Nós temos uma promessa de que “[...] Cristo, sempre nos conduz em triunfo [...]”
(1 Coríntios 2:14). A palavra triunfo, no original, tem o mesmo
sentido que a palavra sucesso em latim (HOUAISS, 2009). Ela era usada para
referir-se à entrada de um rei vitorioso na capital conquistadora, sendo
aclamado pelos cidadãos e levando cativos os inimigos, amarrados em fila. Essa
é a ideia de sucesso, que a palavra de Deus traz para você e para mim.
Os bons pais almejam o sucesso para os filhos e lhes cabe a difícil
lição de prepará-los para trilharem um caminho, que os levem ao êxito. É uma
grande responsabilidade, hoje, nesse tempo de mudança contínua. Os movimentos e
relações são realizados num nível global. Um movimento financeiro na China pode
desestabilizar a economia em todo o mundo. Previsões são apenas probabilidades.
Desafios são diários e constantes. Não há como preparar bem pessoas para a vida
fazendo-as acreditarem que terão sucesso se apenas repetirem o que já foi
feito. Ou formamos pessoas que imprimam a sua marca no mundo ou o mundo
imprimirá a sua marca de derrota e confusão em nós e em nossas famílias. Essa
marca é o caráter. Essa marca determina qual é o inimigo sobre o qual devemos
triunfar.
Creio que nenhum pai ou mãe queira desenvolver insegurança, acomodação,
preguiça, desânimo, rebeldia, indisciplina, lamentação ou desistência nos seus
filhos, mas vemos que as muitas queixas entre os pais que apontam essas
características em seus filhos “depois de tanto esforço para lhes dar tudo de
bom e de melhor”. Também não são incomuns essas atitudes e ações entre os
adultos. Entretanto, essas características precisam ser vencidas para obter-se
sucesso em qualquer área. Mas, como nós estamos colocando esses prerrequisitos
para a derrota dentro do coração de nossos jovens? Através da superproteção. O
que nós temos considerado amor tem se tornado desresponsabilização e
acobertamento.
Observe a parábola do filho que desperdiçou tudo o que tinha. O filho
tomou posse da sua herança, saiu de casa, fez o que podia de errado, depois,
vieram as consequências:
14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande
fome, e ele começou a passar necessidade. 15 Então, ele foi e se agregou
a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar
porcos. 16 Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos
comiam; mas ninguém lhe dava nada. 17 Então, caindo em si, disse: Quantos
trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! 18
Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu
e diante de ti; (Lucas 15:14-18)
Em nenhum momento, esse pai impediu que o filho saísse de casa, gastasse
o que possuía e vivesse de uma forma que ele desaprovava. Ele era adulto. O pai
já o havia instruído como podia. Só que há duas formas de aprender: uma, é
provando um princípio por aplicá-lo e segui-lo; outra, é indo contra ele para
ver se a advertência realmente é verdadeira. E só você pode escolher como
deseja aprender. O rapaz da estória escolheu o pior caminho e o pai não poderia
impedi-lo de seguir em frente sem impedi-lo também de aprender a lição mais
importante da sua vida. Não se engane, não foi falta de amor. Era a única forma
de amá-lo. Deixá-lo colher da sua semente mostrou-lhe o gosto do fruto colhido
e não era nada saboroso. Tinha gosto de fome.
Somos definidos pelo que desejamos no coração e pelas formas que
validamos para consegui-lo. Isso é caráter. Se só o fazemos o certo e o bem na
frente dos outros ou por impedimento é hipocrisia. Vejo, com tristeza, uma
geração de “atores mascarados” sendo levantada, por pais que não percebem o
risco de não impor limites e ensinar disciplina aos filhos ou acobertar seus
erros; e outros que os impedem de tentar e descobrir seu próprio potencial.
Formar o caráter bem-sucedido é o desafio principal e não fazer com que o filho
apenas aparente ser uma boa pessoa, que tem bastante dinheiro e nenhum
escrúpulo.
Responsabilidade é uma chave no processo: pai ou mãe, você pode
subsidiar a formação de um caráter, mas não pode tomar a decisão de tê-lo.
Filho ou filha, você pode ter recebido subsídios para o bem e para o mal, mas
sempre será responsável pelas suas escolhas. Nós precisamos formar pessoas para
o mundo real e não para o imaginário, onde papai e mamãe resolvem tudo. Mostro
adiante nesse texto como se têm formado pessoas e trago umas dicas de como
podem ser apoiadas algumas características de construção do sucesso baseado no
caráter. O caráter de sucesso permanece como base para todas as outras ações de
sucesso e ninguém pode roubá-lo de você, ao contrário do dinheiro, cargo e outros
tipos de aquisições passageiras.
Construindo a segurança
Não se ensina responsabilidade sem dar oportunidade de exercê-la e nem
se acobertando a sua ausência. Você ensinará, não apenas aquilo que você diz,
mas aquilo que você faz. Na realidade, um pai que não dá chance a um filho de
tentar resolver suas necessidades ou não permite que ele sofra as consequências
do que fez de errado até que admita que errou e que precisa de ajuda, está
ensinando todas as características negativas que citei no começo do texto.
Jesus ensinou o princípio da responsabilidade ou da fidelidade assim: “quem
é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é
injusto no muito.” (Lucas 16:10). E mais tarde, Ele ensina que aquele que é
fiel, ou responsável será recompensado: “respondeu-lhe o senhor: Muito bem,
servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.”
(Lucas 19:17).
Traga esse princípio para a sua casa e para a sua vida. Valorize a
responsabilidade, a fidelidade. A palavra fiel significa aquele que cumpre o
que diz, ou seja, aquele que se compromete. Dê pequenas tarefas aos seus filhos
e filhas. Essa cultura de desresponsabilizar as crianças é péssima. Eu não
estou falando de trabalho infantil, mas numa comunidade, todos devem ter seu
papel, senão como vão se tornar colaboradores sem aprender o seu próprio valor
e a necessidade de contribuição no grupo ou a importância dessa colaboração.
Cuidar de suas próprias coisas assim que for possível, fará com que elas
percebam sua própria capacidade e desenvolvam autonomia. Não faça por elas
porque é mais fácil e rápido para você. Porque essa é uma condição temporária.
Logo será um fardo arrastar os filhos pelo mundo. Não é impedir de subir na
árvore é fortalecê-lo para segurar-se e ensinar quais são os galhos mais
fortes.
Filhos superprotegidos
A mensagem que você está passando para seus filhos fazendo para eles o
que eles podem fazer por si mesmos é a seguinte: “Você é um incompetente!”.
Quando você faz constantemente por uma pessoa algo que ela pode fazer por si
mesma é essa a mensagem que você está emitindo. Se ele acreditar nisso, você
estará gerando um filho altamente inseguro. Senão, estará gerando um filho
revoltado e, logo o mais, rebelde.
O abuso verbal também passa ironicamente a mesma mensagem. Pais que
sempre desmerecem e criticam os filhos, se eles acreditarem, também se tornarão
inseguros. É terrível esse paradoxo, não é, que querendo somente dar o que é
bom, termine causando o mesmo efeito de quem faz o que é mal. Esta pode ser a
razão de pessoas terem dificuldades com muitas coisas na vida comum. Se você
sempre é perseguido pela insegurança, observe se não foi tratado assim durante
a infância. O fato de ter sido não determina o que deverá ser, somente de onde
você deve partir para conquistar sua liberdade. Perdoe quem precisar e rejeite
esses princípios para seguir em frente.
Desenvolvendo a ousadia
Outra palavra para ousadia, que está muito em voga, hoje, é
proatividade. Proativa é uma pessoa que visa antecipar futuros problemas,
necessidades ou mudanças; antecipatório (HOUAISS, 2009), mas de uma maneira
positiva. A pessoa que está disposta a seguir em frente e resolver situações
até mesmo antes que elas aconteçam. A proatividade é uma manifestação de
ousadia. Ousadia é uma qualidade daquele que ousa, arrojado, inovador.
Uma pessoa insegura nunca será proativa ou ousada. Se você não crê no
potencial que Deus lhe deu e que Ele está com você para enfrentar os desafios,
nunca empreenderá algo novo ou se exporá a enfrentar os problemas que surgirem.
E eles inevitavelmente surgirão.
Há pessoas que possuem um temperamento mais quieto e contemplativo e
outras, um mais energético e extrovertido. Temperamento é a tendência básica de
uma pessoa, está relacionado à genética. Mas isso não quer dizer que a pessoa
mais calma será menos proativa do que a mais arrojada. Só que manifestarão isso
de formas diferentes. Uma pessoa introvertida e uma pessoa extrovertida podem
ser inseguras e isso barra a proatividade. Resolvendo a insegurança, ela será
liberada.
Então, disponha-se a desafios. Creia no Senhor e assuma o risco de fazer
tentativas crescentes. Você vai errar, como errou como quando estava aprendendo
a andar, comer com garfo, falar, vestir-se,etc. Todo aprendizado é um processo.
Davi teve suas aulas com o frio e o calor do campo, os ursos, leões, ovelhas
rebeldes, com Saul, mas Deus era com
Ele. Esse foi também o segredo de José, no Egito. É o segredo de todos os
heróis e heroínas da fé. O Senhor é a nossa vitória. Não fuja dos desafios ou
eles o perseguirão. Vire-se, segure a mão do Pai e siga para eles como Davi
seguiu para Golias; Sansão para os filisteus; José para o rei do Egito e tantos
outros, que Deus nunca decepcionou e nem o fará nunca. Se você se acomodar em
um canto com medo do perigo, ele o encontrará onde você estiver. Mas, você não
foi feito para isso, não foi esse o espírito que Deus lhe deu “porque
Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de
moderação.” (2 Timóteo 1:7).
Adaptar-se é vencer
Os filhos superprotegidos também recebem uma segunda lição: “Tudo será
entregue a você do jeito que você deseja”. É uma mentira deslavada, mas nós
estamos crendo e defendendo essa ideia quando nós nos revoltamos e reclamamos
das coisas que nós não podemos mudar. Batemos o pé como crianças birrentas e
queremos porque queremos, que não seja ou não tivesse sido assim, enquanto a
vida passa, nós só reclamamos e nada é resolvido.
A bíblia fala que: “[...] pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé
como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele
passará. Nada vos será impossível.” (Mateus 17:20). Mas,
Jerusalém ainda continua cercada por um conjunto de montes. Isso significa que
nem toda montanha foi parar no meio do mar, ou seja, há montanhas para lançar
no meio do mar, outras para subir e algumas para rodear. Vamos ter em
mente que a vida não é como queremos, as pessoas não são o que nós esperamos e
nem nós somos o que queremos ser de bom ou mau.
Uma criança pode chorar porque o doce caiu no chão; o balão voou; o
brinquedo quebrou; a chupeta caiu; porque está molhada ou com fome. O adulto
tem que resolver essas situações. E para começar a resolver é preciso deixar de
bater o pé e choramingar. Perdeu o emprego? Aproveite a oportunidade e procure
outro, o Senhor não lhe deixa sem provisão, provavelmente irá lhe colocar em
lugar melhor. Perdeu o amor? Certamente não era seu, se fosse, estaria com
você. Bateu o carro? Providencie o conserto ou a troca. A vida é curta e exige
praticidade. Estamos em guerra, ou você avança ou será derrubado. Não se deixe
enlaçar pelas mudanças sobre as quais você não tem controle.
Crianças têm a ilusão do controle através do cuidado dos pais, mas você
não é mais criança. Não diga à vida: “Eu vou dizer à minha mãe, você tomou meu
pirulito!”. O mundo não vai se dobrar a você, só porque você chorou. Você tem
que arrancar o sustento dele. Foi convocado para o exército e “nenhum
soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é
satisfazer àquele que o arregimentou.” (2 Timóteo 2:4).
Eu não digo que você não tem direito ao luto, à tristeza do momento
inicial, mas que não tem direito a transformar sua vida num altar de lamentações.
Ela deveria ser o altar do culto ao Senhor, que lhe deu vida. Se as coisas não
forem como você quer, glória a Deus! Serão como Deus vai usar você para
transformá-las. Muitos estão sendo convocados pelas circunstâncias para as
batalhas e ficam nos degraus do palácio chorando, quando deveriam estar
vencendo no campo de luta.
O vencedor tem bons ouvidos
Outra mensagem da superproteção é “amar é encobrir os erros dos seres
amados, não repreender e não dar limites.” Acobertar os erros dos filhos tem o
efeito contrário de admiti-los e, por isso mesmo, provoca seu aumento. Não
corrigir é aprovar. Aprovar é estimular e fazer crescer. A falta de correção é
uma mentira deslavada , que está corroendo o caráter das crianças e da
juventude. Deus nos ama a ponto de dar seu filho por nós e nos repreende, além
de repreender, nos disciplina, que é mais amplo do que a correção.
7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos);
pois que filho há que o pai não corrige? [...] 11 Toda disciplina, com
efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao
depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados,
fruto de justiça. (Hebreus 12:7,11)
A palavra grega traduzida para disciplina é “paideia" e significa
tutorear, educar, castigar, instruir e nutrir. A figura aqui é a do pedagogo
grego, que convive com o discípulo e tem autoridade até para contê-lo
fisicamente, cuida desde a sua alimentação e explica todas as matérias. A
instrução é fruto de um relacionamento de autoridade e amor para conduzir uma
pessoa ao desenvolvimento de seus potenciais. A disciplina é fundamental para
você chegar aonde você pode chegar.
Disciplina é divina
Deus não só disciplina, como ensina aos pais a disciplinarem:
E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na
disciplina e na admoestação do Senhor. (Efésios 6:4)
e que [o presbítero] governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito (1Timóteo 3:4)
Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia;
Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes
da sua santidade. (Hebreus 12:10)
Não crie seus filhos para um mundo irreal. O mundo é repleto de limites.
Nós mesmos podemos ser os nossos piores inimigos se não focarmos nossas
habilidades e as nos disciplinarmos para desenvolvê-las. Não existe
criatividade, inteligência ou habilidade que resista à falta de disciplina.
Observe a disputa que Maradona perdeu para a cocaína; Romário para seu gosto
por noites agitadas; Ronaldo “Fenômeno” para o sexo, e a lista poderia não
caber na internet de vidas destruídas ou que nunca deslancharam por falta de
limite e disciplina. Entretanto, pessoas com potencial menor foram mais longe e
por mais tempo por causa de sua disciplina. A disciplina e o foco são dois
elementos essenciais do sucesso, destruídos pela superproteção.
A superproteção cega e ensurdece
Basicamente, uma pessoa que não tem limites não reconhece o limite dos
outros, mas ela também tem um problema de achar que tudo tem que ser do jeito
dela, então, ela está sempre certa. Dentro do seu mundo infantil, as pessoas
são vistas através de formas que ela criou. O companheiro ou companheira deve
ser de determinada forma, senão é uma decepção; os filhos e filhas também; os
amigos, o trabalho, a vida, idem.
O problema é que as pessoas não são como nós queremos e exigimos. São
elas mesmas, dinâmicas, mutáveis, melhoram, pioram... Se nós as percebemos como
pessoas, aceitamos isso, mas se nós as vemos como as crianças veem, como
objetos que podemos manipular, nós vamos ficar num canto chorando porque a
boneca não quis brincar conosco. A bíblia nos ensina a amar o próximo e não a
imagem que nós criamos dele. É como a pessoa é que devemos amar e não se ela
corresponder às nossas expectativas.
Os pais precisam entender que os filhos são outras pessoas e não a
imagem do que você gostaria que fossem, os filhos precisam entender a mesma
coisa. A mentira que o pai superprotetor conta é que o mundo gira em torno dos
filhos, mas na vida adulta isso não funcionará, mas há pessoas que nunca
conseguiram se libertar dessa mentira. A superproteção os cegou.
Da mesma forma, crianças mimadas e indisciplinadas não aceitarão
correção. Serão surdos porque eles não têm que se ajustar a mais ninguém, os
outros é que têm que fazer a sua vontade. O conceito de Amor não inclui
correção, então, qualquer um que corrija é um inimigo. Interessante que os pais
que praticam o abuso verbal causam o mesmo efeito. Diminuem tanto os filhos com
críticas que eles já não aceitam nenhum tipo de restrição. Qual a resposta? O
meio termo. Deixar claros os limites, colocar punições justas e gradativas e
ser fiel no cumprir as punições relativas aos limites, esclarecendo que limitar
é um gesto de amor e que punir não dá prazer nenhum a você como pai.
Recompensar os acertos, principalmente com elogios, e ser fiel nas promessas.
Coerência é fundamental.
A superproteção e a família
Creio firmemente que a desagregação da família e a omissão dos limites é
o que formará a geração surda contra a qual Paulo alerta: ”pois
haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão
de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos
ouvidos;” (2 Timóteo 4:3). A bíblia diz: “ensina
a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se
desviará dele.” (Provérbios 22:6). Mas, o que estamos realmente ensinando a
nossos filhos? Se é que somos nós e não as cuidadoras, a escola e a TV que
estão fazendo isso.
4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma
do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá. [...]14 Eis que, se ele
[o homem mau] gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez, e,
vendo-os, não cometer coisas semelhantes, [...] 17[...]fizer os meus juízos e
andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai;
certamente, viverá. [...] 19 Mas dizeis: Por que não leva o filho a
iniqüidade do pai? Porque o filho fez o que era reto e justo, e guardou todos
os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente, viverá. 20 A alma
que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a
iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do
perverso cairá sobre este. (Ezequiel 18:4, 14, 17, 19-20)
Quando nós poupamos nossos filhos das consequências de seus atos, não
lhes fazemos bem nenhum. Infelizmente, nem todo filho verá o valor dos ensinos
de seus pais, até que vá contra eles e sofra as consequências. Entender a
origem e o problema ajuda mover-se para agir, mas não se você sentar num canto
e começar a culpar seus pais ou a si mesmo. Tudo dependerá da atitude que você
vai tomar ao ver o que está errado. Você será responsável por corrigir o que
faz e fazer o que deve. É sob essa perspectiva que sua vida precisa girar. A
sua vida saiu de dentro do útero da sua mãe desde que você nasceu. Quando você
começou a distinguir o bem e o mal você tornou-se responsável pelas suas
escolhas e as consequências delas.
Os desafios vão surgir todos os dias. Você pode acreditar na capacidade
que Deus lhe deu de ser filho de Deus ou na capacidade que não atribuíram a
você ou que lhe negaram desenvolver. É uma escolha sua a cada manhã, quando
você levanta da cama. Mas, eu gostaria, torço e oro para que você escolha Jesus
e tudo o que ele pode fazer através da sua vida. Ele quer mostrar sua glória a
você. O que importa é como o Pai celestial lhe vê:
Capacitado como filho de Deus: “Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu
nome;” (João 1:12).
Criado para louvor da glória de Deus: “11
nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o
propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,
12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão
esperamos em Cristo;” (Efésios 1:11-12).
Dono de todas as bênçãos espirituais: “Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte
de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,” (Efésios 1:3).
Aquele anda guiado sempre em triunfo: “graças,
porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós,
manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.” (2 Coríntios
2:14).
Portanto, saia da farsa da superproteção, que traz rebeldia ou apatia e
goze da real proteção dinâmica e impulsionadora de Deus.
Você pode orar assim:
Querido Deus, preciso de ajuda para vencer a insegurança, a acomodação,
para aprender a amar a disciplina, para me adaptar facilmente a mudanças, para
ter um coração ousado e proativo e não desistir de todos os teus planos e
propósito para a minha vida, ajuda-me Senhor, em nome de Jesus.
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