Tenho encontrado
muitas pessoas que desprezam o Velho Testamento como algo inútil em suas vidas
cristãs. Não é isso que Jesus disse. Ele disse:
17
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar,
vim para cumprir. 18 Porque em verdade
vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da
Lei, até que tudo se cumpra. 19 Aquele,
pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar
aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os
observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. (Mateus
5:17-19)
E Paulo acrescenta na sua carta aos Romanos: “Pois tudo
quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que,
pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Romanos 15:4).
Então, tudo o que Jesus fez foi cumprir a Lei e os
Profetas. Há traços de Jesus no Velho Testamento que podemos e devemos resgatar
para entender realmente a sua vontade a partir do simbolismo. Veja como o autor
de Hebreus fala do sacerdócio dos levitas no santuário:
4
Ora, se ele [Jesus] estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto
existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei [apenas os da tribo de Levi,
Jesus era da Tribo de Judá], 5 os quais
ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés
divinamente instruído [na lei], quando estava para construir o tabernáculo;
pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi
mostrado no monte. (Hebreus 8:3-5).
Das práticas rituais, Tiago acordou com o ministério de
Paulo aos gentios que deveriam permanecer os seguintes tipos de abstinência em
qualquer congregação cristã não judaica:
13 Quando eles acabaram de falar,
Tiago replicou: Irmãos, escutem-me: 14 Simão [Pedro] apresentou como Deus
visitou primeiramente os gentios, para tirar de entre eles um povo [para
carregar e honrar] seu nome. 15 e como as predições dos profetas concordavam,
como está escrito: “Depois disso, eu voltarei e reconstruirei a casa de Davi,
que tem invocado meu nome, 18 diz o Senhor, que fez essas coisas conhecidas
desde o começo do mundo.” 19 Portanto, é minha opinião que nós não ponhamos
obstáculos no caminho deles, não irritemos, nem perturbemos aqueles que dentre
os gentios se voltem para Deus, 20 mas nós deveríamos enviar um escrito a eles
para absterem-se de e evitarem qualquer coisa que tenha sido poluída por ter
sido oferecida a ídolos e toda impureza sexual e comer carne de animais que
foram estrangulados e [da degustação] de sangue” (Atos 15:13-20 – Bíblia Amplificada).
Assim, não podemos conservar apenas uma parte da
escritura em nosso coração e nossa vida, mas devemos aprender o conjunto
simbólico sobre o qual o Velho Testamento aponta para Jesus e nos enriquecer
com a Fidelidade de Deus no cumprimento das suas promessas e do sentido que o
velho testamento em linguagem não diretamente lógica e discursiva, mas
simbólica e figurada nos traz para a nossa vida hoje. E saber diferenciar o
tipo de práticas concretas que permanecem rejeitadas inclusive no Novo Testamento,
como as que Tiago citou. O Senhor no Velho Testamento descreveu o espaço da
nossa relação diária com Deus e esse lugar de renovação diária e semanal é o
nosso tema de hoje.
O Tabernáculo
No Velho Testamento, Deus estabeleceu que andaria com o
povo de Deus no Tabernáculo como coluna de fogo durante a noite e como nuvem
durante o dia (Êxodo 13:21-22). O tabernáculo era uma área cercada com uma tenda
no centro e uma parte externa ao ar livre onde se ofereciam as ofertas de
animais.
A área externa era chamada de átrio. Nessa área era
permitido o acesso dos israelitas ofertantes. Os sacerdotes recebiam as ofertas
pelos pecados e as ofereciam sobre o altar de bronze. A tenda dentro da cerca
era dividida em dois espaços: o Santo Lugar e o Santo dos Santos ou Santíssimo
Lugar.
No Santo Lugar os sacerdotes entravam todos os dias, no
Santíssimo, apenas o Sumo Sacerdote entrava uma vez por ano e ficava na
presença de Deus para interceder pelo povo para o perdão dos pecados. Cada
ambiente desses fala do nosso relacionamento com Deus e nossa aproximação com
Ele. Hoje, não vou tocar na figura que traz o átrio ou do Santíssimo Lugar, mas
o que o Senhor me trouxe foi a revelação do Santo Lugar para a nossa vida
diária com Deus.
O Santo Lugar
No Santo Lugar, temos três objetos: a mesa dos pães da
proposição, o altar do incenso e o candelabro. Cada um deles traz a sua
mensagem com relação à nossa vida com Deus hoje.
A Mesa
Era feita de acácia e revestida com ouro. A madeira
representa a natureza humana, o ouro representa a glória de Deus. Sobre ela,
colocavam-se lado a lado seis pães sem fermento iguais, representando todas as
tribos de Israel. Era uma mesa pequena, de 90 x 45 a 75 cm de altura, com uma
moldura de ouro à sua volta da largura de uma mão. A função da mesa era propor
os pães, receber a oferta de pães (Levítico
24:5-6)
Tudo isso tem
sentido simbólico fortíssimo. A mesa representa a comunhão. Símbolo bem
conhecido por nós cristãos, mas mais conhecido ainda pelos povos do oriente,
que não sentam à mesa com desafetos. A glória de Deus revestia a natureza
humana e a reforçava para que o pão pudesse ser compartilhado. Os pães lado a
lado indicavam justiça e igualdade sem importar o tamanho, a origem, as
habilidades ou qualquer diferença entre as tribos. Todas tinham igual acesso à
mesa do Senhor e na mesa do Senhor o mesmo tratamento sem o fermento da
falsidade. As outras ofertas não continuavam sem a oferta dos pães.
A nossa mesa da proposição hoje
A comunhão é o primeiro passo na aproximação de Deus: “23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta,
ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mateus
5:23). Sem perdão, não há pão, não há proposta de aproximação. “20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu
irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode
amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora,
temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a
seu irmão.” (1 João 4:20-21). Se tem dificuldades nessa área, veja nesse
blog o texto “Como perdoar os outros”. Coloque a frase no espaço de pesquisa do
blog.
A nossa comunhão não pode ser apenas superficial,
mascarada, precisa ser aceitação e amor sinceros.
6 Não é boa a vossa
jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7 ¶ Lançai fora o velho fermento, para que
sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso
Cordeiro pascal, foi imolado. 8 Por
isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade
e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade. (1 Coríntios
5:6-8)
Sabe aquele irmão
que você cumprimenta e sorri, até beija, e depois diz: “Esse aí? Só a graça...”
ou “Sabia do esse aí aprontou?” ou “Sinceramente, não sei como é que se vem
para a igreja com uma roupa dessas...” e outros tipos de comentários que nada
elogiam ou levantam o irmão. Isso é fermento. Fermento que estraga o seu pão e
lhe impede de gozar comunhão com Deus porque Ele está na vida do seu irmão e se
você está contra o irmão está contra ele também.
A mesa do Senhor é mesa de igualdade e unidade
É na mesa dos pães iguais que as vaidades precisam cair.
Nenhum pão é maior do que outro. Nenhuma igreja, nenhum cristão, nenhuma
tarefa, tudo é pão, tudo é oferta a Deus. Uma igreja maior não tem o Deus
maior, um cargo maior não torna ninguém mais cristão a não ser que uma bíblia
grande lhe torne melhor leitor (excetuando os que têm problemas de visão).
Esses parâmetros de vaidade pessoal precisam cair na mesa do Senhor. Os pães
são todos iguais e colocados lado a lado, não acima uns dos outros.
Esses pães eram oferecidos com incenso por cima (Levítico
24:7). O que simboliza a oração (Apocalipse 5:8). Nós somos chamados a
interceder e nos esforçar pela unidade do corpo de Cristo para podermos ser
reconhecidos como cristãos, assim como Jesus orou:
“22 Eu [Jesus]
lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o
somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim
de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me
enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” (João 17:22-23)
Alerta de Paulo: “1 Rogo-vos,
pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que
fostes chamados, 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor, 3 esforçando-vos diligentemente por
preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; (Efésios 4:1-3).
A oferta semanal dos pães
Semanalmente, aos Sábados, os pães era m postos diante do
Senhor. Os pães antigos eram distribuídos aos sacerdotes que ofereciam os pães
novos e o tomar e comer deste pão de comunhão os santificava (Levítico 24:8-9).
É o símbolo da comunhão na congregação e os pães deveriam ser comidos no Santo
Lugar. Essa comunhão semanal na reunião dos escolhidos no Senhor nos purifica,
santifica e fortalece. Não há comparação com aquilo que ocorre quando nos
reunimos na casa do Senhor. Mas só os sacerdotes que haviam confessado os seus
pecados e entregue as ofertas de expiação poderiam participar da oferta dos
pães.
O pão santificava os ofertantes: "Santos
serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as
ofertas queimadas do SENHOR, e o pão do seu Deus; portanto serão santos."
(Levítico 21:6) e o pão que
desceu do céu nos separa para Deus:
51 Eu sou o pão vivo que desceu do
céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a
minha carne, que eu darei pela vida do mundo. 52 Disputavam, pois, os judeus
entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer? 53 Jesus, pois,
lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do
Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. 54 Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei
no último dia. 55 Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue
verdadeiramente é bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em mim e eu nele. 57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo
pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. 58 Este é o
pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e
morreram; quem comer este pão viverá para sempre. (Jo 6:51-58)
A convivência na igreja nos aproxima de Deus e da sua
vontade, ela é essencial, sem ela não há pão na nossa oferta, está incorreta e
não será aceita.
O altar do incenso
O altar do incenso devia ser alimentado com incenso enquanto
o candelabro era preenchido com azeite puríssimo. O altar, qualquer que fosse,
era conhecido como uma marca da presença da manifestação de Deus no andar do
povo no Velho Testamento antes do templo. A lei, antes da construção do
Tabernáculo, ordenava a ereção de um altar de terra ou de pedras no lugar onde Deus
se manifestasse.
O altar de ouro ou altar do incenso, dentro do Santo
Lugar, era pequeno também, tinha 45 x 45 cm de largura e comprimento e 90 cm de
altura. Também era de madeira e coberto de ouro. Na mesma simbologia do
adorador que se submete a ser revestido da glória de Deus. O incenso era
especial e separado só para esse fim. O incenso era oferecido de manhã e à
tarde enquanto se enchiam as lâmpadas do candeeiro de azeite puríssimo.
O incenso simboliza oração oferecida (Apocalipse 8:3-4).
Observe que não era oferido com qualquer incenso. Não era de qualquer modo ou
ao bel-prazer do ofertante. Assim como a oração precisa ser conforme a vontade
expressa na Palavra de Deus para ser legítima diante dele:
14 E esta é a confiança que temos
para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos
ouve. 15 E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos
certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. (1 João 5:14-15).
pedis e não recebeis, porque pedis
mal, para esbanjardes em vossos prazeres. (Tiago 4:3)
A oração contínua é parte fundamental do nosso relacionamento com Deus.
No Novo
Testamento:
Orando por nós: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o
espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41)
Pelos inimigos: “bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos
caluniam.” (Lucas 6:28)
Pelos ministros e ministérios: “1 Finalmente, irmãos, orai por nós,
para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está
acontecendo entre vós; 2 e para que
sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos.” (2 Tessalonicences
3:1)
Pelas autoridades e todos os que estão à nossa volta: “1 Antes de
tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens, 2
em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade,
para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. 3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso
Salvador, 4 o qual deseja que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 TimÓTEO 3:
1-4).
Candeeiro, castiçal
Consistia em uma base com uma coluna central a que se
prendiam seis braços de ouro maciço, batidos com o martelo, em cujas extremidades
se colocavam as lâmpadas de azeite. Somente azeite puríssimo era usado nas
lâmpadas que ficavam acesas desde à tarde até à manhã seguinte (Êxodo 27:20,
21; 30:7, 8; 1 Samuel 3:3).
O uso do candelabro era o seguinte:
20
Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira,
batido, para o candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente. 21 Na tenda da congregação fora do véu, que está
diante do Testemunho, Arão e seus filhos a conservarão em ordem, desde a tarde
até pela manhã, perante o SENHOR; estatuto perpétuo será este a favor dos
filhos de Israel pelas suas gerações. (Exodo 27:20-21)
O candelabro e o altar do incenso funcionavam em paralelo
No altar se queimava incenso durante o dia e enquanto o incenso
queimava, outro sacerdote preparava as lâmpadas do candelabro, que era aceso ao
cair da tarde. A oração prepara a Luz de Deus na nossa vida. Observe que no
candelabro já não há madeira, é puro ouro. É pura glória. O homem está
envolvido no esforço de comunhão e justiça, na oração, mas a glória e a Luz vêm
de Deus. É a presença do Senhor em nós que traz a glória para a nossa vida.
Enquanto o incenso da oração é movido, o azeite enche a lâmpada do Espírito que
atravessa a escuridão das trevas desse mundo. Veja a descrição do ritual diário
no Santo Lugar:
6 Porás o altar defronte do véu que está diante
da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho,
onde me avistarei contigo. 7 Arão
queimará sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as
lâmpadas, o queimará. 8 Quando, ao
crepúsculo da tarde, acender as lâmpadas, o queimará; será incenso contínuo
perante o SENHOR, pelas vossas gerações. 9
Não oferecereis sobre ele [o altar] incenso estranho, nem holocausto,
nem ofertas de manjares; nem tampouco derramareis libações sobre ele. (Êxodo
30:6-9)
O último versículo explica que Deus não está interessado
em sacrifícios de sangue ou invenções humanas, Ele só aceita puro incenso como
oferta, ou seja, na sua presença, somente a proclamação da concordância com a vontade
de Deus.
Onde está o candelabro hoje?
Nas mãos direita de Jesus. Observe o relato do apóstolo
João no livro de Apocalipse: “20 Quanto
ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete
candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete
candeeiros são as sete igrejas.” (Apocalipse 1:16-20). Mas a maravilha é que cada
igreja é um candelabro.
Nós reunidos somos a luz que brilha nas trevas. Veja o
que Jesus disse a esse respeito:
14
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre
um monte; 15 nem se acende uma candeia
para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa. 16 Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (Mateus 5:14-16)
É uma grande responsabilidade a de ser candelabro.
É a ordem que Jesus deu aos seus discípulos:
18
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra. 19 Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; 20
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que
estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mateus 28:18-20)
O mesmo nome que é sobre todo o nome no céu e na terra (Filipenses
2:9-10; Efésios 1: 20-21) é aquele que estará conosco até à consumação dos
séculos nos impulsionando a iluminar esse mundo de trevas com a Luz do
evangelho e os unindo como Igreja através do Batismo nas águas EM SEU NOME.
Enfim, Cristo
propôs a mesa da comunhão mesa da presença. Os 12 pães assados mostravam que
Deus era um com o Seu povo, e que os sacerdotes se uniam para comer os pães, e
se tornarem um. Jesus se referiu a Ele
mesmo como o Pão da Vida e disse que se nós comermos este pão, nós sempre
viveremos. O pão que come se torna parte de você. Assim, na mesa de Cristo nos
tornamos um, sem maiores e menores, melhores ou piores, a mesa de Cristo nos
torna um e saciados. Participar da mesa do Senhor deve nos bastar “E Jesus lhes
disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em
mim nunca terá sede." (João 6:50)
Entretanto, lembre-se de que todos os três elementos do
Santo Lugar são interdependentes: O pão precisa do incenso, o incenso está
conectado ao encher do candelabro e sem luz num lugar totalmente fechado como o
Santo Lugar ninguém poderia fazer nada a não ser tropeçarem uns nos outros.
A palavra continuamente está ligada ao incenso e ao
candelabro. Continuamente fala de estilo de vida, vida diária, relacionamento
contínuo. A oração (altar do incenso) e o encher-se da presença de Deus que
ilumina (candelabro), que dá vida e afasta as trevas precisa ser contínua. Mas,
ao mesmo tempo em que é contínua e diária, não é rotineira, é renovada a cada
dia como as misericórdias de Deus. O incenso e o azeite são novos e puríssimos e
a Luz é renovada a cada dia para iluminar o Lugar Santo. A nossa alma precisa
dessa renovação diária de dedicação, zelo e cuidado com o nosso relacionamento
com Deus.
Nós devemos
trazer o pão e estarmos dignos dele; assim como devemos trazer o incenso sobre
o altar e estarmos dignos dele; e devemos alimentar as lâmpadas e acendê-las à
noite, no meio das trevas do pecado, do mundo e destruir o reinado do diabo.
Enfim, você pode perceber que o Santo Lugar refere-se ao nível da alma (mente,
vontade e emoções), ao nosso estilo de vida e à prosperidade da alma nos
padrões de Deus. O Santo dos Santos, em outra oportunidade veremos, está
relacionado ao fluir no Espírito e ser guiado por Ele.
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