quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ficar firme ou ser flexível?




Se há algo desafiador são as dores nossas de cada dia. Como ir adiante se estamos feridos? E se fomos traídos nas nossas expectativas? Se não podemos mais confiar em uma pessoa como antes? se promessas foram quebradas? Se alguém não é o que esperávamos ou não reagiu como esperávamos? Quando o bem esperado se transforma em mal recebido, precisamos nos recuperar rápido senão o nosso coração se fecha para amar. E sem amor a nossa vida perde o sentido.

Uma estória que ouvi há algum tempo sempre me vem à mente quando escuto sobre a capacidade de adaptar-se a tormentas na vida.

Conta-se que um velho pai recebeu o filho angustiado em casa com problemas no trabalho e casamento que o deixavam profundamente revoltado. A sua esposa estava decidida a fazer algumas coisas que ele não concordava e em seu trabalho, seu chefe tomava atitudes que ele sabia que iriam dar em problemas.
O velho pai escutou o filho pacientemente, com a paciência  da sabedoria e, no fim, disse:
- Meu filho, você sabe que houve uma tempestade terrível ontem?
O filho, quase que respondendo asperamente, como quem diz “e o que é que isso tem a ver?”, respondeu:
- Todo mundo viu a tempestade, pai.
O pai, então, disse:
- Venha comigo ver o que ela trouxe. – o filho o seguiu meio irritado e resignado...
Ao chegarem às margens do rio, se depararam com um carvalho em cujos ramos poderosos estivera atacado o balanço em que se divertira toda a infância, mas agora, a árvore de 30 metros de altura, que ele conhecia desde que soubera seu nome, estava no chão, de raízes para fora. O vendaval o havia desarraigado.
Por muito tempo, ele resistira imóvel e bravo às viradas do clima, sua casca enrijecera a cada batida de vento frio e do gelo, trocava as suas folhas a cada estação, sem medo, mas o vendaval da noite passada o havia arrancado pelas raízes. O pai quebrou a nostalgia e a perplexidade, do filho chamando-lhe atenção para a beira do rio.
- Olhe ali, filho!
- Onde – perguntou confuso...
- Lá na beira do rio – respondeu o pai apontado na direção da margem.
- Não vejo mudança nenhuma, pai, tem até um passarinho sentado no caule do junco... 
- É exatamente isso, filho – respondeu o senhor na sabedoria dos cabelos brancos – não há mudança nenhuma, para o junco, mesmo tendo sofrido o mesmo temporal. A diferença é que ele se dobrou até o chão, foi flexível, deixou a tempestade passar, e agora, continua a vida dele. Inteiro e vivo. É preciso aprender a hora de ser como o carvalho e de ser como o junco, filho. Quando você puder mudar a situação, mude; quando for a hora de você deixá-la passar, aprenda a deixá-la passar. Escolha em que luta você investirá suas forças, para que não se desgaste em vão.

Como diz Hebreus 12:15: "Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. " Toda a sua vida pode ser envolvida e consumida pela amargura e decepção, se elas dominarem seu coração. No meio de tantas decepções, enfrentamos o constante desafio de vencer as emoções negativas e destrutivas para não sermos vencidos por elas. Se a mágoa permanece em nós, nos arranca do solo do amor e nos mata, se a deixamos passar, ela leva consigo seu poder tóxico e destrutivo. 

Mas posso te dar sete dicas para você desenvolver habilidades de lidar com as dificuldades emocionais e tornar-se mais resistente a elas, fazendo com que elas lhe abalem cada vez menos.






Uma palavra emprestada

A pressão para nos tornarmos como somos tratados é constante no nosso dia-a-dia. Os tempos estão tão difíceis que chegamos a emprestar da física uma palavra, para a psicologia falar daquilo que nos tornamos depois de sermos pressionados. 


Na física, resiliência é a propriedade da matéria voltar ao estado original após algum tipo de deformação. Você pode ver que um arame fica marcado na dobra depois de curvado, já um elástico praticamente não se altera se é esticado e liberado. Você repetir diversas vezes a tensão sobre o elástico, mas se fizer isso com o arame, ele se quebra. Então, a psicologia, usou essa palavra para estudar a nossa reação àqueles momentos, em que a vida sopra e faz pressão e você pensa que vai quebrar. E há algumas pessoas que realmente quebram. 

O termo resiliência fala da capacidade do indivíduo para lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em desequilíbrio psicológico grave. A psicologia não pode prometer nada, mas Deus tem promessas para aqueles que desenvolvem essa capacidade nEle: "Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam." (Tiago 1:12) e "12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. 13  Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." (Mateus 24:12-13). 

Resistência emocional


Já que estamos falando na perspectiva de buscarmos o que agrada a Deus e o que Ele recompensa, vamos chamar essa habilidade de "Resistência Emocional". Posso dizer que estou falando de como o Espírito Santo e a fé em Jesus através da Palavra de Deus pode nos fortalecer a lidar com decepções, dores, mágoas, ódios, iras e amarguras e todas emoções negativas e destrutivas e nos mantermos íntegros.

O caminho é o destino

O conceito de resiliência está ligado à força de uma pessoa em si mesma, o que chamamos de resistência emocional está ligado àquele fortalecimento que nos dispomos a receber do Espírito Santo para manter os sentimentos como agradam a Deus através e baseado na Palavra de Deus e no seu Amor. Portanto, não é apenas uma disposição psicológica ou um talento individual, senão um ato de fé que envolve a mente, a vontade, as emoções e as práticas.

Há uma diferença fundamental entre o que proponho aqui e um livro de auto-ajuda ou de psicologia. A diferença entre fazer um exercício de mentalização e aprender técnicas de mentalização, e aprender e praticar a palavra de Deus é que esses exercícios não moverão nada no mundo sobrenatural. O ser humano em seu poder natural não consegue ir até onde Deus pode levá-lo.

Muitas pessoas estão vivendo como se a sua atitude na estrada fosse determinar a chegada no seu destino. Se você pegar a estrada para a zona sul, nunca chegará à zona norte, não importa quanto sorria, seja simpático ou use alguma técnica para continuar sua jornada. Só vale à pena continuar a seguir se o caminho estiver correto. Você pode manter uma atitude mental positiva e sorrir bastante, continuar em frente sorrindo, mas isso só valerá à pena se estiver no caminho. Ainda que você chore, pare, canse, seguir no caminho certo  é o que definirá se chegará onde precisa chegar. Jesus disse: [...] Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6). Jesus é a Palavra, o Verbo vivo (João 1:1, 14), o Pão que desceu do céu. Nenhum jogo mental irá fazer acertar o destino que Deus tem para você, mas quando a sua mente se alinhar ao caminho descrito na Palavra de Deus, você poderá seguir para tudo o que Ele tem para você. Desfrute da jornada, mas não esqueça de verificar se o caminho leva ao seu destino.

O princípio da vitória emocional

Há um princípio geral, que pode basear essa capacidade de estar vivo e saudável na área emocional: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem."  (Romanos 12 : 21). O bem que vence o mal da mágoa e da amargura é o perdão. Sem ele, nos afastamos de Deus e estamos perdidos: "25  E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. 26  [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.] ". (Marcos 11:25-26). 

Uma disposição ou atitude de fazer o melhor a despeito de qualquer coisa só pode resistir ao mal se a pessoa estiver convencida de que haverá resultado. Por isso, eu lhe digo que a recompensa em seguir o amor está garantida por Deus: "e não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos." (Gálatas 6 : 9).   

A base da construção da Resistência emocional

Barbosa (2006), na sua tese de doutorado em Psicologia Clínica, define resiliência como a combinação de sete competências humanas. A partir da nossa noção de resistência emocional, baseando-nos na natureza de Deus e Ele como fonte de poder ao qual nos associamos e cooperamos para a mudança, pudemos verificar sete áreas que podemos nos fortalecer para desenvolver resistência emocional relacionando-as com o amor e a natureza de Deus: 

(1)  Desenvolver a paciência; 
(2)   Renovar as forças físicas e mentais; 
(3)   Desenvolver a visão de fé e esperança; 
(4)   Ter uma percepção da causa real do problema; 
(5)   Desenvolver a compaixão; 
(6)   Desenvolver nossas habilidades para resolver problemas e 
(7)   Desenvolver a capacidade de união para conseguir apoio.

1. Desenvolver a paciência. 

O Espírito Santo colocou esses dias no meu coração que paciência é a arte e a ciência de permanecer em paz e com esperança enquanto não chega o que foi prometido por Deus. É arte porque vem do espírito, tem todo uma questão de você receber a revelação da promessa, que não se explica, mas também ciência porque necessita estar baseada no conhecimento de que temos a promessa e de que Deus é Fiel e vai cumpri-la.

Enquanto espera, você escolhe os pensamentos, sentimentos e ações que vão ajudar você e os que estão à sua volta a chegar até o momento de receber a sua promessa. Há pensamentos, sentimentos e ações que precisam ser estimulados e outros desestimulados, não só em você, mas no grupo em que estiver para manter a paz e a esperança enquanto esperam.

Jesus fala que uma pessoa pacificadora é bem-aventurada (Mateus 5:9). Um pacificador trabalha pela paz. Ele(a) tem conhecimento do poder da paz e desenvolve habilidade para conquistá-la à sua volta, dirigindo a luta de todos ao seu alcance ao alvo certo.  Um dos nomes com que Deus se apresentou foi Jeová Shalom, O Senhor é minha Paz. Manter a paz é manifestar a natureza de Deus.

2. Renovar as forças físicas e mentais

Não permita que a tensão se solidifique nos seus músculos causando dores e males. Se você está passando por dificuldades não deixe que seu corpo acumule tensão. Ao percebemos que estamos tensos, precisamos procurar relaxar. Isso aumenta a probabilidade de conseguirmos ir até o fim da jornada. Descansar e relaxar não são perda de tempo. Ou seja, a parada para descanso e relaxamento no meio da crise, é estratégica. Jesus dormia no barco em plena tempestade (Marcos 4:38).

Mas, ninguém pára em meio a uma luta, a menos que tenha um lugar seguro para ficar. Há um lugar onde sua força pode ser restaurada. Observe o salmo 91: 1-4:

1  AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. 2  Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. 3  Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. 4  Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.

Deus disse a Abraão: “Não temas Abraão, Eu sou o Teu Escudo.” (Gênesis 15:1). Proteção e renovação são parte da natureza do Pai. Ele é proteção.

3. Desenvolver a visão de fé e esperança

Mantenha a certeza de que as coisas vão mudar para melhor. Isto é fé: “a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não são vistos” (Hebreus 11:1). A fé vê o impossível realizado pelo poder e bondade de Deus. A fé vem da certeza de que Deus é fiel às suas promessas. A fé, nos faz participantes da ONIPOTÊNCIA DE DEUS. Se você crer entenderá que pode fazer tudo o que Deus disse que podia.

A FÉ vê “ [...] todas quantas promessas há de Deus, são nele [Jesus] sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós.” (2 Co 1:20). A fé vê que vai acontecer porque espera que  "[...] aquele que crê em mim [Jesus] também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai." (João 14:12). Ele é o Senhor, El Eloim. Otimismo puro e simples não se sustenta porque não tem garantia, mas a fé assume a natureza de Deus como fiel e verdadeiro, como garantia das suas promessas e a sua posição como Filho. 

4. Ter uma percepção das causas reais da dificuldade no presente.

O Senhor sempre deu estratégia aos seus ungidos. Um dos nomes de Deus é Adonai, Aquele que é Onisciente, que orienta com o amor de Pai. É da natureza dele, ser o Pastor que leva as ovelhas pelo melhor caminho. Ainda que passando pelo vale do abismo você chegará aos pastos verdejantes e águas tranqüilas, por amor do seu nome. Orientar é da natureza de Deus. Ele mostra a fonte do problema e a saída. Se nós sabemos de onde se origina todo o mal e todo o bem, então podemos nos posicionar contra o primeiro e alimentar o segundo: 

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." (Efésios 6:12) e 

"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10) e 

"19 Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno. 20  Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." (1 João 5:19-20) 

5. Desenvolver a capacidade de compadecer-se.

A palavra compaixão vem da palavra latina "compassionis" que significa 'sofrimento comum, comunidade de sentimentos'. Fala da capacidade de colocar-se no lugar do outro e tentar sentir como se você vivesse naquele momento as emoções e sentimentos dos outros. A compaixão fez Jesus ressuscitar Lázaro, curar leprosos e libertar vidas acorrentadas por anos.

A compaixão é uma arma poderosa que só poderá ser usada por um coração como o de Deus. El Shadday é o nome de Deus que fala do amor Onipotente, Onipresente e Onisciente que cuida de cada um de nós. Compreender e cuidar é da natureza de Deus. Se você quer a paz precisa pensar nas fraquezas, limites e necessidades que fizeram com que o outro o ferisse. Ver a situação da maneira mais misericordiosa possível, sabendo que ninguém é imune a erros, más interpretações e fraquezas. Ainda que haja uma má intenção no outro, é motivo para ter misericórdia e não ódio. Mas pense em todas as outras possibilidades que possam tê-lo motivado antes dessa. Você verá que pode ter interpretado mal algo que para o outro não teve todo esse peso que tem para você.

Precisamos abandonar a necessidade de controlar para poder nos compadecer. Quanto mais queremos que uma pessoa responda aos nossos padrões, mais tendemos a nos decepcionar e nos afastar dela, pois nos tornamos seus juízes e elas sentirão isso como uma agressão. Por mais que alguém nos ame, não vai querer estar próximo a nós, pois se sentirá vigiado(a) ou cobrado(a). Pessoas diferentes pensam e valorizam as coisas de forma diferente e permitir isso e esclarecer quanto determinadas coisas são importantes para nós, é um passo na direção da paz. Mas, saiba que mesmo alguma ação ou atitude sendo importante para você isso não obriga a outra pessoa a fazer o que você espera ou deseja. O amor exige liberdade.

Esse é o momento em que os relacionamentos chegam ao impasse junco x carvalho. Ou você aceita a diferença da outra pessoa e continua com ela, ou exige dela uma mudança e quebra o relacionamento. É muito comum entre pais e filhos acontecer assim. Há princípios que devemos manter como o carvalho, mas outros, precisam dar espaço para que o junco mantenha as margens dos rios.

A compaixão é parte da decisão de vencer o problema

Quando estamos magoados tendemos a só ver as coisas do nosso modo e deixar de cuidar dos outros. Isso vai piorar o problema. Se nos fecharmos em nós mesmos, só vamos encontrar os problemas, que estamos tentando resolver. Lembre-se de Jó: "mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra." (Jó 42:10). 

Nunca veja um problema tão grande, que seja maior do que tudo o que você possa fazer pelos outros. É dando que se recebe. O amor quebra o ciclo do ódio e ele é uma decisão, um compromisso, que se torna ação. Não é só um sentimento ou uma ideia. se ele não se transformar em ação, não será amor. Se Jesus não agisse contra a sua vontade de ser livre da cruz, não teria nos amado e não teríamos saída até hoje. 

6. Precisamos investir em sabedoria constantemente

Precisamos construir instrumentos no nosso íntimo e na nossa mente, que nos tornem capazes de aplicar a palavra de Deus às situações da vida, como soluções eficazes dos problemas. Precisamos diariamente, como um estilo de vida, investir em sabedoria e não apenas nos momentos de angústia. 

Creio que a pior cultura que existe é aquela onde se vive de apagar incêndios. Coloca-se um remendo aqui e outro ali, voltamos para refazer o primeiro que remendamos, colocamos peças sobressalentes usadas ou de má qualidade. Meu querido, minha querida, cuide da sua vida. A qualidade da manutenção que você fizer nela trará a qualidade de como você a desfrutará. Só investindo na sabedoria, em aplicá-la e vivê-la, você vai se tornar capaz de solucionar com eficácia as suas necessidades. Como Paulo orientava Timóteo: "procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. " (2 Timóteo 2:15). 

Todo aquele que só procura conhecimento no momento de angústia nos remete à história dos três porquinhos. As duas casas mais rápidas e fáceis de construir (de palha e de madeira) caíram. Só permaneceu, diante do vento forte, a casa de tijolos, mais trabalhosa e demorada, mas também mais segura. Creio que essa história infantil foi baseada na parábola da casa construída sobre a rocha (Mateus 7:24-25). Nós podemos ensinar às crianças princípios que não assumimos para a nossa própria vida.  

7. Precisamos desenvolver a capacidade de formar fortes redes de apoio

Precisamos nos vincular a outras pessoas, sem medo do fracasso. A unidade pode derrubar guardas e abrir pesadas portas de ferro, assim como fez  com Pedro quando estava preso e a igreja orava incessantemente por ele (Atos 12:5-17). Ninguém conseguirá o seu máximo em Deus isolado. O Senhor Jesus nos fez nascer em um corpo, a igreja. Contra ela, as portas do inferno não prevalecem (Mateus 16:18); com ela, as orações são atendidas (Mateus 18:19); nela, os feridos são consolados e as alegrias se multiplicam (Romanos 12:15).

Jesus mesmo nos deu pessoas capacitadas para nos ajudar: “11  E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12  Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;” (Efésios 4:11-12). Certamente alguém que você conhece tem dado testemunho de conhecer a palavra e ser fiel a Deus. Escute-o. Você deve ter um líder espiritual em que confie e se identifique, consulte-o. Essa pessoa deveria ser o seu pastor ou pastora.

Vença os padrões sociais deformados. A nossa sociedade tem compreendido a compaixão e a cooperação como fragilidade, mas a Palavra nos ensina que devemos chorar com os que choram e nos alegrar com os que se alegram (Romanos 12:15). Levar os fardos uns dos outros, e orar uns pelos outros é fundamental nos momentos de dificuldade, para isso fomos salvos e colocados no corpo de Cristo, que é a igreja. A igreja é parte da nossa resistência emocional. Não tente resolver tudo só. Deus ungiu pastores e levantou irmãos e irmãs para cuidar: "12 por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; 13  e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado." (Hebreus 12:12-13). 



Assim, o que nos tornamos depois de pressionados depende de mantermos o alvo naquilo que realmente decidimos ser: "nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo."  (1 João 4:17). Podemos nos amoldar à imagem de Deus ou afastar-nos dela e isso vai mostrar a nossa capacidade de resistência emocional, ou se você quiser, pode chamar de perseverança aplicada às emoções, essencial à sobrevivência cristã. Pois precisaremos dela para chegar até o alvo que Jesus tem para nós: "e odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo."  (Mateus 10:22). Se você não conseguir lidar com suas próprias emoções será uma presa MUITO fácil para o diabo e seus astutos auxiliares. Nada mais fácil para ele do que lançar-nos uns contra os outros. Principalmente contra os que por facilmente e constantemente se revoltam, magoam, desistem e se voltam contra alguém. Esses se tornam facilmente manipuláveis e são rapidamente bloqueados.



REERÊNCIAS:

BARBOSA, George Sousa. Resiliência em professores do ensino fundamental de 5a. a 8a. Série: Validação e aplicação do Questionário de Índice de Resiliência: adultos Reivich-Shaté/Barbosa. 2006. 331 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado em Psicologia, Departamento de Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

Eduardo Zugaib. Resiliência combina sete competências humanas. [S.l.]: Webinsider, 2010. Disponível em:< http://webinsider.uol.com.br/2010/10/16/resiliencia-e-combinacao-de-sete-competencias-humanas/> Acesso em: 29 out. 2011.

Um comentário:

  1. Paciência e compaixão. Fortes aliados para nosso aprimoramento e evolução. Que Deus nos conceda a sabedoria necessária e ânimo para lidarmos com situações difíceis.

    Lindo texto!

    Grata;

    Soraya

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