Muitas pessoas perguntam às crianças: “O que você
vai ser quando crescer?”. Quando perguntamos isso, enfocamos o tipo de
profissional que tentamos formar. Mas, se o nosso foco está no tipo de pessoa
que tentamos formar, nós precisamos preparar a nós e aos nossos filhos para
lidar com a questão do sofrimento e como reagiremos a ele. Nenhum pai ou mãe
quer que o filho sofra, mas isso é inevitável, então, essa segunda pergunta
precisa ser feita e respondida da melhor maneira possível o quanto antes.
A única certeza que podemos ter na vida é que vamos
lidar com mudanças. As pessoas e as coisas mudarão. As mudanças serão sempre um
desafio, quer positivas, quer negativas, elas podem nos trazer algum
sofrimento. O que nós vamos nos tornar após essas experiências vão mostrar o
nosso caráter e como nós estamos preparados a resistir a situações difíceis. Por
exemplo, você passa em um concurso super difícil para estudar numa
pós-graduação. É maravilhoso! Mas, sair de casa, de sua cidade, e dar conta de
estudar e escrever a sua bendita tese ou dissertação não são desafios fáceis.
Mas, está no pacote. O que fazer?
No pacote de suas bênçãos podem vir muitos desafios
e situações difíceis. Você já observou que Deus aponta sempre para o destino da
jornada e não para o caminho? Quando José recebeu o sonho em que os feixes de
toda a família se dobravam ao seu, ele nunca imaginou o que esse seu sonho iria
provocar e por onde ele teria que passar para chegar à concretização do sonho
de Deus para ele. Deus tem planos de paz para você, mas Ele só lhe revelará o
alvo do sonho e não os pântanos, tempestades e lamaçais, que tiver de passar
para chegar até o alvo.
Assim, mantemos a motivação
de olho no fim da jornada. Se Deus predissesse para José todo o caminho que
teria que fazer até o governo com faraó, você acha que ele estaria motivado a
tanto sofrimento? Nós não nos motivamos com a caminhada, mas com o fim da
jornada. Todo caminho é cansativo. Uma viagem dos sonhos de férias é cansativa,
uma viagem de lua-de-mel é cansativa, mas deixa lembranças maravilhosas e,
depois, nos faz rir dos imprevistos, mas, na hora que eles ocorrem, não são
divertidos.
A cada desafio, nós nos reconstruímos e
fortalecemos para a próxima fase. A rapidez da recuperação vai depender da
nossa fé. Quanto mais conhecermos da palavra, mais vamos nos recompor e aprender
a aplicar fé naquele tipo de situação mais facilmente. Aprendemos muito por
comparação de experiências. Por exemplo, Davi se viu capaz de enfrentar Golias
porque ele havia enfrentado um leão e um urso e os havia vencido na sua missão
de pastor. Ele tinha um espírito de guardião. Deus precisava disso em um rei.
Podemos comparar situações de pessoas na Bíblia e a solução que Deus lhes deu,
uma vez que Deus não faz diferença entre uma pessoa e outra. Assim, a nossa fé
cresce e não perdemos a motivação da jornada até o sonho de Deus para nós, pois
Ele nos diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso
respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que
desejais.” (Jeremias 29:11)
Aprender com os nossos limites gera as nossas superações
A bíblia diz que Jesus “embora
sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5:8). Não
me entenda mal, Deus não impõe sofrimentos a nós como condição para nos
abençoar, mas nossa existência humana limitada sofre com qualquer mudança,
porque nós sofremos com o que não sabemos, nós sofremos dores no corpo, na alma
e no espírito. Se não fôssemos humanos não sofreríamos. No caso de Jesus, Ele
sofreu ao descobrir a dor física, a dor emocional e a dor espiritual na
convivência num mundo de corrupção e imperfeição e, finalmente, na cruz. Como
Ele reagiu a cada desafio definiu tudo a seu respeito. Como
Deus, Ele sabia tudo, como homem, Ele aprendeu tudo, desde criança (Lucas
2:40,52).
Gerando o caráter de Deus em nós
Uma vez escutei que uma pessoa é como um balde
cheio de água e as limitações de seu caráter como terra depositada
embaixo da água. Enquanto a água está parada, tudo parece limpo, mas se a água
se agita, tudo o que está lá vem à tona e contamina todo o resto. A bíblia diz
que no tempo da angústia é que se vê quem é amigo (Provérbios 17:17). Isso é
prova de caráter. O caráter fica, a máscara se esvanece nas dificuldades. Esse
conceito também se aplica aos amigos de Deus. Todas as pessoas que tiveram
sucesso na fé e na perseverança confiaram em Deus a despeito de qualquer
desafio.
Abraão ia mesmo sacrificar seu único filho, o
herdeiro das promessas, porque confiava em Deus até à ressurreição (Hebreus
11:17-18). Isso não quer dizer que aquilo fosse fácil para ele. A bíblia não
diz nada sobre o que ele sentiu. Ela fala do que ele decidiu fazer. Deus
não pede para fazermos coisas porque são fáceis, Ele pede para fazermos o que é
preciso para estabelecer a nossas prioridades na ordem correta. Se
Abraão amasse mais a Isaque do que a Deus, Ele não seria
capaz de receber tudo de Deus. Talvez só uma parte porque Deus é
misericordioso.
Quando Deus lhe pede algo, Ele tem em vista, não
apenas o que você pediu, mas o que Ele tem no coração para lhe dar, o que não é
pouco: “Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem
jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o
amam.” (1 Coríntios 2:9). Um versículo de Efésios fica particularmente
especial na versão amplificada da Bíblia: “Agora, Aquele que por consequência
de, da ação de seu poder, que está em operação dentro de nós, é capaz de levar
a cabo Seu propósito e fazer superabundantemente, muito além e acima de tudo o
que nós ousarmos pedir ou pensar, infinitamente além de nossas mais altas orações,
desejos, pensamentos, esperanças ou sonhos, a Ele, seja a glória na igreja e em
Jesus Cristo através de todas as gerações para sempre e sempre. Amém. Assim
seja.” (Efésios 3:20-21). Nós não temos idéia da totalidade dos
planos de Deus para nós, mas são maravilhosos e bons, assim como é a Sua
natureza. O caminho que tiver de ser percorrido, será perfeito e
necessário, mas na maioria das vezes, só saberemos o porquê no final.
O testemunho do caráter
Jesus desenvolveu a capacidade de não reclamar, não
se revoltar, nem se desesperar diante das situações difíceis. Observe que, toda
vez que estamos em apuros, podemos de alguma forma ter contribuído para aquela
situação, mas Jesus não tinha pecado e sofreu injustamente. Mas observe como o
inocente reagiu:
7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os
seus tosquiadores, ele não abriu a boca. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e
de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos
viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. 9
Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua
morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.
(Isaías 53:7-9 )
Silêncio pode ser a melhor resposta na hora da
aflição. Se seu coração está atribulado não se ponha a falar: “Põe
guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” (Salmo 141:3).
“Provaste o meu coração; visitaste-me de noite; examinaste-me, e nada achaste;
propus que a minha boca não transgredirá.”(Salmo 17:3). “Sejam agradáveis as
palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR,
Rocha minha e Redentor meu!” (Salmo 19:14). Principalmente na presença de
pessoas que não buscam a Deus: “Disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos,
para não pecar com a língua; porei mordaça à minha boca, enquanto estiver na
minha presença o ímpio. ” (Salmo 39:1)
O que falar para os outros na hora da adversidade
Nossa boca foi feita para falar do que o Senhor faz
e não do que falta: “A minha boca relatará a tua justiça e de contínuo
os feitos da tua salvação, ainda que eu não saiba o seu número.” (Salmo 71:15). Quem
espera no Senhor mantém a sua Palavra na boca: “Não
tires jamais de minha boca a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus
juízos. ” (Salmo 119:43). Ainda que o tempo seja de dificuldades, a
minha boca deve proclamar o que Deus é e o que Deus pode fazer: “Profira
a minha boca louvores ao SENHOR, e toda carne louve o seu santo nome, para
todo o sempre.” (Salmo 145:21). Isso significa que o Senhor é que deve ser
exaltado em qualquer momento, sempre, e não o problema.
Então, não adianta apenas não fazer o que é mal, é
preciso também não falar o que é mal ou contra Deus. Lembre-se de que o povo de
Deus passou 40 anos no deserto porque murmurou durante a jornada. Você
está numa jornada para a sua promessa. Deus é fiel ainda que o caminho seja
difícil. Ele tem os motivos dEle para levá-lo por esse caminho. Procure
entender a lição do dia e mantenha a boca fechada para a murmuração, como
fez o profeta Jeremias num momento de grande sofrimento: “Bom
é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR.” (Lamentações
3:26).
Se abrir a boca, que seja para engrandecer Aquele
que sabe o fim da jornada. “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus
sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.”
(Hebreus 13:15). O Senhor lhe dá o cântico, mas você abre a boca e
isso vai provocar mudança nos outros: “E pós um novo cântico na minha boca,
um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR.”
(Salmo 40:3). Determine o que sua boca vai falar: “A
minha boca falará de sabedoria, e a meditação do meu coração será de
entendimento.” (Salmo 49:3)
A recompensa pelo caráter fiel a Deus
Há uma recompensa para aquele que crê e obedece.
Pois “[...] aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é
galardoador [recompensador] dos que o buscam.” (Hebreus 11:6). Jesus
ficou calado porque sabia que não era o momento de falar. Ele confiava em Deus
enquanto o açoitavam, zombavam dele, cuspiam em seu rosto e o crucificaram. Ele
via antecipadamente a sua recompensa:
“10 Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o
enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade
e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará
satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a
muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. 12 Por
isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o
despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com
os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos
transgressores intercedeu” (Isaías 53:10-12)
Jesus não foi exaltado porque era Filho de Deus.
Ele foi exaltado porque obedeceu a Deus com perfeição sob todas circunstâncias,
as piores e as melhores. Deus não é nepotista, Ele é justo. Ele
recompensa sobre a obediência em fé. E isso é um princípio geral. Ficamos
firmes quando focamos que obedecer a Deus traz o melhor resultado possível. Não
importam quais sejam as outras ofertas ou as consequências. Jesus foi
exaltado porque se submeteu até o fim para fazer a vontade de Deus. Por
mais degradante que fosse a morte em cruz, era lá que estava a oportunidade de
subir até o mais alto lugar da glória. Qualquer traço de orgulho o teria
derrubado instantaneamente e o lançado na desgraça.
8 E, achado na forma de homem, humilhou-se
a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. 9 Por
isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; 10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que
estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 E toda a língua
confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. (Filipenses
2:8-11).
Fique firme no propósito de Deus para a sua vida
Não importa por onde você tenha que passar, onde
tenha que viver ou trabalhar, seja lá o que acontecer, se você decide servir a
Deus, os planos de Deus serão cumpridos a seu respeito. No caminho, a
visão da recompensa em Deus o fortalecerá. Moisés ficou firme porque via a
recompensa em Deus como mais preciosa:
Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser
chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de
Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores
riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em
vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque
ficou firme, como vendo o invisível. (Hebreus 11:24-27)
Isso também está reservado a nós: “Humilhai-vos
perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4:10) e “Humilhai-vos,
pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte;”
(1 Pedro 5:6). Humilhar-se é reconhecer a bondade de Deus e que
a sua vontade é melhor do que a nossa e obedecê-Lo. É crer nEle a despeito de
qualquer situação. Ele é a porta e o mapa de saída do deserto da angústia. Ele
sabe mais do que nós, Ele está no trono, Ele é o Senhor e a Ele nos rendemos
porque nós confiamos no seu cuidado, ainda que não entendamos. Se Ele é
reconhecido no controle, o seu coração se acalma e pode ver a saída. As
portas dos céus se abrirão quando a fé estender suas mãos para destravar a
tranca da promessa.
Considerando todas essas coisas, temos o desafio do
nosso caminho até o sonho de Deus para nós todos os dias. Ele trará sofrimentos
inerentes às mudanças, quer positivas ou negativas. Como reagiremos a isso
revelará e nos dará a oportunidade de aprimorarmos o nosso
caráter. Mantendo o foco no destino da jornada teremos motivação garantida
para chegar ao final. Isso também significa que tudo ocorrerá para nos tirar
esse foco. Mas, se encararmos os desafios como oportunidades de aprimorar nosso
caráter em Deus os desafios não nos porão para baixo, mas serão degraus a
subirmos. Quando renúncias são necessárias, são oportunidades de sermos
abençoados. Mas para sermos abençoados, as nossas prioridades são reveladas e
devem ser ajustadas para darem o lugar certo a Deus, sobre todas as coisas.
Um caráter submisso a Deus eleva o filho na hora
certa, após a obediência ser completada. Enquanto o coração e a situação se
ajustam, entretanto, devemos guardar o silêncio ou oferecer sacrifícios de
louvor, principalmente na presença de pessoas que não buscam a Deus. Pois o
Senhor recompensará a fé dos que se mantiverem fiéis no meio das adversidades
porque essa é a sua natureza e a sua promessa.
Você pode orar assim:
Espírito Santo, tu que és Deus comigo,
ajuda-me a ver qual o sonho de Deus para minha vida. Sei que Jesus veio
para que eu tenha vida e vida em abundância, então, sei que todo o mal não é
permanente e nem Tua vontade. Ajuda-me a crescer no meio dessa dificuldade que
tenho passado. Tranca a minha boca para que não reclame e veja todo o mundo
cinza e sem esperança. Abre a minha boca para engrandecer o Teu nome, Teu Amor
forte e onipotente e o teu poder além e acima de todas essas coisas que estão
acontecendo, em nome de Jesus.
Aninha conheci uma pessoa, que o nome dela que eu dei é fé. Ela é tão especial para mim quanto vcs, quando digo vcs é vc e Djane. Na aula de pintura ela sempre leva a mensagem da palavra do Senhor de forma diferente de vc que tem estudo profundo da palavras do Senhor. Tenho aprendido com vcs muitas coisas boas, agora o exercício da fé, tenho visto nela. Eu sei de minha fé mais me mantenho calada e agradeço a Deus em oração. Ela divulga sua fé e suas recompensas. Lau
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