O Senhor colocou no
meu coração uma atenção especial sobre educação. Educar começa com a instrução
da família. A família constrói o caráter, que a criança utilizará na escola e
no trabalho e na sua própria família. Desde o Velho Testamento, o povo de Deus recebeu
as bases e tornar-se um conhecedor da sua Palavra. Tanto os anciãos, quanto as
crianças deveriam compreender os princípios que desenhavam os limites da sua
liberdade e vitória:
8
O SENHOR é quem vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem
te desamparará; não temas, nem te atemorizes. 9 Esta lei, escreveu-a Moisés e a
deu aos sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca da Aliança do SENHOR, e
a todos os anciãos de Israel. 10
Ordenou-lhes Moisés, dizendo: Ao fim de cada sete anos, precisamente no
ano da remissão, na Festa dos Tabernáculos, 11
quando todo o Israel vier a comparecer perante o SENHOR, teu Deus, no lugar
que este escolher, lerás esta lei diante de todo o Israel. 12 Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os
meninos e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam, e
aprendam, e temam o SENHOR, vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras
desta lei; 13 para que seus filhos que
não a souberem ouçam e aprendam a temer o SENHOR, vosso Deus, todos os dias que
viverdes sobre a terra à qual ides, passando o Jordão, para a possuir. (Deuteronômio
31:8-13)
Tudo começa na promessa e termina na bênção da promessa.
Entre a promessa e a bênção, temos o ministério dos que ensinavam a Palavra
(tribo de Levi), os momentos de reunião e festa no lugar específico e a leitura
da lei. A audiência era todo o Israel. Todos deveriam ler e conhecer a lei do
Senhor. A ordem para todo o Israel era ouvir, aprender e temer ao Senhor (convencer-se
da verdade e suas consequências) e praticar a palavra. Ninguém deveria deixar de conhecer a Palavra,
ou seja, ninguém substituiria a consciência e a convicção individual de
ninguém, apesar de haver uma tribo especializada em realizar os sacrifícios
trazidos pela população, cada um era responsável diante de Deus, como o é até hoje: "Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus." (Romanos 14:12).
As crianças não eram dirigidas para cumprirem rituais, mas para compreenderem
seu sentido e, através dessa compreensão, convencerem-se das suas necessidades
e suprimentos em Deus. Também é assim até hoje: "7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. 8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:" (João 16:7-8). E tudo dentro de um ambiente e de relações alegres e festivas.
A responsabilidade vinha imediatamente após a consciência de si mesmo. Uma criança desenvolve a capacidade no seu desenvolvimento moral de distinguir o bem e o mal exatamente na faixa dos sete anos de idade. Ainda que ela não estivesse com sete anos na primeira festa, ela estaria com catorze , no máximo, na seguinte. Mesmo criança ou no começo da adolescência, seria ensinada sobre os princípios de Deus, através de sua palavra. Era esse conhecimento que os levariam a usufruir das promessas de Deus. A bíblia fala de Deus como educador e como Deus de um povo ensinado e ensinável. Onde o ensino fazia parte das festas, da alegria, da adoração e não de uma tortura ou obrigação porque era para a vida e tinha utilidade imediata e relação com sua vida diária e seu futuro imediato.
A responsabilidade vinha imediatamente após a consciência de si mesmo. Uma criança desenvolve a capacidade no seu desenvolvimento moral de distinguir o bem e o mal exatamente na faixa dos sete anos de idade. Ainda que ela não estivesse com sete anos na primeira festa, ela estaria com catorze , no máximo, na seguinte. Mesmo criança ou no começo da adolescência, seria ensinada sobre os princípios de Deus, através de sua palavra. Era esse conhecimento que os levariam a usufruir das promessas de Deus. A bíblia fala de Deus como educador e como Deus de um povo ensinado e ensinável. Onde o ensino fazia parte das festas, da alegria, da adoração e não de uma tortura ou obrigação porque era para a vida e tinha utilidade imediata e relação com sua vida diária e seu futuro imediato.
O momento de leitura da Palavra era o momento da Festa
dos Tabernáculos, a maior festa do ano. Um festejo público da abundância da
colheita, de todas as bênçãos de sustento de Deus. Comemorava-se as bênçãos habitando
em tendas construídas de ramos, representando o tempo de saída do Egito e a
caminhada de libertação pelo deserto para a terra da promessa. (Levítico
23:39-43). Por isso, as pessoas colocaram os ramos no caminho de Jesus ao
entrar em Jerusalém, elas o estavam reconhecendo como o Messias, o Cristo
libertador.
No meio do conhecimento da vontade de Deus, comemorava-se
conhecendo-se mais o Salvador. E a promessa continua de pé: “31 Disse,
pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha
palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; 32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará.” (João 8:31-32). A verdade inclui o fato de que você não conseguirá
liberdade por si mesmo, mas “se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis
livres.” (João 8:36). Estar livre
para gozar das promessas de Deus só se obtém através dAquele que nos liberta,
Jesus. Esse é o presente dEle para nós: “8 porque
pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”
(Efésios 2:8-9). Quando você experimentar essa torrente de graça, independente daquilo que você fez, faz ou fará de bom ou de mau, você se sentirá como Davi, em meio a uma grande festa:
1 Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. :2 Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles. 3 Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres. (Salmo 126:1-3)
Dependendo da graça
No meio das bênçãos o povo comemorava lendo a Palavra e
iniciava um ano em que não dependeriam do seu trabalho para obter sustento. Ao
comemorar a graça libertadora havia também a ordem para que não semeassem o campo no sétimo ano, nem
fizessem atividades econômicas relacionadas à agricultura. Nesse ano, o que
nascesse por si só seria para alimento dos donos das terras e dos pobres
(Levítico 25:2-7), ou seja, todos teriam alimento sem terem que possuir na
terra ou depender do seu trabalho. Isso também anuncia a provisão da salvação
através de Cristo, pela graça doadora de vida, liberada gratuitamente por Deus.
A sociedade, a terra e a natureza eram reequilibradas, observe o trecho:
10 Seis anos semearás a tua terra e
recolherás os seus frutos; 11 porém, no
sétimo ano, a deixarás descansar e não a cultivarás, para que os pobres do teu
povo achem o que comer, e do sobejo comam os animais do campo. Assim farás com
a tua vinha e com o teu olival. (Êxodo 23:10-11).
No deserto, o povo não tinha onde comprar roupa, sapato,
provisões, mas Deus os sustentou numa dieta de provisão do básico para
aprenderem a confiar nEle para esse aspecto da vida:
“5
Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as
vossas vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália. 6 Pão [de trigo] não comestes e não bebestes
vinho nem bebida forte, para que soubésseis que eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Deuteronômio
29:5-6)
“Disse Moisés: Esta é a palavra que
o SENHOR ordenou: Dele encherás um gômer e o guardarás para as vossas gerações,
para que vejam o pão [de maná] com que vos sustentei no deserto, quando vos
tirei do Egito.” (Êxodo 16:32)
O Deus que nos dá a vida eterna, nos dará provisão para a
jornada terrena porque Ele sabe do que precisamos para fazer a sua obra aqui na
terra. Lembre-se de que Ele sustentou três milhões de pessoas no meio do
deserto. Ele o susterá também, ainda que você não saiba de onde vai vir o
suprimento. Ainda que tenha que chover do céu, a provisão virá. Mas, lembre-se,
só choveu comida porque o povo estava impedido de cultivá-la, porque Deus nunca
fará o trabalho que é sua obrigação fazer. E nunca deixará faltar o impossível que
você buscou nEle.
A capacidade de recomeçar e a prudência
O ano da redenção implica também que, a cada sete anos, findo
o ano sabático, os hebreus teriam que reconquistar suas terras, reconstruir e
desbastar suas plantações para começar as suas plantações de novo. Além disso,
deveriam viver poupando durante os seis anos de trabalho. Observe o princípio
de José de guardar 20% da colheita para os sete anos de fome no Egito. Aquele
período de impedimento de trabalhar gerou a cultura de um povo prudente, que
poupa para o futuro e que festeja educando seus filhos para andar no
conhecimento, no temor e na prática da Palavra de Deus. Até as grandes
comemorações tinham um cunho prático. Não eram como nos outros povos, cujos
festivais de colheita eram sinônimos de orgias e bebedice.
A festa do ano sabático
Observe que Deus traz o povo a comemorar nessa festa,
pelo menos através de quatro coisas:
A) O
descanso de suas obras - o que representa a graça e o favor acima do
merecimento (Levítico 25:4-5);
4
Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o
seu amor para com todos, 5 não por obras
de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, (Tito 3:4-5)
B) O
compartilhar da provisão, quando os frutos da terra se tornavam propriedade
compartilhada (Êxodo 23:11; Levítico 25:6-7) - indicando o compromisso em
compartilhar o evangelho e o acesso de todos os homens à vida de Deus, que é o
suprimento de Deus para a vida dos homens;
15
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo;
quem, porém, não crer será condenado. (Marcos 16:15-16)
C) A
libertação de todos os hebreus que estavam vendidos como servos por causa de
dívida (Deuteronômio 15:1-3; Neemias 10:31; Êxodo 21:2; Deuteronômio 15:12) -
falando do perdão concedido por Cristo aos que se aliançaram com Ele (os servos
não hebreus não eram liberados – Deuteronômio 15:3);
13 E a vós outros, que estáveis
mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu
vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; 14 tendo cancelado o escrito de dívida, que era
contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o
inteiramente, encravando-o na cruz; 15
e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz. (Colossenses 2:13-15)
D) Com
o compartilhar da palavra, onde tudo isso e muito mais era ratificado e
compreendido através da leitura da lei (Deuteronômio 31:10-13) – Assim como a
fé que liberta vem pelo ouvir e o ouvir da Palavra de Deus. Como aconteceu com
a mulher com fluxo de sangue:
25
Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma
hemorragia 26 e muito padecera à mão de
vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada
aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior, 27 tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás
dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. 28 Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as
vestes, ficarei curada. 29 E logo se lhe
estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo. [...] E
ele [Jesus] lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do
teu mal.” (Marcos 5:34).
E também com a mulher que
ouviu Jesus no poço de Jacó, em Samaria (João 4), E o paralítico em Listra, que
escutou a pregação de Paulo:
8 Em Listra, costumava estar
assentado certo homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, o qual
jamais pudera andar. 9 Esse homem ouviu
falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado,
10 disse-lhe em alta voz: Apruma-te
direito sobre os pés! Ele saltou e andava. (Atos 14:8-10)
Tudo o que recebemos de Deus começa na promessa,
transforma-se em fé pela compreensão e termina na alegria contínua de aprender
que conhecer as promessas é conhecer a Vida, de quem as anima e faz concretizarem-se
na vida de quem crê.
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