Olá queridos e queridas. O que me traz novamente à
escrita é algo que muito tem incomodado e maltratado, não só a mim, mas à
igreja de Cristo durante séculos. A
palavra santo, no original, significa: separado para uso exclusivo de Deus. Assim,
precisamos o que é santo e o que parece santo são duas coisas diferentes e
discernir isso é fundamental no nosso relacionamento com Deus e com o próximo. Esse
é um desafio diário. Na pressa de produzir um comportamento aceito como
“visualmente santo”, nossas tradições abatem, menosprezam ou sufocam
construções interiores reais, que o Senhor demorou anos para realizar, a partir
da convicção, ou seja, de dentro para fora.
Jesus sempre
trabalha e trabalhou do mais interno para o mais externo. Pois foi Ele mesmo
quem disse: "porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios,
prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias." (Mateus
15 : 19). Repreendia os fariseus porque limpavam apenas "[...] o
exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de
iniqüidade." (Mateus 23 : 25). O Espírito trabalha na
base da convicção, ou seja, na consciência de pecado, justiça e juízo (João
16:8).
Uma árvore fará
seus frutos brotarem de acordo com sua natureza. O fruto de um coração cheio de
amor é o cumprimento dos princípios de Deus, pois essa natureza condiz com o
propósito desses princípios. Como Paulo diz:
13 Porque
vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar
ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. 14 Porque
toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti
mesmo. (Gálatas 5:13-14)
O equilíbrio da
liberdade está em servir aos irmãos em amor. Quem ama não prejudica o outro enquanto
aprofunda a sua comunhão com Cristo. Entretanto, nenhum de nós pode usar como
justificativa para pecar a atitude ou ação de alguém. O que nos faz
responsáveis por nós mesmos e nosso crescimento em amor, ou santidade. Então,
santidade é buscar a prática do amor de Deus e separar-se para Ele. E Deus nos
chama a sermos santos (1 Pedro 1:16).
A verdadeira santidade
Assim, quando
você encontrar a verdadeira santidade, ela não vai estar em uma lista de regras
sobre o que fazer, mas no caráter de Deus expresso em você. Deus é Santo e é
Amor. Ele amou a cada um de nós de forma tão poderosa, que deu seu Filho para
nos livrar do pecado porque p pecado é o seu oposto e nos faz mal. A lei, as
regras impostas (nem mesmo as de Deus) não puderam nos livrar do pecado. A
revelação do Amor de Deus em Cristo, essa sim, pôde fazer isso.
Somente tendo a
experiência da bondade e do amor de Deus, desenvolveremos a NECESSIDADE DE
ESTARMOS NA SUA PRESENÇA, e essa presença só acontece em santidade. Em
separação, dando a prioridade dos princípios do Pai, dentre os quais, o principal e o único que nos permite
chegar livremente a Ele é o Amor, que traz a graça e o perdão. Observe o que
Pedro diz:
1 Despojando-vos, portanto, de toda
maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, 2 desejai ardentemente, como crianças
recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado
crescimento para salvação, 3 se é que já
tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. (1 Pedro 2:1-3)
Em outras
palavras, Pedro diz aos seus leitores que se afastem de tudo o que é mal e desejem
encher-se do que é de Deus porque ELES PROVARAM QUE Deus É BOM.
A perfeição possível
A Lei exige
perfeição. E nós somos, por natureza adâmica, imperfeitos. Assim, o princípio
do Amor, em Jesus, nos concede a graça do perdão, do novo nascimento e da
renovação, para que possamos estar na presença do Pai separados do pecado
pelo perdão, ou seja, em santidade.
Santidade não é
ornamentação, mas transparência de algo que está no dentro do coração, que ama
o Pai. O coração daquele que está convicto de que Deus é a necessidade
suprema da sua vida. Como disse o apóstolo João:
5 E esta é a mensagem que dele
ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. 6 Se
dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não
praticamos a verdade. 7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz
está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho,
nos purifica de todo o pecado. (1 João 1: 5-7)
Exercício de vida
Proponho o
seguinte exercício em três fases para renovar sua mente quanto à sua
aproximação de Deus:
1. Quais são as 3 coisas mais importantes que
você faz e que estão relacionadas a Deus?
2. Por que você as faz?
3. Você acha que isso lhe faz exercitar-se no
ou se encher do Amor de Deus ou lhe faz ficar irritado ou assustado?
Busque a
sinceridade para consigo mesmo. Não aceite respostas automáticas. Examine seu
coração. Muitas vezes, você vai perceber que não tem a resposta para a
segunda pergunta. Então, você está tendo uma prática tradicionalista. Não
repita palavras ou gestos ou atitudes, apenas porque alguém as faz ou diz para
fazê-las. “A vitória que vence o mundo é a nossa fé” (1 João 5:14). E a fé “vem pelo ouvir
a Palavra de Deus” (Romanos 10:17), logo, é preciso consciência e
convicção no processo.
A terceira
pergunta precisa ser feita a partir de uma comparação com as características do
amor descrito em 1 Coríntios 13, o Amor do tipo de Deus. Verifique se essas
práticas desenvolvem em você as características do Amor de Deus. Por exemplo: Quando
eu faço isso, que eu acho que é para Deus, eu fico mais paciente? Pois o amor é
paciente... Você pode comparar com todas as outras características abaixo:
4 O amor é paciente, é benigno; o
amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura
os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas
regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre,
tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; (1 Coríntios 13:
4-8).
Havendo
problemas com a segunda e a terceira respostas, é preciso ajustar a atitude e a
prática até que você possa se ver crescendo em Amor, ou seja, em santidade.
Ninguém pode
avaliar isso melhor do que você. A não ser, é claro, o próprio Deus. Mas o que
eu sei, é que se você cresce nisso, a Paz de Deus cresce em você também, na
mesma proporção; portas se abrem; muros são derrubados e um fluxo de amor
começa a circundar à sua volta e você experimenta doses inimagináveis da
Presença do Pai.
6
Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da
impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e
despedaces todo jugo? 7 Porventura, não
é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres
desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? 8
Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua
justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda; 9 então, clamarás, e o SENHOR te responderá;
gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo,
o dedo que ameaça, o falar injurioso; 10
se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua
luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. 11 O SENHOR te guiará continuamente, fartará a
tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um
jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam. (Isaías 58:6-11)
Experimente
isso...
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