Quando você escuta: Foi a vontade de Deus... A impressão que
lhe vem ao coração é de que o correu algo bom ou algo mau? Sinceramente, na
maioria das vezes em que escutei essa frase foi depois de um acontecimento
terrível como uma morte ou uma grande perda. Mas, será isso a vontade de Deus
todas as vezes? Se for, estaremos em maus lençóis... Ainda bem que temos a
vontade revelada de Deus na Palavra, que diz: “E não vos conformeis com este
século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos
12:2).
A primeira coisa que podemos perceber é que a vontade de
Deus se opõe à conformação porque para experimentá-la não podemos estar
conformados. A segunda, é que a vontade de Deus precisa ser conhecida e aceita como
forma de ver o mundo, de forma que mude a nossa mente, a nossa maneira de
pensar, renovando-a. A terceira, é que a vontade de Deus tem três qualidades: é
boa, perfeita e agradável. Então, seja como for, aquilo que realmente for da
vontade de Deus vai terminar em algo bom, perfeito e agradável, se não terminou
assim, não terminou ainda ou não está conforme a vontade de Deus.
Outra coisa sobre a vontade de Deus, além de sua natureza, é
nossa cooperação com nela. Para muitas pessoas, é como se fazer a vontade de
Deus fosse sempre deixar de fazer algo. É certo que os dez mandamentos são
impedimentos: não terás outros deuses diante de mim, não matarás, não
cobiçarás, não roubarás, não darás falso testemunho, etc. Mas, a vontade de
Deus vai muito além dos mandamentos. Ela também está expressa nas promessas:
Observe o salmo 128:
Bem-aventurado
aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos
comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa,
será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda
da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR! O SENHOR te
abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias
de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel! (Salmos 128:1-6).
Nesse salmo se expressa a vontade de Deus para alguém que
teme ao Senhor: Tem resultado abençoado no seu trabalho, na sua família,
prosperidade de Deus o acompanham até às gerações posteriores a ele. Essa é a
vontade de Deus para quem teme ao Senhor. Mas, a questão é que nós podemos até
não fazer muitas coisas, que realmente estão em desacordo com a vontade de
Deus, mas temos aceitado constantemente nos conformar e sofrer com menos do que
a vontade positiva dEle para as nossas vidas. É o mesmo erro de praticarmos o
que não O agrada, só que tem o sentido inverso. È pouca fé, do mesmo modo que
desobedecer os mandamentos. Não estou falando em megalomania, ou avareza estou
falando em crer e buscar o melhor de Deus na vida e nos relacionamentos.
O Pai nosso, a única oração ensinada por Jesus, começa
olhando para Deus como Pai e para os homens como irmãos e segue logo com o
desejo de que a vontade dEle seja feita na terra e nos céus. Mas, será que nós
estamos buscando a vontade de Deus de forma positiva? Ou estamos nos acomodando
com qualquer migalha que caia no nosso colo? Você busca em Deus o melhor dEle?
Ou prefere ficar sofrendo com soluções que não lhe suprem as necessidades? Vive
de remendos? Isso é falta de fé da mesma forma.
Jesus veio para garantir o cumprimento da vontade Deus, não
só na negação do pecado, mas no assumir da plenitude da bênção de Deus: “Porque quantas
são as promessas de Deus, tantas têm nele [Jesus] o sim; porquanto também por
ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.” (2 Coríntios 1:20). Mas
como podemos viver a vontade plena de Deus? A palavra tem a resposta:
e, assim, habite Cristo no vosso
coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de
poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e
a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo
entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele
que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou
pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, (Efésios 3:17-20)
A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável e muito
maior e mais plena do que nós imaginamos. Por isso, precisamos conhecê-la e
buscá-la em todos os seus detalhes e riquezas ao máximo para que se cumpra em
nossas vidas, não só a vontade negativa de Deus, aquilo que nós não devemos
fazer, mas, principalmente, aquilo que Jesus comprou a tão alto preço o direito
de usufruirmos, a vontade expressa nas promessas de Deus. Observe que fazer a
vontade de Deus traz a manifestação das promessas:
Não abandoneis,
portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes
necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus,
alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá
e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não
se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a
perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma. (Hebreus
10:35-39)
Deus não promete o que não quer dar. Já pensou nisso? É tão
simples... Se Ele prometeu é porque quis. Quem o obrigaria? Ele mesmo prometeu
e se obrigou pela sua fidelidade a nos abençoar porque Ele ama dar bons
presentes aos seus filhos. Promessa do Pai é direito de filho.
Aquilo que Deus estabeleceu, Ele cumprirá