quinta-feira, 23 de maio de 2013

A ressurreição de Cristo: o fato da Vida em você




O cristianismo tem uma proposta intrigante: fundamentar-se num fato ocorrido há dois mil anos: a ressurreição de Cristo: “e, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” (1 Coríntios 15:14). É possível ter alguma comprovação da ressurreição de Cristo? Somente se você estiver disposto a ver. Pois se o fato da ressurreição é sustentado por evidências, então, é fato. A ressurreição é o fato de Jesus ter voltado à vida no mesmo corpo. Ele foi suscitado novamente num corpo humano retomado do pecado para que o nosso corpo também seja liberto de tudo o que reflexo e domínio do pecado e da maldição (João 20:26-27; Lucas 24:39-43).

Segundo McDowell (1994, p. 42), um documento histórico deve cumprir três condições para ser considerado autêntico: “(1) tem condições tais que não levanta suspeitas quanto à sua autenticidade; (2) estava em um lugar onde, se autêntico, provavelmente estaria, e (3) existe há 20 anos ou mais na época em que é encontrado.”

Os livros do Novo testamento foram escritos até 64 d. C. Isso significa que o tempo entre as narrativas e a vida de Jesus não foi suficiente para afetar a exatidão delas. Além disso, a fidelidade do texto atual comparados aos manuscritos originais é notável. Pode-se comprovar a autenticidade de 24.633 manuscritos do Novo Testamento (NT).

 A bíblia é o livro antigo de maior comprovação de autenticidade que existe. O segundo é a Ilíada de Homero com 643 cópias. E ninguém sonha em questionar a autenticidade da Ilíada. Esses manuscritos do NT eram aceitos pela igreja primitiva como narrativa fiel do que aconteceu na época de Cristo. A geografia descrita em Atos e Lucas foi comprovada como perfeita e originada do século 1º. a. D., pelo geógrafo William Ramsay (McDOWELL, 1994), que rendeu-se ao Senhor após 30 anos de estudo da geografia bíblica. Enfim, o Novo Testamento é um documento histórico comprovadamente autêntico, com mais comprovações do que muitos clássicos livremente aceitos pela ciência, integrando correção e coerência psicológica, geográfica e arqueológica.

Mas, há alguns fatos mais surpreendentes em relação às evidências históricas da morte e ressurreição de Cristo e que indicam o maravilhoso impacto que isso pode causar na sua história com a Vida de Deus, dos quais, vamos apresentar alguns brevemente aqui. 



Jesus realmente morreu


Todas as precauções tomadas para assegurar que Jesus estava realmente morto e sepultado apoiam o fato de que Ele ressuscitou:

1.    Os seis julgamentos;
2.    A pena de crucificação;
3.    O sepultamento no estilo judaico;
4.    A pedra na abertura do túmulo;
5.    A guarda romana no sepulcro; e
6.    A aplicação do selo de Roma sobre a entrada do túmulo.

1.    Os seis julgamentos  - Jesus foi julgado por Anás, sumo sacerdote; Caifás, sumo sacerdote; pelo grupo de líderes do sinédrio (cúpula do poder religioso judaico); por Pilatos, Governador da Judéia; por Herodes, Rei da Judéia; e novamente por Pilatos.  A condenação foi mais do que testemunhada, publicada e registrada.

2.    A crucificação – Era um tipo de morte utilizada somente para aqueles que se insurgiam contra Roma. O condenado levava uma trava de 45 quilos de madeira até o lugar da crucificação. Raramente os condenados eram presos com pregos, mas Jesus o foi. A morte na cruz era tão terrível que mesmo retiradas da cruz antes de morrer, o que era raríssimo, duas em três pessoas não resistiam. E, para garantir a morte, ainda atravessaram o coração de Jesus, com uma lança de 13 cm de largura e dois metros de comprimento.

3.    O estilo de sepultamento judaico – Incluía a lavagem do corpo, vestindo-o de uma mortalha, e seguia-se à atadura com faixas das pernas juntas, embebendo-se mirra e ervas aromáticas, que, ao secar, endureciam e aderiam ao corpo. Processo igual era realizado com os braços e depois a mortalha formava uma capa colada junto, que impossibilitava a sua retirada sem que fosse destruída, ou até mesmo se fosse assim.

4.    A pedra no túmulo – O túmulo escavado na pedra possuía uma entrada que media de 1,2 a 1,5 m de diâmetro, na frente da qual até a parte de cima havia uma cava. Uma pedra, que pesava em média uma e meia a duas toneladas era escorada acima, de forma que rolasse e tapasse a entrada da sepultura. Então, para abrir o túmulo seriam necessários pelo menos 15 a 20 homens que levantassem 100 quilos cada e pudessem empurrar o peso para cima pela escavação. Não seria uma operação fácil ou rápida, certamente chamaria à atenção.

5.    A guarda romana no sepulcro – Os judeus, com medo do roubo do corpo de Jesus, solicitaram uma guarda a Pilatos (Mateus 27:63). Pilatos cedeu uma escolta romana. Era uma guarda especial, composta de um grupo 16 homens preparados para defender uma área contra um batalhão inteiro. Fortemente armados, serviam sob pena de serem queimados vivos em suas próprias roupas se fossem pegos cochilando em serviço. Trabalhavam em turnos de quatro homens de frente ao que deviam guardar, cercados pelo do restante da guarda que dormia armada e pronta para o ataque.

6.    O selo do Governador de Roma sobre a pedra – O selo garantia que o túmulo não teria sido violado. A quebra do selo implicava em investigação do império e a crucificação de cabeça para baixo dos culpados.

Mas o túmulo amanheceu vazio...

Os problemas começaram, e eram graves, pois o túmulo estava vazio naquele Domingo. A evidência de que o túmulo estava realmente vazio se mostra pelo fato de os discípulos começarem a pregar a ressurreição a 15 minutos de distância do cemitério, onde eles poderiam ter sido facilmente desmascarados. O túmulo vazio foi registrado pelo historiador Josefo. Admitindo um fato que não era a seu favor, afinal ele era da liderança judaica, ele o sustentou como historicamente genuíno. O túmulo estava vazio! Aleluia!

Então, surgiu a versão de que os cristãos haviam roubado o corpo. Os religiosos judeus patrocinaram a divulgação dessa versão por todo o Mediterrâneo. Se o túmulo não estivesse vazio, não seria necessário. O túmulo sempre estará vazio porque esteve morto, mas vive para sempre. O poder da ressurreição é irresistível:

17 Quando o vi, [eu, João, o apóstolo amado] caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último 18  e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. (Apocalipse 1:17-18)


Muitas testemunhas da ressurreição


A evidência diretamente relacionada com a ressurreição e do seu relato se sustenta pelo testemunho de muitas pessoas. Historicamente, se várias pessoas testemunham um fato, elas corroboram ou não a sua versão de divulgação e isso dá validade à exatidão do relato. Paulo relata que Jesus apareceu a mais de 500 pessoas de uma vez (1 Coríntios 15). Ele dizia que aquelas pessoas estavam vivas e podiam ser indagadas, em aproximadamente em 35 a. D. 

3  Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4  e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5  E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6  Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7  Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8  e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. (1 Coríntios 15: 3-8).

Jesus também apareceu em locais diferentes, a pessoas diferentes, com mensagens diferentes, obtendo reações diferentes. Numa sala fechada (João 20:19); numa estrada (Lucas 24:13-15); na beira da praia (João 21:7-12) e outros encontros. Inclusive apareceu a inimigos, como Paulo de Tarso (Atos 9:1-5). Não é uma estória estereotipada e perceptivelmente criada. Além disso, o fato de o testemunho das mulheres ter sido contado e registrado pelos apóstolos revela sua autenticidade. As mulheres não tinham testemunho válido em tribunal. Então, se eles quisessem manipular relatos, não usariam esse testemunho. Mas, eles contaram como viram.

Lançada a pedra

Outra evidência da ação sobrenatural foi a posição da pedra que fechava o túmulo. Era uma pedra que impressionou Marcos e Mateus quanto ao tamanho (Mateus 27:60; Marcos 16:1-4). Ela estava acima da inclinação de onde tinha sido rolada. O relato de João na Bíblia Amplificada fica bem claro o movimento da pedra: “ora, no primeiro dia da semana, Maria Madalena, veio à tumba cedo, enquanto estava ainda escuro e viu que a pedra havia sido removida, levantada e retirada, do sulco na entrada da tumba.” (João 20:1). Como os 15 a 20 discípulos necessários para movê-la passariam por 12 guardas armados dormindo e mais quatro armados e acordados (lembre-se da pena para dormir...), depois rolariam uma pedra de 1,5 a 2 toneladas, para cima e não para baixo; e sairiam dali com o corpo, deixando os lençóis enrijecidos pelo bálsamo e mirra intactos? 

A ressurreição e a mortalha

Outra evidência de ação sobrenatural foi a mortalha de Jesus no túmulo. Isso seria impossível fazer humanamente. Após três dias, a mirra colaria na pele e na mortalha, entrando e fazendo parte do tecido da sua pele, ela endureceria. Seria impossível sair e deixar a mortalha e os lençóis. João viu os lençóis inteiros (João 20:5). Ninguém poderia sair de lá e deixá-los assim, a não ser por milagre.

Jesus ressuscitado

Jesus ressuscitado possui as mãos e o lado rasgados no mesmo corpo que deu pelos nossos pecados:

26  Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! 27  E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. (João 20:26-27)

Jesus ressuscitado comeu com os apóstolos e possuía as marcas da sua missão cumprida.
39  Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. 40  Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. 41  E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer? 42  Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado [e um favo de mel]. 43  E ele comeu na presença deles. (Lucas 24:39-43)

O Jesus que ressuscitou tem pés, mãos que testemunham à destra de Deus que um sacrifício foi dado por nós na cruz. Ele é a prova de que nós temos direito à Vida de Deus, comprada pelo sangue, a vida de seu Filho. Vida de Filho que nos faz filhos. Amor que se entrega para dar vida. E por isso Jesus recebe e receberá louvores por toda a eternidade:

8  e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, 9  e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação 10  e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. (Apocalipse 5:8-10).

A morte, a ressurreição e você

Assumindo que a história considera verídicas as provas e relatos documentais obtidos sobre os relatos da morte e ressurreição de Jesus, com mais de 23.000 documentos históricos comprobatórios (imagino se uma causa em um tribunal cairia com tantas provas assim); uma tumba comprovadamente vazia; lençóis petrificados deixados para trás sem conter um corpo; após uma pedra de 2 toneladas ser retirada de dentro de uma vala e lançada acima de onde estava encaixada na frente de uma companhia romana especializada em guarda e sob o selo do Governador, com o prometido soldo de morte no caso de falha; mais de 500 testemunhas oculares, inclusive algumas conhecidas mundialmente na época, como Paulo, que era perseguidor dos cristãos em várias cidades, você só não considera isso evidência de que houve ressurreição se não quiser.

Mas, quero lhe dizer que Ele ressuscitou e não só ressuscitou, como também “[...] é o mesmo ontem, hoje e será eternamente” (Hebreus 13:8). Ele não morreu para provar que tinha poder de ressuscitar, Ele se permitiu conhecer a morte para que você conhecesse a Vida de Deus. Ele se afastou do Pai para que você pudesse se aproximar dEle. Ele entregou a vida dEle para que você ressuscitasse!
É o que Pedro explica no derramamento do Espírito Santo:

22  Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; 23  sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; 24  ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela. [...]. 32  A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. 33  Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. (Atos 2:22-33)

A nós cabe apenas fazer o que a multidão que escutou esse testemunho da ressurreição de Pedro disse e ouvir a resposta:

37 Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? 38  Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. 39  Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. (Atos 2:37-39)

Jesus ressuscitou para que você tenha direito a tudo o que prometem as escrituras, uma nova vida nEle. Renda-se e peça-a. Ele a dará.

Você pode orar assim:

Jesus, perdoa-me por não compreender o poder e o sentido da sua ressurreição. Mas, enterra agora na tua morte a minha dor, o meu sofrimento e o meu pecado, e me dá a tua ressurreição em todas as áreas da minha vida, seja o meu Senhor, salva-me, Senhor Jesus!




REFERÊNCIAS

McDOWELL, Josh. As evidências da ressurreição de Cristo. São Paulo: Candeia, 1994.










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