sábado, 4 de maio de 2013

Plantar boas palavras no mais importante solo!




Dou a dica de planejar melhor o que dizer. especialmente para os filhos, as crianças ou aos subordinados.

Algumas frases aparentemente inocentes podem gerar danos terríveis deixando marcas de ressentimentos, baixar a auto-estima ou outros sentimentos indesejáveis nas crianças, mesmo ditas com as melhores intenções. 

A Palavra diz: "A sua boca era mais macia que a manteiga, porém no coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas." (Salmo 55:21) e  "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Provérbios  15:1)

Aqui estão 10 frases que precisam ser evitadas e suas propostas alternativas:




1 Eu sei que você pode se esforçar muito mais.


Tratando-se de uma criança que realmente se esforçou e com a qual você trabalhou junto, não é realmente um estímulo. Você não disse que a criança é preguiçosa, mas isso pode ter efeito contrário à motivação porque funciona como uma negação do esforço feito. Será mais efetivo se você tomar a afirmação do esforço, como “Olha só, melhorou quando você estudou um pouco mais...” Haverá uma recompensa para o fato de ter estudado mais e não outra cobrança. Não use a cobrança como estímulo. Ela cria uma mania de perseguição e não um contentamento com os resultados, o que faz crer que todo caminho novo é penoso e perigoso e, portanto, deve ser evitado. Reflita o amor de Deus para ele(a) e ele aprenderá a ir buscar na fonte através do canal que você se tornar. (1 Coríntios 13). Isso vale para a as duas seguintes também.

2 Você tem certeza de que precisa daquele segundo bolinho?

Claro que toda mãe deve preservar a saúde dos filhos. Mas, dentro de um contexto que identifique como negativa a imagem de um filho, criticar a forma como se alimenta não será saudável para ele. As críticas tendem a diminuir mais a auto-estima, aumentar a ansiedade e, portanto, a necessidade de prazer para compensar o processo, daí o apetite aumentar. A adolescência e seus hormônios já levam a um aumento do apetite em si. Além de dificuldades com a auto-imagem.

É mais interessante estocar alimentos saudáveis em casa e o bolo será apenas um incidente e não uma constante, pelo menos em casa, o que contribuirá para a manutenção do peso e da dieta saudável. Atividades saudáveis e exercício como atividades da família introduzirão uma boa cultura. Até passeios juntos após o jantar pela vizinhança funcionarão para aproximar a todos e gastar calorias.

Outros comentários críticos, como dizer que ele(a) é comilão(lona) ou positivos e estimuladores de ingestão de alimentos para os que já têm dificuldades com a comida excessiva “Você está de parabéns! Comeu tudo!” não são interessantes. No caso dos de apetite exagerado, estimular não é necessário e é até danoso chamar a atenção para isso. Evite os rótulos nas crianças e elogie apenas as comidas saudáveis. Deus é amor e o amor sempre espera o melhor, não suspeita mal, tudo suporta, tudo crê. 

3 “Você sempre…” ou “Você nunca...”



Crianças estão em construção. Não as estacione, mesmo que um comportamento se repita diversas vezes. Sua opinião é tão importante que ele(a) poderá acreditar e fixar o comportamento indesejado como parte do seu modo de ser. Crianças se tornam o que elas acham que são. Não diga a elas que são coisas que elas podem e devem deixar de ser.

Pelo contrário, se coloque como apoio às dificuldades passageiras: “Eu notei que você tem dificuldade de lembrar de seus livros. O que podemos fazer para você lembrar? ” Você notou a dificuldade e está ao lado, não como um opositor crítico ou acusador, mas como um educador-ajudador. Com certeza, você preferiria que tivesse sido assim com você. Você poderá ajudar muito mais a seus filhos apoiando-os. E, além disso, esteja pronto a notar os avanços: “Está dando certo a estratégia para não esquecer dos livros, não é? Parabéns!” Se você nota a mudança, passa para ele(a) que confia na sua capacidade de resolver o problema e é seu aliado. 

4 Por que você não é como sua irmã (ou irmão) Fulano?

Uau! Essa é assassina. Causa sentimento de rejeição no “acusado” em relação ao pai que fala com ele e inveja do irmão ou irmã “mais perfeito”, ou melhor, “mais amado”... Isso é como colocar gasolina na fogueira da desunião e da competição. E, além disso, desencoraja e não motiva. Ele aprende a ser aquele que é desqualificado da família e não vai absorver o modelo de correto que você está lhe lançando em rosto como oposto dele mesmo. Dizer que ele(a) consegue do jeito dele motiva muito mais do que esse tipo de colocação comparativa inferiorizante.

Grandes desgraças na humanidade foram causadas pela inveja entre irmãos: o primeiro assassinato de Caim (Gênesis 4) e o sofrimento de José no Egito (Gênesis 37ss) são exemplos. Não traga isso para sua casa. Se observar, a razão da raiva dos irmãos de José era exatamente a preferência demonstrada por ele pelo pai, Jacó na comparação com os demais. Filhos devem ser amados igualmente. Uns vão se identificar mais com seus gostos e ideais, mas não podem ser comparados pois são todos especiais em suas diferenças completares da obra que Deus tem através deles.

5 Eu lhe disse que ia dar errado!

Tudo bem, do alto dos seus anos de experiência você avisou. E de lá de cima você viu o adolescente ou a criança ou até o adulto fazer como queria e se dar mal. Mas, repetir isso para ele(a) quando ele(a) precisa de ajuda para consertar o que quebrou não vai adiantar ou servir como princípio de aproximação entre você e ele(a) para fazê-lo ouvir o que disser na próxima vez. Só vai aumentar a frustração, o sentimento de ser/estar inapropriado, o isolamento e a gerar a identidade de ser aquele que está sempre errado, enquanto você afirma que está sempre certo(a) e se distancia como se estivesse torcendo que desse errado só para provar seu ponto de vista. Vai colocar uma barreira entre vocês dois e não uma ponte de segurança e de ajuda, que será mais forte e importante do que estar certo diante do filho(a).

A boa postura seria dizer: "Bem, e como você está? O que quer fazer?" Se o filho(a) disser: “Não sei o que acha?” Você terá ganhado muito mais do que se tivesse dado certo. Porque ganhou a confiança dele(a) e passou ser um conselheiro. O papel de pai ou mãe é natural pelo nascimento, mas o respeito para ser ouvido como amigo e conselheiro é conquistado pela postura correta no relacionamento.

Após o conselho recebido e executado pode-se perguntar sobre a eficiência dele como forma de mostrar o resultado. “Quarto limpo! Parabéns! Agora está mais fácil de achar as coisas?” Veja que a pergunta vai ficar mais forte à medida que alguma coisa ou oportunidade importante foi perdida pela falta de organização. Jesus é o nosso Advogado (1 João 2:1) o diabo é o nosso acusador (Apocalipse 12:10-11). Os pais precisam refletir Jesus.

6 Você é o máximo no futebol!

Se você diz isso sempre, pensa que está motivando com o elogio. Mas, se a identidade de um filho(a) passa a estar relacionada ao sucesso em qualquer área, ele vai se tornar um(a) escravo(a) daquilo para manter o seu amor em forma de elogio. O mais saudável a dizer é: “Parabéns! Você foi muito bem. Tenho do orgulho do seu esforço. Mas você sabe que te amo não importa o resultado, não é?”

Ao contrário do que acham alguns, a derrota pode não ser causada por falta de esforço de um lado, mas por extrema habilidade do oponente. E, ainda que for por falta de esforço, a perda e derrota devem sempre ter seu lugar na escola da vida. Sem elas, nem saberíamos como é bom vencer. Se nossa chance de ser amado está relacionada somente a coisas em que somos os melhores e maiores, vamos ficar impedidos de tentar coisas nas quais ainda não somos bons, porque muitas coisas só aprendemos fazendo e errando enquanto aprendemos. Nem sempre somos tão inteligentes, velozes, habilidosos, etc. Mas aprender é prazeroso, ainda que imperfeito. Com medo de errar é muito difícil aprender. É preciso que os processos tragam prazer. Isso é bom. Se trazem prazer e vitória, bom também. Glória a Deus! E vamos em frente para novas etapas e áreas. Assim, refletimos o amor de Deus e eles aprenderão a serem amados incondicionalmente: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9). 


7 Não se preocupe, o primeiro dia na escola vai ser bom.

Você pensa que ajuda anulando a expectativa de possíveis frustrações, mas está dando uma expectativa que pode não ser a que você formou. Entrar em um novo grupo não é fácil. Sair de casa sem o apoio da mãe ao lado não é fácil. Há crianças que não têm tantas dificuldades, as mais introspectivas têm. Se o filho está preocupado com o novo desafio (que pode ir da escola ao novo emprego ou casamento) é melhor perguntar o que ele tem e conversar a respeito do que o preocupa. Dizer que tudo vai ficar bem como uma declaração “mística” é o mesmo que dizer: “Não chore!” ou “Não fique com raiva!” Nós não temos nenhum botão para desligar sentimentos e os pais não têm varinha mágica para deixar tudo Ok, mas uma conversa franca pode passar mais força do que imagina. Sua palavra para ser confiável, precisa ser verdadeira: "[...] antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes em juízo." (Tiago 5:12b)

8 “Porque eu mandei!”

Isso pode funcionar por um tempo, enquanto a criança é pequena e você não quer perder tempo com explicações que, às vezes, você não sabe como fazê-la entender. Mas, isso é a morte para adolescentes. Eles estão se tornando adultos e adultos resolvem as coisas por padrões lógicos e morais. Eles precisam compreender. Você vai precisar despender de algum tempo para explicar e tentar convencer de que a decisão é correta e justa, mas valerá à pena. Não perca a oportunidade. Se eles compreenderem poderão se tornar autônomos, porque você não vai querer um homem ou uma mulher de 35 anos lhe perguntando o que fazer o tempo todo.

Tente uma explicação básica: “Eu sei que você ia gostar de andar de bicicleta, mas a Tia Clara ama tanto vocês e nós precisamos dar valor às pessoas que nós amamos e que nos amam. E, precisamos deixar o que é bom pelas coisas ótimas.” Aqui tem um argumento e um valor que supera a corrida de bicicleta, ainda que eles prossigam resmungando, ficam em outra postura que não a de oprimidos e incapazes de autonomia.

Formar uma alma requer convencimento, senão você pode temer ter maus resultados... O Espírito Santo convence: " Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.   Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:" (João 16:8). O mesmo vale para a seguinte:

9 “Eu não quero que você ande com José; eu não gosto daquele menino.”

Principalmente para os adolescentes, os garotos menos atraentes para os pais serão os mais interessantes. Eles estão na fase do confronto, de tornarem-se diferentes, querem uma identidade e uma identificação própria. É preciso pensar sobre o que não gosta no garoto(a) que apontou ou quer apontar. Ele apresenta algum perigo para o seu filho? Se não apresenta perigo, apenas ore. Se apresenta perigo, você pode perguntar: Porque você gosta de andar com José? O que vocês fazem juntos? Assim, se mantém a  comunicação aberta e pode se discutir valores, certo e errado e assim por diante.

10 Não é assim que se faz isso! Me dê aqui que eu faço.


Você pediu ao seu filho para fazer algo, mas você não gostou do trabalho. Não parece tão bom. Mas, se você voltar lá e fizer o trabalho de novo por ele, ele nunca vai aprender a fazer e pior, pode aprender que não adianta fazer porque você o desaprova sempre. Também não adianta fazer um escândalo por causa disso. Você pode se colocar como quem ensina: “Deixe eu mostrar um pequeno truque que minha mãe me ensinou sobre como dobrar toalhas...” Faça uma vez e depois diga: Agora tente... Ele(a) acertou? Diga: “Legal, não é. Parabéns!” Ele (a) não acertou? “Diga: Vamos tentar de novo,...” E mostre de novo, sem criticá-lo(a) quando ele não acertar, somente repetindo e fazendo-o(a) repetir... Deus ensina, não faz por nós: " Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho. " (Salmo 32:8). Ele ensina até a ensinar: "Então, disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para os ensinares." (Êxodo 24:12). 

Se seus pais disseram e agiram de forma negativa em quaisquer desses pontos com você, perdoe-os, porque senão você repetirá com seus filhos e os ferirá como foi ferido(a).




Fonte consultada:

SCHIPANI, Denise. 10 Things You Should Never Say to Your Kids:
find out which commonly used phrases often end up doing more harm than good, Woman’s Day: live well every day, Bone IA, EUA, v. [], n. [], 2011.  Disponível em: < http://www.womansday.com/sex-relationships/family/10-things-you-should-never-say-to-your-kids-124227>; Acesso em: 21 dez. 2011.

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