“Do jeito que Deus quer...” É impressionante que, a
maioria das vezes, escutemos essa frase como justificativa para uma caminhada penosa
e árdua. Como se Deus nos desejasse o pior. Mas, o povo perece porque lhe
falta o conhecimento e Deus se revela na Sua Palavra (Oséias 4:6). Conhecendo
um pouco a Palavra de Deus, meu coração responde imediatamente a essa
acomodação com o mal, a injustiça ou o sofrimento. Lembro imediatamente de que
Jesus é “[...] o resplendor da sua glória [glória de Deus],
e a expressa imagem da Sua pessoa, [...]” (Hebreus 1: 3). Sua
missão é que “[...] tenham[os] vida, e a tenham[os] com
abundância.” (João 10: 10a), enquanto o diabo não vem senão
para “matar, roubar e destruir” (João 10: 10b).
Como estabelecer a vitória sobre o mal? Pela fé.
Porque “[...] esta é a vitória que vence o
mundo, a nossa fé."
(I João 5 : 4). E a fé vem de ouvir a Palavra de Deus, por saber o
que Ele promete (Romanos 10:17). É quando conhecemos a Palavra e o que Deus
quer que vivamos, que entendemos que Ele, sendo bom, não quer nada de mal para
nós.
A fé nos faz resistir ao diabo e o afugenta: “sujeitai-vos,
pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós."
(Tiago 4: 7). Pela
fé, podemos repreendê-lo: “eis que vos dou poder para pisar
serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.” (Lucas 10: 19);
“e estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os
demônios;[...]”
(Marcos 16:17a).
Se há algum mal sobre sua vida, clame pelo poder
maior de Jesus para fazê-lo fugir desbaratado por sete caminhos (Deuteronômio
28: 7). Essa é verdadeira vontade de Deus para você, "porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
(João 3:16). "Aquele
que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como
nos não dará também com ele todas as coisas?" (Romanos 8 : 32).
Certamente, a vida de Deus em nós não é um mar de
derrota e uma devastação. Também não é só de ventura e alegria. Mas, durante as
lutas, há a certeza da vitória e da presença de Jesus, que nos acalenta em meio
às dificuldades e dá a certeza do destino eterno, que Ele conquistou para nós,
diante das batalhas transitórias dessa vida. Nós estamos aqui para experimentar
a vontade de Deus que a Palavra descreve: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12 : 2).
Lembre-se que as aflições são vencidas pelo ânimo e o ânimo se enraíza na certeza
da vitória de Jesus sobre o mundo: “estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo,
passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33).
Vencedores enfrentam desafios
O
fato de você passar por dificuldades não significa que Deus não esteja com
você. Davi já declarava isso no Salmo 23: “Ainda que eu ande pelo vale da
sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e
o teu cajado me consolam.” (Salmos 23:4). Quando um vencedor com coração
de rei vê a dificuldade, não pensa que Deus afastou-se, pensa que Ele é a
garantia de proteção e o motivo para a coragem e a ousadia na luta. O que
define um vencedor é a existência da batalha. Sem batalha não existem
vencedores.
Quando
Deus prometeu a terra ao povo judeu, prometeu capacidade para conquistá-la e
não a entrada pacífica numa terra desabitada. E Ele sequer prometeu dar uma
terra cheia de inimigos normais, mas daria uma terra de gigantes, de vitórias sobre
o impossível:
Quando o SENHOR, teu Deus, te
introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de
diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os
ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais
poderosas do que tu; (Deuteronômio 7:1).
É no momento da guerra contra inimigos mais poderosos, que
nós que o Senhor revela o poder da sua fidelidade.
Á linhagem real e os vencedores
Um príncipe de sangue real pode tremer e recuar diante de
um gigante porque ele não se baseia na promessa e nem na fidelidade de Deus,
mas um príncipe que nasceu da promessa se firma nela e vai contra inimigos de
qualquer tamanho porque sabe o tamanho de seu Deus e é nEle que confia para a
vitória, não em sua habilidade, seus recursos ou aliados. Nós somos da casta
real por causa de uma linhagem de sangue que se iniciou na cruz e é poderosa
para ressuscitar os mortos e criar o Universo.
Moisés mandou 12 príncipes da casa de Israel para
espiarem a terra a fim de conquistá-la. Dez dentre eles eram príncipes de
sangue, mas não da promessa. Eles olharam para a terra e para o povo que deviam
desapossar da terra, e disseram:
[...] vieram a Moisés, e a Arão, e a
toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades; deram-lhes
conta, a eles e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra.
Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e,
verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que
habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também
vimos ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os
heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao
pé do mar e pela ribeira do Jordão. (Números 13:26-29)
Derrotados em seu próprio modo de ver a vida, esses
príncipes esqueceram-se de que maior do que os poderes do povo da terra, maior
do que as cidades e seus recursos de defesa e ataque ou que o tamanho e
quantidade dos seus habitantes, era o Deus que lhes entregava a sua promessa. O
derrotado sempre exalta o poder do problema, sempre tem em foco as dificuldades
e por isso abandona aquilo que é bênção e promessa por alimentar o medo e a incredulidade.
O problema das realezas terrenas
Na realidade, pessoas que vivem a partir da realeza terrena contam
com seus próprios recursos para lidar
com os desafios, não sabem que as promessas de Deus só são trazidas à luz pelo
poder de Deus, através da nossa fé e, por isso, nunca as recebem. Nem Jesus em
pessoa podia realizar muitos milagres por causa da incredulidade dos seus amigos
de infância:
Jesus, porém, lhes disse: Não há
profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa.
Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos,
impondo-lhes as mãos. Admirou-se da incredulidade deles. Contudo, percorria as
aldeias circunvizinhas, a ensinar. (Marcos 6:4-6)
A fé é a condição para o milagre e ela se assenta sobre o
que Deus vai fazer e não sobre o que nós podemos e devemos fazer. O que um
paralítico pode fazer para andar após anos à beira de um poço sem ajuda como
aquele que estava à beira do poço em Betesda (João 5)? O que uma mulher pode
fazer se já gastou todos os seus recursos com médicos para parar uma hemorragia
como aquela que tocou na orla do manto de Jesus (Marcos 5)? O que um leproso
pode fazer para ser limpo, que já não tenha feito (Mateus 8)? O que uma mulher
que viveu em pecado toda a vida, com vários relacionamentos destruídos tem a
oferecer a um santo como a samaritana no poço e de Jacó e a irmã de Lázaro (João
4; Lucas 7)? Fé. A fé olha para o que
Jesus pode e quer fazer por nós e não no que temos a oferecer a Ele.
Pela fé, nos entregamos à bondade do Deus que ajuda a quem
não pode se ajudar, dá gratuitamente a quem não tem nada para oferecer como
pagamento, além das próprias limitações, dores e sofrimentos e um coração
arrependido. É Jesus quem nos dá a coroa e a linhagem de príncipes e princesas
do céu:
Vós, porém, sois raça eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de
Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes
misericórdia. (1 Pedro 2:9-10)
A misericórdia de
Deus nos dá a posição de realeza de uma linhagem real pelo novo nascimento.
Como príncipes e princesas do céu
Quando os príncipes foram enviados a ver a terra da
promessa e como conquistá-la, TODOS viram que eram exatamente como Deus disse;
dez príncipes exaltaram as dificuldades, desistiram e fizeram o povo desistir;
dois príncipes se estabeleceram sobre a promessa e o poder de Deus e aceitaram
o desafio de tomá-la para si e usufruir dela. Josué e Calebe tinham a visão de
príncipes do céu: “Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e
disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos
contra ela.” (Números 13:30). Ele
não achava que não a haveria luta, mas tinha certeza que após a luta haveria
vitória, ainda que ele não soubesse como.
Os príncipes da
terra, começaram a dizer que a bênção prometida era ruim, produzia terremotos e
que os inimigos eram gigantes, diante dos quais eles se sentiam gafanhotos e
que os inimigos teriam força e poder para tratá-los como gafanhotos (Números
13: 32-33). O povo acreditou mais neles do que em Deus, se apavorou e chorou
durante toda a noite, lamentando todo o esforço que fizeram para chegar até ali,
depois de toda a viagem e “morrer na praia”. Revoltaram-se contra Moisés, seu
líder, (Números 14: 1-5). Grande tumulto se levantou até que Josué, príncipe do
céu, levantou-se e disse:
E Josué, filho de Num, e Calebe,
filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e
falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio
da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o SENHOR se agradar de
nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e
mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR e não temais o povo dessa
terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo;
o SENHOR é conosco; não os temais. (Números 14:6-9)
Havia três
milhões de pessoas se desesperando, chorando, esbravejando, reclamando,
querendo atacar os seus líderes, sentindo-se derrotadas e enganadas pelo
próprio Deus e seus profetas, revoltadas. Nada do que havia acontecido antes
era páreo para a sua covardia e incredulidade.
Cuidado com os líderes que guiam para a incredulidade e derrota
Eles mesmos
haviam visto e ouvido seus pais contarem a passagem pelo meio do mar e a derrota
de todo o exército do Egito; todos os dias a coluna de nuvem e de fogo os
acompanhava e protegia do sol e do frio; todos os dias caía comida do céu para
alimentá-los; seus sapatos não se gastavam; eles não adoeciam; mas nada disso
se comparou ao pânico e a incredulidade que aqueles líderes negativos ou
incrédulos puderam espalhar na congregação. Não há nada pior do que assumir uma
liderança para guiar-lhe para a incredulidade e a derrota. O povo ficou tão cego
pelo relato desses homens incrédulos, mas influentes, que quiseram apedrejar os
que criam, mas veja quem se levantou em defesa da fé dos príncipes do céu:
Apesar disso, toda a congregação
disse que os apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da
congregação a todos os filhos de Israel. Disse o SENHOR a Moisés: Até quando me
provocará este povo e até quando não crerá em mim, a despeito de todos os
sinais que fiz no meio dele? Com pestilência o ferirei e o deserdarei; e farei
de ti povo maior e mais forte do que este. (Números 14:10-12)
Moisés teve um
grande trabalho de intercessão para conter a ira de Deus sobre o povo, que se
levantava para estabelecer a incredulidade como estilo de vida do povo de Deus.
O resultado é que toda a geração que olhou para o desafio e confiou firmemente
que era estabelecido, definitivo e impossível, que achou que 10 homens
poderosos tinham mais confiabilidade do que as promessas de Deus pereceu no
deserto. Apenas os que creram e continuaram crendo e se mantiveram dispostos à
batalha e a conquista das promessas no poder de Deus é que entraram no
desfrutar da terra que mana leite e mel:
Entre estes, porém, nenhum houve dos que foram contados por
Moisés e pelo sacerdote Arão, quando levantaram o censo dos filhos de Israel no
deserto do Sinai. Porque o SENHOR dissera deles que morreriam no deserto; e
nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. (Números
26:64-65, ver Deuteronômio 1:35-38)
Exaltar as dificuldades é blasfêmia
Quando Josué e Calebe viram os outros príncipes exaltando
as dificuldades, difamando a terra e temendo os inimigos, Josué e Calebe
RASGARAM SUAS VESTES. O ato de rasgar as vestes é uma condenação do outro e
mostra uma revolta profunda. Significa que o outro está BLASFEMANDO contra
Deus. A blasfêmia era CONTRADIZER A FIDELIDADE DE QUEM FEZ A PROMESSA. Isso
automaticamente chamaria Deus de mentiroso, traiçoeiro, enganador, fraco, e
todas as implicações do fato de ter prometido a terra e não entregá-la. Isso é
negar a própria natureza de Deus: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de
homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou,
tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19).
Não há ofensa maior do que blasfemar contra Deus, chamando-o
de mentiroso. E é isso que fazemos quando acreditamos que Ele não está conosco
porque enfrentamos uma dificuldade. Na dificuldade é que Ele se revela, na
limitação é que Ele nos faz ir além, na agonia é que Ele nos consola e
fortalece. Não é só para pessoas que serve o versículo: “Em todo tempo ama o amigo, e na
angústia se faz o irmão.” (Provérbios 17:17). Se você aproximar-se de
Deus, vai ver que Ele é o seu maior amigo em tempos de angústia e que Ele se
irmanou com você em Cristo como nenhum ser humano poderá jamais fazê-lo.
Dificilmente,
alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a
morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós,
quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não
apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo,
por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. (Romanos 5:7-11)
A angústia e a aproximação de Deus
Na realidade, somos nós que geralmente buscamos mais a
Deus em tempos de angústia. Ele sempre está lá para nós, mas a necessidade
maior é sentida quando sofremos a ameaça do impossível, quando a nossa vida
está sendo atingida ou em risco. Ele sequer necessita de colocar o mal à nossa
frente, Ele é sim, o bem que necessitamos em todo o tempo e que nem sempre
reconhecemos. Nos momentos de angústia buscamos ao Senhor, se buscarmos também
em tempos de alegria, tanto mais fácil procurá-lo na angústia. Seja como for, o
Senhor é a fonte de todo o bem que precisamos. Quer seja fruto de um
relacionamento contínuo ou de uma necessidade dolorosa, é lá que estará o porto
seguro. Quando a vida e o bem são ameaçados, precisamos de uma parede de
proteção impenetrável. Esse é o coração do Senhor por nós.
Não espere até o momento da angústia para sentir essa
presença provedora e protetora. Desenvolva o coração de príncipe e princesa do
céu. A qualquer tentativa de fazer-se de Deus um mentiroso, rasgue seu coração,
posicione-se contra, assuma as promessas dEle como verdadeiras e lute até a
última gota de sangue e suor por elas, pois sua vida, alegria e vitória
dependem disso. Não deixe ninguém lhe convencer do contrário, pois maior do que
os gigantes e terremotos é quem fez a terra e tudo o que há nela; que sustenta
os mares em suas fronteiras e as montanhas na sua força; aquele que te dá o
sopro de respiração e lhe mantém guardado até o dia da conquista da sua
promessa.
Lembre-se, toda promessa é promessa de CONQUISTA.
Conquista implica luta e luta com Deus é na força da fé, que se revela pela
perseverança. A luta não significa que Deus se afastou, significa que a
promessa está próxima. Estenda a mão e lute. Avance e não recue. Creia e vença,
em nome de Jesus, saia da sua zona de conforto, medo, revolta e murmuração e
tome posse de sua vitória, em nome de Jesus! Levante-se e lute! Conquiste a sua
vitória, em nome de Jesus!
Você pode orar assim:
Querido
Deus, eu te peço perdão por todas as vezes que vi as dificuldades que passei
como abandono Teu. Ajuda-me a ver os desafios como oportunidade de conquistar o
impossível das tuas promessas e a ficar firme, sem temer e nem recuar.
Perdoa-me por todas as vezes que exaltei a dificuldade e te chamei de
mentiroso, blasfemando no meu coração contra ti e a tua Palavra, fortalece-me e
ajuda-me, Pai, em nome de Jesus.
Enquanto existir 1% de chance, terei 99% de fé!!!
ResponderExcluirQue o Senhor nos fortaleça sempre!!!
Soraya