Ouvi no filme "Graça e perdão" (a dramatização de uma história
verídica), da boca de um pai cuja filha foi assassinada: "a raiva é
um monstro que tem dentes afiados. Se você deixá-la dentro de você, ela
devora o seu coração." Somente quando se tem noção do tamanho do dano
que a mágoa pode causar é que se cogita a possibilidade do perdão. Mas, às
vezes, a mágoa não está tão clara. O mal que lhe foi feito pode contar com uma
"compreensão" por parte de quem foi ferido. Um assentimento mental,
racional, que não resolve no nível da emoção, mas apenas abranda o sentimento
com o entendimento e coloca uma maquiagem sobre a ferida, disfarçando a
aparência, mas não o efeito da mágoa, raiva ou do ódio. Por isso, João disse: "8 Se dissermos que
não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em
nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (1 João
1:8-9).
Os sentimentos negativos não são bem aceitos na maioria dos espaços éticos.
São mal vistos, e, sem saber o que fazer para livrar-se realmente da dor,
pode-se tentar mantê-la encarcerada em uma máscara de conformação e
assentimento, colocada sobre o sentimento real e corrosivo, mas calá-los não é
a solução de Deus para eles. Há uma solução eficiente para esse problema, que
vamos explorar hoje.
A mágoa pode ser contra três pessoas, basicamente:
1 contra uma outra pessoa;
2 contra você mesmo e/ou;
3 contra Deus.
Este texto tocará na mágoa contra si mesmo, ou seja, a culpa. Em outras
postagens, falei dos outros dois alvos.
Dando o primeiro passo...
O primeiro passo para perdoar é perceber e admitir que a mágoa
existe.
Para isso, é preciso coragem. O teste é se perguntar: Eu daria um abraço
sem problemas em X que me magoou? Isso não me incomodaria nem um pouco? Mas, se
apenas a presença da pessoa o incomoda, ela ainda prende uma parte de seu
coração e você vai precisar dele de volta para viver bem e recuperar a sua
alegria.
É fácil testar a mágoa contra os outros, mas,
quando a mágoa é contra nós, ela pode estar não somente associada à culpa, mas também poderá estar
associada à vergonha e/ou ao sentimento de desonra ou impropriedade e,
certamente, estará associada a comportamentos autodestrutivos.
Se você tem mágoa, não ama; se você não ama, não cuida. Se você está
magoado consigo mesmo(a) não conseguirá se cuidar bem. Sua vida pessoal será
uma desordem, sua alimentação lhe fará mal, seus relacionamentos repetem ciclos
de destruição um após o outro... Autopunição, autodestruição. Você se tornará
seu pior inimigo.
Tomando o caminho errado
Algumas
pessoas perceberam esse comportamento autodestrutivo vindo da culpa e decidiram
que o melhor a fazer para lidar com ele era descaracterizar o certo e o errado.
Mas isso nunca funcionou e nunca funcionará. Existe um Deus que estabeleceu
princípios de vida, que funcionam, quer você se sinta culpado, ou seja um
psicopata que não sente arrependimento.
A ética não
é um padrão meramente pessoal, ou social. O certo e o errado não dependem
somente de os homens julgarem e punirem. Mas, O Deus que ama, repreende, e seus
princípios são princípios de vida, portanto, tentar considerar que o certo é
fazer o que acha que é certo ou o que deseja não vai resolver a questão da
autopunição ou autodestruição que brotam da culpa, porque o espírito do homem
encerra a eternidade de Deus “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também
pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que
Deus fez desde o princípio até ao fim.” (Eclesiastes 3:11). E carece de sua glória: “pois todos
pecaram e carecem da glória de Deus,” (Romanos 3:23). Os
princípios de Deus são vida e saúde para quem os detém e o salário do pecado é
a morte (Romanos 6:23):
20 Filho meu, atenta para as minhas
palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. 21 Não os deixes apartar-se dos teus olhos;
guarda-os no mais íntimo do teu coração. 22
Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo. (Provérbios
4:20-22).
Agora, porém, libertados do pecado,
transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e,
por fim, a vida eterna; (Romanos 6:23)
Não é fugindo da verdade que vamos resolver a culpa. Nem a culpa que
realmente temos e nem a que sentimos até pelo pecado de outros.
A culpa indevida
É bastante comum gerarmos uma culpa indevida. Ela é tão destruidora
quanto aquela que realmente aponta para a nossa responsabilidade. Por exemplo,
pais frequentemente se sentem culpados pelos erros e fracassos dos seus filhos.
Apesar de que a palavra os torna independentes. Há pais que sentem culpados até
pelos problemas físicos dos filhos. Isso é muito comum em pais com filhos com
síndrome de down, ou qualquer necessidade especial relacionada ao
desenvolvimento mental e/ou físico. Também é comum quando o problema é
comportamental. Filhos que desenvolvem problemas comportamentais também são
motivo de culpa, preocupação e vergonha para os pais. Mas a bíblia mostra que,
na vida adulta, cada um será responsável por suas escolhas e seu destino
terreno e eterno:
4
Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do
filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá. 5 Sendo, pois, o homem justo e fazendo juízo e
justiça, [...] 9 andando nos meus
estatutos, guardando os meus juízos e procedendo retamente, o tal justo,
certamente, viverá, diz o SENHOR Deus. 10
Se ele gerar um filho ladrão, derramador de sangue, que fizer a seu
irmão qualquer destas coisas [...] 13 [...],
porventura, viverá? Não viverá. Todas estas abominações ele fez e será morto; o
seu sangue será sobre ele. 14 Eis que,
se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez, e, vendo-os,
não cometer coisas semelhantes, [...]17 [...],
fizer os meus juízos e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela
iniqüidade de seu pai; certamente, viverá. 18
Quanto a seu pai, porque [...] fez o que não era bom no meio de seu
povo, eis que ele morrerá por causa de sua iniqüidade. 19 Mas dizeis: Por que não leva o filho a
iniqüidade do pai? Porque o filho fez o que era reto e justo, e guardou todos
os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente, viverá. 20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não
levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do
justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. 21 Mas, se o perverso se converter de todos os
pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e
justo, certamente, viverá; não será morto. 22
De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele;
pela justiça que praticou, viverá. (Ezequiel 18:4-5, 10, 13, 17-22).
Deus é muito
prático e presente com relação aos erros e acertos. Se você faz errado, está
errado, se arrependeu e corrigiu-se, está perdoado. As frases são no presente,
isso destrói o império da culpa. A culpa é uma assombração corrosiva do
passado. Mas Deus está procurando lhe abençoar no presente. Ele não traz sobre
você responsabilidades sobre a vida dos outros, mas não lhe isenta das suas e
nem lhe deixa sem saída. Na realidade, vejo Deus simplesmente e eternamente torcendo
para que acertemos: “os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti,
que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida,
para que vivas, tu e a tua descendência,” (Deuteronômio 30:19). Não
construa problemas, construa soluções. Se alguém faz errado, a responsabilidade
é dele. Se você teve uma responsabilidade conjunta real, arrependa-se e peça
perdão, procure consertar o que for possível (arrependimento inclui reperação –
Lucas 19:8-9). Se você não teve participação, ore. É a única coisa que podemos
fazer por quem está convencido a continuar no caminho errado. Seu coração deve
estar em paz para poder ser abençoado. Observe o equilíbrio no autoexame do
apóstolo João:
19 E nisto conheceremos que somos da
verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração; 20 pois, se o
nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e
conhece todas as coisas. 21 Amados, se o
coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; 22 e aquilo que pedimos dele recebemos, porque
guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável. (1
João 3:19-22).
Outro tipo de culpa indevida
Nós não somos responsáveis pelo mal que os outros nos fazem, nos envolvem
sem nosso consentimento ou sem nossa capacidade de decisão ou decidem fazer a
si mesmos motivados por algum sentimento que nutram por nós. Mas, as nossas
emoções nos traem muitas vezes nessas situações e vivências.
Um exemplo
comum, infelizmente, é da criança abusada sexualmente. Ela nutre um sentimento de
culpa que a leva a comportamentos autodestrutivos, depressão, medos repentinos
e inexplicados e tendências suicidas ou autosabotadoras. Aliás, esses sintomas
devem alertar os pais atentos para a suspeita de abuso sexual. Na grande
maioria dos casos de abuso, os abusadores são muito próximos emocionalmente da
criança e conseguem a aproximação com ameaças ou com chantagem emocional.
O fato de o
toque dar algum prazer, pelo estímulo prematuro, é que gera a culpa. Mas, uma
criança não tem poder de defender-se física ou emocionalmente dos argumentos
verbais ou físicos de um adulto, então, o culpado é o responsável, aquele que
pode tomar a decisão de fazer o mal. E a pena para um ato desse é alta: “melhor fora
que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar,
do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.” (Lucas 17:2). Uma mó de moinho é uma rocha de cerca
de duas toneladas de peso...
Infelizmente, a desaprovação constante e o abuso verbal
também se refletem em um sentimento de culpa que poderia chamar de “crônico”,
cada vez que alguma coisa não sai conforme o padrão esperado por você, padrão
esse, geralmente muito mais alto do que o da maioria das pessoas.
A natureza devoradora da culpa
A dinâmica e a natureza da mágoa não mudam porque está dirigida a nós.
Ela é devoradora por natureza. Ela devora quem a possui, independente do objeto
ao qual se destina. Você precisa se perdoar. Ou melhor, receber perdão para
você mesmo(a).
Os homens não possuem autoridade para perdoar pecados, mas existe quem a
tenha. Ao nome de Jesus todo o joelho se dobra (Filipenses 2:10) e é neste
nome que somos perdoados, como diz João: "filhinhos,
eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu
nome." (1 João 2:12).
O perdão de Jesus é cura e poder
Havia um homem doente, paralítico, que foi procurar a cura em Jesus e
quando Jesus o curou, disse: "homem, os teus pecados te
são perdoados." (Lucas 5:20). Os fariseus ficaram chocados! Diziam: - Apenas Deus pode perdoar
pecados! E Jesus, percebendo em seu coração o que havia nos seus pensamentos
disse: "ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder
de perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma a tua
cama, e vai para tua casa." (Lucas 5:24).
O perdão está disponível em Jesus. Ele tem autoridade para perdoar
pecados e você pode simplesmente aceitar esse perdão e fazer o que o paralítico
fez: "e, levantando-se logo diante deles, e tomando
a cama em que estava deitado, foi para sua casa, glorificando a Deus."
(Lucas 5:25). Aquele homem
não teria sido motivo de glória para Deus se continuasse preso à sua
enfermidade. Quando Jesus o liberou da culpa, ele ficou livre do que o
encarcerava. E, ao invés, de ser carregado no leito, dependente, passou a
carregá-lo, livremente. O perdão tem esse poder. Libera-nos das nossas
paralisias.
Paulo conhecia o princípio que diz: “o perdoado levanta e segue em
frente”:
13 Irmãos, quanto a mim, não julgo
havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás
ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo,
para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3:13-14).
Quem vive de passado é museu, historiador e arqueólogo. Deve haver
outras profissões além dessas com esse foco, mas você entendeu o espírito da
coisa. Paulo foi um torturador e um assassino de santos, se ele não tivesse
recebido o perdão e não tivesse decidido seguir vivendo na graça, você não
sabedoria o nome dele. Ele teria desaparecido enterrado e condenado em seu
pecado. Não desapareça com o pecado, cresça e glorifique a Deus na graça
transformadora. Seja prático, levante e siga em frente, corrija o que puder e
Deus transformará em bênção o que você não puder reparar.
A fé cura a paralisia da auto-punição
Quantos de nós estão se punindo e martirizando pelo que fizeram a ponto
de não seguir a vida adiante. Estão prostrados num leito de amargura,
depressão, tristeza e auto-rejeição. Mas, há uma oportunidade nessa palavra:
Jesus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente (Hebreus 13:8). Se Ele perdoou
na Galiléia, há dois mil anos, também perdoará a todos os que chegarem diante
dele, mesmo que paralisados pela dor, mas que forem com fé. O seu perdão trará
vida e movimento novamente aos que o aceitarem. Levante-se e siga em frente, em
nome de Jesus!
A condição para o perdão? Aquele homem foi até Jesus em busca de cura.
Ele aceitou que o descessem pendurado numa maca de um telhado de, em
média, 5 metros de altura, para receber perdão. E a única coisa que Jesus
precisou ver nele foi essa fé, expressa na entrega desse homem, decidido a
tirar a paralisia da sua vida: "e, vendo ele a fé deles,
disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados." (Lucas 5:20).
Se a sua vida está paralisada pela dor do seu passado condenável, algum
erro que tenha ferido alguém que ama, quer esteja visível ou não, se isso lhe
atormenta e paralisa, aceite o perdão de Jesus. Ele pode perdoá-lo porque ele
pagou esses crimes na cruz no seu lugar para poder livrá-lo do sofrimento.
A culpa não serve para nada, a não ser para a destruição
Não vai resolver seu problema alguém dizer que o que fez não foi tão mal
assim. Na realidade, foi tão mal que foi digno da pior morte, digno da
cruz, mas a cruz já foi vivida por Jesus! Ele sofreu as piores punições
existentes para que você não precisasse sofrê-las. Essa foi a missão de Jesus.
E se você crer, você não terá outra opção a não ser admitir a competência dele
para perdoá-lo:
5
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa
das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele
a iniqüidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e afligido, mas não
abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha
muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
[...] 10 Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar;
quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade,
prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua
mão. 11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará
satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos;
porque as iniqüidades deles levará sobre si."(Isaías 53:5-7, 10-11).
O sangue de Jesus e a vitória sobre o Acusador
Se você se acusar, estará fazendo um trabalho para o Acusador de nossos
irmãos, o diabo. A arma da vitória sobre a acusação é o sangue do Cordeiro:
10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação,
o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o
acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do
nosso Deus. 11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do
Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da
morte, não amaram a própria vida. (Apocalipse 12:10-11).
Na quinta-feira, quando Jesus ceou com os apóstolos, Ele disse: "esse é o cálice da nova e eterna aliança no meu sangue que é dado
por vós" (Lucas 22:20). Uma aliança significa tudo o que é meu é seu, tudo o que é seu é meu.
Quando Jesus ceou, estava oferecendo a vida dele, seu sangue, para pagar a
dívida de vida de todos os homens. O pecado dos homens passou a ser
responsabilidade de Jesus e a vida de Jesus passou a ser dos homens. Sua vida
foi derramada para perdoar os nossos pecados.
Não importa o tamanho do seu pecado, não faz diferença para Deus: "pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto,
se torna culpado de todos." (Tiago 2:10). Basta odiar e já matamos (1 João 3:15); basta
querer adulterar e já adulteramos (Mateus 5:28). Os padrões de Deus são altos
demais para todos poderem ser resgatados e caberem exatamente no tamanho de
Cristo na cruz, mas você só pode obter perdão pela fé: "mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a
fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem." (Gálatas
3:22).
Quando Deus perdoa esquece, esqueça também o que não pode corrigir
Observe como
Deus perdoa: "pois, para com as suas iniquidades,
usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei." (Hebreus
8:12). Porque você permite que o que você fez
lhe atormente? É você quem não se perdoou. É você quem lembra e revive a dor
como forma de se impor uma justiça própria à qual você não tem direito de
exercer, pois Jesus é a nossa justiça: “aquele que não conheceu pecado, ele
o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios
5:21). Seja humilde e assuma o perdão de Cristo. Não seja rebelde
inssitindo em recusar-se a perdoar-se e aceitar a acusação do diabo, ao invés de assumir o perdão de Cristo.
Enquanto você viver com culpa, vai viver como escravo. Quando você
entender que o pecado está pago e você perdoado, vai entender a sua vitória em
Cristo. Verifique o poder do pagamento do pecado com relação ao diabo e seus
poderes das trevas:
14 tendo cancelado o escrito de
dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era
prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; 15 e,
despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz. (Colossenses 2:14-15)
Caindo o pecado, cai o poder do acusador, assim como destruindo-se a
dívida pelo pagamento, destrói-se o poder do credor. Se você assumir pela fé o
pagamento de pecados realizado plenamente e suficientemente por Cristo, você
estará livre para ser transformado por Deus e nunca mais voltar a ser escravo do
pecado porque mesmo que ocorra de você errar, os acertos vão predominar e a
libertação terminará por raiar na sua vida.
Você acha que merece todos os castigos possíveis? Creia, os romanos e
judeus aplicaram essa pena sobre Jesus até à morte. Então, troque a sua justiça
falha e destrutiva pela justiça perfeita que Deus cumpriu em Jesus, quando Ele
o substituiu, porque essa é a única forma de você receber Paz. O castigo que
precisamos receber quando pecamos, Ele recebeu.
Então, não podemos dizer crer em Jesus e continuar nos afligindo, física
ou psicologicamente com a culpa, sem desmerecer o sacrifício de Cristo. Ele
intercedeu para que fôssemos perdoados no momento em que era punido sem
merecê-lo. Foi liberado perdão para você quando Ele disse: "Pai, perdoa-lhes..." (Lucas 23: 34). Aceite isso. Se o filho, que é dono da casa, liberta um escravo, então,
a alforria está estabelecida. Aceite a liberdade que o Filho de Deus lhe
oferece. E, então, a sua vida poderá brilhar com a glória de Deus.
Você pode orar assim:
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