segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ao pé da fogueira, a Vida se aquece


Você conhece essa história? Veja se você a reconhece...

Ele estava ali encurvado, procurava se aquecer do frio da noite gelada. Parecia concentrado no tumulto que havia na casa, mas procurava disfarçar o interesse... Logo me virei e continuamos a conversa. O assunto era o barulho na casa do patrão. Um homem estava sendo interrogado lá e nós bem sabíamos em que ia dar aquilo.
O pessoal contava uns aos outros o que havia acontecido quando foram prendê-lo. Uns espantados, diziam:
- Quando ele disse quem era todos nós caímos!
- Esse é exagerado demais! – e sorriam outros.
- Eu estava lá, rapaz! – reafirmava o primeiro.
E a conversa aumentava o volume, enquanto se ouvia de dentro da casa o coro dos donos e dos seus amigos mais irritados a cada palavra do homem. Inquietava-se mais o homem perto da fogueira. Parecia lhe subir um frio pela espinha a cada seção de tortura e humilhação que seguia ao interrogatório... Comecei a prestar atenção nele. Achei que o conhecia de algum lugar...
Ele veio com João, conhecido do Sumo Sacerdote, que o colocou para dentro. Fui eu quem abriu a porta. Mas, desde que chegou, está ali, parece que está acuado, assustado e, sempre que pode, espia o interrogatório... 
Espere!... É ele!...
- Você também é um deles! Você estava lá com esse preso!
- Eu não o conheço, mulher! – saltou ele de lá, apavorado com o que eu disse. E o pessoal que estava conversando começou a prestar atenção nele. Eles tinham acabado de voltar da captura de um tal profeta que estava dando trabalho ao patrão. O homem ficou branco, disse que não o conhecia, mas eu tenho uma memória boa... É ele sim!
O galo cantou. Já eram lá pelas três da manhã. Quando os patrões dormem tarde, a gente também dorme, né. O homem aflito subiu para o terraço da casa. Acho que queria ouvir melhor ou sair de perto de mim. Só que o pessoal que tinha voltado com o prisioneiro estava lá e o parente de um rapaz que foi ferido na prisão o reconheceu também. Aí, ele se apavorou tanto que jurou que não conhecia o preso. Foi demais. Se ele conhecia, certamente não era seu amigo. Porque o preso estava apanhando de dar dó. Era tanta gente falando contra ele e ninguém se entendia, o patrão já estava pra lá de irado. Vi a hora o pessoal linchá-lo ali mesmo.
Ôpa, eu não sei o que foi que ele disse agora, mas todo mundo começou a gritar! Está um alvoroço só! Todos estão gritando: “Blasfêmia!!! Blasfêmia”.  E quando o patrão diz isso, o destino do preso está selado... Chamei um colega e disse minha desconfiança:
- E aquele homem que estava aqui? Você não o acha parecido com os que andavam com esse preso?
- É mesmo! - começaram a dizer todos. 
E foram se aproximando...
-Ei, você aí... Você estava com ele! O seu sotaque e o jeito de falar diz que você é da Galiléia, como ele!
- O homem desesperou de vez: gritou, jurou e praguejou dizendo que não estava com o outro... Foi uma cena. E o galo cantou a segunda vez. Ai, que madrugada fria... Engraçado mesmo é que quando o galo cantou, o homem que estava sendo interrogado, já todo machucado... (porque os guardas do patrão não são brincadeira...) pela primeira vez, tirou os olhos dos que estavam em volta e olhou por instantes para o homem que o tinha negado e praguejado da sua amizade. Logo depois, saíram arrastando-o  pra casa do juiz para vai apanhar mais... Lá é pior ainda. De lá não se sai vivo. Estranho aquele olhar...
- Ei, cadê aquele homem que estava por aqui?
Uma colega respondeu:
- Saiu por ali, chorando feito menino. Parecia uma criança que tinha perdido o pai...
E não é que ele conhecia mesmo o preso? Eu só entendi tudo quando o homem foi crucificado e lá na cruz disse:
- Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.
Depois, encontrei aquele homem da fogueira em Jerusalém, pregando sem medo sobre esse preso, Jesus. Ele dizia que tinha recebido uma nova oportunidade e que essa nova oportunidade era para todos. Até para os que uma vez o tinham negado com todas as forças. Que Jesus recebera a ressurreição e dava vida nova.

Jesus está olhando para você? O olhar dele é uma oferta de perdão para os seus pecados e oportunidade de iniciar uma vida com Ele. Aceite.

Você pode orar assim:

Senhor Jesus, eu quero que o Senhor seja o meu amigo e me restaure. Ajude-me mesmo quando eu não tiver forças para segui-lo como devo. Restaura-me e guia-me, Senhor, perdoa-me as vezes em que te neguei... Concede-me isso Pai do céu, eu te peço em nome de Jesus.

Mensagem romanceada baseada no relato bíblico de (Mateus 26; Marcos 14; Lucas 22; João 18; Atos 2).



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