sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Um Pai Onipotente que cumpre suas promessas






Até os adesivos de carro sabem que “Deus é Fiel”. Mas, só se é fiel a alguma coisa ou a alguém. O que provoca a fidelidade de Deus é uma questão das mais importantes e não a vejo ser muito esclarecida. A fidelidade de Deus está ligada de modo fundamental às suas promessas. A confirmação da promessa vem com juramento de Deus: “porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei. E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa.” (Hebreus 6:13-15). Abraão teve o juramento de Deus por si mesmo de que cumpriria a promessa e isso foi suficiente para que ele esperasse 25 anos.

Em outro lugar, Paulo escreve a Tito que “fiel é a Palavra” (Tito 3:8). Isso significa que Deus é fiel ao que prometeu. Como diz “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?”  (Números 23:19).  Faz parte da natureza de Deus ser verdadeiro e a fidelidade dele se estabelece através da sua Palavra, que não pode ser quebrada.

É de extrema importância  sabermos que a fidelidade de Deus está atada à sua Palavra. Extremamente importante. Tem implicações poderosas no nosso relacionamento com Deus. Se algo está prometido na Palavra, temos Deus em pessoa comprometido com a garantia de cumprimento dessa promessa. Se não está prometido, não está garantido. 

Uma promessa é um princípio que Deus estabeleceu. Uma implicação direta de causa e efeito. Por exemplo: “porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.” (Salmo 84:11). O Senhor é sol, ilumina e dá calor e vida; é escudo, protege. Mas, observe: “não negará bem algum” é efeito do princípio de “andar na retidão”. Muitas vezes, queremos tomar a promessa desligada do princípio que determina a condição da qual ela é efeito. O princípio citado e a promessa nele contida submetem a provisão à retidão, que a reivindica. Observe que só o Senhor diferencia um pedido por vaidade e daquele por necessidade. Para mim, o meu carro está ótimo, supre as minhas necessidades, mas há pessoas que realmente precisam de caminhonetes grandes e bem mais caras, por causa de seu trabalho e outras atividades, há ainda outras que desejam as mesmas caminhonetes por sua vaidade. Quem sabe a diferença? Somente Deus. Essa promessa que citei está claramente submissa a uma condição. Havendo vaidade a condição da retidão não é cumprida e não adianta querer se apresentar a Deus com a Palavra, mas sem o condicionante do coração reto. A promessa não é um controle remoto de Deus, é apenas um indicador do caminho com ele. É um GPS da bênção. Por isso, precisamos examinar o nosso coração e intenções antes de pleitearmos qualquer coisa.

Garantindo a compreensão da promessa








E como eu sei que eu estou recebendo uma promessa de Deus para mim corretamente? A Bíblia afirma que toda a Palavra será confirmada pela boca de duas ou mais testemunhas (Deuteronômio 19:15). Então, se um princípio realmente é de Deus, não virá de apenas um lugar na escritura, mas estará em dois ou três lugares na mesma relação de condições. Como por exemplo, o princípio anterior está também em “amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma.” (3 João 1:2).

Aproximar-se do original também é outra forma de ter certeza de que estamos entendo corretamente. A palavra utilizada para prosperar no texto de 3 João citado, por exemplo, significa “tenha suprimento para a tua jornada ou tenha sucesso em alcançar  o sucesso nas suas empreitadas ou tenha uma jornada próspera” (Gr. ‘euodoó’). Se temos uma necessidade para a nossa missão aqui na terra, há uma promessa para suprimento para ela. Da mesma forma que há uma promessa para cura de enfermidades no Salmo 103:2-4: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia;”.

Promessas e suas aparentes contradições


Aqui temos um impasse: se Deus é fiel às suas promessas, ele prometeu suprimento e saúde, porque ainda temos tantas pessoas doentes e passando graves necessidades? Eu posso também tornar isso mais pesado: se Deus nos prometeu livramento do pecado em Cristo, como temos ainda tantos que sofrem porque acreditam em Cristo, mas não conseguem se livrar do pecado? Certamente, a promessa central do evangelho é estar livre do pecado. Da parte de Deus, Ele já a cumpriu, dando meios para o homem ficar livre, mas do lado do homem, ainda estamos em um processo de apropriação. E essa não é a única parte da salvação que precisa ser absorvida. Todas as promessas das conquistas de Jesus para nós precisam ser absorvidas através da renovação da mente para serem experimentadas: “e não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. ” (Romanos 12:2).

Todas as promessas de Deus são sim em Jesus (2 Coríntios 1:20-21). A disponibilidade para o suprimento não está limitada por Deus. Mas pode ser limitada por nós. Por exemplo, quanto pedimos com a motivação errada: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4:3). Isso nos leva de volta à limitação da provisão ao princípio da retidão. Entretanto, a individualidade é que vai desenhar os limites das necessidades de cada um: “amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.” (1 João 3:22). Porque cada necessidade é individual. Um minuto de TV em horário nobre pode custar milhares reais. É diferente de escrever diariamente em um blog... Apesar do desafio da persistência, são necessidades diferentes para ministérios diferentes, que exigem estratégias e suprimentos diferentes.

Observe que a bênção de Deus, segundo a promessa, se manifesta de forma específica. Enquanto o povo de estava no deserto, o sol não lhes molestava porque durante o dia a presença de Deus os refrescava como uma nuvem que os cobria; durante a noite, o frio não os tocava porque eles tinham a coluna de fogo do Senhor para esquentar as temperaturas abaixo de zero do deserto. Mas isso não aconteceu a todos os povos. Aconteceu ao que tinha e seguia as promessas de Deus. A fidelidade de Deus só é provada pelos que estão seguindo as promessas. Nesse mesmo ambiente inóspito, ou na caatinga, ou no deserto da África, haverá uma diferença para os que seguirem as promessas. Coisas tremendas acontecem quando seguimos as promessas. É o que provo na minha vida diariamente.

Seguindo as promessas, encontrando a fidelidade de Deus


Você sabe o que significa seguir as promessas? Significa crer com base segura. Observe como Paulo explica o fenômeno da fé a partir do conhecimento das promessas de Deus:

Pois todo aquele que chama pelo nome do Senhor [invocando-o como Senhor] será salvo. Mas como as pessoas chamarão Aquele em quem elas não creram [em Quem elas não têm fé, em quem elas não tem nenhuma confiança]? E como elas crerão nAquele [vão derir a , confiar em, ou depender dAquele] de quem elas nunca ouviram a respeito? E como elas vão ouvir sem um pregador? E como os homens poderão [ter a expectativa de] pregar a menos que eles sejam enviados? Como está escrito: Quão belos são os pés daqueles que trazem notícias alegres! [Quão bem-vindos aqueles que pregam as boas novas das coisas boas dEle!] Mas eles não têm todos dado ouvidos ao Evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem tem crido (tido em fé em) no que escutou de nós? Então, a fé vem pelo ouvir e o ouvir [aquilo que é dito], e o que é escutado vem pela pregação [da mensagem que vem dos lábios] de Cristo (o próprio Messias). (Romanos 10:13-17 – Bíblia Amplificada)

Há os que dão ouvidos à Palavra de Deus como ela sendo a promessa de Deus, outros a lêem como um livro histórico, outros como fábulas e romances... Mas, é quando ouvimos a Palavra como Palavra de Cristo que ela transforma a nossa vida e nos traz a salvação. E salvação significa: cura, segurança, preservação, libertação e perfeição em Cristo. À medida que  compreendemos a Palavra, ela se manifesta mais poderosamente em nós, em todas essas áreas. A riqueza do conhecimento de Cristo nos traz todas as bênçãos em Cristo, que nos supre em todas as áreas.

Receber as promessas requer equilíbrio


O Deus que sustentou seu povo no deserto pode sustentá-lo em qualquer lugar da terra. Deus não deu apenas suprimento material ao seu povo e dificuldades não deixaram de existir, afinal, “no mundo tereis aflições”, mas não há porque não absorver o restante do versículo: “eu venci o mundo”. É terrível o nível de desequilíbrio que podemos atingir na igreja de Cristo: por um lado, pessoas ligadas à conquista de bens de consumo; de outro, a apologia ao sofrimento, como se ele fosse uma bênção por si mesmo.

Paulo tinha visão equilibrada e dizia: “Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:12-13). Não se engane. Você pode se afastar de Deus tanto pelo sofrimento como pelo gozo. Você só não se afasta de Deus se estiver firme sobre a Palavra dEle: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;” (João 8:31).

Houve momentos na história da igreja que o sofrimento chegou a ser idolatrado como forma de purificação e as pessoas se autoflagelavam (muitos, infelizmente, ainda o praticam). Mas, isso não fez diferença alguma no nível de fé e de prática cristã. Apenas ocorreu um nível de infecções maior e aumentou o número de pessoas infelizes. Por outro lado, a exaltação ao consumismo e à vaidade pretende confundir-se com as promessas de provisão de Deus, mas “a bênção do SENHOR enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto.” (Provérbios 10:22). Sem falar no risco de colocar muitos bens nas mãos dos tolos, que traz o perigo da destruição: “Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição.” (Provérbios 1:32) Mas, Deus precisa de pessoas que possam ser despenseiros de seus bens para que a missão da igreja na terra prospere (Provérbios 3:9-10).  Já em Romanos 12: 8, Paulo fala da necessidade de pessoas doadoras, liberais: “[...] o que contribui, [o faça com] liberalidade” (Romanos 12:8).

Como a promessa se porá em ação?


Quando permanecemos na Palavra, podemos levá-las de volta a Deus com fé para que Ele faça o que a Sua vontade estabelece: “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.” (Isaías 55:11). Cada vez que alguém crê e fala que crê na palavra de Deus, mesmo que as circunstâncias a contradigam, ele(a) a está enviando de volta para Deus. De Deus, que vê a fé proclamada, ela não voltará vazia, vai cumprir a vontade que Ele estabeleceu nela, conforme a Sua Fidelidade à Sua própria promessa. Se você puder observar quantas orações na bíblia relatam o termo “segundo a tua aliança”. São orações que estão fazendo exatamente isso, dizendo a Deus que Ele prometeu aquilo que eles reivindicam.


Enfim, temos promessas para suprimentos de nossas necessidades em todas as áreas de nossas vidas, as quais, enquanto não as conhecermos e não as levarmos a Deus, não entrarão em operação. Isso tem atrasado muitas áreas da vida da igreja como um todo.  A questão não é geográfica, não é teológica, é de conhecer e crer na Palavra de Deus e a fidelidade do Deus que nos deu a Sua Palavra. Deus disse: “[...] Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir. ” (Jeremias 1:12). O Deus que tirou seu povo do Egito, e trouxe suprido, protegido e corrigido espiritualmente até o cumprimento da promessa, que havia dado quatrocentos anos antes; O Deus QUE É FIEL À SUA PALAVRA, E CUMPRE O QUE PROMETESó é necessário que conheça a promessa e confie nEle para cumpri-la. Esse Deus “[...] suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Filipenses 4:19).  

Você pode orar assim:

Querido Deus, eu quero conhecer as Tuas promessas. Eu participar delas em integridade e nas bênção que elas oferecem. Quero fazer a minha parte na condição e sei que Tu vais fazer a Tua Parte de me abrir as portas do céu e derramar bênçãos sobre a minha vida.







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