Nós recebemos ofertas para consumir a toda hora: sapatos
bons são sapatos Prada; perfume bom é Chanel; terno bom é Armani; caneta boa é
Mont Blanc e por aí vai... Mas, sapato bom não é aquele que protege, enfeita a
dá conforto à caminhada? Perfume bom não é aquele que lhe faz bem e lhe lembra
bons momentos? Terno bom não é aquele em que você se sente bem vestido? Caneta
boa não é a que escreve e grava o que você precisa sem falhar? Quando nós
assumimos algo pelo seu valor de status, suas funções se perdem. Seu verdadeiro
sentido é trocado por outro. Ou seja, se torna irreal. As empresas ganham
milhões com esse desvio de função uso-status. A vaidade as enriquece. E os
vaidosos se perdem no meio do caminho.
Mas, Deus tem uma, e apenas uma marca à qual dá valor.
Quando um rei fazia uma compra para ser entregue depois, como madeira, pedras
de construção, grãos, etc., no tempo de Jesus, lá em Jerusalém, eles tinham o
costume de marcar as madeiras compradas com a marca do rei. Essa marca era
conhecida como selo. Eu quero dizer para você, hoje, que há uma marca realmente
importante, que demonstra excelência, perfeição, status de majestade. Veja o
que diz a Bíblia:
a fim de sermos para louvor da sua
glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois
que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele
também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o
penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua
glória. (Efésios 1:12-14)
Você pode perceber algumas coisas sobre esse selo (marca)
de Deus:
·
Esse selo tem a função de nos fazer existir para
louvor da glória de Deus. O que significa que as pessoas vão olhar para nós e
dizer: “Glória a Deus pela sua vida!”. E isso acontece quando você ouve e crê
naquilo que Jesus é para você;
·
O selo é o Espírito Santo prometido;
·
Além de selo, o Espírito Santo é o penhor da
nossa herança.
O selo real ou de nobreza tinha funções muito
importantes. Essas
A primeira era a de declaração ou garantia de propriedade
real. O fato de ser selado implicava que pertencia a alguém da nobreza. Isso já
afastava as tentativas de roubo por estabelecer a autoridade daquele a quem
pertencia onde estava a propriedade. Tocar onde estava selado era tocar a
autoridade do rei. A pena para isso era a morte. Por isso, os romanos selaram a
cova de Jesus (Mateus 27:66). É semelhante à marca que os escravos levavam na pele ou os animais de serviço no lombo.
A segunda função, derivada da primeira é de declaração ou
garantia de autenticidade ou assinatura. É como uma assinatura com firma
reconhecida. O selo sobre um documento é o registro de uma autoridade diz que um
documento é original e legítimo e assume responsabilidade sobre o conteúdo de
um documento como autêntico e válido. Esse tipo de registro era utilizado para
confirmação de contrato de compra e venda de terrenos. Uma cópia do contrato ia
com o comprador e outra ficava selada no templo. Caso alguma dúvida ou
descumprimento do negócio ocorresse, os sacerdotes (e somente eles) tinham
autoridade para abrir o rolo e julgar a causa. Assim, se garantia a
legitimidade e se restabelecia ou estabelecia o direito. A autoridade que
exerce justiça de Deus selava o negócio e defendia o direito das partes.
O selo de Deus, a marca de Deus em nós é o Espírito
Santo. Ele é a garantia de Deus de que nós pertencemos ao rei Jesus, de que nós
temos direitos perante o Pai celestial a uma herança. Voltemos ao versículo de
Efésios, agora com a bíblia amplificada: “[...] fostes selados com o Santo Espírito da
promessa dada há muito tempo; o qual é o penhor da nossa herança [as primícias,
o penhor, o pagamento de entrada], em antecipação à sua redenção completa e
nossa aquisição completa de sua posse, para o louvor da sua glória.” (Efésios
1:12-14).
A única marca que dá o status de majestade a alguém é a do
Espírito Santo, que marca e transforma de dentro para fora. Ela é invisível na
etiqueta, mas visível na qualidade celestial e eterna do produto do Amor de
Deus revelado em nós. É garantia de que Jesus está conosco em todos os
momentos, é garantia de todos os direitos de herança e de uma parte de tudo o
que teremos no céu. E você o recebe quando crê e deseja ser marcado
definitivamente como propriedade de Deus. Essa é uma decisão sua, qual marca
você deseja carregar sobre sua vida? Não quer dizer que você não possa calçar
um Prada, vestir um Gucci, andar em BMW, quer dizer que você terá todas essas
coisas a serviço da marca real de Jesus Cristo em sua vida, o Espírito Santo de
Deus. Mesmo calçando Havaianas ou descalço, vestindo roupa da Sulanca ou de
doação, andando de ônibus ou a pé, você será herdeiro da majestade nas alturas
e nenhuma marca aqui da terra por mais cara que seja, poderá dar esse
privilégio de ter acesso ao trono de Deus. Aceite hoje mesmo a marca de Deus
sobre a sua vida e ela será transformada, não de fora para dentro, mas de
dentro (onde nós somos felizes) para fora.
O Espírito transforma sua vida material
Deus não tem problemas com bens materiais, e sim com qualquer
coisa que assuma o centro das nossas vidas. Deus gostaria de nos dar as
melhores coisas do mundo. Está escrito: “Se quiserdes e
me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.” (Isaías 1:19). Mas se nós
começarmos a adorar a bênção mais do que o abençoador, perdemos o rumo: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira,
adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito
eternamente. Amém!” (Romanos 1:25). Observe a ordem que Paulo
coloca nas prioridades:
mas também os que choram, como se
não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que
compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele
não usassem; porque a aparência deste mundo passa. (1 Coríntios 7:30-31)
O que é chorar como se não estivesse chorando? É seguir
em frente, ainda que com dor. Conservar a esperança, mesmo sofrendo e não
desistir. É não desistir e, quando possível, sorrir enquanto segue em frente
pelas pedras e espinhos. O que é se alegrar como se não se alegrassem? É ser
capaz de saber que, mesmo as notícias e momentos alegres, assim como os
tristes, são passageiros. Não voltar a vida para cultivar o que cultivou ou
cativou como se fosse a única coisa boa na terra. É poder abrir mão do que é
bom se for necessário. O que é se utilizar do mundo como se dele não utilizasse?
É saber que o que você tem é seu somente para administrar, que na realidade,
por mais precioso e querido que seja é preciso manter a capacidade de entregar
qualquer coisa, qualquer pessoa, qualquer desejo, qualquer situação ao Pai, em
qualquer momento. Ser livre o suficiente para continuar na jornada para a
glória do Pai com ou sem qualquer coisa.
Nós só seremos realmente livres, quando nós pudermos ter
e deixar e ter qualquer coisa, pessoa, cargo, pensamento, atitude, emoção,
vontade, qualquer coisa mesmo. Isso é um aprendizado que leva a vida toda,
creio eu.
O selo do Espírito como confirmação
O selo garante a propriedade e a legitimidade do
documento. O maior documento que Deus já enviou para a terra foi Jesus. Ele é “[...] o
resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,”(Hebreus 1:3). O
selo do Espírito esteve sobre Jesus na terra e ele confirmava a presença de
Deus na vida de Jesus. O próprio Jesus o admitia, alertando: “Trabalhai,
não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o
Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.” (João
6:27).
Abraão recebeu um sinal físico como marca da sua fé, a
circuncisão (Romanos 4:11), mas os que vieram de Cristo foram confirmados pelo selo
do Espírito Santo, tal como Paulo disse: “Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e
nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso
coração.” (2 Coríntios 1:21-22). No Novo Testamento, os que crêem
recebem o Espírito Santo para serem testemunhas de Jesus: “mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto
em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos
1:8).
É a mudança no interior que faz a diferença na vida de um
cristão, pois “[...] judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do
coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos
homens, mas de Deus.”(Romanos 2:29). É o Espírito nos transformando que
nos faz ter acesso às promessas de Deus em Cristo e aí se encontra a liberdade:
Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde
está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto
desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o
Espírito. (2 Coríntios 3:17-18)
Assim, a grande marca, a marca que vale à pena carregar,
a marca da promessa de Deus para nós, da eternidade. Essa marca nos faz ter
acesso ao trono e à herança do Pai e usufruir aqui de manifestações do reino de
Deus. Essa marca é o Espírito Santo, nos transformando à imagem de Jesus, nos
dando consciência de que somos propriedades de Deus e defendendo os nossos
direitos de filiação divina, de agora e para sempre. Essa é a marca da
liberdade verdadeira e não somente perante um grupo de pessoas, que amanhã
continuarão vazios e inventando outras modas e marcas, que não resolvem a necessidade
nos tornarmos importantes ou visíveis. Nós só somos importantes realmente para
aqueles que nos amam. E a maior prova de amor que já existiu foi a de Deus,
dando o seu próprio filho para que nós tivéssemos Vida de Deus em nossas veias.
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