sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Aprendendo a criar oásis no deserto




Vivemos acumulando coisas na nossa sociedade "acumulista" por natureza, mas é essencial escolher bem do que vamos encher a nossa vida porque vai ser necessário viver dentro dela. A ilustração a seguir é muito abençoada e ajuda a refletir sobre isso:

Era uma vez uma cidade habitada por Buracos. Nenhuma pessoa. Só Buracos. Os Buracos mais ricos possuíam casas ricas. Havia muita competição entre eles, até que um certo dia um Buraco-Pensador lhes ensinou: O IMPORTANTE É O INTERIOR E NÃO O EXTERIOR!! E os Buracos começaram a se encher de tesouros, a tal ponto que não cabia mais nada. 
Então, começaram a se alargar, mas se todos fizessem o mesmo, a cidade iria entrar em guerra civil, pois nenhum buraco queria ser engolido por outro. 
Foi quando, ocorreu a um deles uma solução de como aumentar a capacidade dos Buracos, se tornando mais profundos. No entanto, os Buracos teriam primeiro que se livrar de suas quinquilharias. Um deles decidiu tentar. A princípio teve medo, mas decidiu abrir mão.
Uma surpresa: depois da chuva, aquele Buraco foi capaz de armazenar muita água, ao passo que os demais, por serem muito rasos, não conseguiam.
Então, o Buraco com água começou a ser chamado de Poço. Ele era o único Poço numa terra de Buracos secos. Logo, muitos também queriam ter água. Quando outros Buracos também conseguiram se aprofundar e armazenar água, o local foi apelidado de OÁSIS.
Os Buracos que não queriam se livrar de seus bens partiram para a zombaria contra os Poços, dizendo que eles tinham água na cabeça, mas, em toda a cidade, somente lá no OÁSIS havia árvores, bichos e passarinhos.

Quando nos esvaziamos de nós mesmos, podemos nos encher de algo que nada nessa terra pode pagar: o amor de Deus. Esse elemento precioso dá vida a tudo o que toca. Mas ele também exige uma condição para ser carregado, que é a renúncia ao desamor. A Palavra define o amor dessa forma: " o amor resiste muito tempo e é paciente e terno; o amor nunca é invejoso; não se vangloria, nem se mostra superior," (1 Coríntios 13:4 – Bíblia Amplificada).

O amor é paciente, então, para se encher dele, é preciso abandonar a pressa de que o outro diga, faça ou pense no nosso tempo;
O amor é terno, deseja sempre o bem, então, é preciso abandonar toda a forma de desejo mau em relação aos outros (mesmo que os outros sejam maus);
O amor é generoso, por isso, se alegra com as conquistas alheias e abandona a cobiça do que é dos outros ou a sensação de ser menor ou pior porque não possui o que eles têm;
O amor não fala de si mesmo como melhor do que os outros, nem vive em competição para se sobrepor ou diminuir o outro e mostrar-se maior ou mais poderoso. O amor  abandona o desejo de dominar e serve.

E continua o desafio do amor:




O amor prioriza os outros.
 [o amor] não é convencido (arrogante e inflado com orgulho); não é rude (Mal educado) e não é inconveniente. O amor de Deus em nós não insiste nos seus próprios direitos ou na sua própria forma de fazer, pois não está buscando seus próprios interesses; não é suscetível emocionalmente a qualquer palavra como ofensiva ou irritável ou ressentido; não leva em conta o mal feito a ele, não presta atenção ao que lhe foi feito de errado. (1 Coríntios 13:5 – Bíblia Amplificada)

Quem ama não incomoda os outros com seu conforto, seus prazeres ou ideias, ou tudo o que se compreenda como rude. Essa pessoa é capaz de abandonar tudo isso para fazer o bem. Também não pensa apenas em si, abandona esse foco e vê as necessidades e fragilidades dos outros e é complacente, ou seja, abre mão das coisas pelos outros. Pode abandonar a irritação porque entende como igual a fraqueza dos outros. Abandona a desconfiança porque ele não vive focado em tramar nada contra ninguém e é isso que ele espera dos demais e, assim, não acumula o mal feito que leva à desconfiança.

O amor prioriza o que é justo e verdadeiro

 [O amor] não se regozija com a injustiça, mas se regozija quando o direito e a verdade prevalecem; (1 Coríntios 13:6 – Bíblia Amplificada) 

Quem ama abandona a injustiça, porque seu compromisso está no melhor para todos, que é a justa verdade;

 [O amor] suporta toda e qualquer coisa que vier, está sempre pronto a crer no melhor de cada pessoa, sua esperança não esmaece sob qualquer circunstância e ele suporta tudo sem fraquejar. (1 Coríntios 13:7 – Bíblia amplificada) 

O amor abandona a expectativa de todas as más experiências passadas e está disposto a ver aquilo que Deus pode fazer através e na vida das pessoas. O compromisso com sua própria natureza é que dá a resistência diante das situações. Se o amor desistisse, não seria amor e Deus é amor. Se desistirmos do amor, desistimos de Deus. Por isso, aquilo que decidimos jogar fora para encher de Amor é o que decidimos ter de Deus. Por isso, o que jogarmos fora nessa condição por mais que valha no mercado não é mais do que mera quinquilharia.

O amor é resultado do conhecimento de Deus

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” (1 João 4:8)  Ou como diz a Bíblia Amplificada: “aquele que não ama não tem relacionamento íntimo com Deus, não o conhece e nunca o conheceu, pois Deus é Amor. ” (1 João 4:8 – Bíblia Amplificada) 

Chamada geral para os buracos de plantão: apresentem-se para o aprofundamento o mais rápido possível porque o mundo precisa muito da Água do Amor. Vamos criar vários oásis e isso atrairá os que deles necessitam nessa terra tórrida e castigada por tanta secura.






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