terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Com muita vontade...




Quando você escuta: Foi a vontade de Deus... A impressão que lhe vem ao coração é de que o correu algo bom ou algo mau? Sinceramente, na maioria das vezes em que escutei essa frase foi depois de um acontecimento terrível como uma morte ou uma grande perda. Mas, será isso a vontade de Deus todas as vezes? Se for, estaremos em maus lençóis... Ainda bem que temos a vontade revelada de Deus na Palavra, que diz: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2).

A primeira coisa que podemos perceber é que a vontade de Deus se opõe à conformação porque para experimentá-la não podemos estar conformados. A segunda, é que a vontade de Deus precisa ser conhecida e aceita como forma de ver o mundo, de forma que mude a nossa mente, a nossa maneira de pensar, renovando-a. A terceira, é que a vontade de Deus tem três qualidades: é boa, perfeita e agradável. Então, seja como for, aquilo que realmente for da vontade de Deus vai terminar em algo bom, perfeito e agradável, se não terminou assim, não terminou ainda ou não está conforme a vontade de Deus.

Outra coisa sobre a vontade de Deus, além de sua natureza, é nossa cooperação com nela. Para muitas pessoas, é como se fazer a vontade de Deus fosse sempre deixar de fazer algo. É certo que os dez mandamentos são impedimentos: não terás outros deuses diante de mim, não matarás, não cobiçarás, não roubarás, não darás falso testemunho, etc. Mas, a vontade de Deus vai muito além dos mandamentos. Ela também está expressa nas promessas:

Observe o salmo 128:

Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR! O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel! (Salmos 128:1-6).

Nesse salmo se expressa a vontade de Deus para alguém que teme ao Senhor: Tem resultado abençoado no seu trabalho, na sua família, prosperidade de Deus o acompanham até às gerações posteriores a ele. Essa é a vontade de Deus para quem teme ao Senhor. Mas, a questão é que nós podemos até não fazer muitas coisas, que realmente estão em desacordo com a vontade de Deus, mas temos aceitado constantemente nos conformar e sofrer com menos do que a vontade positiva dEle para as nossas vidas. É o mesmo erro de praticarmos o que não O agrada, só que tem o sentido inverso. È pouca fé, do mesmo modo que desobedecer os mandamentos. Não estou falando em megalomania, ou avareza estou falando em crer e buscar o melhor de Deus na vida e nos relacionamentos.

O Pai nosso, a única oração ensinada por Jesus, começa olhando para Deus como Pai e para os homens como irmãos e segue logo com o desejo de que a vontade dEle seja feita na terra e nos céus. Mas, será que nós estamos buscando a vontade de Deus de forma positiva? Ou estamos nos acomodando com qualquer migalha que caia no nosso colo? Você busca em Deus o melhor dEle? Ou prefere ficar sofrendo com soluções que não lhe suprem as necessidades? Vive de remendos? Isso é falta de fé da mesma forma.

Jesus veio para garantir o cumprimento da vontade Deus, não só na negação do pecado, mas no assumir da plenitude da bênção de Deus: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele [Jesus] o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.” (2 Coríntios 1:20). Mas como podemos viver a vontade plena de Deus? A palavra tem a resposta:

e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, (Efésios 3:17-20)

A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável e muito maior e mais plena do que nós imaginamos. Por isso, precisamos conhecê-la e buscá-la em todos os seus detalhes e riquezas ao máximo para que se cumpra em nossas vidas, não só a vontade negativa de Deus, aquilo que nós não devemos fazer, mas, principalmente, aquilo que Jesus comprou a tão alto preço o direito de usufruirmos, a vontade expressa nas promessas de Deus. Observe que fazer a vontade de Deus traz a manifestação das promessas:

Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma. (Hebreus 10:35-39)

Deus não promete o que não quer dar. Já pensou nisso? É tão simples... Se Ele prometeu é porque quis. Quem o obrigaria? Ele mesmo prometeu e se obrigou pela sua fidelidade a nos abençoar porque Ele ama dar bons presentes aos seus filhos. Promessa do Pai é direito de filho.

Aquilo que Deus estabeleceu, Ele cumprirá





Deus é Fiel. Aquilo que Ele estabeleceu como bênção, ninguém no céu ou na terra pode revogar. Observe o que disse Balaão, um profeta vendido, que queria uma forma de amaldiçoar o povo para ganhar uns trocados de um rei:

Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá? Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar. Não viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel; o SENHOR, seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei. Deus os tirou do Egito; as forças deles são como as do boi selvagem. Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus! (Números 23:19-23)

Aquilo que Deus falou a seu respeito, Ele cumprirá. Ele não necessita da aprovação de ninguém. O que Ele estabeleceu, ninguém pode impedir, nem fazê-lo voltar atrás. Quando Ele manda a bênção, ninguém pode roubá-la ou mudá-la de dono, quando nós tomamos posse e louvamos ao Senhor pela provisão, Ele é a nossa força, nenhuma obra de feitiçaria tem poder contra nós, o inferno está debaixo dos nossos pés, em nome de Jesus! Somente o pecado pode nos atrair maldição, mas se você aceitou a redenção em Cristo, o pecado foi retirado pelo arrependimento, que o prega na cruz. O pecado levado a Cristo é vencido e você está livre para usufruir da boa, perfeita e agradável vontade de Deus, COMO Deus QUER!

Viva a bênção da vontade de Deus



Para viver a vontade de Deus é preciso duas coisas essenciais:

1.    Compreendê-la. A vontade de Deus precisa de dedicação para ser compreendida. Se não a compreendermos, andaremos como tolos, perdendo tempo e expostos à maldade: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.” (Efésios 5:15-17)

2.    Obedecê-la. O Senhor opera a sua vontade em nós. É andando em obediência (livres do pecado e em direção das promessas), que desenvolvemos a nossa salvação.

Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. (Filipenses 2:12-13)

Então, fazer a vontade de Deus depende de conhecimento da vontade de Deus e da nossa vontade de decidir fazer a vontade dEle. Precisamos de um conhecimento transbordante da vontade de Deus, sabedoria e entendimento espiritual. Isso mudará o nosso modo de vida para um em que dignifiquemos o Senhor, nos fará dar frutos e crescermos fortes, alegres e cheios de ações de graças:

Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria, ¶ dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz. (Colossenses 1:9-12)

Jesus é a vontade de Deus


É assim que Jesus nos vê: “porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.” (Mateus 12:50). Ele veio para a terra na intenção de fazer a vontade de Deus: “porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” (João 6:38). E tudo o que Jesus fez na terra era da vontade de Deus. Isto é, Jesus mostrou a vontade de Deus em derramar cura, libertação, pacificação, santificação, milagres de provisão, ensino, repreensão, consolo, fortalecimento, profecia... e tudo o mais que  Ele fez.

Jesus disse que a vontade do Pai é não abrir mão de nenhum dos que forem até Ele. Deus NÃO QUER PERDER VOCÊ nem por um minuto. Ele lhe deu a Jesus e Jesus não vai lhe perder:

Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:37-40).

Então, o que está esperando? Já foi até Jesus? Já lhe pediu ajuda? Jesus veio para fazer a vontade de Deus e estabelecer um novo relacionamento entre nós e Ele, em Hebreus 10:

Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. ¶ Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade. [...] Remove o primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. (Hebreus 10:5-10)

Um novo testamento, uma nova aliança, uma nova condição de relacionamento. No velho testamento, os homens eram servos de Deus, no novo testamento os filhos servem ao Pai (Hebreus 3:5-6).

Conhecendo a natureza da vontade de Deus  


A vontade de Deus é sustento, é vida e, por isso, é a base da obra de Jesus: “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” (João 4:34). Ele veio para nos trazer vida e vida em abundância. Jesus é a Palavra encarnada (João 1:1, 14). A Palavra é a vontade revelada de Deus para nós: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, [...] porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:19-21). Deus desenhou sua vontade em carne, em Jesus, “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,” (Hebreus 1:3).

Foi vontade de Deus criar o mundo e tudo o que nele há: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.” (Apocalipse 4:11). Mas Ele não fez tudo por acaso. Quando terminou, o qualificou como muito bom e o entregou à raça humana para cuidar e fazer florescer e frutificar.

Deus colocou de si próprio no homem e lhe deu tudo de bom que fizera, mas mais do que isso, Ele deu sua própria vida àquela pequena parte da criação. Poderia ser insignificante para quem criou um elefante, ou grande demais para quem criou uma vida microscópica, mas ele escolheu o homem para partilhar com Ele. Ao cair do dia, Deus e o homem conversavam, como Pai e filho. O pecado nos afastou dessa comunhão, mas Jesus veio para retirar o pecado e nos religar a Deus. A vontade de Deus é que nós sejamos tratados e vivamos como seus filhos, livres do pecado:

assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, (Efésios 1:4-7)

É quando entregamos a descendência de Adão, ligada ao pecado e através de Jesus, recebemos a comunhão com o Pai através do perdão dos pecados, que recebemos a manifestação da vontade de Deus de que fôssemos filhos, nascidos de sua natureza espiritual, sem pecado: “mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1:12-13). Não é só nascer como filho do homem, é preciso nascer da vontade de Deus, e para isso é necessário aceitar o perdão dos pecados em Cristo. É o que a Bíblia diz.

Os maravilhosos efeitos da vontade de Deus


A primeira coisa que posso lhe dizer é que se você faz a vontade de Deus, você não afunda. Você fica firme porque o Senhor está contigo, em sua defesa: “[...] aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (1 João 2: 17). Mesmo em meio às tribulações, o Senhor nos conforta e podemos estar certos de que Ele nos ouvirá. Quando fazemos a vontade de Deus, somos atendidos nas nossas orações: “Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.” (João 9:31). Pois se pedirmos conforme sua vontade Ele concede: “e esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5:14).

Depois, quando optamos por fazer a vontade de Deus, Ele nos mostra claramente qual é a sua vontade: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (João 7:17). Seja para resolvermos assuntos para nós, compreendermos a Palavra, ou qualquer necessidade de discernimento, o Pai nos mostra sua vontade, como sempre guiou Jesus nela: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou.” (João 5:30).

Não existe mar de rosas. Não se engane, não existe um cristianismo de mar de rosas. Fazer a vontade de Deus não nos exime de problemas sempre, nos dá vitórias porque há lutas. Por isso, precisamos estar preparados mentalmente e espiritualmente para resistir às oposições:

antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. (1 Pedro 3:15-17)

“Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.” (1 Pedro 4:19)

Praticando a vontade de Deus


A vontade de Jesus é que tenhamos o mesmo relacionamento que Ele com Deus: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.” (João 17:24). Da mesma forma que Deus recebe e ama Jesus, Ele lhe receberá e amará se você for ao Pai em nome do Filho que morreu para tirar a separação do pecado que há entre você e Deus.

Jesus era claro sobre discursos vazios e seu efeito:

E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. (Mateus 21:28-31).

Não importa de onde você venha, quem você seja, mas se deseja uma mudança na sua vida você só a terá quando decidir que quem tem razão e deve ser cumprida é a vontade de Deus. Digo isso porque há outra vontade que se liga ao que os olhos veem e as mãos tocam, o nariz sente,  os ouvidos ouvem  e as mãos apalpam. É a vontade da carne. Essa é destrutiva e inimiga mortal da vontade de Deus:

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. (Efésios 2:1-3).

Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. (Romanos 8:6-7)

Mas temos Jesus como exemplo: Não era a vontade de Jesus ir para a cruz, mas Ele escolheu fazer a vontade do Pai. Tanto é que Ele orou: “[...] Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.” (Mateus 26:42). E somos desafiados a sermos arrastado por esse exemplo:

Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. (1 Pedro 4:1-2).

O processo de aproximar-se de Deus


Fazer a vontade de Deus é ser aperfeiçoado por Ele, é um processo de aproximar-se dEle e, ao mesmo tempo, afastar-se do que não o agrada. Esse processo é chamado santificação e só vai estar pronto quando Jesus voltar:

Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém! (Hebreus 13:20-21)

A santificação, a separação de tudo o que não é de Deus age em  três áreas a santificar: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Tessalonicenses 5:23). Isso inclui aproximar-se de Deus, afastando-se do que não é dEle nessas três áreas: práticas espirituais que não agradam a Deus, práticas relacionais que não agradam a Deus e práticas corporais que não agradam a Deus. O espírito é nossa ligação com o sobrenatural, a alma o nosso espaço relacional e o corpo a nossa ligação com o mundo físico. Tudo começa no espírito, porque é nele que nós temos nossa comunhão com Deus. Nessa área, há um mover que é especificamente abençoado: a ação de graças.

Deus quer que nós possamos vê-Lo acima de qualquer situação, e que possamos assumir a sua vontade final nas qualidades de ser boa, perfeita e agradável. E nós fazemos isso quando nos mantemos dando graças pela manifestação dessa boa, perfeita e agradável vontade em QUALQUER situação, por isso Paulo diz: “em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1 Tessalonicenses 5:18).

Aproximando alma e corpo de Deus


A nossa alma é a dimensão que se relaciona com as pessoas. Nessa instância ocorrem as mágoas, os medos, as ansiedades, os pensamentos dolorosos, de mal, etc. É composta da mente, vontade e emoções. Nesse espaço, teremos a luta entre a vontade da carne e do espírito. O espírito recriado possui uma necessidade de aproximar-se de Deus e a carne de fazer aquilo que lhe der prazer. Os dois estão constantemente em conflito e aquele a quem você mais alimentar, mais forte será na sua vida. Por isso o jejum é um recurso muito bom, uma vez que a carne se alimenta das forças e desejos ligados ao corpo, apesar de não estar somente agindo no corpo (Gálatas 5:19-21). É preciso renovar a mente com a palavra, como já dissemos, compreendendo-a e praticando-a. É preciso levar os sentimentos ao consolo, perdão e submissão de Cristo e a submissão da vontade.

O corpo também é chamado a separar-se para Deus. Como diz o versículo a seguir:

Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. (1 Tessalonicenses 4:3-7).

A palavra utilizada no original para prostituição é “porneia”, a mesma utilizada para a palavra portuguesa pornografia. Ela significa: prostituição, incluindo adultério e incesto, e fornicação (ato sexual que não é entre cônjuges). A impureza a que se refere o texto é exatamente aquela que é resultado de ter utilizado algo como instrumento contrário à vontade de Deus. A vontade de Deus é que nós tenhamos as raízes arrancadas do mundo do pecado: “o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,” (Gálatas 1:4). O corpo deve servir ao que agrada a Deus, mas somos nós que o oferecemos para isso:

Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. (Romanos 6:12-13)



Assim, temos que a vontade de Deus não é apenas um conjunto de ordens, mas um caminho de bênçãos que Ele quer destinar a nós. Por isso, nós precisamos buscar toda a vontade de Deus, tanto aquela que diz não faça, como a que diz: “Eu lhe prometo”.

Deus não engana ninguém. Ele não mente. Não promete para não cumprir. Aquilo que Deus falou a seu respeito, Ele cumprirá. Ele não necessita da aprovação de ninguém, ninguém pode impedir, nem fazê-lo voltar atrás. Basta que nós compreendamos a vontade de Deus e a cumpramos.

A vontade de Deus está manifesta em Jesus. E ao cumpri-la, nós nos irmanamos a Ele. Deus enviou Jesus porque sua vontade era lhe ter de volta para Ele e Deus NÃO QUER PERDER VOCÊ nem por um minuto. Ele lhe deu a Jesus e Jesus não vai lhe perder.

A vontade de Deus é Vida e sustento, tudo o que Deus criou foi para que o homem tivesse comunhão com Ele, por isso, o pecado tem que sair de entre nós e Deus e foi por isso que Jesus veio. Não é só nascer como filho do homem, é preciso nascer da vontade de Deus, e para isso é necessário aceitar o perdão dos pecados em Cristo. Mas, se você está em Cristo, você fica firme porque o Senhor fica com você e lhe sustenta e lhe mostra o caminho.  Não existe um mar de rosas, mas as batalhas são vencidas e a paz permanece em você no meio da guerra.

Portanto, precisamos de atitude positiva se cremos. Não é suficiente dizermos que vamos fazer a vontade de Deus. É preciso fazê-la a qualquer custo. Mas temos Jesus como exemplo: Não era a vontade de Jesus ir para a cruz, mas Ele escolheu fazer a vontade do Pai. E a cada dia, nos aproximarmos mais de Deus e nos afastarmos mais do que desagrada a Ele.  É uma caminhada que vale a pena, de recompensa louvável, durante e após a jornada.




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