Estamos
em uma sociedade que está imersa em informação. Hoje, esta é a matéria prima que
agrega valor aos produtos e se torna o seu componente mais importante. Isso
muda a relação das pessoas com ela e muda também a nossa relação com a
importância de aprender, ou seja, transformar a informação em conhecimento. O
valor desse processo muda e cresce EM ESCALA GEOMÉTRICA. Mas, o que nos daria
condições satisfatórias nesse novo tipo de sociedade? A ilustração a seguir é
preciosa nessa descoberta:
Era
uma vez um pobre e modesto alfaiate, que sonhava muito tornar-se rico.
Um
dia bateu à sua porta um viajante mercador. Dentre os vários objetos que viu, o
alfaiate interessou-se tão-somente por um livro muito velho, de capa de couro,
escrito num idioma que ele nem conhecia.
O
mercador assegurou-lhe tratar-se de um livro que continha os segredos de um
grande tesouro escondido por piratas. Muito já haviam tentado desvendar este
mistério, sem sucesso.
O
alfaiate comprou o livro, não pelas histórias do mercador, mas porque achou que
poderia ganhar algum dinheiro ao revendê-lo. À noite, entediado, decidiu
examinar melhor sua aquisição. Por mais que lesse, nada entendia, mas, seu
coração disparou quando conseguiu decifrar algumas palavras: “prata… ouro…
jóias”.
De
imediato desistiu de revender o livro. Afinal, se houvesse mesmo ali um segredo
de um tesouro, ainda não desvendado, ele não iria desperdiçar esta oportunidade
única que bateu à sua porta. Para decifrar o resto, o alfaiate percebeu que
teria que estudar algumas línguas estrangeiras. Dedicou-se por anos, sem nunca
desistir nem se cansar. Todas as tardes, não via a hora de poder fechar a
alfaiataria para poder voltar aos estudos.
Um
dia, um mensageiro trouxe-lhe uma convocação: O seu país precisava de seus
préstimos como intérprete do rei, pelo que seria muito bem recompensado. Atendeu
a convocação, mas teve que deixar a profissão de alfaiate, pois não queria
parar de estudar e o rei sempre o requisitava. Comprou numa bela casa próxima
ao castelo do rei, para não perder muito tempo se deslocando.
Como
o livro tinha muitas figuras, cálculos e números, enveredou nos estudos da
filosofia, física, aritmética e matemática. Em breve, também era requisitado
para efetuar cálculos complicados para grandes edificações.
Ganhou
muito dinheiro e tornou uma pessoa notória em seu país, mas, nunca parou de
estudar nem de tentar decifrar seu estimado livro; tarefa que finalmente ele
conseguiu, muitos anos depois. E o livro dizia o seguinte acerca do tesouro
escondido:
“Feliz é
o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento; pois melhor é o
lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro. Mais
preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar é comparável a ela” (Provérbios 3.14-16).
Para
conhecer o Senhor é preciso conhecer a Palavra de Deus. Aprender é parte
essencial da vida cristã. Na escola, trata-se muitas vezes a aprendizagem como
se fosse natural, caísse em nossas mentes como comer uma fruta ou andar a pé.
Não é assim. A cultura passada na escola não é a da classe mais baixa,
geralmente difere da familiar e isso se torna uma barreira para aprendizagem,
mascarada de dificuldade individual do estudante. Se a função da escola fosse
distribuir conhecimento não teríamos apenas 5% da população que entra na escola
no ensino fundamental entrando na Universidade e desses 5% muitos não a
concluem. O pior de tudo é o engano de uma cultura que não valoriza o saber, o
aprender, a escola e os professores. Mas, é um coração aprendiz que consegue
renovar a mente e gozar da boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Aquele
que não quiser se dedicar a aprender, não provará o efeito da vontade de Deus.
A acomodação ou conformação é o inverso da renovação: “e não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos
12:2). O conhecimento de Deus é para nós a chuva que faz brotar a semente e que faz amadurecer o fruto. Dependemos dEle para gozarmos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
Aptidão para o sucesso e a aprendizagem
Aprender
está na ordem do dia para crescer em qualquer área, desde a espiritual, até à
área profissional, mas como estar apto a seguir com sucesso em aprender?
Estudei
na minha pesquisa de mestrado sobre o desenvolvimento da habilidade de aprender
com autonomia, ou seja, ser capaz de aprender o que for preciso aprender com o máximo
de independência. E o que mais se ressaltou como condição para desenvolver esse
conjunto de habilidades foi o conjunto de valores, que estava na família e na
própria pessoa sobre o valor de aprender e de cada tipo de conhecimento. Se as
pessoas achavam importante aprender, elas desenvolviam todas as habilidades
necessárias à aprendizagem e se o ambiente familiar valorizava esse
desenvolvimento, então, ele era muito maior. Entretanto, se não havia
valorização ou se havia uma crença na impotência diante da dificuldade para o
aprendizado, essas pessoas desenvolviam, de forma inversa, várias dificuldades
para aprender.
Aqui,
eu quero ressaltar é que SE VOCÊ QUISER, VOCÊ VAI APRENDER SIM, VOCÊ VAI
ENCONTRAR UM MEIO, PORQUE O SENHOR lhe deu acesso à mente dEle: “pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa
instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” (1 Coríntios 2:16). Mas, isso vai requerer
investimento e compromisso. Não é um processo natural, é artificial, e
representa uma ascensão social, portanto, é pleno de barreiras, mas o Senhor
promete vitória se enfrentarmos as dificuldades. Entre para ganhar, vença a
escola e tudo o que precisa para ter sucesso, o Senhor está com você. Conquiste
o conhecimento que precisa, é possível, porque TUDO É POSSÍVEL PARA AQUELE QUE
CRÊ, assim disse Aquele que tem poder para cumprir isso, Jesus.
Desenvolva um ambiente favorável à
aprendizagem na sua casa
Se
você tem filhos, uma família, crie um ambiente que valorize a aprendizagem e
invista nisso. É importante consumir todo o tipo de informação relevante e
manter-se informado. Isto vai ser uma herança tremenda para seus filhos, que
ninguém poderá roubar. Mas, lembre-se o conhecimento começa no conhecimento do
reino de Deus. É preciso que as famílias tenham um espaço para lerem e
conversarem a respeito da Palavra de Deus. Esse princípio naturalmente se
expandirá para outras áreas. Na pesquisa que citei antes, a leitura em família
mostrou-se um dos maiores incentivos à valorização da busca pelo conhecimento.
Esse precisa ser
um valor estabelecido na família: “mas o que se gloriar [se considerar digno de
glória, de ter algum valor atribuído], glorie-se nisto: em me conhecer e saber
que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque
destas coisas me agrado, diz o SENHOR.”(Jeremias 9:24). Conhecer o
Senhor, a sua Palavra, o seu poder, deve ser importante nas práticas diárias de
sua família. Precisa haver incentivos, elogios, jogos, e atividades em família
de escutar a palavra, orar e ter comunhão no Senhor. E, principalmente, é
preciso haver um estilo de vida coerente com a aprendizagem, para que ela seja
recebida como uma verdade, e não uma hipocrisia, que vai ser abandonada assim
que possível.
É preciso, além
disso, que essas práticas comuns de aprendizagem da vontade de Deus sejam dadas
no limite do entendimento de cada membro da família. Crianças aprendem como
crianças, rapazes e moças de forma diferente. Além de aplicadas em suas
necessidades diárias e lembradas nos seus sucessos e se tornarem correções dos
seus insucessos.
Fazendo nascer a sede de Deus
Precisamos de ser famílias e pessoas com sede de conhecer intimamente a Deus. Uma família que
possa orar junta em busca do tesouro precioso que é o conhecimento do Senhor,
como Oséias: “conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda
é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a
terra.” (Oséias 6:3). O conhecimento do Senhor nos fará perceber a sua
aproximação, trará sobre nós a chuva que faz brotar a semente e a faz
frutificar.
Nesse versículo
está carregada a relação de um povo agropecuarista com a chuva. No Egito há
pouca chuva. A água é toda do rio Nilo. Na Síria e na Palestina, apesar de
haver rios, eles não são largos, então, a população depende totalmente da
chuva, tanto para si, para os animais e para os campos. Daí a maravilhosa
promessa da terra “[...] de montes e de vales; [onde] da chuva dos céus beberá as águas;” (Deuteronômio
11:11).
Na palestina não
há chuva no verão, então, as chuvas da primavera e do outono são essenciais, a
primeira é essencial para brotarem os frutos e a segunda, para eles maturarem e
se tornarem alimento, ou seja, a colheita não vinga. A colheita é proporcional à
quantidade de chuvas nas estações corretas. Chuva é prosperidade, falta de
chuva é fome nacional. É a descida do Espírito de Deus sobre seus amados, sobre
sua casa, sobre seu trabalho, sobre a sua vida que fará brotar a semente de
Deus e fará brotar sustento para a sua vida:
E acontecerá nos últimos dias, diz o
Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos
velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu
Espírito naqueles dias, e profetizarão. (Atos 2:17-18)
Busque o conhecimento e a intimidade do Senhor. Ao se
derramar sobre a sua vida, as sementes da Palavra brotarão e lhe trarão o suprimento
que você necessita. Guie a sua família a buscar essa chuva de vida para que
todos possam usufruir dela juntos. E você poderá orar assim:
“[...] Quem nos dará a conhecer o
bem? SENHOR, levanta sobre nós a luz do teu rosto.” (Salmos 4:6). “Faze-me,
SENHOR, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas.” (Salmos 25:4). “A
intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua
aliança.” (Salmos 25:14). [Dá-me, então, Senhor, temor do Senhor no meu
coração. E faz-me obedecer a tua ordem de fidelidade:] “Todavia, eu sou o SENHOR, teu
Deus, desde a terra do Egito; portanto, não conhecerás outro deus além de mim,
porque não há salvador, senão eu.” (Oséias 13:4)
Link original da ilustração: http://sosgospel.com.br/category/ilustracao-gospel/
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