Cada pessoa vê o mundo de uma forma diferente. E cada um
o enxerga de acordo com aquilo que conhece e que viveu. Entretanto, nós nem
sempre vivemos ou conhecemos a verdade de Deus acerca de Deus, de nós mesmos ou das pessoas. Essa fábula serve
bem como ilustração das consequências de distinguir mal as coisas:
Um
ratinho vivia num buraco com sua mãe, depois de sair sozinho pela primeira vez,
contou a ela:
-
Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei!
Um
era bonito e delicado, tinha um pêlo muito macio e um rabo elegante, um rabo
que se movia formando ondas.
O
outro era um monstro horrível! No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha
pedaços de carne crua, que balançavam quando ele andava. De repente os lados do
corpo dele se sacudiram e ele deu um grito apavorante. Fiquei com tanto medo
que fugi correndo, bem na hora que ia conversar um pouco com o simpático.
-
Ah, meu filho! – respondeu a mãe. – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o
outro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado.
Jesus foi perseguido por não se dobrar aos princípios de
aparência dos religiosos da sua época:
23
E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de
Moisés não seja violada, por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter
curado, num sábado, ao todo, um homem? 24
Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. (João
7:23-24).
A nossa relação com Deus não pode se perder em coisas que
fazemos dizendo ser para Ele, mas que não levam a sua presença. A circuncisão realizada
como ritual é a retirada de um pedaço de pele. O significado e o motivo pelo
qual se a faz é que lhe dão o caráter de relacionamento com Deus. A circuncisão
ganhou com o tempo outros significados, além de marcar o povo que traria a descendência
do Cristo. Começou a ser utilizada para diferenciar povos. E quando começamos a
fazer a mesma coisa por motivos diferentes, perdemos a conexão com Deus, mas
não percebemos.
Fazer a circuncisão é o mesmo que batizar. Tem o sentido
de entregar a vida. Jesus se batizou, foi imerso, para que assumisse o
compromisso de morrer em nosso lugar. Mas, havia pessoas que vinham para o
batismo sem conhecer ou estar convencido de que ele não era um mero gesto e por
isso João Batista os repreendia severamente:
7 Então, ele [João Batista] disse às
multidões que vieram para serem batizadas por ele: “Vocês, descendência de
víboras! Quem secretamente os alertou para fugirem da ira vindoura? 8 Carreguem
frutos que são merecedores e consistentes com [seu] arrependimento [isto é,
conduta digna de um coração transformado, um coração que abomina o pecado]. E
não comecem a dizer para si mesmos: Nós temos por pai Abraão; pois eu lhes digo
que Deus é capaz de levantar descendentes de Abraão dessas pedras.” (Lucas
3:7-8 – Bíblia Amplificada).
O que Deus procura é adoradores que o adorem em espírito
e em verdade (João 4:24). Não leve a Deus menos que um coração em contrição,
isto é, o “ sentimento pungente de arrependimento por pecados cometidos e pela
ofensa a Deus,” mais pelo amor e gratidão a Deus, do que pelo receio dos
prejuízos que possa obter.
A bênção é sua
Veja as vantagens de um coração contrito, arrependido de
verdade porque ofendeu a Deus:
Deus não deixará de atentar para ele: “sacrifícios
agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito,
não o desprezarás, ó Deus.” (Salmo 21:17).
Quem está arrependido mora com Deus e tem seu coração revigorado
por Ele: “porque
assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de
Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido
de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos
contritos.” (Isaías 57:15).
Não esqueça: “o que encobre as suas transgressões jamais
prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Provérbios
28:13).
Você pode meditar um pouco e se perguntar:
1. O
que eu digo que estou fazendo para Deus?
2. Quando
eu o faço, estou pensando em Deus?
3. Deus
realmente garante na sua palavra que se agrada nisso ou faço porque me
acostumei a fazer?
4. O
que Deus realmente quer que eu faça para Ele, o que a Palavra diz sobre isso?
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