segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Tomando distância do mal




Olá queridos e queridas. O que me traz novamente à escrita é algo que muito tem incomodado e maltratado, não só a mim, mas à igreja de Cristo durante séculos. A palavra santo, no original, significa: separado para uso exclusivo de Deus. Assim, precisamos o que é santo e o que parece santo são duas coisas diferentes e discernir isso é fundamental no nosso relacionamento com Deus e com o próximo. Esse é um desafio diário. Na pressa de produzir um comportamento aceito como “visualmente santo”, nossas tradições abatem, menosprezam ou sufocam construções interiores reais, que o Senhor demorou anos para realizar, a partir da convicção, ou seja, de dentro para fora.

Jesus sempre trabalha e trabalhou do mais interno para o mais externo. Pois foi Ele mesmo quem disse: "porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias."  (Mateus 15 : 19). Repreendia os fariseus porque limpavam apenas "[...] o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade."  (Mateus 23 : 25). O Espírito trabalha na base da convicção, ou seja, na consciência de pecado, justiça e juízo (João 16:8).

Uma árvore fará seus frutos brotarem de acordo com sua natureza. O fruto de um coração cheio de amor é o cumprimento dos princípios de Deus, pois essa natureza condiz com o propósito desses princípios. Como Paulo diz:

13  Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. 14  Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Gálatas 5:13-14)

O equilíbrio da liberdade está em servir aos irmãos em amor. Quem ama não prejudica o outro enquanto aprofunda a sua comunhão com Cristo. Entretanto, nenhum de nós pode usar como justificativa para pecar a atitude ou ação de alguém. O que nos faz responsáveis por nós mesmos e nosso crescimento em amor, ou santidade. Então, santidade é buscar a prática do amor de Deus e separar-se para Ele. E Deus nos chama a sermos santos (1 Pedro 1:16).

A verdadeira santidade

Assim, quando você encontrar a verdadeira santidade, ela não vai estar em uma lista de regras sobre o que fazer, mas no caráter de Deus expresso em você. Deus é Santo e é Amor. Ele amou a cada um de nós de forma tão poderosa, que deu seu Filho para nos livrar do pecado porque p pecado é o seu oposto e nos faz mal. A lei, as regras impostas (nem mesmo as de Deus) não puderam nos livrar do pecado. A revelação do Amor de Deus em Cristo, essa sim, pôde fazer isso.

Somente tendo a experiência da bondade e do amor de Deus, desenvolveremos a NECESSIDADE DE ESTARMOS NA SUA PRESENÇA, e essa presença só acontece em santidade. Em separação, dando a prioridade dos princípios do Pai, dentre os quais, o principal e o único que nos permite chegar livremente a Ele é o Amor, que traz a graça e o perdão. Observe o que Pedro diz:

1 Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, 2  desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, 3  se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. (1 Pedro 2:1-3)

Em outras palavras, Pedro diz aos seus leitores que se afastem de tudo o que é mal e desejem encher-se do que é de Deus porque ELES PROVARAM QUE Deus É BOM.

A perfeição possível

A Lei exige perfeição. E nós somos, por natureza adâmica, imperfeitos. Assim, o princípio do Amor, em Jesus, nos concede a graça do perdão, do novo nascimento e da renovação, para que possamos estar na presença do Pai separados do pecado pelo perdão, ou seja, em santidade.

Santidade não é ornamentação, mas transparência de algo que está no dentro do coração, que ama o Pai. O coração daquele que está convicto de que Deus é a necessidade suprema da sua vida. Como disse o apóstolo João:

 5  E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. 6  Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. 7  Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. (1 João 1: 5-7)

Exercício de vida

Proponho o seguinte exercício em três fases para renovar sua mente quanto à sua aproximação de Deus:

1.    Quais são as 3 coisas mais importantes que você faz e que estão relacionadas a Deus?
2.    Por que você as faz?
3.    Você acha que isso lhe faz exercitar-se no ou se encher do Amor de Deus ou lhe faz ficar irritado ou assustado?

Busque a sinceridade para consigo mesmo. Não aceite respostas automáticas. Examine seu coração. Muitas vezes, você vai perceber que não tem a resposta para a segunda pergunta. Então, você está tendo uma prática tradicionalista. Não repita palavras ou gestos ou atitudes, apenas porque alguém as faz ou diz para fazê-las. “A vitória que vence o mundo é a nossa fé” (1 João 5:14). E a fé “vem pelo ouvir a Palavra de Deus” (Romanos 10:17), logo, é preciso consciência e convicção no processo.

A terceira pergunta precisa ser feita a partir de uma comparação com as características do amor descrito em 1 Coríntios 13, o Amor do tipo de Deus. Verifique se essas práticas desenvolvem em você as características do Amor de Deus. Por exemplo: Quando eu faço isso, que eu acho que é para Deus, eu fico mais paciente? Pois o amor é paciente... Você pode comparar com todas as outras características abaixo:

4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5  não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6  não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7  tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; (1 Coríntios 13: 4-8).

Havendo problemas com a segunda e a terceira respostas, é preciso ajustar a atitude e a prática até que você possa se ver crescendo em Amor, ou seja, em santidade.

Ninguém pode avaliar isso melhor do que você. A não ser, é claro, o próprio Deus. Mas o que eu sei, é que se você cresce nisso, a Paz de Deus cresce em você também, na mesma proporção; portas se abrem; muros são derrubados e um fluxo de amor começa a circundar à sua volta e você experimenta doses inimagináveis da Presença do Pai.

6  Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? 7  Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? 8 Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda; 9  então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; 10  se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. 11  O SENHOR te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam. (Isaías 58:6-11)

Experimente isso..
  


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