terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Que haja um novo transbordar para a sua vida!




Há uma promessa de transbordamento que precisamos assumir para as nossas vidas. Ela está em Isaías 54:2-4:

Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas. Não temas, porque não serás envergonhada; não te envergonhes, porque não sofrerás humilhação; pois te esquecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez. (Isaías 54:2-4)


No oriente, o costume dos que moram em tendas, quando os filhos casam, é ampliar a tenda do patriarca ou do pai e alocá-lo com a sua nova família próxima aos demais parentes. Filhos são criados com os primos, próximos. Ao lado das tendas, estendem-se varandas como toldos. Alargar a tenda é dar espaço para a família que está crescendo e prosperando. Curioso é que o escritor alerta para que não se impeça o crescimento.
Nós podemos ter uma mentalidade de quem impede o crescimento. Não investir porque podemos ter prejuízos, só pela possibilidade de haver um prejuízo, já é uma mentalidade que impede o crescimento. Não amar porque podemos ser não correspondidos, não tentar porque podemos falhar, não sair porque pode ser que não der certo a jornada,... Estes são exemplos de uma mentalidade que impede o transbordamento.
Ao invés de impedir o crescimento, precisamos firmar bem as cordas e as estacas. No deserto, uma tempestade pode passar dos 100 km/h. A visibilidade baixa para até um quilômetro e meio. As estacas das tendas precisam ser enterradas a partir de um metro de profundidade e podem ser de ferro ou de madeira forte. Levam pancadas com uma marreta até estarem firmadas, pois delas depende a firmeza da tenda. Elas são o alicerce da tenda. Devemos estar firmados e enraizados em Cristo, que é nossa pedra principal, o nosso alicerce. As cordas, da mesma maneira precisam ser fortes para agüentarem a pressão dos ventos e das chuvas, que apesar de raras, são fortes e poderosas. A palavra do Amor de Deus, que traz a fé aprofunda as estacas e o Espírito Santo nos sustenta nelas com seu poder: “para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor,” (Efésios 3:16-17).
Todas essas condições (a visão desembaraçada para o crescimento, a firmeza na palavra e no amor de Deus, firmeza diante das mudanças de tempo) nos fazem TRANSBORDAR para a esquerda e a direita. Fazem com que nós sejamos frutíferos, ir em frente e ver brotar vida, onde ela não existe.

Precisamos estar aptos a transbordar. Transbordar é um estilo de vida. E com certeza não é um estilo de vida medíocre, que faz o mínimo para conseguir o mínimo. Uma vida abundante flui para pessoas abundantes. Há três exemplos de abundância na vida que podemos tomar como exemplos do princípio da abundância, do transbordamento. A primeira é Rebeca, a segunda, Rute e a terceira uma mulher sunamita que hospedou Eliseu.

Rebeca, a mulher transbordante



Abraão queria guardar a fé da sua descendência para que ela herdasse a promessa. Sabendo que a mulher é quem educava religiosamente as crianças, ele mandou um servo ir até sua terra natal para buscar uma esposa para Isaque. Chegando lá, o servo orou da seguinte forma:

E disse consigo: Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão! Eis que estou ao pé da fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; dá-me, pois, que a moça a quem eu disser: inclina o cântaro para que eu beba; e ela me responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que designaste para o teu servo Isaque; e nisso verei que usaste de bondade para com o meu senhor. (Gênesis 24:12-14)

O critério para ser a esposa do herdeiro de todas as promessas de Deus foi a abundância, o transbordamento. Ele poderia ter orado por qualquer característica, mas sabia, no seu coração que uma mulher que não fosse mesquinha ou preguiçosa, que fosse abundante, que tivesse um coração doador, seria o melhor presente para o filho do seu patrão. Sua missão teria sucesso se ele encontrasse uma mulher que possuísse essa característica divina da generosidade.

Ele não precisou esperar muito e chegou-se Rebeca, sobrinha de Abraão, aproximou-se dele sem o conhecer. Ela estava no meio dos seus afazeres diários. Ele se aproximou dela e pediu-lhe de beber. Então, ela respondeu àquele estranho:

Ela respondeu: Bebe, meu senhor. E, prontamente, baixando o cântaro para a mão, lhe deu de beber. Acabando ela de dar a beber, disse: Tirarei água também para os teus camelos, até que todos bebam. E, apressando-se em despejar o cântaro no bebedouro, correu outra vez ao poço para tirar mais água; tirou-a e deu-a a todos os camelos. (Gênesis 24:18-20)

  Rebeca era uma mulher transbordante. Um camelo bebe em viagem pelo menos quarenta litros de água (pode ser até 100 litros por camelo). Um cântaro grande de 80 centímetros, pesa em torno de três quatro quilos, vazios, são de barro, levados no ombro e cabem geralmente até 20 litros de água. Quantas viagens no poço isso valeu? Imagine que trabalho, debaixo do sol do deserto aquela mulher transbordante tomou para si por um estrangeiro que não lhe pediu além de um copo de água... Mas seu transbordamento lhe rendeu um rico presente imediato de duas jóias e de um pedido de casamento de um príncipe. Uma pessoa transbordante recebe uma vida transbordante. Uma pessoa mesquinha recebe uma vida do seu tamanho, amarrada, mirrada, infértil. Quando nos prendemos a fazer o mínimo, prendemos também a nossa vida no mínimo. Rebeca significou a abundância de serviço, a abundância do que é dado fisicamente. Rute, traz a abundância do afeto.

Rute, a abundância de afeto


Noemi, foi com o marido e seus dois filhos para Moabe por causa de uma fome. Lá, morreram-lhe o marido e seus dois filhos. Os filhos haviam casado e lhe comprado noras, que, pelo costume moabita, eram propriedade suas, pois foram compradas pelos seus filhos pelo pagamento do dote. Noemi, vendo que não tinha do que sobreviver e que suas noras eram novas e deviam refazer suas vidas, liberou-as para casarem-se de novo. Uma chorou, lamentou, agradeceu e foi-se, deixando Noemi. Outra, chamada Rute, disse o seguinte:
Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. Vendo, pois, Noemi que de todo estava resolvida a acompanhá-la, deixou de insistir com ela. (Rute 1:16-18)

Rute não tinha obrigação de seguir uma mulher idosa e sem um tostão. O futuro dela a seu lado seria o mais duro, provavelmente viver da caridade e da mendicância. O seu marido não estava mais com ela e aquela mulher não tinha uma nova família para lhe dar. Ficar com ela significava ter trabalho por duas. Mas, Rute, era uma mulher amorosa e devotada. Alguém para quem as pessoas eram mais importantes do que as coisas. O que ela podia oferecer a Noemi era mais importante do que o que Noemi tinha a lhe oferecer. Mas a lei da abundância é maravilhosa. Indo para Jerusalém, ela foi trabalhar nos campos de Boaz, como pessoa muito pobre ela coletava o que sobrava da colheita. Boaz a notou, soube da sua bondade e mandou deixar-lhe mais do que para os outros.
Terminou como esposa de Boaz e se tornou bisavó de Davi e entrou na linhagem de Jesus Cristo, o Messias. Ela transbordou no plano de salvação de Deus. Uma estrangeira, bondosa, afetuosa, abundante, tornou-se algo na terra de Jerusalém que ela nunca seria no seu lugar de origem e que ninguém na terra do Senhor conseguiu ser porque não transbordou como ela. Ela transbordou para a direita e para a esquerda e foi uma bênção para todos os que estavam com ela: para Boaz, que teve uma esposa e filhos já sendo maduro; para Noemi, que viu sua família recriada em sua própria terra e para si mesma, que foi o instrumento e parte da alegria de todos os que estavam à sua volta. A alegria cerca a vida de uma pessoa transbordante, porque ela transborda alegria. A generosidade é uma dádiva que enriquece a todos os que toca e não se esgota nunca.

A dedicação transbordante da sunamita


Em 2 Reis 4, temos o relato de uma mulher rica, que recebia o profeta Eliseu sempre para alimentar-se em suas viagens. Ela sempre lhe servia com hospitalidade, mas como ela uma mulher transbordante e seu coração zelava pelo serviço do Senhor, disse:
Ela disse a seu marido: Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali. (2 Reis 4:9-10)

Você pode até achar a suíte simples, mas nesse tempo, as pessoas comiam no chão. Os móveis eram um luxo caro, e que ela fez questão de prover ao ministro que recebia. Deu-lhe mais do que alimento, agora, proveu descanso e privacidade, o que é um sinal de amizade e respeito, tanto pela pessoa dele, quanto pelo seu trabalho. A sua abundância moveu o coração do profeta, que a mandou chamar e perguntar se queria alguma intervenção política do profeta na terra. Ela disse que não. Por fim, o profeta descobriu que ela não tinha filhos. O marido era velho. E orou, e o Senhor lhe deu um filho.
Ocorreu que o filho morreu, Eliseu orou e ele foi ressuscitado. Continuou a hospedar-se ali, até que o Senhor mandou-a deixar suas terras porque viria fome de sete anos. Ela saiu por sete anos, ao voltar, suas terras tinham sido invadidas e ela foi ao rei tentar reavê-las. Veja o que aconteceu:
Ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras. Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito. Contava ele ao rei como Eliseu restaurara à vida a um morto, quando a mulher cujo filho ele havia restaurado à vida clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este, o seu filho, a quem Eliseu restaurou à vida. Interrogou o rei a mulher, e ela lhe contou tudo. Então, o rei lhe deu um oficial, dizendo: Faze restituir-se-lhe tudo quanto era seu e todas as rendas do campo desde o dia em que deixou a terra até agora. (2 Reis 8:3-6)

Esta mulher abundante levou o transbordar de Deus para a sua família. O marido que não podia ter filhos provou a abundância de ser pai, viu uma invasão transformada em poupança, porque ele vivia acompanhado de uma pessoa de uma alma abundante, que transbordava para a direita e para a esquerda.



Assim, alargue sua vida para caber o transbordar de Deus. Como Rute, alargue seu cuidado, vá além do simples cumprimento de tarefas recheadas e cercadas de murmuração, zele, cuide, cerque de cuidados; como Rebeca, faça o que puder com as mãos por aqueles que têm necessidades à sua volta; como a sunamita, cuide do seu ministério e dos seus ministros com todo o cuidado, zelo, com o melhor que você possui, que é a sua fidelidade. Você estará transbordando no espírito, na alma (mente, vontade e emoções) e no corpo. O transbordamento atrai o transbordamento de Deus. Libere o amor que está em você para transbordar em bênçãos e tudo se renovará verdadeiramente à sua volta. Não há como ter o novo repetindo os velhos caminhos e métodos. O novo precisa de um caminho novo, um novo agir, um novo pensar, um novo nascimento, se ele não aconteceu em sua vida. Para transbordar é preciso estar ligado à fonte. E essa fonte é Jesus:
Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado. (João 7:38-39)

Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. (João 3:5-7)

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2 Coríntios 5:17)


Sua vida já começou do zero com Jesus? Você já teve a consciência de que precisava de perdão de seus pecados e que tinha essa chance de ser perdoado verdadeiramente em Jesus? Já entregou a Ele a vida para que Ele a fizesse nova? Já se viu dessa forma, novo, e limpo de todo o pecado? Se não viveu isso, pode vivê-lo em um momento de fé agora mesmo. Basta orar assim:

Querido Deus, agradeço por enviar Jesus para morrer para me libertar do que me impede de transbordar. Eu entrego toda a necessidade de reter, todo o medo de amar, tudo o que eu tenho retido em mágoas e serviço toda a minha vida. Transforma-me em uma pessoa abundante, uma bênção para quem está próximo a mim. Faz-me transbordar à direita e à esquerda para que tua presença flua e sare a nossa vida, eu te peço e agradeço em nome de Jesus.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente a mensagem ou faça sua pergunta.

Web Analytics