domingo, 30 de setembro de 2012

O melhor espelho




Cada pessoa vê o mundo de uma forma diferente. E cada um o enxerga de acordo com aquilo que conhece e que viveu. Entretanto, nós nem sempre vivemos ou conhecemos a verdade de Deus acerca de Deus, de  nós mesmos ou das pessoas. Essa fábula serve bem como ilustração das consequências de distinguir mal as coisas:

Um ratinho vivia num buraco com sua mãe, depois de sair sozinho pela primeira vez, contou a ela:
- Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei!
Um era bonito e delicado, tinha um pêlo muito macio e um rabo elegante, um rabo que se movia formando ondas.
O outro era um monstro horrível! No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de carne crua, que balançavam quando ele andava. De repente os lados do corpo dele se sacudiram e ele deu um grito apavorante. Fiquei com tanto medo que fugi correndo, bem na hora que ia conversar um pouco com o simpático.
- Ah, meu filho! – respondeu a mãe. – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o outro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado.

Jesus foi perseguido por não se dobrar aos princípios de aparência dos religiosos da sua época:

23  E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem? 24  Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. (João 7:23-24).

A nossa relação com Deus não pode se perder em coisas que fazemos dizendo ser para Ele, mas que não levam a sua presença. A circuncisão realizada como ritual é a retirada de um pedaço de pele. O significado e o motivo pelo qual se a faz é que lhe dão o caráter de relacionamento com Deus. A circuncisão ganhou com o tempo outros significados, além de marcar o povo que traria a descendência do Cristo. Começou a ser utilizada para diferenciar povos. E quando começamos a fazer a mesma coisa por motivos diferentes, perdemos a conexão com Deus, mas não percebemos.

Fazer a circuncisão é o mesmo que batizar. Tem o sentido de entregar a vida. Jesus se batizou, foi imerso, para que assumisse o compromisso de morrer em nosso lugar. Mas, havia pessoas que vinham para o batismo sem conhecer ou estar convencido de que ele não era um mero gesto e por isso João Batista os repreendia severamente:

7 Então, ele [João Batista] disse às multidões que vieram para serem batizadas por ele: “Vocês, descendência de víboras! Quem secretamente os alertou para fugirem da ira vindoura? 8 Carreguem frutos que são merecedores e consistentes com [seu] arrependimento [isto é, conduta digna de um coração transformado, um coração que abomina o pecado]. E não comecem a dizer para si mesmos: Nós temos por pai Abraão; pois eu lhes digo que Deus é capaz de levantar descendentes de Abraão dessas pedras.” (Lucas 3:7-8 – Bíblia Amplificada).

O que Deus procura é adoradores que o adorem em espírito e em verdade (João 4:24). Não leve a Deus menos que um coração em contrição, isto é, o “ sentimento pungente de arrependimento por pecados cometidos e pela ofensa a Deus,” mais pelo amor e gratidão a Deus, do que pelo receio dos prejuízos que possa obter.

A bênção é sua



Veja as vantagens de um coração contrito, arrependido de verdade porque ofendeu a Deus:

Deus não deixará de atentar para ele: “sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Salmo 21:17).

Quem está arrependido mora com Deus e tem seu coração revigorado por Ele: “porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” (Isaías 57:15).   

Não esqueça: “o que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Provérbios 28:13). 

Você pode meditar um pouco e se perguntar:

1.    O que eu digo que estou fazendo para Deus?
2.    Quando eu o faço, estou pensando em Deus?
3.    Deus realmente garante na sua palavra que se agrada nisso ou faço porque me acostumei a fazer?
4.    O que Deus realmente quer que eu faça para Ele, o que a Palavra diz sobre isso?



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