quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A obra-prima de Deus é você



Uma das revelações mais belas com que Deus me presenteou foi a de  que Ele nos vê não apenas como uma cópia semelhante a Ele, mas como a maior obra das suas mãos. A carta de Paulo aos Efésios diz, no verso 10 do capítulo 2,  que somos feitura de Deus... Mas esta tradução perde a força do grego original. Na versão da bíblia amplificada, o versículo ganha a seguinte dimensão:

Monalisa de Leonardo da Vinci
Pois nós somos o próprio trabalho manual de Deus (obra de arte dEle), recriados em Cristo Jesus, [nascidos de novo] para que nós possamos fazer boas obras as quais Deus predestinou (planejou antecipadamente) para nós (tomando caminhos pelos quais Ele preparou antes do tempo), para que nós caminhássemos neles vivendo a boa vida que Ele preordenou e deixou pronta para nós vivermos. (Efésios 2:10 Bíblia Amplificada)

 Pense na Monalisa de Leonardo Da Vinci... É o quadro mais visitado em todos os quadros visitados nos museus do mundo. Ela não é nada comparada à obra-prima de Deus: você em Cristo.

Houve um período em que o objetivo dos artistas era retratar com o máximo de exatidão a forma daquilo que pintavam. Mas, no movimento modernista, a preocupação da arte era gritar uma mensagem com o pincel. Era trazer uma nova leitura da realidade e assim fez Picasso. Sua obra-prima foi Guernica, o horror da guerra expresso pelo pincel do artista.

Assim, artistas procuram contar o que sentem, contar o que as pessoas vivem, há uma história de vida atrás de cada obra de arte. Uma obra-prima nasce de pelo menos três coisas: 

1º. Dos sonhos e planos do artista criador
2º. Do toque do artista criador
3º. Da extrema paixão do artista pela sua criação

O sonho de Deus para a sua vida é a visão do artista




quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Receba a plenitude da justiça na sua vida!




É completamente diferente receber um direito de receber um favorecimento. A justiça exige que nós cumpramos nossos deveres,  se nãos os cumprirmos que cumpramos as punições devidas e que recebamos os nossos direitos. Uma pessoa é considerada justa perante a lei de Deus se ela não deve nada à lei. A pessoa considerada justa diante de será prontamente atendida em seus pedidos, pois “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5:16).

O grande problema é que diante da lei de Deus ninguém é perfeito. Porque o preço para pagar o pecado é a morte (Romanos 6:23a). E Adão perdeu a vida espiritual quando desobedeceu a Deus, fazendo nascer dele uma geração de pessoas afastadas de Deus e nascidas no pecado. A semente de Adão é a genética do pecado. Logo, todo descendente de Adão nasce em dívida com Deus. Mas, Deus usou a semente da Palavra e gerou seu filho no útero de Maria, que creu: “Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.” (Lucas 1:45). Jesus nasceu sem pecado, sem descendência de Adão, para tirar o pecado do mundo. Deus tomou Jesus, um homem sem pecado, para pagar a dívida de todos os homens pecadores do mundo: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21). Observe que mudamos o status de pecadores, filhos de Adão, para filhos de Deus em Cristo, justiça de Deus.

O plano de Deus resolve em Cristo esse problema, igualando a humanidade também para a solução: “Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem.” (Gálatas 3:22). Essa justiça nos foi dada pela substituição de Cristo na cruz, pagando o preço do pecado. Não fomos inocentados sendo culpados. A sentença condenatória foi dada e nós recebemos a pena máxima, mas Jesus a cumpriu em nosso lugar.

Havia duas penas terríveis no império romano. Uma era o flagelamento e outra a crucificação. O flagelamento consistia em açoitar o condenado com um chicote com pontas de ferro e osso que cortavam as costas, os ombros, as pernas, os braços do condenado até aparecerem as veias. Jesus foi moído, literalmente: “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.” (Isaías 53:10).

Mas, não foi “apenas” moído. Ele levou o peso dos pesos, a morte em crucificação.  A morte em cruz era uma sequência de tormento sem fim. Os pregos eram afixados de forma a ficarem antes dos nervos nos pés e nos pulsos. Para respirar, o preso precisava forçar a ferida do pé e, com isso, tocava no nervo, o que lhe dava  um choque nevrálgico em todo o sistema neurológico. Pela posição dos braços, o oxigênio diminuía e as câimbras tomavam conta do corpo do condenado que mal poderia falar. Por isso as frases de Jesus na cruz eram tão curtas. Essa tortura era tão terrível, que o historiador Josefo registrou que três pessoas foram retiradas da cruz após uma hora e só duas sobreviveram. Mas a cruz tinha o peso espiritual mais terrível: “Se alguém houver pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num madeiro, [...] o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus;” (Deuteronômio 21:22-23).

Na cruz, Jesus se fez doença, pecado, maldição, foi lançado da presença de Deus, para que nós pudéssemos CONQUISTAR O DIREITO EM CRISTO de estarmos na presença dEle, sem débito ou culpa, tornado justos, em Jesus Cristo:

pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. (Romanos 3:23-26)

Essa é a bondade de Deus para todos:

para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2:7-9).

Há muito o que se compreender sobre a plenitude, a perfeição dessa justiça de Deus e a nova posição que ocupamos em Cristo. Recebendo a posição de justos, somos agraciados com uma nova natureza para fazer o que compete a justos, uma nova relação de aceitação com Deus, uma nova autoridade espiritual contra o acusador e muito mais, que vamos tentar esboçar nesse texto a seguir.

Jesus foi ferido para nós termos acesso à cura


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Trazidos aos braços do Pai




No Sábado passado estava reunida com os jovens, quando de repente disse: “Hoje, vou fazer uma revelação muito importante aqui.” Claro que todos os olhos se arredondaram. Muito mais quando disse o seguinte: “Há alguém aqui que não é filho legítimo, mas adotivo.” Não dá para descrever a reação no grupo... Enquanto todos mastigavam e tentavam engolir uma revelação dessas diante do grupo, eu disse: “Abram suas bíblias em Efésios 1:3-5...” Abriram com uma rapidez invejável. E lemos:

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, (Efésios 1:3-5)

 Cada um daqueles que deseja ser abençoado por Cristo, que deseja as bênçãos espirituais em Cristo Jesus, também precisa entender que só conseguirá isso se for adotado por Deus. Se é preciso ser adotado, é porque ninguém nasce filho, apesar do dito popular. Observe a condição em João 1, verso 12: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;” (João 1:12). Deus moveu-se do seu trono em direção a nós com a intenção não apenas de obter servos, mas de adotar filhos e num conceito de adoção que vem dEle mesmo.

Nós não temos noção do tamanho da revelação do que é o amor de Deus por nós como filhos, senão falar de adoção ou supor que alguém fosse adotado não seria possivelmente vergonhoso, mas uma honra. Alguém que é amado é escolhido para ser amado. Essa pessoa tem certeza de ser querido. Coisa que o filho de sangue nem sempre tem, principalmente aqueles que esperam nas instituições para serem adotados.

A cultura da adoção no Brasil tem suas raízes no preconceito português, que não aceitava nenhuma filiação além da biológica e mantinha todo o tipo de restrições, inclusive (ou principalmente) religiosas aos direitos e identidade dos filhos adotados. A legislação no Brasil é nova e só começou a ser delineada em 1916, permeada de limites de idade e condições de adoção. Em 1957, os filhos adotivos só tinham direito à metade da herança dos filhos. Somente em 1979, os filhos adotivos começara a ter direitos iguais aos filhos biológicos e as próprias crianças deixaram de ser tratadas como propriedade dos pais. E em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabeleceu direitos iguais de herança e filiação para os filhos. Porque até bem pouco tempo o registro de filiação indicava se era pai ou mãe adotivos. A base do próprio direito saiu da biologia para a afetividade. Hoje, legalmente, a adoção deve ser compreendida como ato de amor, solidariedade, afetividade e bondade.

Mas acontece algo na adoção, a quebra de todos os vínculos do adotado com sua família de sangue, menos a restrição de casamento. É vida nova, nova família, nova posição e nova herança, novo nome. Esses mesmos princípios vigoravam no período em que Paulo escreveu que os que crêem em Jesus foram predestinados para a adoção.

Na época em que Paulo escreveu o adotante não podia ter outros filhos, deveria ser homem, mais velho que o adotado 18 anos. Existiam dois tipos de adoção. Um que podia ser desfeito e outro definitivo. A crença de que o filho mais velho deveria conduzir o funeral do pai deixava os romanos acessíveis à adoção, para que o filho o conduzisse ao descanso. No caso de adoção permanente e definitiva, um escravo era comprado para ser filho e dar continuidade à vida do pai, honrá-lo na morte e receber sua herança. Nós fomos adotamos por Deus para sermos portadores de sua vida, honrá-lo e receber sua herança.

Além disso, a palavra adoção no grego não é uma agregação do latim ‘adoptio’. É uma conjunção maravilhosa de duas palavras que lhe dão um significado profundo. A palavra é “uiotesia”, conjunção de Uio, filho, e tesia, colocado por Deus. Essa revelação é maravilhosa, porque há duas palavras para filho no grego: uio, filho nascido e criado, filho que goza da intimidade com o pai e teknon, criança, alguém que é filho biológico de uma pessoa. Então, adoção, significa ser tomado por Deus para ser colocado no mesmo relacionamento de um filho querido, íntimo com o Pai, alguém que goza da presença e da amizade do Pai, e mais que foi colocado por Deus nessa posição. Isso não é adoptio, não é romano, não é humano, é uiotesia, vontade de Deus.

Deus tem uma vontade em seu coração para nós, que mudemos a nossa relação de serviço, de medo, de distância, para gozarmos da intimidade devida aos filhos. Em Jesus, não precisaremos entrar temerosos na sala do patrão, mas podemos correr para o trono e ficar nos braços do Pai. Por esse motivo, para nos ter como filhos amados, Ele enviou seu filho amado para morrer na cruz e tirar os pecados dos nossos pais pecadores, e poder nos adotar, cortando os laços com o passado e nossas heranças terrenas nos dar uma nova família, novo status, nova herança, nova vida, nova morada a seu lado. Nós precisamos ser adotados por Deus. Se nós quisermos continuar sendo filhos legítimos, teremos a herança de Adão, mas se compreendermos o poder da adoção, da escolha de Deus, poderemos ouvir com nossos corações: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (João 15:16).

Filho anda seguro 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ao pé da fogueira, a Vida se aquece


Você conhece essa história? Veja se você a reconhece...

Ele estava ali encurvado, procurava se aquecer do frio da noite gelada. Parecia concentrado no tumulto que havia na casa, mas procurava disfarçar o interesse... Logo me virei e continuamos a conversa. O assunto era o barulho na casa do patrão. Um homem estava sendo interrogado lá e nós bem sabíamos em que ia dar aquilo.
O pessoal contava uns aos outros o que havia acontecido quando foram prendê-lo. Uns espantados, diziam:
- Quando ele disse quem era todos nós caímos!
- Esse é exagerado demais! – e sorriam outros.
- Eu estava lá, rapaz! – reafirmava o primeiro.
E a conversa aumentava o volume, enquanto se ouvia de dentro da casa o coro dos donos e dos seus amigos mais irritados a cada palavra do homem. Inquietava-se mais o homem perto da fogueira. Parecia lhe subir um frio pela espinha a cada seção de tortura e humilhação que seguia ao interrogatório... Comecei a prestar atenção nele. Achei que o conhecia de algum lugar...
Ele veio com João, conhecido do Sumo Sacerdote, que o colocou para dentro. Fui eu quem abriu a porta. Mas, desde que chegou, está ali, parece que está acuado, assustado e, sempre que pode, espia o interrogatório... 
Espere!... É ele!...
- Você também é um deles! Você estava lá com esse preso!
- Eu não o conheço, mulher! – saltou ele de lá, apavorado com o que eu disse. E o pessoal que estava conversando começou a prestar atenção nele. Eles tinham acabado de voltar da captura de um tal profeta que estava dando trabalho ao patrão. O homem ficou branco, disse que não o conhecia, mas eu tenho uma memória boa... É ele sim!
O galo cantou. Já eram lá pelas três da manhã. Quando os patrões dormem tarde, a gente também dorme, né. O homem aflito subiu para o terraço da casa. Acho que queria ouvir melhor ou sair de perto de mim. Só que o pessoal que tinha voltado com o prisioneiro estava lá e o parente de um rapaz que foi ferido na prisão o reconheceu também. Aí, ele se apavorou tanto que jurou que não conhecia o preso. Foi demais. Se ele conhecia, certamente não era seu amigo. Porque o preso estava apanhando de dar dó. Era tanta gente falando contra ele e ninguém se entendia, o patrão já estava pra lá de irado. Vi a hora o pessoal linchá-lo ali mesmo.
Ôpa, eu não sei o que foi que ele disse agora, mas todo mundo começou a gritar! Está um alvoroço só! Todos estão gritando: “Blasfêmia!!! Blasfêmia”.  E quando o patrão diz isso, o destino do preso está selado... Chamei um colega e disse minha desconfiança:
- E aquele homem que estava aqui? Você não o acha parecido com os que andavam com esse preso?
- É mesmo! - começaram a dizer todos. 
E foram se aproximando...
-Ei, você aí... Você estava com ele! O seu sotaque e o jeito de falar diz que você é da Galiléia, como ele!
- O homem desesperou de vez: gritou, jurou e praguejou dizendo que não estava com o outro... Foi uma cena. E o galo cantou a segunda vez. Ai, que madrugada fria... Engraçado mesmo é que quando o galo cantou, o homem que estava sendo interrogado, já todo machucado... (porque os guardas do patrão não são brincadeira...) pela primeira vez, tirou os olhos dos que estavam em volta e olhou por instantes para o homem que o tinha negado e praguejado da sua amizade. Logo depois, saíram arrastando-o  pra casa do juiz para vai apanhar mais... Lá é pior ainda. De lá não se sai vivo. Estranho aquele olhar...
- Ei, cadê aquele homem que estava por aqui?
Uma colega respondeu:
- Saiu por ali, chorando feito menino. Parecia uma criança que tinha perdido o pai...
E não é que ele conhecia mesmo o preso? Eu só entendi tudo quando o homem foi crucificado e lá na cruz disse:
- Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.
Depois, encontrei aquele homem da fogueira em Jerusalém, pregando sem medo sobre esse preso, Jesus. Ele dizia que tinha recebido uma nova oportunidade e que essa nova oportunidade era para todos. Até para os que uma vez o tinham negado com todas as forças. Que Jesus recebera a ressurreição e dava vida nova.

Jesus está olhando para você? O olhar dele é uma oferta de perdão para os seus pecados e oportunidade de iniciar uma vida com Ele. Aceite.

Você pode orar assim:

Senhor Jesus, eu quero que o Senhor seja o meu amigo e me restaure. Ajude-me mesmo quando eu não tiver forças para segui-lo como devo. Restaura-me e guia-me, Senhor, perdoa-me as vezes em que te neguei... Concede-me isso Pai do céu, eu te peço em nome de Jesus.

Mensagem romanceada baseada no relato bíblico de (Mateus 26; Marcos 14; Lucas 22; João 18; Atos 2).



sábado, 26 de janeiro de 2013

Guarde bem os seus sonhos





Há mais de vinte anos li esse poema e nunca o esqueci. Essa idéia e sentimentos me deixam alerta para vigiar aquilo que está em construção na minha vida. Foi escrito por um homem que morreu lutando contra a falta de liberdade na Rússia socialista. Leia-o e verá que força ele traz:

Na primeira noite,
eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite,
já não se escondem,
pisam as flores,
matam nosso cão.                
E não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua,    
e, conhecendo nosso medo,                 
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,                        
já não podemos dizer nada.

(Vladimir Maiakovski)

É claro que o contexto do poeta era mais sangrento e duro fisicamente do que nós temos agora, na ausência de guerra armada. Mas, não é um tempo sem luta. Entretanto, por todas as coisas que deixamos passar por nós sem nos dar conta de que estamos sendo lesados; por todas as vezes que, sem perceber, deixamos ser rasgados dos nossos sonhos e nos acomodamos; por todas as vezes que abrimos mão, quando deveríamos resistir ao diabo e fazê-lo fugir de diante de nós (Tiago 4:7), precisamos refletir nisso hoje.

Hitler escreveu em seu livro “Minha Luta” que a estratégia que ele usava para convencer as pessoas a matarem milhões de seres humanos de outras raças e posturas e obedecê-lo cegamente era baseada em três pilares: dessensibilização, bloqueio e conversão. Elas são utilizadas ainda hoje de muitas formas causando prejuízos incalculáveis à sociedade e à fé.

O primeiro passo, dessensibilização, consistia em reconstruir o conceito de nacionalidade e raça, fazendo parecer válida qualquer ação para defender quem “realmente” era alemão ou da raça ariana. Na dessensibilização, quem deseja conquistar a mente da sociedade, faz o que é certo parecer errado e o que é errado parecer certo, assim consegue adeptos dispostos a tudo para defender a idéia proposta como certa. Essa é uma técnica antiga do diabo e a bíblia chama de cauterização da consciência: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,” (1 Timóteo 4:1-2).

A palavra utilizada para cauterizada no original significa tanto cauterizar, que é fechar um ferimento com queimadura, quanto tornar insensível. A pele que está na cicatriz de uma cauterização é insensível. A consciência, a percepção moral de uma pessoa, pode ser cauterizada, feita insensível, assim ela se volta contra o ensino da verdade por dar ouvidos a mentiras.

O segundo passo era o bloqueio, basicamente significava tornar a imagem de todos os oponentes de Hitler ou seus alvos em verdadeiros demônios: os judeus “deviam” ser odiados porque crucificaram Jesus; os negros por que eram de uma raça inferior que “poluía” a raça ariana; e assim sucessivamente, uma série de argumentos injustos, mas tidos como lógicos eram utilizados. Todos os dessensibilizados estariam voltados contra aqueles que podiam criticar o regime com ódio irracional, capazes de qualquer coisa para defender e fazer o que dissesse seu líder, como se fosse a si mesmos. Tudo o que os “demônios” utilizassem como argumento em sua defesa não seria escutado. E todos os inimigos das falsas idéias seriam tomados por inimigos dos que fossem seduzidos por elas.

Porque você acha que os muçulmanos perseguem e matam cristãos entrando em suas casas e exterminando crianças de colo, e desejando exterminar a sua semente da terra? E porque os americanos são chamados por eles de demônios? E porque os times de futebol são idolatrados a ponto de uma torcida atacar a outra por causa do resultado de um jogo? É porque o diabo sabe que a nossa carne é partidarista (Gálatas 5:19-20). O partidarismo fanático é uma temerosa reação instintiva, que deve ser cuidadosamente vigiada.

Deus se ocupa de idéias. Nossas idéias podem ser questionadas, aceitas ou não, mas agredir uma pessoa porque ela pensa de uma forma diferente não é mudar nada, é servir à violência. E eu garanto que há mais cristãos sendo perseguidos e mortos por dizerem o que pensam sobre Cristo, do que pessoas que não concordam com os princípios de vida cristãos. Mas, essa minoria que não concorda com os princípios de vida cristãos está sendo pintada de vítima e isso faz parte da instigação a um pretenso “contra-ataque” ao cristianismo.

Deus ama o pecador e abomina o pecado, para resgatar o pecador Ele enviou Jesus que morreu por nós na cruz e mostrou o mal do pecado e o poder que Deus tem de restaurar o que está morto. Deus dá uma oportunidade de mudar o  pensamento, arrepender-se, mas não levará ninguém à força para o céu, por mais que Lhe doa nos vê-los enterrados em morte e destruição. O Espírito  Santo convence (João 16:8), essa é uma vitória que só o Espírito Santo pode dar: “[...] Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 4:6).



O partidarismo destrói a igreja



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Quebrando os ciclos de destruição





Tenho visto muitas dificuldades surgirem nos relacionamentos pelas pessoas entrarem em ciclos de realimentação das suas dificuldades emocionais. Há pessoas que passam a vida repetindo ciclos que as ferem, mas não percebem que estão dentro deles e sendo destruídas. Eu percebi vários tipos de ciclos nas pessoas que aconselhei, um deles é o ciclo da rejeição.

Primeiro, vem a mágoa da rejeição, que deixa a pessoa na expectativa de ser ferido novamente. O que faz com a que pessoa perceba qualquer reação dos outros a ela como rejeição, não importando se é verdade ou não. O crivo de leitura de mundo de uma pessoa rejeitada é prejudicado e distorcido.

Em seguida, vem a fase da solidão ou o isolamento, que é auto-imposta. Vendo a rejeição apontar (real ou não), a pessoa se coloca na defensiva e agride ou quebra o relacionamento, antes que possa ser rejeitado ou porque acha ter sido rejeitado. É nesse momento que acontece o mais temido por alguém que tem problema de rejeição, a solidão. Essa fase é difícil e dolorosa e pode ser a porta para atividades que entorpeçam a dor. Álcool e drogas são um padrão para amargurados de espírito, como diz provérbios: “Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito; para que bebam, e se esqueçam da sua pobreza, e de suas fadigas não se lembrem mais.” (Provérbios 31:7).

A solidão ou o isolamento leva a pessoa tentar buscar alguém novamente, numa fase tentativa de suprir a carência, mas como tudo é interpretado pelo padrão de rejeição, logo se encontra novamente a “rejeição” e, no nível da emoção, é como se a rejeição “universal” fosse confirmada e todo o ciclo se reinicia e se alarga.

Somente conhecendo o Amor incondicional e perfeito de Deus haverá uma saída desse ciclo de destruição. O Amor é algo que só pode ser vivido pela fé. Se você não crer que é amado, você não poderá usufruir de nenhum amor, principalmente do Amor de Deus, porque a prova de Amor Ele lhe deu há dois mil anos em Cristo, mas você decide aceitar e crer que é amado ou não: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16). Essa prova é a ùnica que você terá. E é a única forma de você ter absoluta certeza do amor de Deus por você. O amor de Deus é o único de natureza imutável.   Aceitar o amor incondicional e gratuito de Deus é o começo de tudo...

A rejeição forma uma espiral, que vai criando a falsa impressão como que provando a cada relacionamento que ninguém lhe ama. Essas falsas comprovações alimentam a depressão e a mágoa, a partir da rejeição. Isso leva ao aumento do nível da depressão, o isolamento e outros comportamentos agressivos, que vão criando uma fortaleza emocional, que lhe isola dos relacionamentos. Até que a solidão por rejeição seja tão profunda, que a morte seja desejada, quer passivamente, através de comportamentos auto-destrutivos e/ou ativamente por tentativa de suicídio, porque a vida não tem sentido sem amor. A descrença na vida e no amor pode chegar a um ponto tal, que a pessoa atente contra a própria vida.

O amor só se pode receber pela fé. Você precisa acreditar que é amado. Jesus deu a vida dEle por nós, mas isso só vai funcionar se nós aceitarmos pela fé. Somente terá valor e funcionará em nosso benefício se aceitarmos que alguém tão perfeito pode nos amar apesar de todos os nossos defeitos. Afinal, essa perfeição só prova a existência desse amor. Um amor perfeito é incondicional. Não se macula a si mesmo por nenhuma razão. Nada pode manchá-lo ou condicioná-lo, Ele é auto-existente. 

Deus é a única forma de se receber amor, quebrar o ciclo e receber ajuda. Só recebemos ajuda de quem confiamos, de quem esperamos que vá nos fazer bem. É quando confiamos no amor de Deus, que podemos quebrar o ciclo e reaprender a nos relacionar,  destruir os laços da amargura que nos aprisionam e nos deixam como tetraplégicos emocionais.

O momento de carência é um momento de fragilidade em que buscamos solução para suprir a nossa necessidade de amor. É nesse momento em que uma porta se abre para a ajuda. Abra as portas para Jesus e você receberá o que realmente necessita.

As raízes do sentimento de rejeição


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Escolha o refúgio seguro



Alguém falou certa vez, que mais importante de que como as circunstâncias vêm contra nós, é como nós vamos enfrentá-las. Eu estive meditando nas reações a situações difíceis e parece que fugir é a tônica mais comum, apesar de sua ineficiência em resolver o problema. Quando somos magoados, por exemplo, queremos evitar a pessoa que nos feriu. Se ela está, nós viramos o olhar, saímos do ambiente, procuramos não ter contato. É uma reação natural de um animal ferido, que se encolhe em um canto. Tem medo, pois está frágil. O ser humano, além do medo, pode ter também o desejo de vingança, que nos leva a perseguir quem nos atingiu e revidar. Não é muito comum agir no sentido de restaurar o vínculo quebrado. Adão e Eva são bons exemplos de pessoas feridas. Eles tentaram três padrões clássicos de esconderijos, que veremos a seguir. E buscaremos algumas soluções na palavra de Deus para não fugir e piorar tudo.

O texto da narrativa de Deus procurando trazer o homem de volta e ele e a mulher fugindo é o seguinte:

A mulher ficou convencida. Reparando na beleza daquela árvore e que a sua fruta era agradável ao paladar e atraente aos olhos, além de lhe dar entendimento, tomou a fruta e comeu-a. Depois, ofereceu a seu marido, e ele também a comeu. Os olhos de ambos foram abertos, e perceberam que estavam nus. Foram então, juntar folhas de figueira para cobrir-se.
Ao cair da tarde daquele dia, ouviram a voz e os passos do Senhor Deus que passeava pelo jardim, e esconderam-se entre as árvores, O Senhor chamou o homem:
- Onde você está?
Ele respondeu:
- Percebi que o Senhor estava se aproximando e fiquei com medo, porque estava nu. Por isso me escondi.
- Quem disse que você estava nu? – perguntou o Senhor Deus.
- Você comeu da fruta da árvore que eu o proibi de comer?
O homem respondeu:
- Foi a mulher que me deste por companheira que me ofereceu a fruta da árvore, e eu comi.
Então, o Senhor Deus perguntou à mulher:
- Por que você fez isso?
Respondeu a mulher:
- A serpente me enganou, e eu comi. (Gênesis 3: 6-13 – Bíblia Viva)

Observe o episódio de esconder-se atrás das folhas de figueira, nas árvores e finalmente na acusação de outra pessoa, sem resolver o problema. A única solução aceitável por Deus seria arrepender-se e assumir sua responsabilidade, mas preferiram fugir. Essas três formas de disfarce perturbam a vida espiritual do homem até hoje, impedindo que estejam na presença de Deus. Abandoná-las é vital literalmente, e sobre isso estamos escrevendo hoje.

As máscaras precisam cair




quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Muito melhor do quevocê imagina





Aconteceu uma coisa comigo que me chamou a atenção para algo importante na nossa vida cristã. Eu comprei um par de óculos de sol na ótica para garantir a proteção dos olhos contra os raios UVB e UVA. Os óculos já vêem na venda com uma bolsa que os guarda, mas ela era de tecido e não os protegeria dentro da minha bolsa com seus mil e um moradores (a famosa “bolsa de mulher”). Então, comprei uma outra bolsa, mais dura, que comportaria os óculos com mais segurança. A moça colocou os óculos dentro da capa nova e saí. Só me dei conta de que tinha deixado a outra bolsa, que era minha por direito, na loja, quando minha sobrinha falou que a vendedora a tinha tratado da mesma forma, mas ela tinha exigido que a bolsa de tecido fosse entregue também.

Quantas vezes estamos sendo lesados na plenitude de nossos direitos e não percebemos? Temos um inimigo que pode não vencer a batalha final, mas vai tentar roubar, matar e destruir, tanto quanto ele possa pelo caminho (João 10:10). O que pode detê-lo é a nossa fé (1 João 5:4). Mas, a fé não é algo nato, instintivo, ela vem de uma fonte alimentadora que é o conhecimento dos nossos direitos e deveres (Romanos 10:17). Ela cresce, como Paulo dizia no cumprimento aos tessalonicenses: “Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, [...]” (2 Tessalonicenses 1:3a).  Jesus repreendia os apóstolos pela sua pequena fé (Mateus 8:26; 14:31), mas elogiava a mulher grega pela sua fé surpreendentemente grande: “Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.” (Mateus 15:28).

A mesma fé que cresce pode desfalecer, desaparecer, pois Jesus disse a Pedro: “Eu, porém, roguei por ti [Pedro], para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.” (Lucas 22:32). E Paulo instrui aos filipenses que deveriam batalhar pela fé: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;” (Filipenses 1:27).   
  
É sobre a plenitude de tudo que a fé em Jesus Cristo nos traz, que vamos tratar hoje. Tudo começa na fé para a salvação. Muitos querem se relacionar com Deus através seus próprios méritos, mas a Palavra de Deus mostra apenas um caminho: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6). O princípio da salvação é a fé, ela é sua base e estrutura: “porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2:8).


A essência é que os homens pensam muito mais de si mesmos para o bem e para o mal do que Deus. Para Deus, o salário do pecado é um só para todos, a morte, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” (Romanos 3:23). Considerando todos os pecados iguais, Deus entregou a todos os homens a mesma chance e forma de salvação: “mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem.” (Gálatas 3:22).

Porquê Jesus Cristo pode salvar? Porque Ele pode tirar o pecado que nos separa de Deus. O livro de Isaías mostra o que nos separa de Deus e o mover de Deus para nos reunir a Ele, tirando o pecado no Cristo:

1  Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2  Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. (Isaías 59:1-2).

Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu. (Isaías 53:12).

Então, se nos arrependemos e pedimos perdão dos pecados, aceitando o pagamento realizado por Jesus, começa o caminho de descoberta de tudo oque Deus tem para nós. Pois esse mover de Deus para acudir o homem chama-se salvação e ela é plena, completa, traz a cobertura total de nossas necessidades.

A plenitude da salvação



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Com muita vontade...




Quando você escuta: Foi a vontade de Deus... A impressão que lhe vem ao coração é de que o correu algo bom ou algo mau? Sinceramente, na maioria das vezes em que escutei essa frase foi depois de um acontecimento terrível como uma morte ou uma grande perda. Mas, será isso a vontade de Deus todas as vezes? Se for, estaremos em maus lençóis... Ainda bem que temos a vontade revelada de Deus na Palavra, que diz: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2).

A primeira coisa que podemos perceber é que a vontade de Deus se opõe à conformação porque para experimentá-la não podemos estar conformados. A segunda, é que a vontade de Deus precisa ser conhecida e aceita como forma de ver o mundo, de forma que mude a nossa mente, a nossa maneira de pensar, renovando-a. A terceira, é que a vontade de Deus tem três qualidades: é boa, perfeita e agradável. Então, seja como for, aquilo que realmente for da vontade de Deus vai terminar em algo bom, perfeito e agradável, se não terminou assim, não terminou ainda ou não está conforme a vontade de Deus.

Outra coisa sobre a vontade de Deus, além de sua natureza, é nossa cooperação com nela. Para muitas pessoas, é como se fazer a vontade de Deus fosse sempre deixar de fazer algo. É certo que os dez mandamentos são impedimentos: não terás outros deuses diante de mim, não matarás, não cobiçarás, não roubarás, não darás falso testemunho, etc. Mas, a vontade de Deus vai muito além dos mandamentos. Ela também está expressa nas promessas:

Observe o salmo 128:

Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR! O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel! (Salmos 128:1-6).

Nesse salmo se expressa a vontade de Deus para alguém que teme ao Senhor: Tem resultado abençoado no seu trabalho, na sua família, prosperidade de Deus o acompanham até às gerações posteriores a ele. Essa é a vontade de Deus para quem teme ao Senhor. Mas, a questão é que nós podemos até não fazer muitas coisas, que realmente estão em desacordo com a vontade de Deus, mas temos aceitado constantemente nos conformar e sofrer com menos do que a vontade positiva dEle para as nossas vidas. É o mesmo erro de praticarmos o que não O agrada, só que tem o sentido inverso. È pouca fé, do mesmo modo que desobedecer os mandamentos. Não estou falando em megalomania, ou avareza estou falando em crer e buscar o melhor de Deus na vida e nos relacionamentos.

O Pai nosso, a única oração ensinada por Jesus, começa olhando para Deus como Pai e para os homens como irmãos e segue logo com o desejo de que a vontade dEle seja feita na terra e nos céus. Mas, será que nós estamos buscando a vontade de Deus de forma positiva? Ou estamos nos acomodando com qualquer migalha que caia no nosso colo? Você busca em Deus o melhor dEle? Ou prefere ficar sofrendo com soluções que não lhe suprem as necessidades? Vive de remendos? Isso é falta de fé da mesma forma.

Jesus veio para garantir o cumprimento da vontade Deus, não só na negação do pecado, mas no assumir da plenitude da bênção de Deus: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele [Jesus] o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.” (2 Coríntios 1:20). Mas como podemos viver a vontade plena de Deus? A palavra tem a resposta:

e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, (Efésios 3:17-20)

A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável e muito maior e mais plena do que nós imaginamos. Por isso, precisamos conhecê-la e buscá-la em todos os seus detalhes e riquezas ao máximo para que se cumpra em nossas vidas, não só a vontade negativa de Deus, aquilo que nós não devemos fazer, mas, principalmente, aquilo que Jesus comprou a tão alto preço o direito de usufruirmos, a vontade expressa nas promessas de Deus. Observe que fazer a vontade de Deus traz a manifestação das promessas:

Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma. (Hebreus 10:35-39)

Deus não promete o que não quer dar. Já pensou nisso? É tão simples... Se Ele prometeu é porque quis. Quem o obrigaria? Ele mesmo prometeu e se obrigou pela sua fidelidade a nos abençoar porque Ele ama dar bons presentes aos seus filhos. Promessa do Pai é direito de filho.

Aquilo que Deus estabeleceu, Ele cumprirá



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Discernindo os alvos para o novo ano




Conta-se uma estória que Ghandi, o sábio pacifista indiano, foi convidado certa vez para um jantar com um governante do seu país, mas indo com um traje modesto para o evento, foi barrado pelos seguranças.

No dia seguinte, enviou uma caixa ao  governante com o seguinte bilhete anexado: “Se o que importa para você é encontrar com o terno, o envio para você.”

Ghandi, líder pacifista indiano
Nós podemos considerar que esse erro de julgamento não é novo na sociedade atual. Nós somos instigados a primarmos pela capa e não pelo conteúdo dos "livros" pessoas. Mas, isso não é um problema novo. Jesus já dizia: “não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.”  (Mateus 15:11 ) e “[...] porque a boca fala do que está cheio o coração.” (Mateus 12:34).

Priorizar o que é interior ao invés do exterior é um desafio a enfrentar nos posicionamentos que tivermos de assumir para os planos do novo ano que se aproxima. Uma das correntes contrárias poderá ser contra a maré do consumismoonde ter é mais importante do que ser, ou até engana como se pudesse determinar o que se é.  Essa versão do materialismo, a Bíblia chama de avareza. Será que aquilo que você planeja adquirir e até se endividar nos seus planos de ano novo tem um motivo que Deus considera justo? Jesus o teria pelos mesmos motivos? Boa questão para alinhar os seus planos de investimento com os de Deus. Se você está planejando ser a partir do ter, esteja certo de que está tentando andar de cabeça para baixo e vai chegar a um ponto de colapso mais cedo ou mais tarde.

Outra inversão de valores é o culto ao corpo, onde as formas e o prazer superam a vida, que anima os gestos e separam o compromisso do amor, transformando pessoas em objetos de culto do prazer ou da vaidade. O externo domina a vida interior e ela se esvazia. Todo mundo quer perder peso no início do ano... “Por que” é a questão. Se for para parecer a Barbie e o Ken, pode esquecer, porque eles não são pessoas. São imagens distorcidas, que nem os artistas de Holywood suportariam. Aliás, segundo os anatomistas, se uma mulher fosse como a Barbie, o útero não caberia em sua bacia. Daí, deduza o restante...  

Amplie seus verdadeiros horizontes


domingo, 20 de janeiro de 2013

Amizade é uma via de mão dupla




Essa estória me emocionou muito. Fiquei de contar para uma amiga, mas não consegui fazê-lo sem chorar. Daí, decidi compartilhar no blog, porque abençoa mais gente.

Dois amigos trabalharam duro, juntos, de sol a sol. Investiam em uma plantação de milho, anos a fio, até que ela pudesse render lucros. Sempre juntos, enfrentaram o frio e o calor naqueles dias de trabalho, até que chegou a grande colheita, onde tiveram muito lucro. Então, alegres, dividiram ao meio os frutos da colheita e foram para suas casas felizes.

Um dos amigos estava na sua cama e começou a pensar: eu tenho muitos filhos e minha esposa abençoada, que compartilharão comigo e me ajudarão na velhice. Meu amigo é sozinho, não terá quem o ajude. Ele precisa mais do que eu dessa colheita... Sem poder se conter até a manhã seguinte, colocou a metade da sua parte numa carroça e foi entregar na casa do amigo.

O outro amigo estava deitado na sua cama e pensava consigo mesmo: eu não tenho família, não penso mais em casar, não tenho filhos e nem as obrigações de uma família... Não preciso de toda essa colheita. Meu amigo tem muito mais necessidade do que eu. Então, ainda de madrugada, tomou metade de sua parte, colocou na carroça e foi levar para o seu amigo.

No caminho, os dois se encontraram e nenhum dos dois precisou dizer nada para o outro, pois eles eram amigos... e conheciam o coração um do outro.

Pois "[...] há um amigo mais chegado do que um irmão."  (Provérbios 18 : 24). Esse é o(a) amigo(a) que conhece a verdade do nosso coração pela expressão de nossos olhos. Esse(a) nascerá como irmão(ã): "[...] hora da angústia nasce o irmão."  (Provérbios 17:17).

Esse(a) não nos beijará sempre, mas sempre nos fará bem, porque "leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos."  (Provérbios 27:6). Será fonte de alegria e bons conselhos: "o óleo e o perfume alegram o coração; assim o faz a doçura do amigo pelo conselho cordial."  (Provérbios 27:9). Ele(a) nos tornará melhores "como o ferro com ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo."  (Provérbios 27:17).

Eu quero agradecer a Jesus o privilégio de ter amigos assim e pedir ao Senhor que me faça sempre esse tipo de amigo. Você também pode fazer essa oração:

Senhor, obrigada por todos os amigos que se aproximam na hora da angústia, como irmãos, pelos que me repreendem, tendo a coragem de me desagradar e não passam a mão na minha cabeça quando estou errada. Agradeço também, Senhor, pela alegria e pelos bons conselhos que me trazem. Obrigada por eles estarem na minha vida me fazendo ser uma pessoa melhor. Desenvolve em mim essas características, Senhor, em nome de Jesus. 



sábado, 19 de janeiro de 2013

Expectativas que não se frustram




Uma vez vi no facebook que alguém escreveu: "crie aftas, espinhas, um cavalo alado, qualquer coisa, menos expectativas". Mas, apesar de todas as possibilidades, encantos e beleza de um cavalo alado, nós continuamos e continuaremos a criar expectativas. Expectativas são parte da nossa capacidade de pensar e deduzir, são inevitáveis. Os modelos que baseiam as nossas expectativas é que podem ser mais bem trabalhados para evitar prejuízos e não há ninguém como Jesus para fazer isso.

Nada bloqueia mais a construção de um novo conhecimento de que um conhecimento anterior distorcido. Jesus, como um mestre maravilhoso, sempre estava arrancando pela raiz essas idéias bloqueadoras da aprendizagem e implantando explosivos para implosões de conceitos errados a cada encontro e assim abria espaço para a construção do reino dos céus dentro de nós.

Essa era a grande dificuldade dos fariseus. O reino que Jesus queria construir estava na vida interior de cada um, na riqueza que começa na comunhão com Deus, se estende em valores e sentimentos influenciados pelo Espírito Santo e se concretiza em obras. Por exemplo, o evangelho de Mateus foi escrito no sentido de provar que Jesus é o Messias. Apenas nesse evangelho encontramos a expressão “reino dos céus” e a encontramos trinta e uma vezes, sempre relacionada aos princípios, valores e relacionamentos, que Jesus veio ensinar.

Os fariseus tinham a mente tão cheia de verdades pré-concebidas, que sequer reconheceram o rei que o céu lhes havia enviado, apesar de viverem esperando por Ele e proclamando a sua vinda como a solução de tudo. Então, Jesus lhes explicou: “20  Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. 21  Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17:20-21)

Jesus colocou uma divisória nos tempos desse planeta construindo-a por dentro, pela visão, valores, expectativas, modelos de visão de mundo. Se quisermos uma mudança revolucionária que funcione mesmo após dois mil anos, precisamos assumir esse padrão revolucionário, divisor de águas. Jesus foi e sempre será o mestre mais surpreendente de todos e o foi no sentido positivo. Hoje, quero enfatizar quatro momentos em que Ele, quebrando as expectativas, estabeleceu novas perspectivas para toda a humanidade. Mas, observe que todos os imperadores humanos, apesar de suas entradas triunfais estrondosas, estão sepultados e não são nada além de restos. Jesus entrou num jumentinho na sua cidade de coração, mas está à destra do trono eterno e reinará para sempre servido por miríades de milhares de seres perfeitos e adorados por milhões de pessoas em todo o mundo, dispostos a dar sua vida por Ele. Não se deixe enganar pelas expectativas que se encerram numa tumba. Deus quer lhe dar a esperança da eternidade e não a expectativa do fim. Jesus é a porta da eternidade para nós, nEle, podemos esperar,

Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que foi, por nosso intermédio, anunciado entre vós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas sempre nele houve o sim. Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio. (2 Coríntios 1:19-20)

A entrada triunfal em Jerusalém



Web Analytics