Vivemos
acumulando coisas na nossa sociedade "acumulista" por natureza, mas é
essencial escolher bem do que vamos encher a nossa vida porque vai ser
necessário viver dentro dela. A ilustração a seguir é muito abençoada e ajuda a
refletir sobre isso:
Era
uma vez uma cidade habitada por Buracos. Nenhuma pessoa. Só Buracos. Os Buracos
mais ricos possuíam casas ricas. Havia muita competição entre eles, até que um
certo dia um Buraco-Pensador lhes ensinou: O IMPORTANTE É O INTERIOR E NÃO O
EXTERIOR!! E os Buracos começaram a se encher de tesouros, a tal ponto que não
cabia mais nada.
Então,
começaram a se alargar, mas se todos fizessem o mesmo, a cidade iria entrar em
guerra civil, pois nenhum buraco queria ser engolido por outro.
Foi
quando, ocorreu a um deles uma solução de como aumentar a capacidade dos
Buracos, se tornando mais profundos. No entanto, os Buracos teriam primeiro que
se livrar de suas quinquilharias. Um deles decidiu tentar. A princípio teve
medo, mas decidiu abrir mão.
Uma
surpresa: depois da chuva, aquele Buraco foi capaz de armazenar muita água, ao
passo que os demais, por serem muito rasos, não conseguiam.
Então,
o Buraco com água começou a ser chamado de Poço. Ele era o único Poço numa
terra de Buracos secos. Logo, muitos também queriam ter água. Quando outros Buracos
também conseguiram se aprofundar e armazenar água, o local foi apelidado de OÁSIS.
Os
Buracos que não queriam se livrar de seus bens partiram para a zombaria contra
os Poços, dizendo que eles tinham água na cabeça, mas, em toda a cidade,
somente lá no OÁSIS havia árvores, bichos e passarinhos.
Quando nos
esvaziamos de nós mesmos, podemos nos encher de algo que nada nessa terra pode
pagar: o amor de Deus. Esse
elemento precioso dá vida a tudo o que toca. Mas ele também exige uma condição
para ser carregado, que é a renúncia ao desamor. A Palavra define o amor dessa
forma: " o
amor resiste muito tempo e é paciente e terno; o amor nunca é invejoso; não se
vangloria, nem se mostra superior," (1 Coríntios 13:4 – Bíblia Amplificada).
O amor é
paciente, então, para se encher dele, é preciso abandonar a pressa de que o
outro diga, faça ou pense no nosso tempo;
O amor é terno,
deseja sempre o bem, então, é preciso abandonar toda a forma de desejo mau em
relação aos outros (mesmo que os outros sejam maus);
O amor é
generoso, por isso, se alegra com as conquistas alheias e abandona a cobiça do
que é dos outros ou a sensação de ser menor ou pior porque não possui o que
eles têm;
O amor não fala
de si mesmo como melhor do que os outros, nem vive em competição para se
sobrepor ou diminuir o outro e mostrar-se maior ou mais poderoso. O amor
abandona o desejo de dominar e serve.
E continua o desafio do amor:
O amor prioriza
os outros.
[o amor] não é convencido (arrogante e inflado
com orgulho); não é rude (Mal educado) e não é inconveniente. O amor de Deus em
nós não insiste nos seus próprios direitos ou na sua própria forma de fazer,
pois não está buscando seus próprios interesses; não é suscetível emocionalmente
a qualquer palavra como ofensiva ou irritável ou ressentido; não leva em conta
o mal feito a ele, não presta atenção ao que lhe foi feito de errado. (1
Coríntios 13:5 – Bíblia Amplificada)
Quem ama não
incomoda os outros com seu conforto, seus prazeres ou ideias, ou tudo o que se
compreenda como rude. Essa pessoa é capaz de abandonar tudo isso para fazer o
bem. Também não pensa apenas em si, abandona esse foco e vê as necessidades e
fragilidades dos outros e é complacente, ou seja, abre mão das coisas pelos
outros. Pode abandonar a irritação porque entende como igual a fraqueza dos
outros. Abandona a desconfiança porque ele não vive focado em tramar nada
contra ninguém e é isso que ele espera dos demais e, assim, não acumula o mal
feito que leva à desconfiança.
O amor prioriza o que é justo e
verdadeiro
[O amor] não se regozija com a injustiça, mas
se regozija quando o direito e a verdade prevalecem; (1 Coríntios 13:6 – Bíblia
Amplificada)
Quem ama
abandona a injustiça, porque seu compromisso está no melhor para todos, que é a
justa verdade;
[O amor] suporta toda e qualquer coisa que
vier, está sempre pronto a crer no melhor de cada pessoa, sua esperança não
esmaece sob qualquer circunstância e ele suporta tudo sem fraquejar. (1
Coríntios 13:7 – Bíblia amplificada)
O amor abandona
a expectativa de todas as más experiências passadas e está disposto a ver
aquilo que Deus pode fazer através e na vida das pessoas. O compromisso com sua
própria natureza é que dá a resistência diante das situações. Se o amor
desistisse, não seria amor e Deus é amor. Se desistirmos do amor, desistimos de
Deus. Por isso, aquilo que decidimos jogar fora para encher de Amor é
o que decidimos ter de Deus. Por isso, o que jogarmos fora nessa condição por
mais que valha no mercado não é mais do que mera quinquilharia.
O amor é resultado do conhecimento de Deus
“Aquele que não ama não conhece
a Deus; porque Deus é amor.” (1 João 4:8) Ou como diz a Bíblia Amplificada: “aquele que não
ama não tem relacionamento íntimo com Deus, não o conhece e nunca o conheceu,
pois Deus é Amor. ” (1 João 4:8 – Bíblia Amplificada)
Chamada geral
para os buracos de plantão: apresentem-se para o aprofundamento o mais rápido
possível porque o mundo precisa muito da Água do Amor. Vamos criar vários oásis
e isso atrairá os que deles necessitam nessa terra tórrida e castigada por
tanta secura.
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