É uma pergunta válida, uma vez
que o próprio Jesus a fez aos discípulos no final do seu ministério. Você já
observou que ninguém se perturba ao falarmos de Deus, mas falar em Jesus deixa as
pessoas incomodadas? Isso não acontece quando se fala de Buda, Maomé ou
Confúcio. Hoje em dia, dá até status de cultura falar de sábios do Oriente. O mais difícil para as pessoas lidarem com
Jesus é que Ele se declarava Deus e dizia que era a única via de ligação entre
Deus e os homens, o único que poderia perdoar os pecados e que era o caminho da
salvação.
Nossa sociedade atual que não aceita a ideia de um Salvador único, mas diz-se, muitas vezes, deísta.
O deísmo “[...] ensina que Deus é uma pessoa e que o universo foi planejado e
criado por ele. E, atualmente, Deus o governa e sustenta.” (McDowell, 1977, p.
13). O cristianismo acrescenta à definição anterior, que Deus se manifestou em
carne humana, na pessoa de Jesus de Nazaré.
Jesus tinha características próprias de Deus. Jesus sempre afirmou ter a mesma natureza de Deus. Ele disse que se o conhecêssemos, conheceríamos o Pai (João 8:19); quem o visse veria o Pai (João 12:45); quem o odiasse odiaria o Pai (João 15:23); quem o honrasse honraria o Pai (João 5:23). Jesus nunca se apresentou apenas como um homem. Ele sempre se apresentou como Deus feito homem.
Na realidade, Jesus Cristo é um nome seguido de
um título. Jesus significa “Jeová salva”. Cristo significa Messias, o Ungido, aquele que une os ofícios de rei e sacerdote. O prometido sacerdote e rei das
profecias do Velho Testamento. O Novo Testamento apresenta Jesus como alguém
maior do que um líder político, um filósofo, um pensador, um moralista ou um
louco desvairado, que gerou um mito. Os nomes aplicados a ele no Novo Testamento
indicavam atributos de Deus:
[...]aguardando
a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu
a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para si um
povo seu especial, zeloso de boas obras. (Tito 2:13-14)
As escrituras atribuem a Jesus
características de Deus, como: Auto-existente (Hebreus 7:3); Onipresente (Mateus 28:20); Onisciente (Mateus 11:27); e Onipotente (Filipenses 2:9-11).
Ele declarou que não se devia
adorar nenhum outro, senão a Deus (Mateus 4:10) e aceitou adoração como Deus
(Mateus 14:31-33; 28:9). Os judeus religiosos tinham e têm ojeriza à adoração
de qualquer outro Deus, mas todos os que aceitaram Jesus o aceitaram como o Deus
em carne. Inclusive um ferrenho fariseu como Saulo de
Tarso, disse no relato de Atos 20:28: “Olhai, pois, por vós e por todo o
rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja
de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
Jesus foi perseguido por declarar-se Deus
A declaração de Jesus sobre ser
Deus o levou à cruz porque deixou os judeus fora de si. Enlouquecidos de raiva
e ódio contra ele por considerarem isso uma das piores blasfêmias: um homem que
dizia ser Deus. Mas, Jesus centrava todo o seu ministério na sua filiação e
natureza divinas. Veja o relato de João 5:16-23:
E Jesus
lhes respondeu: Meu Pai trabalha até
agora, e eu trabalho também. Por
isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava
o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
[...] Pois assim
como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica
aqueles que quer. E também o Pai a
ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo,
No tempo de Jesus, os judeus não
se referiam a Deus como Pai e quando o faziam chamavam de Pai Celeste, mas
Jesus o chamou diretamente de Pai, se colocando na mesma natureza dele. Havia uma
obra do céu a ser feita, que irritava os religiosos, pois quebrava os limites do ritualismo.
Mas, Jesus não estava fazendo aquilo para irritar ou para ofuscar
ninguém, Ele fazia o que o Pai queria. O objetivo não era apenas
gerar mais discursos, mas sim dar Vida e fazer com que os homens honrassem a Deus.
Jesus perdoava pecados e fazia milagres porque Ele é Deus
Outra situação poderosa foi a da
festa da dedicação, quando Jesus declarou: “Eu e o Pai somos um.” (João 10:30).
Os judeus queriam apedrejá-lo por blasfêmia. Porque “ ‘um’ no grego é neutro, e
não masculino, e indica uma unidade, não de pessoa ou de propósito, mas, antes,
de ‘essência ou natureza’.” (McDOWELL, 1977, p. 16). Imagine, que declaração
bombástica: Eu sou da mesma natureza de Deus, Ele é meu Pai. O filho do
carpinteiro se acha mais igual e íntimo de Deus do que jamais um fariseu ousou
ser... Não precisa nem levar a julgamento: blasfêmia!!!
Um homem não pode perdoar os
pecados cometidos contra outra pessoa. É certo que qualquer pessoa pode perdoar
um pecado cometido contra ela, TECNICAMENTE. Pode, por exemplo, retirar a
queixa-crime e deixar o outro livre. Não estou falando emocionalmente. Mas,
veja o que Jesus fez e provou que era Deus em carne, em Marcos 2:5:
E Jesus,
vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
E estavam
ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seu coração, dizendo: Por
que diz este assim blasfêmias? Quem pode
perdoar pecados, senão Deus?
E Jesus,
conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: [...] Qual é mais
fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer-lhe:
Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem
na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo:
Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa. E levantou-se e, tomando
logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e
glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos. (Marcos 2:6-12)
Jesus disse “o Filho do Homem tem
poder para perdoar pecados”, somente Deus pode perdoar pecados cometidos contra Ele e Jesus os
perdoou. Ele declarou que Ele era homem e que era Deus e, mais além, agiu
sobrenaturalmente fazendo valer seu direito de Deus de retirar a raiz da
enfermidade e trazer a cura. Ele não só disse que era Deus. Ele provou que era
Deus.
Observe por esse ângulo: uma mãe bondosa pode perdoar o filho que machucou-se por sir de moto sem sua permissão, mas não pode curar-lhe as feridas com milagre. Muitos pensam que Jesus podia fazer milagres porque era bom, mas Ele
fazia milagres porque Ele é Deus. Depois de sua ressurreição, Ele
compartilhou o poder de curar em seu
nome com os critãos pelos séculos para que o evangelho do perdão dos
pecados e da libertação fosse anunciado não somente como manifestação da sua deidade.
Jesus foi crucificado porque insistiu em se declarar Deus
Vamos Ler Marcos 14:60-64:
[...] O
sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus
Bendito?
E Jesus
disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do
Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
E o sumo
sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais
testemunhas? Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram
culpado de morte.
A resposta o levou imediatamente à sentença
de blasfêmia, com pena de morte. Ele disse que faria o que o Messias deveria fazer. Apesar de eles
esperarem e desejarem o Messias não conseguiram recebê-lo quando Ele veio.
Enfim, o Filho de Deus demonstrou a natureza de
Deus, a confessou, operou maravilhas, morreu e ressuscitou por essa verdade e
não por mais um conjunto de idéias religiosas, morais políticas ou filosóficas.
Ele é o Filho de Deus que pode nos salvar, perdoando os nossos pecados. Ele
pode intervir sobrenaturalmente e nos fazer novas criaturas restauradas.
O perdão dos pecados é o que nos dá condições de começar de novo. Nenhum ritual fará isso porque é privilégio somente do Filho de Deus, Deus homem, que pagou como homem o preço do pecado na cruz e ressuscitou para nos dar Vida de Deus, que é parte da Sua Natureza de Filho. Ele tem tudo isso para dar, não é apenas discurso. Há um conjunto de ideias subsidiárias do cristianismo, sim, e esse conjunto de ideias transmite um poder sobrenatural de Vida de Deus, que o faz único.
O perdão dos pecados é o que nos dá condições de começar de novo. Nenhum ritual fará isso porque é privilégio somente do Filho de Deus, Deus homem, que pagou como homem o preço do pecado na cruz e ressuscitou para nos dar Vida de Deus, que é parte da Sua Natureza de Filho. Ele tem tudo isso para dar, não é apenas discurso. Há um conjunto de ideias subsidiárias do cristianismo, sim, e esse conjunto de ideias transmite um poder sobrenatural de Vida de Deus, que o faz único.
Se você quer que esse poder
regenerador entre em sua vida juntamente com seu conjunto de princípios e a transforme, você pode orar assim:
“Querido Deus,
eu reconheço que Jesus é mais do que um profeta, um religioso, um ético ou um
filósofo. Eu quero que pela entrega da vida dele, a minha vida seja liberta do
peso do pecado. Eu aceito que Jesus é o preço pelos meus pecados e que o Senhor
me perdoa através dEle. E aceito a sua vida na minha vida, trazendo o que é do
Pai para mim, em nome de Jesus.”
Fonte consultada:
McDOWELL, Josh. Mais que um
carpinteiro. Venda Nova, MG: Betânia, 1977.
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