quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Recebendo o derramar da Vida




Estamos em uma sociedade que está imersa em informação. Hoje, esta é a matéria prima que agrega valor aos produtos e se torna o seu componente mais importante. Isso muda a relação das pessoas com ela e muda também a nossa relação com a importância de aprender, ou seja, transformar a informação em conhecimento. O valor desse processo muda e cresce EM ESCALA GEOMÉTRICA. Mas, o que nos daria condições satisfatórias nesse novo tipo de sociedade? A ilustração a seguir é preciosa nessa descoberta:

Era uma vez um pobre e modesto alfaiate, que sonhava muito tornar-se rico.
Um dia bateu à sua porta um viajante mercador. Dentre os vários objetos que viu, o alfaiate interessou-se tão-somente por um livro muito velho, de capa de couro, escrito num idioma que ele nem conhecia.
O mercador assegurou-lhe tratar-se de um livro que continha os segredos de um grande tesouro escondido por piratas. Muito já haviam tentado desvendar este mistério, sem sucesso.
O alfaiate comprou o livro, não pelas histórias do mercador, mas porque achou que poderia ganhar algum dinheiro ao revendê-lo. À noite, entediado, decidiu examinar melhor sua aquisição. Por mais que lesse, nada entendia, mas, seu coração disparou quando conseguiu decifrar algumas palavras: “prata… ouro… jóias”.
De imediato desistiu de revender o livro. Afinal, se houvesse mesmo ali um segredo de um tesouro, ainda não desvendado, ele não iria desperdiçar esta oportunidade única que bateu à sua porta. Para decifrar o resto, o alfaiate percebeu que teria que estudar algumas línguas estrangeiras. Dedicou-se por anos, sem nunca desistir nem se cansar. Todas as tardes, não via a hora de poder fechar a alfaiataria para poder voltar aos estudos.
Um dia, um mensageiro trouxe-lhe uma convocação: O seu país precisava de seus préstimos como intérprete do rei, pelo que seria muito bem recompensado. Atendeu a convocação, mas teve que deixar a profissão de alfaiate, pois não queria parar de estudar e o rei sempre o requisitava. Comprou numa bela casa próxima ao castelo do rei, para não perder muito tempo se deslocando.
Como o livro tinha muitas figuras, cálculos e números, enveredou nos estudos da filosofia, física, aritmética e matemática. Em breve, também era requisitado para efetuar cálculos complicados para grandes edificações.
Ganhou muito dinheiro e tornou uma pessoa notória em seu país, mas, nunca parou de estudar nem de tentar decifrar seu estimado livro; tarefa que finalmente ele conseguiu, muitos anos depois. E o livro dizia o seguinte acerca do tesouro escondido:

“Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento; pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro. Mais preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar é comparável a ela”  (Provérbios 3.14-16).

Para conhecer o Senhor é preciso conhecer a Palavra de Deus. Aprender é parte essencial da vida cristã. Na escola, trata-se muitas vezes a aprendizagem como se fosse natural, caísse em nossas mentes como comer uma fruta ou andar a pé. Não é assim. A cultura passada na escola não é a da classe mais baixa, geralmente difere da familiar e isso se torna uma barreira para aprendizagem, mascarada de dificuldade individual do estudante. Se a função da escola fosse distribuir conhecimento não teríamos apenas 5% da população que entra na escola no ensino fundamental entrando na Universidade e desses 5% muitos não a concluem. O pior de tudo é o engano de uma cultura que não valoriza o saber, o aprender, a escola e os professores. Mas, é um coração aprendiz que consegue renovar a mente e gozar da boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Aquele que não quiser se dedicar a aprender, não provará o efeito da vontade de Deus. A acomodação ou conformação é o inverso da renovação: “e não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2). O conhecimento de Deus é para nós a chuva que faz brotar a semente e que faz amadurecer o fruto. Dependemos dEle para gozarmos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

Aptidão para o sucesso e a aprendizagem







Aprender está na ordem do dia para crescer em qualquer área, desde a espiritual, até à área profissional, mas como  estar apto a seguir com sucesso em aprender?

Estudei na minha pesquisa de mestrado sobre o desenvolvimento da habilidade de aprender com autonomia, ou seja, ser capaz de aprender o que for preciso aprender com o máximo de independência. E o que mais se ressaltou como condição para desenvolver esse conjunto de habilidades foi o conjunto de valores, que estava na família e na própria pessoa sobre o valor de aprender e de cada tipo de conhecimento. Se as pessoas achavam importante aprender, elas desenvolviam todas as habilidades necessárias à aprendizagem e se o ambiente familiar valorizava esse desenvolvimento, então, ele era muito maior. Entretanto, se não havia valorização ou se havia uma crença na impotência diante da dificuldade para o aprendizado, essas pessoas desenvolviam, de forma inversa, várias dificuldades para aprender.

Aqui, eu quero ressaltar é que SE VOCÊ QUISER, VOCÊ VAI APRENDER SIM, VOCÊ VAI ENCONTRAR UM MEIO, PORQUE O SENHOR lhe deu acesso à mente dEle: “pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” (1 Coríntios 2:16). Mas, isso vai requerer investimento e compromisso. Não é um processo natural, é artificial, e representa uma ascensão social, portanto, é pleno de barreiras, mas o Senhor promete vitória se enfrentarmos as dificuldades. Entre para ganhar, vença a escola e tudo o que precisa para ter sucesso, o Senhor está com você. Conquiste o conhecimento que precisa, é possível, porque TUDO É POSSÍVEL PARA AQUELE QUE CRÊ, assim disse Aquele que tem poder para cumprir isso, Jesus.

Desenvolva um ambiente favorável à aprendizagem na sua casa


Se você tem filhos, uma família, crie um ambiente que valorize a aprendizagem e invista nisso. É importante consumir todo o tipo de informação relevante e manter-se informado. Isto vai ser uma herança tremenda para seus filhos, que ninguém poderá roubar. Mas, lembre-se o conhecimento começa no conhecimento do reino de Deus. É preciso que as famílias tenham um espaço para lerem e conversarem a respeito da Palavra de Deus. Esse princípio naturalmente se expandirá para outras áreas. Na pesquisa que citei antes, a leitura em família mostrou-se um dos maiores incentivos à valorização da busca pelo conhecimento.

Esse precisa ser um valor estabelecido na família: “mas o que se gloriar [se considerar digno de glória, de ter algum valor atribuído], glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.”(Jeremias 9:24). Conhecer o Senhor, a sua Palavra, o seu poder, deve ser importante nas práticas diárias de sua família. Precisa haver incentivos, elogios, jogos, e atividades em família de escutar a palavra, orar e ter comunhão no Senhor. E, principalmente, é preciso haver um estilo de vida coerente com a aprendizagem, para que ela seja recebida como uma verdade, e não uma hipocrisia, que vai ser abandonada assim que possível.
É preciso, além disso, que essas práticas comuns de aprendizagem da vontade de Deus sejam dadas no limite do entendimento de cada membro da família. Crianças aprendem como crianças, rapazes e moças de forma diferente. Além de aplicadas em suas necessidades diárias e lembradas nos seus sucessos e se tornarem correções dos seus insucessos.

Fazendo nascer a sede de Deus


Precisamos de ser famílias e pessoas com sede de conhecer intimamente a Deus. Uma família que possa orar junta em busca do tesouro precioso que é o conhecimento do Senhor, como Oséias: “conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Oséias 6:3). O conhecimento do Senhor nos fará perceber a sua aproximação, trará sobre nós a chuva que faz brotar a semente e a faz frutificar.

Nesse versículo está carregada a relação de um povo agropecuarista com a chuva. No Egito há pouca chuva. A água é toda do rio Nilo. Na Síria e na Palestina, apesar de haver rios, eles não são largos, então, a população depende totalmente da chuva, tanto para si, para os animais e para os campos. Daí a maravilhosa promessa da terra “[...] de montes e de vales; [onde] da chuva dos céus beberá as águas;” (Deuteronômio 11:11).

Na palestina não há chuva no verão, então, as chuvas da primavera e do outono são essenciais, a primeira é essencial para brotarem os frutos e a segunda, para eles maturarem e se tornarem alimento, ou seja, a colheita não vinga. A colheita é proporcional à quantidade de chuvas nas estações corretas. Chuva é prosperidade, falta de chuva é fome nacional. É a descida do Espírito de Deus sobre seus amados, sobre sua casa, sobre seu trabalho, sobre a sua vida que fará brotar a semente de Deus e fará brotar sustento para a sua vida:

E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. (Atos 2:17-18)

Busque o conhecimento e a intimidade do Senhor. Ao se derramar sobre a sua vida, as sementes da Palavra brotarão e lhe trarão o suprimento que você necessita. Guie a sua família a buscar essa chuva de vida para que todos possam usufruir dela juntos. E você poderá orar assim:

“[...] Quem nos dará a conhecer o bem? SENHOR, levanta sobre nós a luz do teu rosto.” (Salmos 4:6). “Faze-me, SENHOR, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas.” (Salmos 25:4). “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” (Salmos 25:14). [Dá-me, então, Senhor, temor do Senhor no meu coração. E faz-me obedecer a tua ordem de fidelidade:] “Todavia, eu sou o SENHOR, teu Deus, desde a terra do Egito; portanto, não conhecerás outro deus além de mim, porque não há salvador, senão eu.” (Oséias 13:4)




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