domingo, 24 de fevereiro de 2013

Andando na graça...




Deus está em todos os lugares. Seus princípios construíram o Universo e o regem. As suas leis são perfeitas, mas quantos têm temido essas leis como se houvessem sido criadas para nos fazer mal? Mas, a intenção de Deus em estabelecer princípios não é a de um tirano, um sádico ou de um cientista louco testando limites além da ética. A função da lei do Senhor é dar vida, manter o equilíbrio dos relacionamentos, fazer com que compreendamos e sejamos guiados pelos princípios de vida, que ela nos proporciona: “a lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.” (Salmos 19:7).

A Lei de Deus mostra o caminho da vida de Deus. Ela é perfeita e mostra o caminho do sucesso e da liberdade: “mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.” (Tiago 1:25).

Só que Lei não pode atender apenas um lado dos interesses envolvidos em cada caso e você mesmo, nem sempre estará sempre de um lado das questões legais. Vamos tomar o caso da pena de morte. Muitas pessoas são a favor da pena de morte. Mas, para haver uma justiça limpa, é preciso dizer que crime é punível com a morte, que recursos são cabíveis. O mais terrível criminoso pode não ter cometido o crime do qual é acusado, quando se pede a pena de morte; o mais terrível juiz pode atribuir pena de morte de forma indiscriminada; um executor da lei pode aplicar a pena de morte sem os devidos trâmites; uma pessoa pode ter provas contra ela forjadas e pagar com a vida algo que não fez. E todas essas alternativas podem ser verdadeiras. Lembre-se: você pode ser aquele que está no banco dos réus, ainda que não tenha feito nada, mas alguém pode acusá-lo injustamente e então, a lei terá que proteger a sua inocência também...

A morte é irrevogável, sem arrependimento, e o homem falho. Quando condenamos, pensamos que sempre vamos estar do lado que acusa, mas a lei que criamos para a morte pode se tornar na nossa morte também. Todas as leis de Deus encaminham para a guarda da vida pela graça e pela misericórdia, porque Ele é perfeito e onisciente.

Imagine o seguinte: Você acha que o assassino de uma pessoa muito querida deve morrer. Diante de Deus, você se tornou assassino porque desejou sua morte: “todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si.” (1 João 3:15). Isso não justifica o assassino e nem salva você. Só nos coloca a todos no mesmo patamar diante de Deus. Além disso, não existe diferença de pena para o pecado na Lei de Deus. O salário do pecado é a morte para qualquer pecado (Romanos 3:23). Tiago ainda explica mais dessa dinâmica legal que objetiva nos levar à misericórdia:

Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade. Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo. (Tiago 2:10-13)

Observe como é impossível estar quites com a lei exceto pelo gracioso perdão de Deus. Você pode fazer tudo certo, mas basta errar uma vez e está condenado. Deus nos mostra a nossa fragilidade através da dinâmica da sua lei. Você não se prostitui ou fornica, não bebe, mas amaldiçoa e odeia quem se prostitui ou bebe... a pena é a mesma. Você vai a todos os cultos e se acha superior aos que faltam... Você pecou pelo orgulho, a pena é a mesma. Qualquer pecado que você condene, condena a si mesmo, porque só Deus é perfeito o suficiente para julgar. E Ele enviou seu filho para resgatar ao invés de condenar.

Ninguém precisa de condenação, pois nós já nascemos na condenação. O mal que fazemos e que nos cerca nos atormenta e assusta. As suas consequências já devastam a nossa vida. Quando Deus fala ao pecador sofrido, fala de arrependimento, como ele falou à mulher adúltera: Vá e não peques mais. Mas, àquele que se põe no seu trono de Juiz, Deus fala com ira da sua hipocrisia, como falava aos fariseus: Hipócritas! Raça de víboras, acham que não vão receber a ira de Deus?!

A condenação só fortalece o mal, tanto quanto a crítica só fortalece os defeitos. A acusação é trabalho do diabo e será vencida para sempre por Jesus:

Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. (Apocalipse 12:10-11)

Você precisa escolher entre a postura da graça e a misericórdia e a da acusação porque esses dois grupos de princípios não coexistem, um anula o outro. E não somente anulam para o outro, anulam imediatamente para você. Se você quiser apagar a condenação de sobre a sua vida, apague também de sobre a vida do outro, se quiser a graça e a misericórdia, estenda-as sobre a vida dos que lhe cercam. Todos, inclusive você, já conhecem a morte e o pecado, faça uma coisa nova, escolha o caminho da vida e do bem e viva com integridade essa lei perfeita da liberdade do pecado que Deus oferece a toda a humanidade, inclusive a você. Deus nos faz o convite a andar no caminho da fé na graça concedida por Deus a todos os que quiserem ficar livres do pecado. Não adie seu retorno a Deus:

Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação. (Hebreus 3:14-15)

  Você pode orar assim:

Querido Deus, perdoa-me por dar glória a mim mesmo(a) do bem que faço. Perdoa-me por considerar-me capaz de ocupar a Tua cadeira de Juiz, quando não tenho misericórdia ou graça, ou nenhum dos prerrequesitos para isso. Ajuda-me a ter a humildade de reconhecer em ti todo o bem que puder fazer e a buscar em ti toda a restauração que precisa ser feita, em nome de Jesus.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente a mensagem ou faça sua pergunta.

Web Analytics