forte do que simplesmente a conservação da própria vida do velho senhor.

Quem quer influenciar outra pessoa argumentando tem duas possibilidades de interesse: pode desejar um resultado, uma ação ou uma palavra; ou pode desejar uma compreensão e uma mudança interior. Jesus não procurava aparência, procurava corações transformados. Observe que duas pessoas podem ir ao templo por duas razões completamente diferentes e Deus conhecerá a intenção de seus corações:

Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. (Lucas 18:10-14)

Observe que ambos argumentavam com Deus sobre seu relacionamento com Ele. Ambos foram sinceros (nenhum dos dois achava que sua forma de aproximar-se estava errada). Mas um deles levava o argumento que move o coração de Deus, o amor a Ele. Diante do Senhor, não importa apenas o que fazemos, mas porque fazemos e o que queremos fazer. Qual os argumentos válidos? Os que carregam o amor a Deus.

Debates ou discussões?


quarta-feira, 20 de março de 2013

Você é insubstituível




Você pode olhar o mar na foto acima um momento? Esse mar que você vê agora, não é mais o mesmo se você olhar de novo em um minuto. Talvez a diferença seja tão pequena que você insista em dizer que ele permanece o mesmo. Talvez para a própria foto seja, mas não para você. Porque o mar que você vê é o conjunto do que ele é e do que você é. E, quando você olha para alguma coisa, projeta sobre ela tudo o que você já viveu e conhece. Ninguém verá como você vê. Portanto, somente esse olhar sobre a foto já lhe mostra quanto você é insubstituível.

Qualquer pessoa no seu lugar veria de forma diferente o mesmo mar e a mesma vida. Essa pessoa não veria seus amores como você, não teria o cuidado que você tem com as pessoas e coisas, que você considera importantes. Ninguém mais tem seu jeito de contar aquela história antiga sorrindo ou pegar na mão de quem ama com a força de quem consola. Ninguém mais ouviu aquele segredo, disse aquela piada, estudou naquela carteira com a cabeça do lado de fora da sala. De quem mais se esperam tantas coisas? Todos os laços que atamos na vida, cada conexão que fazemos, são únicos e nos tornam únicos e especiais diante de Deus e dos homens.

O seu nome pode ser igual a outros, mas ele se torna único na voz da sua mãe lhe chamando. Isso torna os dois insubstituíveis. Papéis que desempenhamos e coisas podem ser substituíveis, mas pessoas não. Quem substituiu Einstein? Quem substituiu Chopin ou Beethoven? Surgiram outros músicos, gênios como Mozart, mas nenhum outro Beethoven surgirá. Deus tem gemas únicas na sua joalheria. Cada um de nós é um peça exclusiva, lapidada e com gravações preciosas, que não se repetirão. Não existem duas Mona Lisa. Não haverá outro de você e nem de ninguém à sua volta.

Você é o resultado de uma disputa de um entre milhões de espermatozóides. As estatísticas não eram ao seu favor, mas você não pensou nisso (e nem podia) e está aí, vencedor. Acordando, a cada dia, para uma nova chance de ser feliz e amado. Você nasceu vencedor, ganhando uma corrida pela vida. Mas, antes que você pudesse ser informado biologicamente que precisava correr, você ganhou o maior presente que o Criador do universo pode conceder: porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). E sabe o que isso significa? Que Ele nos deu acesso a tudo que é dEle: Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8:32). O presente é seu, precisa recebê-lo. Mas, você é insubstituível, não poderá enviar ninguém no seu lugar para isso.


Sua história o torna insubstituível


terça-feira, 19 de março de 2013

Ao cuidado do Pastor dos pastores




Para nós, urbanos, talvez o fato de o Senhor ser o nosso pastor não signifique muito. Mas, quando Davi escreveu esse salmo, ele sabia e vivia diariamente o que era ser um pastor. E, sendo um pastor dedicado, diante de Deus, olhava para Deus sabendo o que havia no coração do pastor pelas ovelhas. Quero lhe apresentar um pouco da maravilha do que é ter um pastor.

A provisão é a primeira parte... O pastor acorda antes do raiar do sol e parte para o local onde o rebanho pastará. Ele procura rastros de predadores para prevenir ataques e se eles existirem serão caçados e resolvidos antes das ovelhas serem trazidas para o café da manhã.  O pastor defende as ovelhas. O pastor arranca ervas, que possam fazer mal aos cordeiros e ovelhas, e também os espinhos, para evitar que as ovelhas se prendam e fiquem à mercê  de  ataques do predadores. O pastor protege as ovelhas. Deixa o campo preparado e seguro para que, ao raiar do sol, as famintas ovelhas sejam trazidas do aprisco e encontrem a melhor refeição em um lugar seguro. Toda a provisão das ovelhas é providenciada a cada dia com cuidado e diligência. O pastor provê as necessidades das ovelhas. Proteção, defesa e provisão é o que você traz de Deus sobre a sua vida quando diz: "O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará." (Salmo 23:1). Deus está cuidando de todos os detalhes da sua vida. Nada vai ficar de fora.

Então, quando tudo está pronto no pasto, o pastor vai até à porta do aprisco e chama as ovelhas. Elas só atendem o seu pastor e o acompanham até o pasto que ele lhes reservou.  As ovelhas enxergam muito mal. Então, são guiadas pela voz e pelo cheiro do seu pastor. É a intimidade com o pastor que as faz reconhecê-lo. O contato do dia-a-dia e o cuidado dele as fazem segui-lo.

As ovelhas passam a noite ruminando, então, acordam com muita fome. Mas, o calor de Israel, a verdura dos pastos e a segurança, dada pela presença do pastor, faz com que elas se deitem na relva e comam ali, deitadas. E assim, ficam fortes e saudáveis, tanto na lã, quanto para a procriação.

Por Ele, chegamos às águas tranquilas... Outra característica das ovelhas é que elas precisam de muita água. Então, próximo ao pasto precisa também haver bebedouros suficientes. Entretanto, os bebedouros são os principais locais de ataque dos predadores, o que exige cuidado dobrado dos pastores. Por isso, a confiança é o que nos faz receber a Palavra e o Espírito, que é a água viva de Deus. O Senhor nos faz deitar "[...] em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas." (Salmo 23:2). O Senhor tem a preciosa água da Palavra pra nós. A Palavra que Ele nos dá é parte do seu cuidado com nossa vida. Através da Palavra e do Espírito a Paz que excede todo o entendimento se derrama em nossa vida, como diz:

6  Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. 7  E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6-7)

Siga-me um pouco mais à frente nesse texto... Ainda faltam quatro versículos.



A segurança...


segunda-feira, 18 de março de 2013

Amor e beleza




Um exercício muito rico é colocar-se no lugar do outro. Será um impedimento a muita crueldade e injustiças. Observe essa estória:

Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria.
A diretora ouviu e chegou à seguinte conclusão: não poderia tirar o menino do colégio, mas conversaria com ele e ele passaria a ser o último a entrar em sala de aula e o primeiro a sair, desta forma, nenhum aluno veria o rosto do menino, a não ser que olhasse para trás. O professor achou magnífica a ideia da diretora, sabia que os alunos não olhariam para trás.

Levado ao conhecimento do menino a decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o porquê daquela CICATRIZ. A turma concordou e, no dia, o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente e começou a relatar:
— Sabe, turma, eu entendo vocês, na realidade, esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri: minha mãe era muito pobre e, para ajudar na alimentação de casa, minha mãe passava roupa para fora. Eu tinha 7 ou 8 anos de idade... - a turma estava em silêncio atenta a tudo.
O menino continuou:
- Além de mim, havia mais 3 irmãozinhos: um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. - silêncio total em sala.
- Um dia, não sei como, a nossa casa, que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo. E minha mãe correu até o quarto em que estávamos, pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos, e nos levou para fora, havia muita fumaça, e estava muito quente... Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa.
Só que, quando minha mãe tentou entrar na casa, as pessoas que estavam ali não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha. Eu via minha mãe gritar: "Minha filhinha esta lá dentro!" Vi no rosto de minha mãe o desespero, tanto medo... E ela gritava muito alto, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...
Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e coloquei ele no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse que não saísse dali até eu voltar. Saí no meio das pessoas e, quando perceberam, eu já tinha entrado na casa. Tinha muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá, ela estava enrolada em um lençol e chorava muito...
Neste momento, vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela e aquela coisa quente encostou em meu rosto...
A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada, então o menino continuou:
Vocês podem achar esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa, que acha linda e, todo dia, quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, a beija, porque sabe que é marca de amor.

Jesus podia ter mãos, pés e o lado do peito restaurados depois da ressurreição, mas Ele preferiu manter as marcas do seu amor, ainda que fosse para que alguém pudesse compreender quando as tocasse o que é ser amado até a última gota de vida. Quando somos marcados pelo amor, vale à pena. O que realmente deforma o a nossa vida é ser marcado pela vaidade, pelo egoísmo, pelo orgulho, pela luxúria, pela inveja. Essas marcas podem até ser esteticamente belas, mas aos olhos de Deus são vergonhosas. O nosso primeiro olhar e os nossos derradeiros esforços devem ser para formar e buscar o conteúdo e não para a embalagem, pois Jesus ensina: Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.” (João 7:24). Há lições sobre ser e parecer que são preciosas na Palavra e sobre isso escrevo hoje..


O reino e o espelho

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