terça-feira, 31 de julho de 2012

A segurança perfeita




Davi instituiu cantores que adorassem e louvassem ao Senhor, assim como instrumentistas, para estarem no templo louvando ao Senhor com cânticos e instrumentos em turnos de vinte e quatro horas seguidas. Ele mesmo compôs muitos salmos e criou muitos instrumentos. O poder do louvor permanece no novo testamento, que ensina que devemos carregar um salmo na alma e trazê-lo em nossa voz, e mais, que salmodiar nos enche da presença de Deus:

18  E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, 19  falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos [salmos] e cânticos espirituais, (Efésios 5:18-19, veja também  Colossenses 3:16)

 Hoje, nesse tempo de lutas, quando nos sentimos angustiados, tantas vezes, o Salmo 121 fala especialmente a meu coração. Esse salmo era cantado de forma responsiva pelos peregrinos que seguiam para Jerusalém para as festas anuais. As estradas eram árduas e perigosas, o viajante poderia ferir-se nas pedras do caminho, sofrer o sol inclemente ou adoecer nas noites geladas do deserto, sem falar no perigo dos assaltantes, mas o Senhor os fortalecia e guardava. Nós estamos numa jornada com Cristo. Podemos sofrer tropeços, com o calor do fogo da perseguição, o frio do isolamento e ainda sermos atacados por inimigos. Esse salmo de três mil anos é bastante atual e vale à pena mergulhar nele para beber dessa fonte.

1 Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? 2  O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra.
3  Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. 4  É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.
5  O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. 6  De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua.
7  O SENHOR te guardará de todo mal; guardará a tua alma. 8  O SENHOR guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre. 

(Salmo 121)

Elevo os meus olhos para os montes: de onde virá o meu socorro?

A imagem é de alguém olhando para os altos montes que cercam Jerusalém. Se viesse ajuda de um exército, surgiria de detrás dos montes, mas eles permaneciam vazios e silenciosos. Não havia ajuda vinda da terra. Algo interessante nessa visão de uma pessoa olhando para os montes e procurando ajuda é que não era o costume se olhar para os montes para orar. Jesus sempre orou olhando para o céu. Foi assim quando abençoou o pão da ceia (Lucas 9:16); quando ressuscitou Lázaro (João 11:41); quando se despediu dos apóstolos e intercedeu por eles (João 17:1).

Tire os olhos da terra e lance o seu olhar no infinito do céu, onde você encontrará o poder daquele que cria soluções onde não existem saídas, o Deus que “[...] vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.” (Romanos 4:17).  Enquanto a nossa expectativa estiver nos recursos da terra, estamos presos ao possível. Os montes podem representar forças invencíveis para nós, mas a fé supera a impossibilidade humana, trazendo sobre os montes imóveis, o poder daquele que os criou. Faça isso você também. É o primeiro passo para perceber a fonte do socorro: “o meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra.” (Salmo 121:2).

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Vencendo definitivamente a ansiedade





Penso que o grande problema das pessoas em relação à falta de conhecimento da Palavra é que nós só sofremos a conseqüência, mas não temos idéia da causa do problema. Imagine as pessoas na Etiópia, elas não têm como reclamar do sal da comida, pois comem bolos de barro de tanta fome. Por outro lado, você que está de dieta para perder peso não sabe o que é fome realmente, senão não teriam que fazê-lo. Esse é o conhecimento prático, temos também o conhecimento que nos faz evitar determinadas coisas para não nos contaminarmos e, de algum modo, tudo o que fazemos e vivemos está baseado em conhecimento, seja em sua existência ou sua carência. Por isso, Oséias 4:6 já transmitia a mensagem de Deus: “meu povo perece porque lhe falta conhecimento. [...] ”.

Observe um país que não tem noção do poder do conhecimento: todas as instituições de ensino federal estão em greve num país de 180 milhões de habitantes e o governo passa 100 dias para fazer uma proposta que é recusada por unanimidade e a população não se mobiliza para retomar seu direito ao conhecimento e apoiar melhores condições de aprender. Tudo o que não sabemos não tomamos posse. Tudo o que não conhecermos como direito e tomarmos posse será prejudicial a todos nós em maior ou menor escala.

Algo fundamental que precisamos conhecer como solução para ansiedade é a Paz de Deus. Jesus nos foi dado para trazer a Paz:

6  Porque um menino nasceu para nós, para nós um filho se nos deu; o governo estará sobre os seus ombros; e  será chamado: Conselheiro Maravilhoso, Deus Poderoso, Eterno Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;  7  o crescimento do seu governo, e da paz não findará sobre o trono de Davi e sobre o seu reino,[...] (Isaías 9:6-7a).  

Deus foi se revelando em vários momentos, à medida que o ser humano foi necessitando, em situações específicas. A cada revelação, Deus mostrou-se no seu nome. E o nome que Ele revelou para vencer momentos de grande ansiedade foi Jeovah Shalom, o Senhor é Paz.

Nós utilizamos mal a Palavra paz. Por exemplo, olhamos para uma pessoa em um caixão em um velório e dizemos: “Está com uma expressão de paz...” Ou, temos uma discussão com alguém, queremos que ela pare de incomodar e dizemos: “Me deixe em paz!”. Será isso o Shalom de Deus? Não.  Jeovah significa “o Senhor”, ou seja, aquele que está no governo absoluto. A palavra “shalom” no hebraico significa: segurança, bem-estar, felicidade e amizade. Não temos uma palavra como essa em português.

Na realidade, Jeovah Shalom é a imagem da presença de Deus garantindo com seu poder e autoridade um caminho em saúde, prosperidade, tranquilidade e plenitude. Deus não dá a sua Paz apenas como um presente, Deus dá a Paz na sua presença. A Paz não é uma coisa que você possa possuir, a Paz de Deus vem do seu relacionamento Ele e da presença dEle continuamente na sua vida. Essa Paz é um conhecimento essencial, que precisamos ter para não nos perdermos nos tumultos da vida.

Foi num momento de grande aflição, quando o povo de Deus afastou-se da presença dEle, depois de 43 anos de servidão a vários povos e sete anos seguidos de derrota e roubo pelo povo midianita, que um homem chamado Gideão conheceu Jeovah Shalom. Você pode estar vivendo na expectativa de que algo ruim possa acontecer, mas é difícil comparar-se a 43 anos de servidão, falta de conhecimento da Palavra de Deus e mais sete anos seguidos, onde todo o seu trabalho e investimento eram sumariamente roubados. Além disso, mesmo tendo trabalhado e vivendo numa terra fértil, ficar na penúria.

Mas, para viver tudo o que Deus tinha para ele, Gideão precisou aprender quatro lições essenciais. Vamos apresentar aqui esse caminho e o resultado da revelação de Jeovah Shalom na vida de Gideão e como esse conhecimento teórico e prático venceu a ansiedade para que você possa aplicar os mesmos princípios na sua vida e ficar livre da ansiedade na presença do Senhor, que é Paz.

Gideão e suas expectativas

Gideão era um lavrador e não um guerreiro. Pelo menos era o que ele tinha feito até ali e o que ele achava que era. Mas, eu quero lhe dizer que Deus vê além do que você tem feito e sido durante todos os anos da sua vida. A narrativa começa assim:

11  Então, veio o Anjo do SENHOR, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o pôr a salvo dos midianitas. [preparando-se para se esconder] 12  Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente. (Juízes 6:11-12).

Só Deus encontra um homem se organizando para se esconder do inimigo que já o perturbar durante sete anos e o chama de homem valente. Muito da sua vitória está em se ver como Deus se vê. Observe que os critérios de seleção de Deus não seriam utilizados em nenhuma agência de emprego:

26  Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27  pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28  e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29  a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
30  Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31  para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. (1 Coríntios 1: 26-31)

A fé nos leva além do que é normal, esperado e garantido. O Senhor nos faz chegar diante dos doutores e titulados e levar para eles algo que o conhecimento que eles acham que possuem não lhes dá, paz, cura, soluções para o impossível. Então, os sábios são envergonhados pelos loucos e os loucos não têm do que se envergonhar. O mesmo acontece com os poderosos, quando Deus toma alguém que não tem representação social nenhuma e coloca para lhes levar o evangelho, ou os ricos que precisam do tesouro do coração de quem não tem nada no bolso. Tudo isso, porque o justo vive pela fé, então vai além do normal, esperado e garantido para a vitória.

domingo, 29 de julho de 2012

Novos horizontes, novas vitórias





Outro dia, um casal aqui no prédio, no andar de cima, teve uma discussão que aconteceu das 18 às 22 horas. Houve agressão, a polícia foi chamada, o casamento está por um fio. Entre eles, o desrespeito está assumindo proporções graves e perigosas. O quadro desenhado era uma criança pequena nos braços da mãe e ambas assustadas. Por hora, estou orando para que o Senhor me dê direção de como ajudar e pedindo que faça o impossível por eles... Quanta falta de paz, Senhor, tenha misericórdia de todos, em nome de Jesus. Mas, eu sei que a paz é possível porque foi e é possível para mim. Foi presente de Jesus e ninguém toma, a menos que eu a entregue.

Entretanto, há pessoas que estão na mesma luta que o casal da história acima, mas de maneira pior e silenciosa, possuem seus tormentos dentro de si. Não possuem um minuto de paz em sua mente. Mesmo que não haja uma situação para atormentá-los, eles revivem uma que já passou ou uma que poderá passar. Há pessoas que aprenderam que ser responsável é ser preocupado. Quanta energia se desperdiça em viver no passado ou no futuro e ainda mais num passado e num futuro sempre desagradável.

A instância em que você observa e interpreta o mundo e a vida é a sua mente. Se ela estiver preparada para ler o mundo sob a ótica certa, tudo será diferente. Observe essa história que uma moça, membro da minha igreja, relatou no Facebook sobre uma vez que saiu com a prima  para acompanhá-la ao dentista (omiti os nomes por questões de privacidade):

Fui ao de dentista cm à tarde cm minha prima = Bela Tarde ! :/
... Daí, quando vamos pra o Centro ,começou :D
1º um passarinho do nada aparece e faz cocô no pé dela. = eu ri sem parar =D;
2º eu fui furtada, roubaram meu celular :(( ;/
3º pegamos o busão LOTADO, daí só tem 1 cadeira vazia , a do lado do cobrador, ai eu sento no colo dela;
4º Uma mulher vai entrando e fecha a janela e prende o braço de minha prima;
5º Outra mulher entra e dá uma lapada com a sombrinha no meu braço;
6º Aparece uma aranha do nada no meu braço, depois vai pro braço de minha prima e depois pula pra perna dela...;
7º Outra mulher dá um pisão no meu pé...;
.... Dia bom, né ?? :/ pelo menos tava cm ela o tempo todo, rindo da gente...
:) Te amo Prima *-----*
Mas msm assim: SENHOR, Obrigada por mais esse dia de vida \o/

Elas vivem em um lugar de Paz. Observando pela janela da alma, puderam ver que o amor ainda está lá e vale mais do que qualquer coisa que sofreram ou perderam. Sua mente está programada para valorizar e manter o que faz bem. Mas, vamos ser sinceros, é difícil encontrar essa postura. E parece que fica mais difícil encontrá-la, tanto mais quanto a idade avança.

A Palavra é clara quando mostra o problema e a solução para manter a paz em nossas mentes: 

4.6 Não se queixem ou tenham nenhuma ansiedade sobre nada, mas em todas as circunstâncias e, em tudo, pela oração e petição (pedidos definidos), com ações de graças, continuem a fazer seu querer conhecido a Deus. 4.7 E a paz de Deus [será sua, aquele estado de uma alma segura da sua salvação através de Cristo e que, assim, não teme nada de Deus e está contente com tudo o que acontece na terra, qualquer que seja a sua sorte, essa paz,] que transcende toda a compreensão, será uma guarnição e montará guarda sobre os seus corações e mentes em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6-7 – Bíblia Amplificada)

É posível viver livre da ansiedade e isso é poderoso e maravilhoso. O restante dessa mensagem mostrará bases para construir essa paz em sua vida.


sábado, 28 de julho de 2012

Cuidando do que é importante


Nem sempre estamos atentos para verificar se o caminho que estamos seguindo nos levará aonde queremos realmente chegar. Há, pelo caminho, todo o tipo de distrações, atalhos e desvios, que se oferecem a nós. Mas, os fins e os meios precisam ser carregados do mesmo valor para que a caminhada mantenha o seu sentido. O mundo em que vivemos nos atrai para valores, que deslocam o foco de nossas atenções e geram uma nova lista de prioridades sem que percebamos. Essa história a seguir nos ajudará a refletir sobre a nossa lista de prioridades, aquela que nos guiará nos nossos passos em direção aos nossos alvos verdadeiros.

Era uma vez, um jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a outro rei em uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada.  
- Cuida do mais importante e cumprirás a missão! - disse o soberano ao se despedir. 
Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras sob a roupa, numa bolsa de couro amarrada à cintura. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte e nem sequer pensava em falhar. Queria que todo o reino soubesse que ele era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.
Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes, deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração...
- Assim, meu jovem, acabará perdendo o animal! - disse alguém.
- Não me importo, respondeu ele. Tenho dinheiro. Se ele morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois se lembrava da recomendação do rei: CUIDE DO MAIS IMPORTANTE!
Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, freqüentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pé da estrada, onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino,o encontrou e cuidou dele.  Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade.  Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo “fraco e doente” que recebera.
- Porém, majestade, conforme me recomendaste, “CUIDAR DO MAIS IMPORTANTE”... Aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti,não perdi uma sequer. O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando frieza diante de seus argumentos. Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado.
Em casa,ao tirar a roupa suja,encontrou na bainha da calça a mensagem do rei que dizia:

“Ao meu irmão, rei da terra do Norte,
O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifique o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a FIDELIDADE E FORÇA de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido e nem rei,pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará a importância à rainha nem aqueles que o servem”.

Jesus morreu por pessoas e não por coisas. Aliás, foram os donos das "coisas", quem o pregaram na cruz. Se seguimos tão preocupados com coisas, geramos um deus, outro centro para o nosso viver. Por isso, o alerta: "mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: [...] e a avareza, que é idolatria;"  (Colossenses 3 : 5).  Na realidade, o rapaz não sabia cuidar de nada que realmente tivesse importância, pois só o que respira merece o supremo cuidado do amor. As demais coisas são cuidadas por causa da função que desempenham para quem precisa ser amado. Todas as coisas e prazeres, quando são supervalorizados, se tornam armadilhas e riscos para a vida espiritual e, portanto, para a nossa felicidade.




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Força e vitória



É muito comum encontrarmos pessoas de língua afiada para a discussão. “Não levar desaforo para casa” é uma lição ensinada desde cedo em várias famílias. E também o princípio da discussão: “se você disser uma, eu digo dez...” Mas, você já observou as consequências dessas atitudes? Mais palavras agressivas, até que a agressão, muitas vezes, saia do nível verbal. Pois “[...] a palavra dura suscita a ira” (Provérbios 15:1).

É preciso decidir ser feliz. Essa é uma decisão que, às vezes, precisamos tomar várias vezes por dia. É preciso tomá-la tantas vezes quantas tivermos a oportunidade de desistir dela. Na realidade, Deus não quer que nós sejamos meramente felizes, Deus quer que nós sejamos mais do que felizes, a ponto de sermos dignos de inveja. É isso que significa a palavra “bem-aventurado” no original grego. Uma das bem-aventuranças descritas no sermão do monte é:

Abençoados (que desfrutam de invejável felicidade, espiritualmente prósperos – com vida – alegria e satisfação no favor de Deus e salvação, a despeito de suas condições externas) são os pacificadores e mantenedores da paz, porque serão chamados filhos de Deus. (Mateus 5:9 – Bíblia Amplificada).

Pacificadores são aqueles que trazem a paz. Hoje, se fala de cultura de paz, mas essa cultura que valoriza a paz começa em casa e, principalmente, dentro de cada pessoa. Paz é algo que você leva com você e pode transmitir a quem se abrir para isso: “12  Ao entrardes na casa, saudai-a; 13  se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz.” (Mateus 10:12-13). Observe que a ministração da paz está na fala, desde o cumprimento. Levar a paz não é apenas um jargão, mas um estilo de vida,.

Sem a capacidade de andar e disseminar a paz, a nossa estadia aqui na terra perde o sentido. Temos uma missão de temperar com sal os nossos relacionamentos, de cultivar o sabor da paz. Essa missão nos foi dada por Jesus: “bom é o sal; mas, se o sal vier a tornar-se insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros.” (Marcos 9:50).  O sal simboliza a aliança. Se nós temos o  gosto de Cristo em nossa vida, traremos o gosto da paz por onde formos. Se perdermos esse sabor, aí de nós... E há uma maneira de levar a paz que é fundamental.

Precisamos nos revestir dessa missão de pacificadores no coração e liberá-la com nossas línguas. As línguas são poderosas para influenciar no clima dos ambientes em que vivemos. Sabedoria ao falar nos desvia de problemas: “o sábio escala a cidade dos valentes e derriba a fortaleza em que ela confia.” (Provérbios 21:22). Também  nos deixa em segurança “a sabedoria fortalece ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade.”(Eclesiastes 7:19). Uma cultura de paz valoriza palavras verdadeiras que tragam a paz: “prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco.” (Provérbios 10:20).

Um pai ou mãe que fala agressivamente para seus filhos só receberá de volta ira e indignação; um esposo ou uma esposa que fala palavras amargas para o seu cônjuge não pode esperar que ele devolva felicidade; quem fala o que quer deve esperar ouvir o que não quer; quem tem a língua como um martelo, deve sentir constantemente o gosto dos pregos. Há aspectos importantes do nosso falar que precisam se alinhar com a Paz de Cristo. Assim ofereço o texto de hoje.


terça-feira, 24 de julho de 2012

O poder do que está no trono




Em 1032, O sábio rei Knut Sveinsson, Canuto I, O Grande, da Inglaterra, deu uma gran­de lição aos seus súditos bajuladores. Eles diziam:
-  Tu és grande e todo-poderoso. Ninguém em todo o universo ousaria desobedecer-te. Tua glória e teu reino se­rão para sempre, ó rei!
Um dia, o rei ordenou:
- Tragam o trono. Agora, sigam-me até a praia. Ali, cercado de toda a sua família e de toda a nobreza, mandou colocar o trono no meio da água do mar quando a maré estava baixa. Sen­tou-se sem nada dizer e todos se admiraram. Em pouco tempo a maré começou a subir molhando os pés do rei, e de toda a sua corte. O rei levantou as mãos sobre o mar e ex­clamou com autoridade:
- Esta terra onde estou é minha e todos obedecem à mi­nha voz. Ordeno-te, pois, ó água, que voltes para o mar e que não molhes os pés do rei. Como rei, ordeno-te, que vol­tes já para o mar.
Mal acabou de pronunciar estas palavras, uma onda forte, espumando branco com enorme estrondo, quebrou, molhando não só os pés, mas todo o corpo de todos, e arras­tando alguns para dentro da água.
Então, solenemente, o rei deu esta sábia sentença:
-  Que todos os povos da terra saibam que os reis não têm autoridade alguma, a não ser aquela que Deus lhe dá. O poder dos reis é coisa vã. Ninguém é digno do nome de rei, a não ser aquele que criou a terra e o mar, e cuja pala­vra é a lei dos céus e da terra.
Hoje, na cidade de Southampton, numa antiga parede, bem perto do mar, há uma placa com estes dizeres: "Neste local, em 1032, o rei Knut repreendeu toda a sua Corte.”

Nós tendemos a procurar entre os homens alguém que possa resolver todas as coisas, deter todo o poder. Os ídolos da música levam os fãs (súditos?) ao delírio, pessoas passam dias em uma fila para conseguir um espaço próximo deles no show. As pessoas mudam as roupas, sapatos e cabelos para imitá-los; os presidentes carismáticos são tão influentes que podem eleger as esposas mesmo depois de mortos; e temos tantos exemplos de pessoas que conseguiram destaques e seguidores, que o twitter demonstra muito bem isso, senão o facebook. 

Às vezes, alguns se elevam e exigem adoração. Ouve um rei exigiu adoração a si mesmo no tempo de Daniel. Mas três homens não se dobraram a Ele pelo mesmo motivo que o rei Knut não aceitou a bajulação:

14  Falou Nabucodonosor e lhes disse: É verdade, ó Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vós não servis a meus deuses, nem adorais a imagem de ouro que levantei? 15  [...] se não a adorardes, sereis, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos? 16  Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: [...] 17  Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. 18  Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, [...] (Daniel 3: 14-18).

Nós temos um problema quando atribuímos o poder de divindade a um ser humano, seja a nós mesmos, seja a outra pessoa. A destruição está às portas. Vemos em praticamente todas as sociedades antigas e atuais esse tipo de conduta. No antigo Egito, adoravam o faraó; em Roma antiga, se adorava o Imperador; e no nazismo, onde se adora(va) o Fürer, Hitler. Tomando um homem como modelo, sociedades lhes permitiram poderes para executar o que lhe viesse à mente, por mais sórdido, depravado e cruel que fosse. Mas, pelos frutos, podemos perceber que seguir por esse caminho só vai nos levar a eleger políticos pela aparência, comprar roupas porque parecem com os astros pop ou da novela, mesmo que pareçam ridículas em nós, e o vazio vai permanecer. Isso só mostra que a força dessa tendência não a torna positiva.  


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um veículo chamado vida





Tenho carteira de motorista desde 1995. Não sou nenhum ás do volante, mas procuro sempre dirigir com cuidado. Sempre achei que fazia isso direito até que minha melhor amiga, há uns dois meses me deu a maior notícia anti-ego do ano:
- Quando você dirige me estressa!
Fiquei arrasada... Afinal, pensava que o estresse dela era porque não era ela quem estava na direção. Todo motorista no lado do co-piloto fica pisando nos freios e passando marchas mesmo. Confesso que ela dirige dez vezes melhor que eu e, sempre que posso, passo-lhe a direção. Mas, tive coragem: 
- Por quê? – ousei perguntar.
- Porque você freia em cima dos carros! – respondeu, sem piscar.
- ????? Eu? – destruiu-se meu ego de prudente.
Nunca imaginei que fazia isso. Para mim a distância estava ótima... Nunca imaginei que estava sendo imprudente... Agora, já diminuo bastante de longe e chego bem devagar perto dos carros. Ela realmente deixou de suspirar. Acho que minha amiga via uma batida cada vez que parava o meu carro atrás de outro.

Eu nunca tinha visto problema nisso. Pouco uso dos freios pode ser um problema sério. E se tomarmos a lição para a vida, podemos estar investindo toda a força do nosso motor para chegar, mas se não usarmos os freios corretamente, a viagem pode acabar em tragédia e não chegaremos ao destino.

Nós vivemos numa sociedade em que a força do motor vende bem os carros, mas os freios não têm tanto valor. O que é mais importante, um motor XXXXX válvulas, Xtrocentos cilindros, ou air bags, cintos de segurança e freios ABS? Nós tendemos a não valorizar as coisas que nos retém, mas sem elas, as que nos levam adiante perdem seu sentido. Na vida espiritual é da mesma forma. O que nos freia? A bíblia diz: “o prudente vê o mal e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena.” (Provérbios 22:3).  Epa! Ouviu essa cantada de pneu? Acabou de deixar a marca no asfalto... O freio impede a pena, ou seja, o sofrimento, que é a consequencia da prática do mal. A Palavra ensina a frear para não entrar em certos caminhos:

Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo; pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém; porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências. O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam. (Provérbios 4: 14-17, 19).

Mas há caminhos, nos quais você pode acelerar, as vias expressas da bênção: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4:18).

domingo, 22 de julho de 2012

Se fosse no sertão era assim: Dez coisas de se arreparar...




Dez mandamentos nos deu
o Senhor de toda criação.
Feliz de quem atendeu,
merece toda admiração.
Pois, Deus faz o que prometeu,
e lhe guarda a vida e o coração.


É o mesmo sol que me alumia
e que de noite vai se deitar.
Deus é um somente também
e seu brilho não dá a ninguém.
É como a lua, solteira que rebria.
Espiche os olhos pra espiar...

Ainda que eu fosse inteligente
e fosse o artista mais famoso,
ia fazer um trabalho indecente
se eu tentasse pintar a verdade,
ou se fosse talhar a bondade,
não havera de ser tão tinhoso.

Se Deus está onde é chamado,
então, tenha o maior respeito,
não chame de qualquer jeito
Aquele que é o mais separado.
Cuidado com o que é falado
pra não ser repreendido.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Livre para a vida




A pior decepção que se pode ter é consigo mesmo. Por isso me surpreendo quando as pessoas decidem não perdoar. Todo princípio de vida que usamos, retorna sobre nós. Assim, o que será dessas pessoas quando elas se decepcionarem consigo mesmas? Sob a demanda cada vez maior dessa vida diária, corrida contra o tempo, somos assaltados por milhares de compromissos e exigências difíceis de gerenciar e as quais, ao menor descuido, descobrirão as nossas fraquezas e trarão suas conseqüências.

Não fomos preparados para tanta demanda. Nunca nos disseram o que fazer quando estivéssemos esgotados e nem a gerenciar dez ou dezenas de solicitações de papéis diferentes ao mesmo tempo. Vamos à escola e ganhamos um diploma, mas ele não nos explica nada da vida. Como manter a mente e as emoções em harmonia dinâmica, lidar com perdas e saber quem somos, ao mesmo tempo em que precisamos produzir? Como construir esse equipamento intelectual e emocional e usá-lo de forma a resolver realmente essas situações? Não é sem razão que os professores, além da remuneração mal atribuída, estão desestimulados. Precisam de respostas para suas próprias perguntas. Perguntas que, na maioria das vezes, nem tiveram tempo de fazer a si mesmos antes que tudo caísse sobre eles mesmos como quem abriu a porta de um armário entulhado de coisas.

Mas, podemos refletir em alguns pontos com a ajuda da Palavra de Deus e de Cury (2001) e perceber as estruturas básicas para desenvolver habilidades, conhecimentos e atitudes, que nos ajudarão a lidar com as emoções e o intelecto diante dessas dificuldades.

Você recebeu a missão de aprender

Você foi treinado à passividade nos bancos da escola: as perguntas só podiam vir do professor; responder errado era um risco de passar vergonha e não uma oportunidade de aprender; o importante era a nota no final e não o que se aprendia;...  Aprender era uma obrigação sem sal, onde você era o fantoche. Onde você estava durante as aulas? Em qualquer lugar do cosmos. Assim se mata a criatividade, a liberdade e o espírito de tentar e realizar.

Mas, a Bíblia não ensina assim. Veja como Deus ensina a ensinar:

6  Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão [primeiro] nas suas [próprias] mentes e corações; [então] 7  tu as desejarás e estarás atento assim a fazê-las penetrar, ensinar e impressioná-las diligentemente sobre as mentes e corações de seus teus filhos, e delas falarás quando sentar em sua casa e quando caminhar no caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. 8  Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal (testeira) entre os teus olhos. 9  E as escreverás nos umbrais de tua casa e nos teus portões. (Deuteronômio 6:6-9 – Bíblia Amplificada).

Observe como tudo começa no que o mestre (pai) é e termina no que o discípulo (filho), se transforma a partir da experiência, companhia e diálogo contínuos. Ainda que seu pai e seus professores não tenham lhe ensinado assim, é assim que Deus ensina. Não tema ao pedir, perguntar ou aproximar-se de Deus. Ele criou a pedagogia do diálogo e não ficará ofendido. A dúvida é o contrário da fé, por isso Ele está disposto a lhe dar todas as respostas que você puder escutar. Pois: “as coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Deuteronômio 29:29).

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tudo vai ficar bem




Queridos leitores e queridas leitoras, no dia em que escrevi essa postagem, acordei necessitando de um milagre. Comecei a escrever esse texto para mim e mesma. No final, eu conto o que aconteceu. Ao relê-la, hoje, eu senti que deveria repostar. Tenha grande expectativa ao ler. Após ler, compartilhe-a o máximo que puder. Nela, há uma unção que impactou a minha vida tremendamente e sei, no meu coração, que impactará a sua, se você abrir seu coração também. Oro por isso em nome de Jesus. Saiba que Deus nos faz superar problemas de qualquer origem e razão. Ele não está preocupado em focar o que foi, ou no problema, mas no que Ele pode transformar todas as dificuldades e em como vai manifestar a sua glória.

Veja os 10 pontos que Deus listou para eu crer que tudo estaria bem e o seu resultado na minha vida:

1      Seja lá o que for que aconteça, terminará bem se você ama a Deus!

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28). 

Checando: Eu amo a Deus! Amém!

2   O que é mau e lhe faz chorar é temporário e não definitivo!

“Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” (Salmo 30:5). 

Checando: O choro já veio, então, a alegria está garantida em Deus! Amém!


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vencendo a Solidão





Hoje, ouvi uma pessoa dizer que se sentia muito só, pois todos na sua casa tinham a sua família e ele não tinha ninguém. Era um rapaz bem sucedido e com vida econômica estável. Comecei, então, a pensar em todos os que se sentem sozinhos. Nós estamos criando a sociedade do isolamento do individualismo e, portanto, da solidão.

Responda-me: qual o objetivo que você tem para realizar junto com algum grupo de forma voluntária? Não inclua o grupo do trabalho, pois ele não é voluntário. Nem as famílias estão tendo planos em conjunto. Se não há um objetivo em comum, não se configura um grupo, mas um aglomerado de pessoas. Tudo o que fazemos é cada vez mais individualizado. E isso afeta todos os níveis de relacionamento, gerando uma sociedade do egoísmo. Veja o que diz a Bíblia: “busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria.” (Provérbios 18:1).
Cria-se o ciclo vicioso da solidão. Se, por um lado, procuramos nos satisfazer individualmente, surge o paradoxo de que necessidades altamente importantes, como a de afeto, só são realizadas em convivência nos grupos. Como a sociedade vende a idéia de que seremos felizes conquistando coisas materiais, então, para conseguir coisas, nos afastamos mais das pessoas, sentindo mais vazio... E o ciclo se realimenta, nos afastando cada vez mais e, também, nos esvaziando por dentro.

Quando o valor das conquistas materiais supera tudo, qualquer preço pode ser pago para consegui-las. Assim, todos os valores vão se deteriorando por uma satisfação que é também material. Tudo se materializa e logo depois se desintegra... Amor vira sexo e fica apenas o tempo do prazer, que se apaga rapidamente como todas as lembranças sem importância... A realização profissional vira uma carreira e uma busca desenfreada por vantagens econômicas... Bem-estar se transforma em fixação por padrões de beleza e pode se transformar em anorexia, bulimia e milhares de procedimentos estéticos “corretivos”, que na realidade são apenas brotos da árvore da auto-rejeição. Pessoas viram consumíveis: pera, maçã, melancia... Só que fruta é chamado de “perecível” no mercado. Tem o prazo de validade muito curto. Tudo e todos se tornam  objetos e descartáveis. Deus tem um hall da fama especial e não uma banca de mercado: “quanto aos piedosos (santos) que estão na terra, são eles os excelentes, os nobres e os gloriosos, nos quais tenho todo o meu prazer.” (Salmo 16:3 – Bíblia Amplificada).   


E, se você não se rende a materialização de tudo, será criticado por aqueles que passam correndo na maratona das conquistas materiais passageiras. Um prêmio que deve ser rapidamente comemorado, pois estará fora de moda ou perderá o sabor na próxima semana. E  nenhum dos que lhe incentivam a entregar a sua vida nessa corrida vai se responsabilizar pelas conseqüências, que você terá de arcar sozinho e cada vez mais sozinho. Por isso, o alerta: “4 Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. 5  Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus.” (Provérbios 23:4-5).


domingo, 15 de julho de 2012

Se fosse no sertão era assim: A resposta do matuto


É preciso pensar direito,
pois esse mundo sem jeito,
diz que o preto é branco
e o torto ficou foi liso,
mas vê no reto um barranco,
pois guarde bem o seu siso.

Já viu seixo em beira de rio?
Vou lhe lançar um desafio:
Atire na água e faça ele boiar.
Pois é lei da natureza,
o mais pesado afundar.
Tem lei em toda a beleza.

Se tudo na vida tem limite
pra vida poder continuar,
quem foi que fez o convite
para o juízo se aposentar?
Tem o certo e o errado existe
e é possível de provar.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Clareando as idéias para ser feliz




Tenho escutado constantemente que isto e aquilo é preconceito. Mas, basta fazer uma pergunta e não consigo uma resposta tão rápida: Afinal, como você distingue que uma resposta é um conceito ou um preconceito? Se você realmente buscar a verdade e a justiça, verá que discernir isso não é tarefa tão fácil e nem pode ser feito de modo tão descuidado como tem sido feito, pois suas implicações são muito sérias para a nossa vida e a vida da sociedade.

A palavra conceito só aparece uma vez no novo testamento, na versão atualizada, quando Jesus fala sobre os princípios que regem o casamento. O texto diz: “Jesus, porém, lhes respondeu: nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado.” (Mateus 19:11).  O dicionário Houaiss (2009, p. 1) traz as seguintes definições de conceito que fazem paralelo com o sentido que Jesus usa na frase citada:

1 faculdade intelectiva e cognoscitiva do ser humano; mente, espírito, pensamento. [...]; 2 compreensão que alguém tem de uma palavra; noção, concepção, idéia. Ex.: seu c. de moral é antiquado. 3 Derivação: por extensão de sentido. opinião, ponto de vista, convicção. Ex.: em seu c., qual é o melhor dos dois?

No original, é utilizada a palavra Logos, tendo o sentido de algo que personifica um pensamento e uma atitude expressos numa palavra. Jesus é o Logos de Deus, é a expressão de Deus, é o conceito de Deus. Um conceito, portanto, é a idéia que se move por trás da palavra dita.

Preconceito, por sua vez, é uma palavra derivada da anterior. Mas, com a preposição “pre”, ela ganhou um significado negativo. Assim, preconceito significa:

1 qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico.
1.1       ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado sem conhecimento abalizado, ponderação ou razão.
2          sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância. Ex.: p. contra um grupo religioso, nacional ou racial.
3          conjunto de tais atitudes. Ex.: combater o p. (HOUAIS, 2009, p.2)

Você pode perceber que, mesmo baseado em conceitos, o pré-conceito abre mão da nobreza de examinar-se e de examinar a ideia que abraça para ver se de fato é assim. A bíblia conta desse tipo de nobreza: “ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17:11).

Parece haver uma ilusão generalizada de que alguém possa examinar qualquer situação ou idéia proposta sem levar em conta um referencial pessoal, mas isso é simplesmente impossível. O nosso cérebro não funciona assim. Todos nós vemos a vida através de uma lente de conceitos entrelaçados, mas nem sempre coerentes entre si e com nossas ações. Tanto a expressão do que pensamos é falha como a nossa compreensão é limitada ao que conhecemos.

Isso é comprovado pelas pesquisas em Psicologia Cognitiva: “embora tanto as palavras como as figuras possam ser usadas para representar coisas e idéias, nenhuma forma de representação mantém realmente todas as características daquilo que está sendo representado.” (STERNBERG, 2000, p. 151). Por extensão, se não expressamos perfeitamente o que está dentro de nós, tudo o que é dito pode ser mal entendido. E este ainda não é o problema total. Então, entre conceito e preconceito, qual é a diferença? Concorda comigo que não é uma resposta fácil? Que tal pensar sobre isso hoje? Porque certamente isso influencia fortemente sua vida e seus relacionamentos.



domingo, 8 de julho de 2012

Com Jesus, um peixesó basta



O Senhor me falou muito através de sua Palavra no texto que conta de quando Ele resolveu um problema com apenas um peixe. Só que para Jesus, um peixe nunca é só um peixe. Se Ele diz que é solução é solução. A história conta o seguinte:

24  Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?
25  Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?
26  Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos. 27  Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti. (Mateus 17:24-27)

O imposto de que trata o texto era o imposto de manutenção do templo cobrado desde a época de Moisés (Êxodo 30:11ss;38:25-27). Era uma espécie de memorial da remissão (1 Pe 1:18-19). Nesse momento da narrativa de Mateus ele exaltava o Messias humilde, que abria mão de seus direitos. Sendo o dono do templo como Filho de Deus, Ele respeitou os judeus pagando o tributo como qualquer pecador pagaria.

Esse milagre é muito especial sob vários aspectos: foi o único milagre que Jesus realizou e incluía as suas necessidades; foi o único milagre envolvendo dinheiro; e o único milagre envolvendo apenas um peixe.

A sequência de acontecimentos até o dinheiro ir parar no peixe e o peixe na mão de Pedro mostra Deus movendo a criação para suprir as necessidades de um simples homem. Algo teve que acontecer na terra para que a moeda parasse na água, algo teve que acontecer na água para que a moeda fosse parar na boca do peixe, algo que teve que acontecer em Pedro para que ele cresse e fosse buscar a moeda. Não há como dizer entre todas as possibilidades que isso foi uma coincidência, mas era Deus mostrando a sua Providência.
Observe o cuidado de Deus, pois a situação ocorria entre Jesus e Pedro diretamente. Jesus ministrava individualmente a um homem sobre fé. O Senhor estava construindo na prática e no coração de Pedro esse trecho em 1 Pedro 5.7: lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.”

Jesus constrói sobre um relacionamento. Ele desenvolveu uma história com Pedro. Ele já tinha visto Jesus curar sua sogra (Marcos 1:29-34); a pesca falida virar milagre de provisão (Lucas 5:1-11); tinha andado sobre as águas (Mateus 14:22-33) e ainda ia experimentar muito mais: Jesus consertar o que ele tinha destruído, como a orelha de Malco (Mateus 26:47-56); e libertá-lo da prisão (Atos 12:1). Por isso, Pedro andava certo de que podia lançar sobre Jesus toda a ansiedade (1 Pedro 5:7). É esse Jesus que escreve uma nova história e conserta os erros do arrependido e do sincero, que veio para nós e se oferece a você para suprir a sua vida de uma forma sobrenatural ainda que todo o mundo precise se mover para isso.

Nessa história, podemos ver os quatro elementos necessários para vir esse milagre:

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