terça-feira, 13 de novembro de 2012

A melhor versão da visibilidade



Pelo fato de estarmos preocupados em subir degraus cada vez mais altos, e derrotar todos os que tenham a possibilidade de concorrer conosco ou porque estamos "focados" demais na nossa luta diária para conquistar objetivos, podemos tornar os que estão à nossa volta invisíveis. O que não percebemos é que isso também nos tornará invisíveis. A estória a seguir nos mostra como manter a visão dos outros é importante. Vitalmente importante.

Conta-se uma história de um empregado em um frigorifico da Noruega, que, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.
Já estava há quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável dentro da câmara frigorífica. De repente, a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.
Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia:
- Porque foi abrir a porta da câmara, se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho?
Ele explicou: 
- Trabalho nesta empresa há 35 anos. Centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta, ao chegar pela manhã, e se despede de mim, ao sair. Hoje, pela manhã, ele disse "Bom dia!", quando chegou. Entretanto, não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei...

A palavra de Deus recomenda que sejamos "[...] cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens." (Tito 3:2b). A versão amplificada diz: "Não caluniem, abusem ou falem mal de ninguém, evitem controvérsia, sejam tolerantes (submissos, gentis e conciliadores) e mostrem cortesia sem distinção a toda a gente." (Tito 3:2 - Bíblia Amplificada). Fica claro que aqui se trata a cortesia ou gentileza para com todos como um estilo de vida de um servo de Cristo. 

Isto inclui o trânsito, a família, os colegas de escola e trabalho e todos os que entrarmos em contato... Não é essa a mensagem que se costuma pregar para a época do Natal? Mas, ela começou no primeiro Natal e deve ser vivida por nós todos os dias... em Cristo.

Requer perguntarmos para nós mesmos: “Será que eu seria salvo(a) se estivesse no frigorífico?” Não que sejamos perfeitos, mas vamos trabalhar nisso.

A raiz do problema...




Assim como todo fruto ruim e bom a gentileza e a rudeza possuem raízes. Numa cultura individualista e competitiva, somos tentados a olhar o outro como possível ameaça, competidor, recurso utilizável ou inútil. Não como igual e ser humano, tão humano quanto nós necessitamos da humanidade dele para nos classificar como humanos.

Quando olhamos para o outro como possível concorrente, ele não se torna invisível, mas nós temos um olhar para suas conquistas e capacidades que pode ser carregado de inveja, despeito e temor. Quando o olhamos como um recurso utilizável, olhamos para ele com cobiça ou interesse falso. Quando o olhamos como recurso inútil, ele desaparece e na tela só aparecemos nós como protagonistas de uma vida solitária e vazia, porque sem o outro não somos pessoas.

Nessas três visões, as pessoas perdem a qualidade de pessoas e se tornam instrumentos de nossas necessidades. O grande problema é que se essa é a imagem de ser humano que você tem, você também se verá classificado como concorrente, ou instrumento (útil ou obsoleto). Quando você troca coisas por pessoas, você se converte também numa mercadoria e sua vida se esvazia do que lhe faz humano.

Jesus alertou os fariseus sobre isso:

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridiculizavam. (Lucas 16:13-14)

A raiz é o centro de seu serviço. Se é Deus, virá a generosidade e a solidariedade, se é à riqueza, você reterá o que puder, até o que não deve.

O caminho é parte do destino


Se aquilo que você tem é mais importante do quem você tem com você, seu mundo está de ponta cabeça. Pare e coloque no prumo certo. Se aquilo que você procura produzir lhe faz perder as pessoas, o que você está produzindo? Aquilo que vem da sabedoria de Deus tem as seguintes características e frutos, assim como a da terra:

¶ Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz. (Tiago 3:13-18)

Se você estiver no caminho certo, o fruto no caminho é pureza, paz, tolerância, misericórdia e frutos de bondade. Entretanto, se pelo contrário, você vive submerso na inveja, amargura, partidarismo... Essa não é a sabedoria de Deus e vai dar o único salário que o empregador do pecado oferece: a morte, em todos os sentidos.

Você pode orar assim:

Senhor, eu quero buscar o meu sucesso em ti, sem me comparar com ninguém, melhorando e vencendo a cada dia sem desprezar ninguém, mas em amor, porque eu sou tão humano quanto todos os humanos no caminho. Não me deixe perder a minha humanidade, Senhor, muito menos ainda o meu cristianismo, perdoa-me pelos meus desvios disso e me fortalece, em nome de Jesus.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente a mensagem ou faça sua pergunta.

Web Analytics