quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Receba a plenitude da justiça na sua vida!




É completamente diferente receber um direito de receber um favorecimento. A justiça exige que nós cumpramos nossos deveres,  se nãos os cumprirmos que cumpramos as punições devidas e que recebamos os nossos direitos. Uma pessoa é considerada justa perante a lei de Deus se ela não deve nada à lei. A pessoa considerada justa diante de será prontamente atendida em seus pedidos, pois “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5:16).

O grande problema é que diante da lei de Deus ninguém é perfeito. Porque o preço para pagar o pecado é a morte (Romanos 6:23a). E Adão perdeu a vida espiritual quando desobedeceu a Deus, fazendo nascer dele uma geração de pessoas afastadas de Deus e nascidas no pecado. A semente de Adão é a genética do pecado. Logo, todo descendente de Adão nasce em dívida com Deus. Mas, Deus usou a semente da Palavra e gerou seu filho no útero de Maria, que creu: “Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.” (Lucas 1:45). Jesus nasceu sem pecado, sem descendência de Adão, para tirar o pecado do mundo. Deus tomou Jesus, um homem sem pecado, para pagar a dívida de todos os homens pecadores do mundo: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21). Observe que mudamos o status de pecadores, filhos de Adão, para filhos de Deus em Cristo, justiça de Deus.

O plano de Deus resolve em Cristo esse problema, igualando a humanidade também para a solução: “Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem.” (Gálatas 3:22). Essa justiça nos foi dada pela substituição de Cristo na cruz, pagando o preço do pecado. Não fomos inocentados sendo culpados. A sentença condenatória foi dada e nós recebemos a pena máxima, mas Jesus a cumpriu em nosso lugar.

Havia duas penas terríveis no império romano. Uma era o flagelamento e outra a crucificação. O flagelamento consistia em açoitar o condenado com um chicote com pontas de ferro e osso que cortavam as costas, os ombros, as pernas, os braços do condenado até aparecerem as veias. Jesus foi moído, literalmente: “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.” (Isaías 53:10).

Mas, não foi “apenas” moído. Ele levou o peso dos pesos, a morte em crucificação.  A morte em cruz era uma sequência de tormento sem fim. Os pregos eram afixados de forma a ficarem antes dos nervos nos pés e nos pulsos. Para respirar, o preso precisava forçar a ferida do pé e, com isso, tocava no nervo, o que lhe dava  um choque nevrálgico em todo o sistema neurológico. Pela posição dos braços, o oxigênio diminuía e as câimbras tomavam conta do corpo do condenado que mal poderia falar. Por isso as frases de Jesus na cruz eram tão curtas. Essa tortura era tão terrível, que o historiador Josefo registrou que três pessoas foram retiradas da cruz após uma hora e só duas sobreviveram. Mas a cruz tinha o peso espiritual mais terrível: “Se alguém houver pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num madeiro, [...] o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus;” (Deuteronômio 21:22-23).

Na cruz, Jesus se fez doença, pecado, maldição, foi lançado da presença de Deus, para que nós pudéssemos CONQUISTAR O DIREITO EM CRISTO de estarmos na presença dEle, sem débito ou culpa, tornado justos, em Jesus Cristo:

pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. (Romanos 3:23-26)

Essa é a bondade de Deus para todos:

para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2:7-9).

Há muito o que se compreender sobre a plenitude, a perfeição dessa justiça de Deus e a nova posição que ocupamos em Cristo. Recebendo a posição de justos, somos agraciados com uma nova natureza para fazer o que compete a justos, uma nova relação de aceitação com Deus, uma nova autoridade espiritual contra o acusador e muito mais, que vamos tentar esboçar nesse texto a seguir.

Jesus foi ferido para nós termos acesso à cura



Observe que foi por causa do nosso pecado que Jesus sofreu o flagelamento e a cruz. Mas havia um propósito nisso. Fazia parte da missão de Jesus, levar as nossas enfermidades:

Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças. (Mateus 8:16-17)

Para Jesus nunca houve diferença entre perdoar pecados e curar enfermidades. Quando ele curou o paralítico ficou bem claro que as duas coisas são sinônimos: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados —disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. E, levantando-se, partiu para sua casa.” (Mateus 9:6-7).

Entretanto, há uma noção errada de que a doença entra na mesma proporção do pecado de cada um em todos os casos. Assim, que pecados teria cometido uma criança recém-nascida, se o próprio Jesus disse que era delas o reino dos céus? O problema do pecado é de raiz. Pela brecha do pecado de Adão entrou a autorização do Acusador (Satanás) de matar, roubar e destruir. A humanidade se iguala no pecado e na necessidade de um Salvador, que é o único que nasceu sem pecado, Jesus Cristo. A diferença entre o sofrimento de alguém que crê e alguém que não crê é que o que crê conhece a saída, que é Cristo:

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33).
“Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.” (Salmos 34:19).

Por isso, há uma promessa onde podemos buscar saúde daquele que nos deu sua vida para ficarmos livres dos resultados do pecado da humanidade: “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.” (1 Pedro 2:24). Assim como recebemos o direito a sermos tratados como justos, sem pecado diante de Deus, recebemos direito de reivindicarmos a cura que Jesus comprou com sua vida para nós. Mas todas essas experiências só podem ser vividas através da fé, que vem de ouvir a palavra.

A justiça e o merecimento


É muito comum escutarmos que, se alguém está em uma situação ruim, está pagando os pecados. Essa crença não procede. Para pagar pecados era necessário ter nascido com uma vida, o que nenhum homem, exceto Jesus nasceu. Sofrer com o pecado não é pagá-lo. Essa é a mesma diferença entre pagar a prestação da sua casa própria e pagar o aluguel. Aluguel você sofre, não paga nunca, isto é, nunca estará quite porque ao acabar de pagar estará adquirindo nova dívida. A prestação, essa sim, é um pagamento. Haverá um dia em que todo  o prédio lhe pertencerá, e agora, parte dele é seu e o direito de posse é seu enquanto o pagamento estiver em dia.

Não há como se pagar os próprios pecados, só Jesus está habilitado para isso e já o fez. Você pode usufruir disso e parar de sofrer com o pecado ou de ser subjugado por ele ou por suas consequências. A bíblia é clara quando fala que nós não merecemos nada de Deus: “como está escrito: Não há justo, nem um sequer,” (Romanos 3:10). Então, se for a Deus pelo seu merecimento, estará em apuros. Entretanto, Deus nos convida a ir a Ele através do merecimento de Jesus: “Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” (João 16:23-24). Quando pedimos em nome de Jesus, não somos nós quem merecemos, mas Jesus, é como se fosse Jesus pedindo e Ele é Justo! Ele cumpriu toda a Lei e nos deu essa justiça de presente, nos fazendo justiça: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21)

Não adianta querer pagar os próprios pecados, é impossível, não adianta tentar ser merecedor porque é impossível, mas você pode e é somente o que Deus espera que você faça, aceitar o que Jesus fez por você, lhe dando os direitos de filho, lavado dos seus pecados e aceito na presença do Pai.

A justiça e a comunhão com o Pai


Deus não aceita pessoas entregues ao pecado diante dEle:

Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. (Isaías 59:1-2)

Pela sua bondade maravilhosa, Deus enviou Jesus para tirar a separação, que estava no pecado, mas tirar de forma legal, cumprindo a pena de morte:

Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. ¶ Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, [...]. E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. (Efésios 2:13-18)

E isso não dependeu de nós, mas da vontade de Deus de nos ter próximos a si mesmo, tirou o pecado de nós e nos fez aceitáveis a Ele, que não tolera pecado:

Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. (Tito 3:4-7)

Quando Deus olha para você


Quando Deus olha para você que crê em Jesus, que firmou uma aliança com Ele, declarando que entregava tudo o que era seu a Ele e recebia tudo o que era dEle para a sua vida, Ele não vê mais você, pois “[...] se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17).

Quando Jesus pregou a Nicodemos (João 3), disse-lhe que seu espírito precisava nascer de novo para poder ver o reino dos céus. Lá no seu íntimo, a herança de afastamento e maldição de Adão precisava ser desfeita. Jesus propôs a aliança aos seus discípulos para poder trazer essa nova condição a eles. Sentou-se, antes de se oferecer na cruz, e tomou a ceia dizendo que iria derramar seu sangue pelo pagamento dos pecados daqueles que cressem. A aliança liga duas vidas. O que é de um é de outro e a dívida do homem foi assumida e paga por Cristo em TODA A SUA PLENITUDE na cruz.

O perdão de Cristo não é uma concessão, não é um arrumadinho porque Deus gosta de você. O perdão de Cristo é um ato LEGAL, de JUSTIÇA PERFEITA, PLENITUDE DE JUSTIÇA diante de toda a terra, nos céus e debaixo da terra, onde todo o joelho se dobra diante de Jesus, que conquistou esse DIREITO! Jesus pagou o preço e comprou a nossa liberdade   quitando o débito PERFEITAMENTE! Deus, como o juiz deu a pena máxima e como Pai amoroso, pagou-a com a vida de seu Filho. E porque Ele é o Deus da Vida e da Justiça devolveu a vida a Jesus, pois Ele não morreu a sua morte, Ele não tinha pecado, Jesus morreu a nossa morte para que nós tivéssemos acesso à Vida de Deus!

Quando Deus olha para você Ele vê a vida de Jesus, Ele vê um filho ou uma filha, Ele vê a sua fé lhe revestindo de caráter de filho, posição de autoridade, pureza, amor,  saúde, carinho de filho ou de filha. Ele não vê o pecado, se você crê, porque quando você crê dá a Deus autorização para lhe revestir de Jesus, você entra em comunhão com Cristo. E Jesus lhe dá acesso confiante ao trono do Pai: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hebreus 4:16).




Assim, a Justiça de Deus para nós não é uma concessão, um arrumadinho qualquer em que Deus passa a mão na nossa cabeça quando estamos errados, mas o pagamento de todas as distâncias que tenhamos em relação à vontade de Deus. Pagamento mais caro que nenhum filho de Adão poderia fazer, mas realizado pelo Filho de Deus.

As feridas em Cristo nos autorizam para a cura e não para o engano de que podemos pagar pecado enquanto inutilmente sofremos sem poder jamais quitar uma dívida de vida, sem a qual nascemos como filhos do pecado de Adão e afastados de Deus. Muitos se perdem tentando a conquista impossível do merecimento que só Cristo pôde conquistar e pelo qual pagou todo o preço necessário. Não admita procurar esse caminho porque no final não dará em lugar nenhum. Nenhum homem além de Cristo merece nada. Entretanto, Jesus nos concede a condição de partilhar de seu merecimento, crendo nEle e recebendo o seu nome como credencial diante do Pai. Aquele que quiser tirar o empecilho do pecado tem em Jesus a sua garantia e sua oportunidade. Aquele que quiser gozar das bênçãos da justiça tem em Jesus a sua porta de entrada ao trono de Deus. Quando Deus olha para alguém em Jesus, não vê pecado, vê Cristo nEle e Ele em Cristo, por isso mesmo, Jesus orou:

Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja. (João 17:20-26)

Não procure ser justo por si mesmo(a), receba a justiça de Jesus, só Ele a pode dar. Mas o Filho de Deus é a Justiça de Deus para nós. É toda a justiça de que precisamos, comprada, plena, legalizada e autorizada por Deus.

Você pode orar assim

Querido Deus, perdoa os meus pecados, tira de mim a culpa, a condenação, o desejo pelo mal, coloca em mim um coração que busque fazer a tua vontade, um coração justo, que ame os teus princípios. Leva pela cruz a minha injustiça e me dá uma nova vida, em nome de Jesus. Não irei mais a ti em meu nome, mas no nome de teu filho Jesus Cristo. Não serei mas apenas eu, mas seremos nós dois, ligados a ti para sempre, em nome de Jesus.









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