domingo, 6 de maio de 2012

O fundamental é o recurso ou a estratégia?


Situações difíceis exigem estratégias que possam gerenciar os recursos que temos a nosso favor. Às vezes, o problema não deixa de ser resolvido por falta de recurso, mas por falta  de estratégia. Observe a estória a seguir e reflita comigo:

Um senhor vivia sozinho em sua casa. Ele queria virar a terra de seu jardim para plantar flores, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que o ajudava nesta tarefa, estava na prisão. O homem então escreveu a seguinte carta ao filho:
- Querido Filho, estou triste, pois não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo, porque sua mãe sempre adorou flores e esta é a época certa para o plantio.
Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar, pois estás na prisão.
Com amor, Seu Pai.
 Pouco depois, o pai recebeu o seguinte telegrama:
 - PELO AMOR DE DEUS, Pai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos.
Como as correspondências eram monitoradas na prisão, às quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar qualquer corpo. Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera.
Esta foi a resposta:
- Pode plantar seu jardim agora, amado Pai. Isso foi o máximo que eu pude fazer no momento.

Quando Salomão orou a Deus sobre o início e o percurso do seu reinado pediu sabedoria, isto é, estratégia. E tornou-se o homem mais rico do seu tempo. Quantos você conhece que sem estratégia perderam suas fortunas (principalmente as herdadas)? 


Quando Deus chamou Moisés para tirar o povo da terra do Egito, disse-lhe como fazê-lo, isto é, deu-lhe estratégia. E nós sabemos que o trabalho foi feito de forma sobrenatural quando Moisés seguiu as instruções de Deus. Se você observar o episódio da Travessia do Mar Morto à luz da arqueologia, verá que a estratégia que Deus deu já tinha todo um caminho preparado antecipadamente para que a missão fosse realizada. (Veja na postagem Moisés e a Travessia do Mar Vermelho: mito ou verdade?).



Quatro fundamentos da estratégia vitoriosa

Quando Deus colocou Josué para substituir Moisés e conquistar a terra da promessa, disse-lhe como adquirir seu sucesso:
“Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.” (Josué 1:8)

Primeiro fundamento: a Palavra de Deus compreendida e praticada é a Fonte de toda estratégia vitoriosa

O Senhor deu a instrução a Josué de que a fonte da estratégia para todo o sucesso é a Palavra de Deus. A missão dele era árdua, liderar um povo que ele já tinha visto se sublevar pelos menores problemas (Números 16:1-35); que se acovardava diante dos inimigos (Números 13:17-33); que desobedecia assim que deixava de estar sob supervisão direta (Êxodo 32:1-7). Além disso, a terra da promessa estava cheia de gigantes e homens de guerra (Números 13) e seu povo era totalmente despreparado para a batalha campal, depois de serem pedreiros, agricultores e pecuaristas por 400 anos. Ele estava diante de um grande desafio, mas ele sabia que Deus lhe daria a estratégia a cada dia e cada batalha. Por isso, as promessas de Deus devem ser a base de nossos alvos e estratégias, assim como foram de Josué. 

Segundo fundamento: planejar e organizar sob orientação de e confiança em Deus

Como segunda base de estratégia, Josué fazia com excelência o que todo conquistador terreno fazia, por exemplo, mandar espiões para fazer um reconhecimento do território de batalha:"E Josué, filho de Num, enviou secretamente, de Sitim, dois homens a espiar, dizendo: Ide reconhecer a terra e a Jericó. Foram, pois, e entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e dormiram ali." (Josué 2:1).


Entretanto, como um conquistador da fé, Josué dependia de Deus para que sua estratégia funcionasse. E funcionava, mesmo diante de imprevistos, Deus fazia o coração dos inimigos os temerem (Josué 2:2-16). Isso significa que Josué planejava as conquistas e se organizava para alcançá-las, mas não esquecia de que tudo dependia da ajuda de Deus, desde o planejamento. 

Um dos nomes com que Deus se apresenta é Jeová Adonai, que significa O Pai Todo Poderoso  que orienta seus filhos. Essa é a natureza de Deus e não muda. Ele prometeu:
8  Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. 9  Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti. 10  O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no SENHOR a misericórdia o cercará. (Salmo 32: 8-10)
Terceiro fundamento: ousar POR EM PRÁTICA as estratégias dadas por Deus

Josué ousava crer em Deus para implementar, por em prática, as estratégias dadas por Ele. Imagine que arrodear uma cidade durante seis dias em silêncio e depois tocar buzinas de carneiro e gritar para uma muralha das mais altas não é uma coisa muito padrão nas estratégias militares de 1.200 anos antes de Cristo (nem hoje). Mas deu certo:
15 No sétimo dia eles levantaram cedo, ao romper do dia e marcharam em volta da cidade como de costume, apenas naquele dia circundaram a cidade sete vezes. 16 E na sétima vez, quando os sacerdotes tinham soprado os trompetes, Josué disse ao povo: Gritai! Pois o Senhor lhes tem dado a cidade. [...] 20 Então, o povo gritou e os trompetes foram soprados. Quando o povo escutou o som do trompete, eles levantaram um grande grito e o muro [de Jericó] caiu em seu lugar, para que os [israelitas] subissem à cidade e todo o homem direito em frente a ele e eles tomaram a cidade. (Josué 6:15-16,20)
Alguns estudiosos dizem que os princípios são os da bomba sônica,... Mas como Josué saberiam que o nível de reverberação das buzinas de carneiro e gritos iriam ser suficientes para desagregar os sólidos das paredes de uma largura tal que por elas podiam passar quatro carros emparelhados? Deus sabia, ordenou a Josué, Josué creu, agiu em fé sobre a Palavra e deu certo. As muralhas foram abaixo e o inimigo foi derrotado.


O quarto fundamento: APROVEITAR A OPORTUNIDADE!

Após a muralha cair havia o quarto elemento da vitória na estratégia: é preciso APROVEITAR A OPORTUNIDADE QUANDO A ESTRATÉGIA A TRAZ.  Toda a estratégia fabrica uma oportunidade. A estratégia de estudar e se preparar traz a possibilidade de trabalhar em uma empresa X, mas a OPORTUNIDADE real é crescer profissionalmente e ser promovido, realizar-se como profissional e quem sabe até ir para uma outra empresa (ou outras), onde você possa fazer cada vez melhor e viver cada vez melhor, mais confortável, realizado como pessoa, profissional e produtivamente.

O povo não tinha só que derrubar o muro. O muro era importante porque impedia a conquista. A verdadeira conquista era o que estava atrás do muro. Observe, que na ilustração, tudo aconteceu para que o senhor de idade tivesse a oportunidade de plantar o jardim. Se ele tivesse ganhado os meios e não utilizasse, não teria sentido a estratégia. 

Muitos utilizaram uma estratégia e ela foi eficiente, mas não aproveitaram a oportunidade. A escola é a estratégia, aprender é a oportunidade; trabalho é a estratégia, ser um profissional  que resolve bem problemas é a oportunidade; família é uma estratégia, ser feliz e fazer feliz são oportunidades e poderíamos estender mais e mais esses exemplos. As conquistas estão no uso das oportunidades e não apenas na implementação das estratégias. As estratégias são instrumentos, as oportunidades são os alvos. O momento da oportunidade é o momento onde as coisas estão nas nossas mãos para fazermos, portanto, "tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. " (Eclesiastes 9:10).


Assumindo as oportunidades de Deus

As estratégias de Deus nos levam para além da possibilidade humana, abrindo oportunidades únicas. A impossibilidade é o departamento de Deus. Hoje, se fala da incerteza dos mercados, dos riscos de países, do risco quebra do "dominó" bancário e das bolsas do sistema financeiro internacional. São tantos dados que nós precisaríamos de mais dois cérebros para prever os passos a dar. 


Mas o Pai é Onisciente e só Ele merece esse título. Se estivermos firmados na Palavra de Deus e nossos alvos forem retos diante do Senhor; se pararmos para pedir estratégias a Ele e tivermos fé suficiente para pô-las em prática ; só vamos precisar aproveitar a oportunidade dada pelas estratégias que Deus propôs. Somente nos restará fazer o que Deus disse a Josué: "Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares." (Josué 1: 9).


Você pode orar assim:


Querido Deus, perdoa-me porque eu não tenho ouvido a tua Palavra o suficiente para receber as tuas estratégias na minha vida. Perdoa-me por todas as vezes que ouvi e não pratiquei e pelas que eu tendo a oportunidade a perdi. Perdoa-me e dá-me da tua ousadia para que eu conquiste a minha vitória pela fé.




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