quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Umas verdades sobre a famosa falsidade



Falsidade é um tema tão recorrente, que ocupa muito tempo das pessoas. Como tudo o que ocupa o tempo ocupa a vida, senti-me chamada a refletir sobre isso. Falsidade, no dicionário:

1 qualidade do que é falso; característica do que é contrário à verdade ou que dela se aproxima apenas na aparência [...] 2 o que é falso ou enganoso; mentira, calúnia [...] 3 maldade oculta; fingimento, hipocrisia [...] 4          tendência para enganar; perfídia, deslealdade [...] 5 Rubrica: termo jurídico. crime contra a fé pública que consiste na alteração intencional da verdade com o intuito de prejudicar alguém. (HOUAIS, 2009, p. 2)

Quando nos obrigamos a pensar, geralmente temos trabalho, mas vamos lá... Uma coisa é falsa quando difere ou se opõe da/à que é verdadeira, a aparência é semelhante, mas o teor difere. Assim, falamos de uma falsificação. Uma pessoa pode ter o defeito moral da falsidade, quanto é hipócrita ou fingida, tende a enganar e ser desleal. Isso pode ir até o ponto de se tornar crime, por lesar outra pessoa intencionalmente.

Quando a serpente se aproximou de Eva para tentá-la, foi falsa e ardilosa, porque aproximou-se como amiga, para conversar, quando a sua intenção era prejudicar Eva para obter vantagens (torná-la sua serva). Então, a falsidade tem pai (o diabo) e mãe (a serpente) e nasceu há muito tempo. Nós já devíamos saber lidar com ela com mais eficiência...

Tenho aprendido que aquilo que prende nosso coração na raiva, mágoa e/ou ódio é um instrumento poderoso nas mãos do diabo. A raiva não é força, é fraqueza:

"Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus." (Tiago 1:19-20). Por outro lado, quando aprendemos a nos desvencilhar desses empecilhos rapidamente, nos tornamos muito mais bem sucedidos na nossa vida cristã e secular. Então, ao aprender a lidar com a falsidade, estaremos nos tornamos mais fortes e estabelecendo vitória. O mundo jaz no maligno, então, vamos ter encontros com tudo o que é dele pelo caminho no mundo. Se isso vai nos parar, depende de nós.


Eu quero que você entenda que as pessoas que lhe traem e/ou lhe abandonam não determinam seu futuro. Jesus foi traído por Judas, mas o plano de Deus prosperou. Davi foi traído por seu próprio filho, Absalão, que o perseguiu e envergonhou diante de toda a cidade, mas seu trono seguiu até Cristo (2 Samuel 15:1-6; 16:22). Paulo foi abandonado por Marcos em plena viagem missionária (Atos 12:25; 13:13), apartou-se de Barnabé, mas seu ministério foi até onde o Senhor queria. Aliás, decepções e abandono eram o cotidiano da vida de Paulo no Ministério: Demas se desviou e deixou Paulo sozinho (2 Timóteo 4:10); Os gálatas estavam seguindo os judaizantes (Gálatas 1:8), os coríntios ainda tinham dificuldades com imoralidade sexual e discutiam a autoridade de Paulo para encobrir sua conduta errada, a ponto de ele ter que relembrá-los de toda a sua carreira ministerial (1 Coríntios 1:14-16; 2 Coríntios 11:23ss); os efésios se embriagavam (Efésios 5:18),  apesar de serem cristãos e tinham um testemunho doméstico repreensível (Efésios 4:31), assim como os colossenses (Colossenses 3:5), precisavam serem corrigidos, até Pedro o decepcionou com hipocrisia

Observe o que houve com Pedro (chamado Cefas, em hebraico):

Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti -lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar -se, temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? (Gálatas 2:11-14)

Então, não ser autêntico, verdadeiro, pode ocorrer com dois tipos de pessoas: as bem intencionadas e as mal intencionadas. As bem intencionadas poderão ser repreendidas e se arrependerão, pois sua falha deveu-se à incoerência “crônica” desses seres imperfeitos que somos nós. Observe a onda de falsidade que começou em Pedro e se espalhou pelos missionários... As mal intencionadas estão servindo ao propósito do diabo e, como ele, também são mais do que derrotadas por se aliarem ao Derrotado Chefe (Colossenses 2:14-15). É preciso discernir isso e vigiar, mas não justifica guardar rancor dessas pessoas, pois o maior mal que fazem se unindo à falsidade é a elas mesmas. O salário do pecado continua sendo a morte (Romanos 3:23). Não se joga pedra em árvore que não dá frutos.

Livre-se da paranóia



Precisamos entender que Deus nos dá pessoas fiéis para convivermos. Primeiro, fiéis a Ele, depois, fiéis aos irmãos. Paulo tinha o alívio da fidelidade de Timóteo, seu “[...] verdadeiro filho na fé [...]” (1 Timóteo 1:2), Tito, seu “[...] verdadeiro filho na fé [...]” (Tito 1:4), dos filipenses com quem ele se alegrava (Filipenses 4:10)... Vidas dedicadas para as quais se voltava e que lhe confortavam a alma nos momentos difíceis. Se ficarmos procurando traidores e falsos, vamos encontrar, se procurarmos os fiéis da terra, estaremos fazendo o que o Senhor faz: “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda em reto caminho, esse me servirá.” (Salmos 101:6). Fica bem simples de encontrar pessoas fiéis assim.

Observe os frutos da fidelidade para com Deus. Quem não é fiel a ele, não será verdadeiro para com você. Mas, se você andar procurando defeitos e indícios de culpa, encontrará, pois todos somos humanos e os temos. Falhamos, mas a essência de um cristão, o Espírito Santo, nos leva ao arrependimento e o arrependimento carrega frutos.

Quem é fiel, o é no pouco. Jesus deu essa medida: “quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.” (Lucas 16:10). Observe a fidelidade nas pequenas tarefas e ações, verifique se o princípio que a pessoa usa para viver inclui falsificar, aparentar, esconder erros, fazer somente “por cima”, receber o reconhecimento devido a outra pessoa, aproveitar-se das situações e das fraquezas alheias para tirar proveito próprio. Além de preguiça, há infidelidade infiltrada nesses atos. Aparentam serem solidários, mas nada do que fazem realmente ajuda e essas pessoas terminam por tirarem algum lucro das situações em que se envolvem à custa de outros. Só o Senhor poderá perscrutar o coração dos homens, inclusive o nosso.

Observe as pessoas generosas, que dão sem esperar receber em troca. Aquelas para as quais o prazer de fazer o bem é a recompensa que precisam.   As que mesmo sem serem reconhecidas, fazem bem feito para honrar o nome do seu Deus. As que são traídas e não traem de volta, as que não se justificam colocando a culpa nos outros, mas reparando seus erros. As que estão dispostas a apoiar e servir quando você não tem nada para lhe oferecer. Aquelas com quem você pode contar sem precisar achar que vai incomodar, por mais ocupadas que elas estejam. Coloque o seu coração e seu foco e em ser assim e atrairá pessoas assim para perto de você. E, ainda assim, ninguém está imune totalmente de se enganar. Para resolver a decepção, o perdão. Faz parte da vida. Você não pode parar na estrada do cristianismo por causa disso. Nem viver preocupado em sofrer por isso. Há muito mais do que a falsidade para ocupar seu dia e sua vida. 

Você pode orar assim:

Querido Deus, perdoa-me por ter investido tanto tempo na desconfiança, na mágoa e na raiva, colocarei os meus olhos na direção dos teus, procurando os fiéis da terra. Eu libero perdão para os que foram falsos em suas intenções e ações para comigo e peço que o Senhor me dê discernimento para perceber os sinais de fidelidade que tens colocado no coração de teus filhos e filhas.









3 comentários:

  1. Ana,explica isto para mim por favor.É sobre essa morte eu sei que todos morremos , mas aqui vc fala de uma morte diferente, è a alma que morre para Deus? O salário do pecado continua sendo a morte (Romanos 3:23). Não se joga pedra em árvore que não dá frutos.

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    1. Contexto:

      As [pessoas] mal intencionadas estão servindo ao propósito do diabo e, como ele, também são mais do que derrotadas por se aliarem ao Derrotado Chefe (Colossenses 2:14-15). É preciso discernir isso e vigiar, mas não justifica guardar rancor dessas pessoas, pois o maior mal que fazem se unindo à falsidade é a elas mesmas. O salário do pecado continua sendo a morte (Romanos 3:23).

      Quando o pecado entrou no mundo, primeiro cortou a relação do homem com Deus, tirando-lhe a vida eterna, Vida de Deus e atingindo sua vida física como consequência: "Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos." Gênesis 6:3). A morte começa no distanciamento da presença da vida de Deus e termina na cova, a distância e a velocidade dependem do empenho de se dedicar ao pecado. Para alguém que está com Jesus, a morte é ir para o lado do Senhor: "Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor." 2 Coríntios 5:8). Mas, você pode tomar o caminho inverso, da vida eterna, arrependendo-se e aceitando o senhorio de Cristo: "aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna." (João 4:14) e "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna." (João 6:47) e "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;" (João 11:25). A nossa alma é eterna, não se acaba, a morte física é a entrada para a eternidade do lado daquele a quem você escolheu para servir (Ver Lucas 16:19-31).

      O trecho "Não se joga pedras em árvore que não dá frutos" tem a ver com o contexto, dizendo que uma pessoa só se aproxima com falsidade de alguém que lhe desperta interesse por ter algum valor que ela deseja para si. As pedras são jogadas no intuito de tirar os frutos da árvore e a ferem por isso.

      Espero ter esclarecido...

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  2. Lau - esclareceu Aninha obrigada. Mas sobre as pedras nas arvores é horrível, aquela que dá fruto e apedrejada a outra que não dá não é. A inveja e o interesse hoje valem se fazer de tudo, até matar, em que munto estamos. Só a fé em Deus nos salva.

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