domingo, 21 de outubro de 2012

O caminho do sucesso e a diversidade





Todos falam em diversidade, hoje em dia. Diversidade parece ser um conceito antônimo de preconceito. Mas, quando é que preservamos os nossos valores e conceitos e não estamos sendo preconceituosos? Até que ponto ceder sem perder a essência? E qual é a essência que não deve ser perdida? Como fazer diferença e respeitar as diferenças?

O texto abaixo nos fala do princípio da convivência na diversidade.

Seis homens ficaram presos numa caverna gelada por causa de uma avalanche de neve. O socorro só viria ao amanhecer. Cada um deles trazia em suas coisas um pouco de lenha, mas, quando a equipe de resgate chegou à cena do acidente, a fogueira estava apagada e eles estavam mortos, congelados pelo frio extremo. O mais interessante da cena é cada um daqueles seis homens estava abraçado ao seu feixe de lenha.
Os soldados não entenderam o que se passou naquela caverna, mas, se eles pudessem voltar no tempo e ler o pensamento daquelas pessoas, talvez ficassem mais uma vez surpresos com a raça humana:
O preconceituoso pensava: 
- Jamais darei minha lenha para aquecer essa gente esquisita!
O rico avarento pensava: 
- Vou ser o último a queimar minha lenha. Quem sabe, até posso vendê-la para esses otários. Vai valer uma boa grana. É a lei da oferta e procura.
O forte pensava: 
- Não vou dar a minha lenha para aquecer esses fracotes. Eles que façam ginástica até o amanhecer, se quiserem se manter aquecidos.
O fraco pensava: 
- É bem provável que eu precise desta lenha para me defender.
O “sabe-tudo” pensava: 
- Esta nevasca vai durar vários dias. Vou guardar minha lenha por enquanto.
O alienado não pensava nada, especificamente, apenas não queria fazer nada. Deixou que os outros resolvessem.
Por fim, um dos soldados desabafou:
- Acho que não foi o frio de fora que os matou; acho que foi o frio de dentro. O frio do coração. O frio da alma.

O princípio assassino acima é "não darei, guardarei para mim". Há elementos que só entram em operação na nossa vida quando entregamos: a alegria, a felicidade, o perdão, etc. Essas coisas só têm sentido quando as compartilhamos. Só entram em operação se as entregamos e se eles não entram em operação a vida se esfria até se apagar, ainda que tudo o que precisamos para viver esteja conosco. 

A dificuldade de se dar em um mundo diverso está em como encaramos o outro. Todas essas pessoas na ilustração viam o outro como provável vítima ou perseguidor. A posição era de explorar ou ser explorado. Nenhum deles viu a possibilidade de uma troca e nem deu chance à cooperação. Todos agiram como se os outros fossem menores ou menos dignos do que eles. Por orgulho, avareza, medo, negligência ou preguiça as atitudes foram as mesmas: fechar as mãos e o coração.

Sem troca até os mares secariam. A natureza é cíclica em suas trocas e generosa com todo o planeta. A água circula por todos os lugares e em todas as formas, alimentando a vida, livremente. Quando esse ciclo se interrompe, a morte se instaura. Jesus sempre questionou a hipocrisia dos fariseus, que engoliam o camelo e se engasgavam com um mosquito (Mateus 23:24). Vivemos num mundo de tanta frouxidão moral que muitas vezes, para não entrar na linha da negligência podemos endurecer até ao ponto de nos tornarmos inflexíveis e ritualistas. Por outro lado, quando cedemos demais, podemos perder o gosto e a luz, quando devíamos fazer a diferença sendo o sal da terra e a luz do mundo (Mateus 5:13-14).

A resposta está sempre em fazer como Jesus fazia. Ele nem acusava os pecadores e nem aceitava o pecado, oferecia o arrependimento. Se alguém não queria escutá-lo e dizia que conhecia a Deus, Ele o repreendia. Se alguém queria ouvi-lo, Ele falava. Se alguém não queria escutá-lo, Ele não insistia. Se alguém queria corrompê-lo ele resistia na face. Isso é ter respeito à diversidade sem perder a essência. Bom refletir sobre isso em relação à escola, à família e ao trabalho.





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