segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O que fazer quando Deus responde: Não?




Deus sempre responde. Mas, às vezes, Ele responde: não. Nosso pedido pode nos ser caro, mas há mistérios na Onipotente sabedoria de Deus que não vamos compreender até que Ele decida nos explicar. Essa semana eu tive que experimentar um não de Deus.

Todos sabem que diariamente o Senhor tem me sustentado postando essas mensagens no blog. No primeiro ano, não falhei nenhum dia. Glória a Deus. Mas, esse ano, por dois dias deixei de postar em dois dias. Dia 17 de novembro e dia 29 de dezembro. No dia 17, passei o dia no hospital com minha sobrinha. Em seus seis meses e meio de gravidez, durante uma luta contra o câncer, após um mês de uma cirurgia de retirada de tumor de 32 centímetros, a bolsa rompeu-se. Seguramos na oração por dois dias, até que o corticóide maturasse o bebê e Levi tivesse seu nascimento prematuro, mas saudável.

O menino dos milagres, um milagre para ser gerado, um milagre para sobreviver ao parto, um sopro no coração ia ser operado, mas sumiu milagrosamente após a intercessão da igreja, a cura de uma primeira infecção. Ele era tão ativo que chamava a atenção dos médicos. As enfermeiras tinham tanto carinho por ele nós sentíamos, os médicos dedicadíssimos, a família apaixonada. Era uma atmosfera de amor e cuidado. Até que uma bactéria hospitalar o atingiu. Lutamos com toda a fé, pedimos ajuda a todos os irmãos, até em outros Estados, os médicos fizeram o que podiam, clamamos a Deus pela vida. Chegou a notícia de que só restava um batimento por causa de medicação, mas fomos ao hospital e oramos durante uma hora e meia ao lado da incubadora, clamando e declarando o poder de ressurreição de Cristo.

Havia pessoas reunidas nas casas, que se alinhavam conosco. A mãe não pôde ir ao hospital por causa da quimio, mas estava orando em casa com um grupo. Estávamos eu, meu pai e o pai de Levi no Hospital orando desde 18h35min. Eram 19h 45min Quando o Senhor disse: Ore até às 20h. Faltando três minutos para as 20h, meu pai disse que não aguentava mais a coluna, e foi orar na saleta. Às 20h, exatamente e sem saber de nada, uma médica pediu para auscultar o bebê e já não havia batimento. Outra médica veio e confirmou o momento de chorarmos.

Eu não entendi nada. Deus atendera todas as nossas orações até ali. Mas, os milagres nos deram apenas quarenta dias de vida daquele pequeno. O que fazer? Como lidar com aquele não tão terrivelmente doloroso? Então, o Senhor me levantou no coração a história de quando Davi orou pelo seu bebê recém-nascido:

Buscou Davi a Deus pela criança; jejuou Davi e, vindo, passou a noite prostrado em terra. Então, os anciãos da sua casa se achegaram a ele, para o levantar da terra; porém ele não quis e não comeu com eles. Ao sétimo dia, morreu a criança; e temiam os servos de Davi informá-lo de que a criança era morta, porque diziam:
- Eis que, estando a criança ainda viva, lhe falávamos, porém não dava ouvidos à nossa voz; como, pois, lhe diremos que a criança é morta? Porque mais se afligirá. Viu, porém, Davi que seus servos cochichavam uns com os outros e entendeu que a criança era morta, pelo que disse aos seus servos:
- É morta a criança?
Eles responderam:
- Morreu.
Então, Davi se levantou da terra; lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na Casa do SENHOR e adorou; depois, veio para sua casa e pediu pão; puseram-no diante dele, e ele comeu. Disseram-lhe seus servos:
- Que é isto que fizeste? Pela criança viva jejuaste e choraste; porém, depois que ela morreu, te levantaste e comeste pão.
Respondeu ele:
- Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.
Então, Davi veio a Bate-Seba, consolou-a e se deitou com ela; teve ela um filho a quem Davi deu o nome de Salomão; e o SENHOR o amou. (2 Samuel 12:16-24)

Após tentarmos todos os nossos recursos, precisamos seguir em frente e buscarmos consolação. A nossa consolação e a dos outros. Deus (e só Ele) pode fazer isso de forma maravilhosa. Foi a uma hora e meia em que orei com mais fervor nas minha vida. Nunca conheci um pai mais amoroso e dedicado, nunca vi uma mãe arriscar a própria vida para ser mãe e suportar tanta dor e mal estar para ter um filho nos braços. Mas nosso pedido foi negado e Deus tem as razões dEle para isso. Não sou tão grande que possa julgar a Soberania de Deus. Um discípulo segue seu mestre, Jesus soube receber um não de Deus quando lhe pediu para não ir para a cruz. Eu, o pai e a mãe de Levi tomamos a nossa e o entregamos a Ele e pedimos que nos sare da saudade desse guerreirozinho do qual só tivemos o privilégio de desfrutar da convivência por quarenta dias exatos. Num tempo em que os irreconciliáveis foram reconciliados, os dispersos foram unidos, a fé foi restaurada em muitos e que o Amor se fez tão concreto e visível quanto Cristo na cruz e na ressurreição. Agradecemos ao Senhor e louvamos pelo privilégio que nos foi dado por aqueles olhinhos lindos, que eu só pude ver abertos em fotos, mas que revolucionaram para sempre a vida de tantos. Quando Deus responde não, Ele continua Deus e nós precisamos continuar sendo seus humildes servos e filhos.

A consolação sobrenatural


sábado, 29 de dezembro de 2012

Rumo à novas conquistas




Nós somos seres guiados por alvos. Levantamos de manhã para fazer alguma coisa, trabalhamos o dia todo por algum objetivo. Às vezes, perdemos esse sentido no caminho ou percebemos que o propósito final não valia à pena. Mas, logo redirecionamos nossos esforços e estamos nós de novo em busca de algo que valha realmente à pena. O importante é poder reconhecer os três momentos essenciais: vale a pena sair em busca, vale o percurso e quando finalmente chegamos.

Essa ilustração nos ajudará a meditar nisso:

Uma jovem mãe, submetida a um tratamento contra câncer, voltou do hospital sem cabelos, por causa da radioterapia, e muito consciente da sua aparência.
Estava sentada na cozinha, quando seu filho apareceu na porta, olhando-a curiosamente.
Quando a mãe iniciou o discurso que ensaiara para ajudá-lo a entender o que via, o menino se aproximou e aconchegou-se em seu colo, quietinho, a cabeça recostada em seu peito.
A mãe acariciou a cabecinha do filho e disse: "Você vai ver como daqui a pouco o meu cabelo vai crescer e eu vou ficar melhor, como era antes."
O menininho se levantou, olhou para a mãe pensativo. Com a espontaneidade de seus seis anos, respondeu: "Seu cabelo está diferente, mas seu coração está igualzinho." A mãe não precisava mais esperar por "daqui a pouco" parar melhorar. Com os olhos cheios de lágrimas, ela se deu conta de que já estava muito melhor.

Sabe, não se engane, ninguém vive melhor porque seu cabelo está melhor, ou se sua conta bancária tem mais do que precisa, ou se conseguiu comprar algo que queria muito, mas os que amam mais e transbordam no amor terminam belos como nunca, porque no seu espelho se verá como uma pessoa amada e nos olhos-espelho dos que o rodeiam e amam a sua vida e presença essa é sua beleza.

O propósito pelo qual nós fomos criados não é possuir, aparentar, conquistar e abraçar coisas. Mas o nosso propósito é a causa mais nobre. A bíblia diz que nós fomos feitos “[...] para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,” (Efésios 1:5-6). Fomos criados para sermos filhos e, ao recebermos todo o amor e cuidado de filhos, Deus será exaltado pela sua gloriosa graça. Nós fomos feitos para Deus mostrar a sua bondade em nos amar sem que nós mereçamos ser amados.

Ninguém existe sem um propósito. E ainda que exista um propósito geral de Deus para o homem, esse propósito se manifesta individualmente na vida de cada pessoa que o busca. Abraão tinha uma meta, uma descendência, uma família completa, seu propósito no plano de Deus foi ser instrumento para trazer o Messias ao mundo; Moisés tinha um propósito, trazer a liberdade ao povo de Deus, seu propósito no plano geral de Deus foi preservar a semente messiânica e contribuir para recolocá-la em Canaã. Cada pessoa tem no coração uma chama do propósito com que Deus a criou. Você sente incômodo e compaixão por determinado tipo de problemas, inclinado a buscar soluções para determinadas necessidades suas e dos que lhe cercam.

A caminho do propósito


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Fé é mais do que acreditar




Nós dizemos que temos fé, praticamente desde que nascemos. A fé se torna um ícone social. É sinal de correção moral, mas não tem identidade ou base sólida. É como ser brasileiro ou coreano. É sinal de pertencimento a um grupo ou de ter uma determinação otimista qualquer. Mas, Deus tem uma definição de fé bem precisa, além de várias características e processos relacionados à fé que, inclusive muitos cristãos professos e dedicados desconhecem.
Observe como Deus conceitua fé:
Ora a FÉ é a segurança (a confirmação, o título de propriedade) das coisas que [nós] esperamos, sendo a prova das coisas que [nós] não vemos {e} a convicção da realidade delas [a FÉ percebe como fato real o que não é revelado pelos sentidos]. (Hebreus 11:1 – Bíblia amplificada)
Então, quando se fala de fé, se fala de segurança no meio do invisível, de uma realidade que não se vê, mas dentro da qual temos o título de propriedade daquilo que necessitamos. É muito bonita essa ideia... Pedro andando sobre as águas. Não havia nada em que Ele se segurar. Mas isso é mentira. Pedro tinha algo poderoso para segurá-lo sobre e entre as ondas. Jesus lhe havia dito: “[...] Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus.” (Mateus 14:29).
Apesar de muitos não saberem disso, a fé é baseada sobre um alicerce muito firme e inabalável, ela é enraizada e alimentada, “[...] a fé vem por ouvir [o que é dito] e o que é ouvido vem pela pregação [da mensagem que vem dos lábios] de Cristo (o próprio Messias).” (Romanos 10:17 – Bíblia Amplificada). Pedro não estaria seguro sobre o invisível se não houvesse uma palavra de Cristo, especificamente dirigida a ele, autorizando-o, chamando-o, capacitando-o a fazer aquilo.
Isso muda todo o nosso relacionamento com a fé que alcança as promessas de Deus. Esse tipo de fé é a que nos faz herdar o que foi prometido e nada além disso. É esse tipo de fé que deve basear e direcionar o nosso esforço:
Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança; para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas. (Hebreus 6:11-12)

Podemos, então, desmistificar alguns conhecimentos comuns:

1.    Se a fé é baseada na promessa, quem não conhece a promessa, não pode assumir como garantido o seu cumprimento, logo, sem conhecimento da promessa não existe fé, existe crença mística (Romanos 10:17);
2.    Deus não está comprometido com o que não prometeu, logo, sem conhecer a(s) promessa(s) não há garantia de recebermos nada;

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. (Oséias 4:6)

3.    Deus é fiel. Fiel é alguém que cumpre o que diz. Se Deus não cumprir a sua Palavra, Ele corrompe a sua própria natureza, o que não acontecerá porque Ele é Deus e não muda.

Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, (Hebreus 6:17-19)

4.    Cada promessa engloba uma área de necessidade, cada necessidade é específica, então, é preciso conhecer a(s) promessa(s) específicas para as necessidades específicas para exercer fé sobre cada uma (Pedro andou sobre o vem, Abraão buscou sua descendência, Rute buscou a lei do levirato, Moisés tinha ordem para tirar o povo do Egito e circular no deserto, nenhum homem ou mulher de Deus conseguiu nada além do que estava prometido para cada situação específica);

5.    A fé é baseada na Palavra da promessa, logo, se você se desvia da Palavra, desviou-se da fé no conceito de Deus (mesmo que permaneça fiel a ritos e linguagens religiosos); se você está sobre a Palavra, você está sobre a fé no conceito de Deus.

É unindo as promessas à fé que conectamos o poder de Deus na nossa vida. A fé assume as promessas como realidade e anda sobre elas, ainda que os olhos mostrem outra realidade e as mãos apalpem outra substância. A fé coloca os pés sobre a promessa e não sobre o mar. A fé anda ao encontro de Jesus e não para o fundo do oceano. A fé segue a voz seu pastor, mesmo andando no vale da sombra e da morte, sem temer mal algum, porque o bordão e o cajado invisíveis do Deus Todo-poderoso lhe consolam e guardam. Fé é mais do que acreditar é crer na fidelidade de Deus a nós nas suas promessas.

A fé cresce como um organismo vivo


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Vídeo: Jesus trouxe o fim do exílio para nós!



Hoje, trouxe um vídeo para você. É a palavra que dei no dia 25.12.2012, na Missão Filadélfia (a primeira parte). 





Que a graça do Príncipe da Paz que nasceu para lhe fazer sair do abandono e da rejeição para alcançar os braços do Pai, venha poderosamente sobre a sua vida.

Se você desejar compartilhar esse vídeo, o link é o seguinte:



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

É possível ser livre!





A palavra perdão no original do novo testamento grego significa "deixar ir livre sem cobrar a dívida." Entretanto, precisamos notar que o perdão acontece em um relacionamento. Portanto, ele vai surtir efeito em ambas as pontas: naquele que feriu e naquele que foi ferido. 

Dissemos em textos anteriores do poder destrutivo da mágoa. Hoje, as pesquisas apontam que as pessoas com mágoas profundas e, principalmente, as que se recusam a perdoar, têm muito mais probabilidade de desenvolver câncer e não se recuperar dele. A mágoa é um poderoso fator corrosivo no organismo de quem a mantém. Só a determinação em não reter esse inimigo preso em sua vida pode iniciar o processo de cura. Assim, somente você pode decidir se ajudar nisso.

Temos dois pré-requisitos para iniciar o processo de perdão: 

1. Admitir que a mágoa existe. 
2. Lutar para livrar-se totalmente de suas garras. 

É preciso se comprometer com o processo de reconquista da Paz, senão ele não acontece. É como uma fisioterapia da alma. Precisa-se ter coragem de olhar para sentimentos sem nobreza, que nos aprisionam, mesmo sem os desejarmos ou buscarmos.

Há princípios no perdão. O primeiro deles podemos encontrar no versículo abaixo:

21  [No primeiro dia da ressurreição] Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. 22  E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. 23  Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos. (João 20:21-23). 

Podemos compreender no texto  acima que o perdão vai impactar duas vidas: a de quem perdoa e a de quem é perdoado. Mas, há também a lei da retenção. Observe que o poder de perdoar vem do alto, vem do Espírito Santo e é concedido aos discípulos de Cristo. Ser discípulo de Cristo significa desejar e esforçar-se ser como Ele é.

Jesus perdoou, mesmo aqueles que o estavam crucificando, se somos discípulos de Jesus, o Espírito de Deus nos capacitará a perdoar como Ele perdoou. O Espírito Santo trará o poder de Deus para criar um coração como agrada a Ele: “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei,” (Hebreus 10:16).  E, então, vem a autoridade do Espírito: liberar ou não os outros. Deixá-los ir livres ou não. Valeu para os discípulos, vale para nós. Um discípulo de Cristo tem essas duas características: tem necessidade de perdoar e pode perdoar através do Espírito Santo.

Estou preso?

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Natal que Jesus sonhou para você




Dia 25 de dezembro anuncia o final de um ano e, ao mesmo tempo, a proximidade do início de outro. Nós costumamos ser marcados pelos acontecimentos mais importantes. Então, que a comemoração da vinda de Jesus à terra seja realmente o momento mais importante. Podemos associar Natal às consequências: festa, troca de presentes, mas o efeito não pode ser mais importante do que a causa. O Natal é a chegada de Jesus para nós. Hoje, vejo Natais sem Cristo, como se pudesse haver Natal, nascimento, sem Vida. Então, o ciclo anual, que deveria ser de renovação, se torna apenas mais uma repetição de velhas tradições vazias. Sem o aniversariante, a festa e os presentes não fazem sentido. Há, entretanto, nesse ciclo de início e fim, algo que se repete. Eu quero ressaltar três coincidências no nascimento e no cumprimento da missão de Cristo: o exílio, a madeira e o Amor.

O exílio é estar afastado de seu lugar de origem, é não pertencer, é não fazer parte, é não ter lugar. Jesus nasceu sem lugar em sua própria cidade de origem. Seus pais precisaram voltar para a sua cidade Natal para fazer o recenseamento romano obrigatório. Mas não havia lugar para Ele. Belém era uma cidade pequena, faltavam hospedarias apesar de Maria estar grávida. E, talvez até por isso, ela ainda tenha conseguido um estábulo para pousar naquela noite estrelada. Mas o exílio de Jesus foi muito mais profundo do que você imagina. A falta de lugar na estalagem foi apenas o início da sua rejeição: “o Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:10-11). Qualquer pessoa que lhe rejeite é uma dor difícil de suportar, mas, quando os seus lhe rejeitam, a dor é maior. Jesus conheceu essa dor. Ele a conheceu no grau máximo, pois a bíblia diz que Jesus foi [...] desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.” (Isaías 53:3).

Você se sente sem lugar nesse período? Parece que não cabe em lugar nenhum, não pertence a lugar nenhum? Foi exatamente assim que Jesus nasceu, mas havia um propósito nesse isolamento. A conclusão do propósito de Deus foi também diante do máximo exílio possível. No seus últimos momentos, Jesus bradou:

À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Vede, chama por Elias! E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de um caniço, deu-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo! Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus. (Marcos 15:34-39)

O exílio final tornou-se o mais doloroso e cruel. Jesus separou-se dAquele que mais amava, mas por um propósito que fez valer a pena. O véu do templo se rasgou. O véu do templo simbolizava  a separação entre Deus e os homens pelo pecado. O pecado rasgado nas mãos, nos pés e no lado de Cristo nos abriu o céu e a presença diante do Pai. Jesus finalizou sua jornada de rejeição e exílio para nos livrar daquilo nos impedia de estar na presença de Deus. Tudo o que nos fazia não pertencer à Vida de Deus foi destruído no abandono, no exílio de Jesus na cruz. Quando Deus virou as costas para Cristo, abriu os braços para nós. O exílio de Cristo foi a nossa chegada aos braços do Pai. Jesus veio como um exilado para resgatar os exilados. Jesus veio como alguém que não tinha lugar para estar, para aconchegar aqueles que queriam pertencer ao lugar da presença de Deus.

A madeira e a missão

 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

É o menino mais lindo do mundooooo!

André, Levi e Juliana: vitória da Vida de Deus


Este final de ano, especialmente novembro e dezembro, foi de muitas vitórias para mim e minha família. Foram meses em que a vida venceu a morte, várias vezes. Hoje, comemoramos a Vida. Natal é a comemoração da vida. Uma vida preciosa que começa em Jesus e se estende em nós e naqueles a quem manifestamos o seu amor. Essa Vida preciosa veio com o propósito especial de nos trazer Vida de filhos do Pai. Um presente inigualável.

Os  presentes que não se compram em lojas são os mais ricos e verdadeiros. O presente da Vida é o maior deles, sem dúvida. Sem ela, nenhum outro fará sentido. No meio de todas as vitórias, a vida é a maior conquista, sem sombra de dúvidas. A maior experiência que posso contar é a de minha sobrinha, que foi diagnosticada com câncer no ovário, em fevereiro deste ano. Os médicos lhe deram a opção de retirar um ovário com um tumos de 11 centímetros e fazer quimioterapia, o que a deixaria estéril. Com o ovário restante, ela teria menos de 25% de chance de engravidar. Ela não aceitou fazer a quimio porque queria ser mãe e cria que Deus lhe daria um filho de presente. Ela queria natalidade como presente. Ela não foi buscar seu presente em nenhuma loja, mas no céu. E foi de lá que ele veio.

A despeito dos prognósticos, ela engravidou apenas 40 dias após a primeira cirurgia. Durante a gravidez ela sofreu muito, mas no amor de ser mãe suportou desde todas as dificuldades com alimentação até tratamento com morfina. Aos três meses e meio estava tudo bem, mas aos cinco, outro tumor de 32 cm no ovário oposto pressionava o bebê e teve que ser retirado. Isso nos levou a outra cirurgia, mais lutas e o bebê, a vida que dava sentido à luta, encantava os médicos pela sua vivacidade, pois dentro do útero tentava expulsar o intruso lutando o tempo todo e empurrando o tumor que o comprimia. Retirado o segundo tumor, veio mais um mês e meio de certa tranquilidade e corremos para o hospital orando e engolindo o choro, pois a bolsa tinha se rompido, aos seis meses e meio, o bebê corria risco, nossa luta estava por um fio... Mas o Senhor era conosco. Deu tempo de tomar os corticóides, maturar os pulmões e o guerreiro Levi nasceu.

O pai assistiu o parto inteiro. Fotografou tudo o que pôde... Estávamos esperando com amigos, a e parentes do bebê no quarto. De repente, André, o pai, abriu a porta do quarto onde estávamos numa arrancada. Não tinha cor no rosto. Os lábios estavam totalmente brancos. Ele estendia a mão com a máquina fotográfica, gaguejava e tremia sem parar, os olhos marejados de lágrimas. Uma emoção, que não há como descrever nos calou e atordoou a todos. E dizia, quase gritando: “Meu filho nasceu! Meu filho nasceu! É o menino mais lindo do mundo! É o menino mais lindo do mundoooo. É lindo demais! É lindo demais! É lindo demais, meu Deus! É o menino mais lindo do mundooo! É a coisa mais linda!” - enquanto se escorava na parede. Parecia que ia cair a qualquer momento. Ele não conseguia dizer nada além disso, por algum tempo. Ninguém se moveu por um momento, congelamos... Até que uma amiga disse com a voz embargada: “Abracem o rapaz! Ele está muito feliz! Abracem o rapaz!...”

Era um bebezinho que não conseguia nem chorar de tão pequenino. Estava na UTI neo de tão frágil. Precisava de ajuda para respirar e alimentar-se. Estava inchado pelo nascimento, mas era o filho esperado, amado, a vida que fazia parte da nossa, a vida que era do pai e se manifestava vencendo tudo e isso o tornava o mais precioso dom de Deus na terra. O menino mais lindo do mundo! O filho do pai, a prova da vida e do amor, que triunfam. Assim, Levi foi a nossa ideia de natal, de Vida dada por Deus para os que desejam, creem e entregam tudo pela preciosidade da Vida.

Experiência maravilhosa essa, glória a Deus. Imagine então a alegria, a expectativa de Deus em relação à entrega que Ele fez do seu filho a nós para nos levar até Ele... Levi é um bebê amado e especial porque é nosso, o Filho de Deus vindo à terra veio também com grande expectativa e alegria de todo o céu porque Jesus é do céu. O Filho de Deus veio com um propósito e um mover, que ninguém jamais poderá igualar, porque Ele veio por cada criança, que já nasceu sobre a terra, para que sua vida receba o melhor de Deus. Veio por mim e por você:

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto. (Isaías 9:6-7)

Deus tomou o seu menino, o menino mais lindo do mundo, tirou dos seus braços e nos entregou para que através dEle nós pudéssemos compreender a alegria de ter Vida. Viver a chegada da vida, tocar, sentir, cheirar, abraçar a vida de Deus, tornou-se possível porque o próprio Deus nos deu seu Filho. O pai de Levi não soltava nem a câmera em que estavam as fotos da mãe e do bebê recém-nascido, mas Deus nos entregou Jesus, para ter em nós a alegria de nos abraçar como filhos, de ver em nós, os meninos e as meninas mais lindas do mundo, pois “[...] Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;” (Colossenses 1:27).

Experimente o Amor desse Pai perfeito


domingo, 23 de dezembro de 2012

Reflexão relâmpago: Olhos e olhares




Se você quiser ser justo, não deve olhar uma pessoa através dos olhos de outra, porque amando ou odiando, as pessoas sempre vêem de um modo que é limitado a si mesmas. 


Só os olhos de Deus nos vêem sem os limites do passado, do presente e do futuro, sem os limites da terra e do céu das nossas estrelas, os limites da língua e da interpretação dos ditos e silenciados. Porque até agora qualquer um de nós conhecemos em parte: "porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado." (1 Coríntios 13:9-10). 

O único vínculo da perfeição é o amor de Deus, como explica a Palavra: "Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição." (Colossenses 3:13-14).

Portanto, se você pretende olhar para alguma coisa ou alguém com a verdade, a justiça, a integridade e a clareza plenas, precisa olhar através dos olhos e do olhar do amor de Deus. Nada além disso será justo, verdadeiro e seguro o suficiente. Se o amor não lhe mostra, ainda não consegue ver claramente.





Um encontro com Deus




Todos nós nascemos com uma necessidade de suprir nossa vida espiritual, sobrenatural. O ser humano é o único ser, que em qualquer tipo de civilização cultua deuses. Sempre elege alguém ou alguma coisa para receber atributos que vão além do humano. Ainda que muitas vezes, crie seu objeto de adoração, o clamor por algo que vai além do humano está marcado acima de todas as raças e formas de organização social. O ser humano quer encontrar-se e preencher-se da convivência com Deus.

Essa ilustração mostra que Deus está mais perto do que imaginamos, mas muitas vezes, não está onde estamos procurando. Nossos olhos, como diria o poeta, ficam cegos de O ver. Vejamos a ilustração...

Havia um menino que queria se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, portanto, ele encheu sua mochila com pastéis e guaraná e começou sua caminhada.
Quando ele andou umas 3 quadras, encontrou um velhinho sentando em um banco da praça, olhando os pássaros. O menino sentou-se junto dele, abriu sua mochila, e ia tomar um gole de guaraná, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então, lhe ofereceu um pastel. O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.
Seu sorriso era tão incrível, que o menino quis ver de novo, então, ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez, o velhinho sorriu para o menino. O menino estava muito feliz! Ficaram sentados ali, sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná, pelo resto da tarde, sem falarem nada um com o outro.
Quando começou a escurecer, o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair, ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho. O velhinho deu-lhe o maior sorriso, que o menino já havia recebido.
Ao entrar em casa, a mãe do menino surpresa, perguntou ao ver a felicidade estampada em seu rosto:
- O que você fez hoje que lhe deixou tão feliz?
Ele respondeu:
- Passei a tarde com Deus! - e acrescentou - Você sabe, ele tem o sorriso mais lindo que eu já vi...
Enquanto isso, o velhinho chegou a casa radiante, e seu filho perguntou: 
- Por onde você esteve que lhe deixou tão feliz?
Ele respondeu:
- Comi pastéis e tomei guaraná no parque com Deus.
Antes que seu filho pudesse dizer algo ele falou: 
- Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?

Deus não está longe. Ele se manifesta em tudo de bom que está à sua volta. Pois “toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” (Tiago 1:17). Ele está perto, e fica claro e cristalino através do conhecimento da Palavra de Deus:

Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires. (Deuteronômio 30:12-14)

É para que você conheça e se aproxime de Deus da forma mais clara possível que nós pregamos a Palavra: “porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos.” (Romanos 10:8). Mais do que falar, Deus se mostra em todos os que realmente se importam com a sua vida. Com aqueles que lutam para que você fique bem, seja o melhor que você pode ser. Aqueles que veem em você valores que você nem sabia que tinha, aqueles que se esforçam com você para que você alcance tudo o que está reservado para a sua vida, naqueles que verdadeiramente ama, porque “ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.” (1 João 4:12).

O que nos maltrata e entristece é estarmos afastados de Deus. Nós necessitamos dEle, por isso nos sentimos vazios tantas vezes. Nosso coração tem um espaço que necessita, carece de ser preenchido com o Amor e a presença de Deus. Estamos separados de Deus e criamos muitas formas de termos a sua presença, só que tateando, podemos preencher a nossa vida de forma insuficiente. Desde que o homem separou-se de Deus essa carência está clara: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” (Romanos 3:23). Mas, se o nosso coração se abre, Ele vem ao nosso encontro. Na realidade, o nosso coração se abre porque Ele veio ao nosso encontro. E nesse momento em que você lê esse texto, você pode abrir o coração para Ele. Porque Ele veio até você: “eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Apocalipse 3:20). 

Se nós decidirmos deixar de lado a bagagem pesada, tudo que não é amor, na viagem da vida, poderemos permanecer junto a Ele. Não há como encher o que já está cheio, mas se você esvaziar o coração de tudo o que não é amor, poderá enchê-lo de todo o amor que Deus é. Essa é a proposta de Jesus para você.

Mais do que uma apresentação




sábado, 22 de dezembro de 2012

Descubra o propósito de Deus na sua vida





Todas as coisas que Deus criou foram debaixo de um propósito. Quando ele criou a luz para que houvesse separação entre luz e trevas, separou a terra da água para poder semear as plantas e firmar os animais, as plantas para dar alimento (Gênesis 2:9), os astros para mostrar caminhos e tempos e iluminar a terra (Gênesis 1:14-15), animais domésticos para acompanhar o homem que viria em seguida e os selvagens para viverem livres e povoarem os campos e darem vida junto com as plantas (Gênesis 1:24). E, finalmente, o homem, com o fim de reinar sobre a criação, à imagem e semelhança de Deus, no céu com o fim de guardar e cultivar a terra (Gênesis 1:26; 2: 15): “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.” (Gênesis 2:15).

Tudo o que existe e acontece tem um propósito em Deus e no homem:

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; (Eclesiastes 3:1-4)

Deus tem um propósito para a sua vida, assim como Ele tinha na vida de Jeremias. Deus, um dia, ainda na juventude de Jeremias, veio até ele e revelou o seu propósito para a sua vida. Jeremias se destacava da sua geração. Em seu coração ardia uma esperança e um desejo diferentes. Enquanto todos buscavam o que era do mundo, ele se destacava dos seus parentes. Nada é pior para um jovem do que sentir-se diferente, à parte, então, Deus veio até Jeremias para dizer o motivo de sua difrença:

A mim me veio, pois, a palavra do SENHOR, dizendo:
- Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações.
Então, lhe disse eu:
- Ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança.
Mas o SENHOR me disse:
- Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.
Depois, estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e o SENHOR me disse:
- Eis que ponho na tua boca as minhas palavras. Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares. (Jeremias 1:4-10)

O propósito de Jeremias era especial. Ele não precisava ser igual a ninguém, pois ele seu propósito era específico e único, assim como ele mesmo. Ele tinha algo, uma chama que Deus colocara em seu coração. Ele tinha fome e sede de algo que outras pessoas não tinham. Ele queria ver uma geração transformada. Ele queria ser a diferença nas ideias de seu tempo. Ele queria mais e melhor do que tinha. Ele trazia consigo o chamado de Deus para mudar a vida de quem estava ao seu redor. O propósito de Jeremias era ser alguém que não apenas repetia a proposta dos demais, mas alguém que transformava sua geração.

Deus havia colocado no coração, no DNA espiritual de Jeremias uma sede, um incômodo que o inspirava a buscar algo diferente dos seus colegas. E para cumprir com o seu propósito, Deus lhe deu uma capacidade sobrenatural para influenciar nações (até mesmo além da sua), para mudar modelos, destruindo coisas estabelecidas e estabelecendo novas. O seu desígnio trará fome e sede de mudança, o incomodará e trará capacidade para coisas novas. Ele o impulsionará e atrairá para alvos e soluções que podem não incomodar ou importar a mais ninguém. Porque Deus lhe fez único. Aquilo que Deus quer fazer através da sua vida é único. Outras pessoas poderão fazer parecido, mas você terá seu modo único de fazê-lo, seu desejo único de alcançá-lo. Aquilo para o que você foi designado queimará no seu coração como uma necessidade de ar ou de comida. Você nunca será feliz fora do propósito de Deus para a sua vida.

Davi sabia o que significava ser formado debaixo de um propósito e veja como ele se alegrava e se admirava disso:

Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. ¶ Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! (Salmos 139:14-17)

Deus tem um plano, um propósito na sua vida. Deus é bom, portanto não pode arquitetar uma plano mau. E o  plano de Deus na sua vida e grandioso e maravilhoso. Mas para recebê-lo e vê-lo realizado, você precisa buscá-lo nEle:

Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio. (Jeremias 29:11-14)


O propósito de Deus é realizado nEle

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A provisão abundante e a astúcia





A astúcia sempre procurará um tolo até encontrá-lo e, nele, a oportunidade de conseguir algo que lhe sairá caro. Convivemos diariamente num mundo, que estimula a astúcia e disfarça os astuciosos. A fábula de Esopo abaixo mostra uma situação mais comum do que possa imaginar.

Dona Raposa ia toda faceira em companhia do seu amigo Bode, aquele dos chifres compridos e que não via nada além do próprio nariz. Ela era mestra em contar mentiras. Quando a sede os obrigou a descer em um poço. Lá, cada um satisfez sua vontade. Depois de tudo o que beberam, a raposa disse para o Bode: 
-O que vamos fazer, compadre? Beber não é tudo, precisamos sair daqui. Fique sobre as patas e deixe seus chifres assim, contra o muro. Por suas costas, Poderei sair primeiro, pois com a força de seu chifres e a ajuda das minhas pernas deste lugar eu sairei. E depois a você ajudarei." 
- Pela minhas barbas - diz o outro - que bondade! Eu felicito pessoas bondosas como você. Eu nunca teria descoberto esse segredo, pode apostar. 
A raposa saiu do poço deixando seu companheiro, e ainda fez o maior discurso do mundo para exortar a paciência enquanto subia. Ao sair, disse:
- Se o céu tivesse dado a você - começou dizendo - mais bom senso do que barba no queixo, você não teria nunca na vida descido a esse poço. Portanto, adeus, estou fora: Trate de sair daí por conta própria, porque eu, sem dúvida nenhuma, tenho mais o que fazer do que ficar aqui parada. E o bode aprendeu a duras penas que em cada situação é preciso considerar como ela vai acabar.

Uma necessidade em comum, alguns elogios, uma ideia, uma promessa e todo o passado de intenções da raposa, suas mentiras e enganos foram esquecidos. Mas, no momento em que suas necessidades individuais foram satisfeitas, ela deixou o tolo útil no caminho, em maus lençóis.

Muitos confundem cristianismo com tolice e simplicidade com ingenuidade. Jesus nos alertou: “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.” (Mateus 10:16). Aqui há três lições:

1.    Nós estamos num lugar hostil e não numa colônia de férias. Ovelhas no meio de lobos estão em RISCO de morte. Elas só permanecerão vivas num lugar cheio de lobos ao lado do seu pastor. O mais perto possível;

2.    É necessário ter-se prudência. Veja como o dicionário define prudência: “virtude que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos; cautela, precaução [...] calma, ponderação, sensatez, paciência ao tratar de assunto delicado ou difícil.” (HOUAISS, 2009, p. 2). O bode da fábula não previu a consequência de ficar dependente de uma pessoa mentirosa e falsa, que só cuidava dos seus interesses. Ele não pensou que a raposa nunca tinha se interessado em sua amizade até que ele fosse necessário. Depois, ao entrar no poço, não pensou que teria que sair e não providenciou uma solução independente da raposa ou uma solução para o problema. Quantos bodes não conhecemos? Ou pior, quantos bodes não temos sido? Uma serpente não entra numa toca sem antes rastrear se está segura, não sai de dia para na ose expor, anda escondida, para não espantar a presa. Ela é prudente;

3.    Não precisamos ficar paranoicos, apenas vigilantes. É necessário ter-se a simplicidade das pombas. Essa palavra no original é inocente. O oposto da astúcia. Não é porque os outros são astuciosos que vamos nos defender com astúcia. A nossa defesa é a prudência, que não nos deixa desconfiados das más intenções, mas atentos às consequências dos atos e fatos. A prudência é superior à desconfiança porque ela vai além da intenção de quem age. Muitas vezes, as pessoas que tomam decisões e caminhos errados não têm más intenções, somente não foram prudentes, ou não tem todo o conhecimento necessário. O prudente estará atento e evitará o prejuízo tomando um caminho diferente. Considere bem quando as possibilidades incluírem dependência total de outra pessoa, pois a bíblia alerta: “assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17:5).


Se o bode da estória fosse prudente...


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Liberando o fardo





É interessante como nós temos acumulado pesos. Os brasileiros, independentemente de região pobre ou rica estão numa média de 40% acima do peso. Isso significa que estamos andando por aí com quase meia pessoa a mais sobre esqueletos e músculos que não foram fabricados para isso. A obesidade aumenta os índices de doenças cardiovasculares, diabetes, problemas de coluna, de sono e por aí vai.

Mas, a obesidade não é o único peso que carregamos. Esse, a balança mostra facilmente, por mais que você fuja dela, do espelho e das fotos, um dia eles lhe encontrarão e lhe confrontarão. Os pesos que tornamos estilos de vida são piores do que os pesos visíveis e até podem causar o peso visível. Acredito que um dos maiores causadores de “obesidade vivencial” é o peso da complicação e da autopiedade, que levam à apatia.

Precisamos saber simplificar a nossa vida. Fazer um cavalo de batalha de coisas que poderiam ser resolvidas objetivamente, ou de coisas que são impossíveis de resolver, ou mesmo de coisas que podem ser resolvidas, mas não aceitamos resolver, é gerar esse tipo de “obesidade vivencial”. Engordamos cem quilos quando decidimos carregar um fardo que não é nosso ou sequer necessário.

Observe na ressurreição de Lázaro (João 11). Jesus disse algo antes da ressurreição e depois da ressurreição:

Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.  (39)  Então, ordenou Jesus:
- Tirai a pedra.
Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias.  (40)  Respondeu-lhe Jesus:
- Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? 
(41)  Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
- Pai, graças te dou porque me ouviste.  (42)  Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.  (43) 
E, tendo dito isto, clamou em alta voz:
- Lázaro, vem para fora!  (44) 
Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus:
- Desatai-o e deixai-o ir. (João 11:38-44) 

A pedra era o primeiro peso a ser arrancado. Essas pedras pesavam em torno de uma e meia a duas toneladas. Eram colocadas numa vala, descendo a montanha, para bloquear a entrada. Necessitaria de quinze a vinte homens, que levantassem 50 quilos para empurrá-la. Era um esforço de ajuntamento e um esforço físico bastante razoáveis. Além disso, essas pessoas deveriam estar dispostas para enfrentar o que estivesse dentro do túmulo.

Se fossem judeus e tocassem num morto, ficariam impuros. Poderia haver mal cheiro, enfrentar a visão de um amigo em estado de putrefação (creiam é terrível  só de pensar). Um esforço conjunto de amor e fé foi necessário e possível. Jesus poderia ter mandado os anjos retirarem a pedra como ocorreu no seu túmulo, mais tarde, onde a pedra foi lançada distante da entrada de sua cova, acima (Mateus 28:2). Mas, Ele quis que Maria providenciasse a retirada da pedra, porque isso os homens podiam fazer.

A fé nos levará ao limite das nossas possibilidades. Não existe fé sem tentativas e sem esforço. Não existe fé de braços cruzados e boca reclamando e choramingando. A autopiedade, sim, esta tal cruza os braços e desiste diante do impossível, a fé põe as mãos à obra e faz o  possível em direção ao seu milagre.

Remova a sua pedra: a concorrência está alta, estude o mais que possa, ainda que pareça um peso enorme; a dor está alta, repita, nem que seja num gemido tudo o que você crê da palavra, tome seus remédios, faça tratamento, procure especialistas; as dívidas estão terríveis, trabalhe o melhor que puder, procure novas formas de economizar e de ganhar dinheiro e sustente-se na fidelidade do Senhor; o relacionamento está desgastado, trate com amor, como se o Senhor já p tivesse restaurado. Porque foi com essa expectativa que aquelas pessoas conseguiram levantar as centenas de quilos, que as separavam do seu milagre. Somente quando nos dispusermos a nos livrar realmente desses pesos é que resolveremos essa "obesidade espiritual", que tem nos causado tantos males, inclusive físicos, além de mentais e emocionais.

Destruindo os falsos pesos 



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