sábado, 24 de novembro de 2012

A vitória do jeito que Deus quer


  
“Do jeito que Deus quer...” É impressionante que, a maioria das vezes, escutemos essa frase como justificativa para uma caminhada penosa e árdua. Como se Deus nos desejasse o pior. Mas, o povo perece porque lhe falta o conhecimento e Deus se revela na Sua Palavra (Oséias 4:6). Conhecendo um pouco a Palavra de Deus, meu coração responde imediatamente a essa acomodação com o mal, a injustiça ou o sofrimento. Lembro imediatamente de que Jesus é “[...] o resplendor da sua glória [glória de Deus], e a expressa imagem da Sua pessoa, [...]” (Hebreus 1: 3). Sua missão é que “[...] tenham[os] vida, e a tenham[os] com abundância.” (João 10: 10a), enquanto o diabo não vem senão para “matar, roubar e destruir” (João 10: 10b).

Como estabelecer a vitória sobre o mal? Pela fé. Porque “[...] esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé."  (I João 5 : 4). E a fé vem de ouvir a Palavra de Deus, por saber o que Ele promete (Romanos 10:17). É quando conhecemos a Palavra e o que Deus quer que vivamos, que entendemos que Ele, sendo bom, não quer nada de mal para nós. 

A fé nos faz resistir ao diabo e o afugenta: “sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tiago 4: 7). Pela fé, podemos repreendê-lo: “eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.” (Lucas 10: 19);  “e estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios;[...]” (Marcos 16:17a).

Se há algum mal sobre sua vida, clame pelo poder maior de Jesus para fazê-lo fugir desbaratado por sete caminhos (Deuteronômio 28: 7). Essa é  verdadeira vontade de Deus para você, "porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16). "Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?"  (Romanos 8 : 32). 

Certamente, a vida de Deus em nós não é um mar de derrota e uma devastação. Também não é só de ventura e alegria. Mas, durante as lutas, há a certeza da vitória e da presença de Jesus, que nos acalenta em meio às dificuldades e dá a certeza do destino eterno, que Ele conquistou para nós, diante das batalhas transitórias dessa vida. Nós estamos aqui para experimentar a vontade de Deus que a Palavra descreve: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."  (Romanos 12 : 2). Lembre-se que as aflições são vencidas pelo ânimo e o ânimo se enraíza na certeza da vitória de Jesus sobre o mundo: “estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33).

Vencedores enfrentam desafios





O fato de você passar por dificuldades não significa que Deus não esteja com você. Davi já declarava isso no Salmo 23: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (Salmos 23:4). Quando um vencedor com coração de rei vê a dificuldade, não pensa que Deus afastou-se, pensa que Ele é a garantia de proteção e o motivo para a coragem e a ousadia na luta. O que define um vencedor é a existência da batalha. Sem batalha não existem vencedores.

Quando Deus prometeu a terra ao povo judeu, prometeu capacidade para conquistá-la e não a entrada pacífica numa terra desabitada. E Ele sequer prometeu dar uma terra cheia de inimigos normais, mas daria uma terra de gigantes, de vitórias sobre o impossível:

Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; (Deuteronômio 7:1).

É no momento da guerra contra inimigos mais poderosos, que nós que o Senhor revela o poder da sua fidelidade.

Á linhagem real e os vencedores


Um príncipe de sangue real pode tremer e recuar diante de um gigante porque ele não se baseia na promessa e nem na fidelidade de Deus, mas um príncipe que nasceu da promessa se firma nela e vai contra inimigos de qualquer tamanho porque sabe o tamanho de seu Deus e é nEle que confia para a vitória, não em sua habilidade, seus recursos ou aliados. Nós somos da casta real por causa de uma linhagem de sangue que se iniciou na cruz e é poderosa para ressuscitar os mortos e criar o Universo.

Moisés mandou 12 príncipes da casa de Israel para espiarem a terra a fim de conquistá-la. Dez dentre eles eram príncipes de sangue, mas não da promessa. Eles olharam para a terra e para o povo que deviam desapossar da terra, e disseram:

[...] vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades; deram-lhes conta, a eles e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra. Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. (Números 13:26-29)

Derrotados em seu próprio modo de ver a vida, esses príncipes esqueceram-se de que maior do que os poderes do povo da terra, maior do que as cidades e seus recursos de defesa e ataque ou que o tamanho e quantidade dos seus habitantes, era o Deus que lhes entregava a sua promessa. O derrotado sempre exalta o poder do problema, sempre tem em foco as dificuldades e por isso abandona aquilo que é bênção e promessa por alimentar o medo e a incredulidade.

O problema das realezas terrenas


Na realidade, pessoas que vivem a partir da realeza terrena contam  com seus próprios recursos para lidar com os desafios, não sabem que as promessas de Deus só são trazidas à luz pelo poder de Deus, através da nossa fé e, por isso, nunca as recebem. Nem Jesus em pessoa podia realizar muitos milagres por causa da incredulidade dos seus amigos de infância:

Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Admirou-se da incredulidade deles. Contudo, percorria as aldeias circunvizinhas, a ensinar. (Marcos 6:4-6)

A fé é a condição para o milagre e ela se assenta sobre o que Deus vai fazer e não sobre o que nós podemos e devemos fazer. O que um paralítico pode fazer para andar após anos à beira de um poço sem ajuda como aquele que estava à beira do poço em Betesda (João 5)? O que uma mulher pode fazer se já gastou todos os seus recursos com médicos para parar uma hemorragia como aquela que tocou na orla do manto de Jesus (Marcos 5)? O que um leproso pode fazer para ser limpo, que já não tenha feito (Mateus 8)? O que uma mulher que viveu em pecado toda a vida, com vários relacionamentos destruídos tem a oferecer a um santo como a samaritana no poço e de Jacó e a irmã de Lázaro (João 4; Lucas 7)? Fé. A fé olha para o que Jesus pode e quer fazer por nós e não no que temos a oferecer a Ele.

Pela fé, nos entregamos à bondade do Deus que ajuda a quem não pode se ajudar, dá gratuitamente a quem não tem nada para oferecer como pagamento, além das próprias limitações, dores e sofrimentos e um coração arrependido. É Jesus quem nos dá a coroa e a linhagem de príncipes e princesas do céu:

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. (1 Pedro 2:9-10)

 A misericórdia de Deus nos dá a posição de realeza de uma linhagem real pelo novo nascimento.

Como príncipes e princesas do céu


Quando os príncipes foram enviados a ver a terra da promessa e como conquistá-la, TODOS viram que eram exatamente como Deus disse; dez príncipes exaltaram as dificuldades, desistiram e fizeram o povo desistir; dois príncipes se estabeleceram sobre a promessa e o poder de Deus e aceitaram o desafio de tomá-la para si e usufruir dela. Josué e Calebe tinham a visão de príncipes do céu: Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela.” (Números 13:30). Ele não achava que não a haveria luta, mas tinha certeza que após a luta haveria vitória, ainda que ele não soubesse como.

Os príncipes da terra, começaram a dizer que a bênção prometida era ruim, produzia terremotos e que os inimigos eram gigantes, diante dos quais eles se sentiam gafanhotos e que os inimigos teriam força e poder para tratá-los como gafanhotos (Números 13: 32-33). O povo acreditou mais neles do que em Deus, se apavorou e chorou durante toda a noite, lamentando todo o esforço que fizeram para chegar até ali, depois de toda a viagem e “morrer na praia”. Revoltaram-se contra Moisés, seu líder, (Números 14: 1-5). Grande tumulto se levantou até que Josué, príncipe do céu, levantou-se e disse:

E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o SENHOR se agradar de nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o SENHOR é conosco; não os temais. (Números 14:6-9)

Havia três milhões de pessoas se desesperando, chorando, esbravejando, reclamando, querendo atacar os seus líderes, sentindo-se derrotadas e enganadas pelo próprio Deus e seus profetas, revoltadas. Nada do que havia acontecido antes era páreo para a sua covardia e incredulidade.

Cuidado com os líderes que guiam para a incredulidade e derrota


Eles mesmos haviam visto e ouvido seus pais contarem a passagem pelo meio do mar e a derrota de todo o exército do Egito; todos os dias a coluna de nuvem e de fogo os acompanhava e protegia do sol e do frio; todos os dias caía comida do céu para alimentá-los; seus sapatos não se gastavam; eles não adoeciam; mas nada disso se comparou ao pânico e a incredulidade que aqueles líderes negativos ou incrédulos puderam espalhar na congregação. Não há nada pior do que assumir uma liderança para guiar-lhe para a incredulidade e a derrota. O povo ficou tão cego pelo relato desses homens incrédulos, mas influentes, que quiseram apedrejar os que criam, mas veja quem se levantou em defesa da fé dos príncipes do céu:

Apesar disso, toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel. Disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando não crerá em mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio dele? Com pestilência o ferirei e o deserdarei; e farei de ti povo maior e mais forte do que este. (Números 14:10-12)

Moisés teve um grande trabalho de intercessão para conter a ira de Deus sobre o povo, que se levantava para estabelecer a incredulidade como estilo de vida do povo de Deus. O resultado é que toda a geração que olhou para o desafio e confiou firmemente que era estabelecido, definitivo e impossível, que achou que 10 homens poderosos tinham mais confiabilidade do que as promessas de Deus pereceu no deserto. Apenas os que creram e continuaram crendo e se mantiveram dispostos à batalha e a conquista das promessas no poder de Deus é que entraram no desfrutar da terra que mana leite e mel:

Entre estes, porém, nenhum houve dos que foram contados por Moisés e pelo sacerdote Arão, quando levantaram o censo dos filhos de Israel no deserto do Sinai. Porque o SENHOR dissera deles que morreriam no deserto; e nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. (Números 26:64-65, ver Deuteronômio 1:35-38)

Exaltar as dificuldades é blasfêmia


Quando Josué e Calebe viram os outros príncipes exaltando as dificuldades, difamando a terra e temendo os inimigos, Josué e Calebe RASGARAM SUAS VESTES. O ato de rasgar as vestes é uma condenação do outro e mostra uma revolta profunda. Significa que o outro está BLASFEMANDO contra Deus. A blasfêmia era CONTRADIZER A FIDELIDADE DE QUEM FEZ A PROMESSA. Isso automaticamente chamaria Deus de mentiroso, traiçoeiro, enganador, fraco, e todas as implicações do fato de ter prometido a terra e não entregá-la. Isso é negar a própria natureza de Deus: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19).

Não há ofensa maior do que blasfemar contra Deus, chamando-o de mentiroso. E é isso que fazemos quando acreditamos que Ele não está conosco porque enfrentamos uma dificuldade. Na dificuldade é que Ele se revela, na limitação é que Ele nos faz ir além, na agonia é que Ele nos consola e fortalece. Não é só para pessoas que serve o versículo: “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão.” (Provérbios 17:17). Se você aproximar-se de Deus, vai ver que Ele é o seu maior amigo em tempos de angústia e que Ele se irmanou com você em Cristo como nenhum ser humano poderá jamais fazê-lo.

Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. (Romanos 5:7-11)

A angústia e a aproximação de Deus


Na realidade, somos nós que geralmente buscamos mais a Deus em tempos de angústia. Ele sempre está lá para nós, mas a necessidade maior é sentida quando sofremos a ameaça do impossível, quando a nossa vida está sendo atingida ou em risco. Ele sequer necessita de colocar o mal à nossa frente, Ele é sim, o bem que necessitamos em todo o tempo e que nem sempre reconhecemos. Nos momentos de angústia buscamos ao Senhor, se buscarmos também em tempos de alegria, tanto mais fácil procurá-lo na angústia. Seja como for, o Senhor é a fonte de todo o bem que precisamos. Quer seja fruto de um relacionamento contínuo ou de uma necessidade dolorosa, é lá que estará o porto seguro. Quando a vida e o bem são ameaçados, precisamos de uma parede de proteção impenetrável. Esse é o coração do Senhor por nós.   

Não espere até o momento da angústia para sentir essa presença provedora e protetora. Desenvolva o coração de príncipe e princesa do céu. A qualquer tentativa de fazer-se de Deus um mentiroso, rasgue seu coração, posicione-se contra, assuma as promessas dEle como verdadeiras e lute até a última gota de sangue e suor por elas, pois sua vida, alegria e vitória dependem disso. Não deixe ninguém lhe convencer do contrário, pois maior do que os gigantes e terremotos é quem fez a terra e tudo o que há nela; que sustenta os mares em suas fronteiras e as montanhas na sua força; aquele que te dá o sopro de respiração e lhe mantém guardado até o dia da conquista da sua promessa.

Lembre-se, toda promessa é promessa de CONQUISTA. Conquista implica luta e luta com Deus é na força da fé, que se revela pela perseverança. A luta não significa que Deus se afastou, significa que a promessa está próxima. Estenda a mão e lute. Avance e não recue. Creia e vença, em nome de Jesus, saia da sua zona de conforto, medo, revolta e murmuração e tome posse de sua vitória, em nome de Jesus! Levante-se e lute! Conquiste a sua vitória, em nome de Jesus!

Você pode orar assim:

Querido Deus, eu te peço perdão por todas as vezes que vi as dificuldades que passei como abandono Teu. Ajuda-me a ver os desafios como oportunidade de conquistar o impossível das tuas promessas e a ficar firme, sem temer e nem recuar. Perdoa-me por todas as vezes que exaltei a dificuldade e te chamei de mentiroso, blasfemando no meu coração contra ti e a tua Palavra, fortalece-me e ajuda-me, Pai, em nome de Jesus. 




Um comentário:

  1. Enquanto existir 1% de chance, terei 99% de fé!!!

    Que o Senhor nos fortaleça sempre!!!

    Soraya

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