Quando alguém diz “Vou como Deus quer...” como você
imagina a pessoa? Bom, pelo que tenho visto, é um desastre. Deve restar pouca
coisa em pé na vida dela. Isso é uma ofensa à natureza de Deus que deixamos
sair dos nossos lábios e ainda dá ao ofensor um ar de fiel e resignado.
Observe a atitude de Jesus diante da situação de um grupo
de fiéis e suas necessidades no relato de João:
1
Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de
Tiberíades. 2 Seguia-o numerosa
multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos.
3 Então, subiu Jesus ao monte e
assentou-se ali com os seus discípulos. 4
Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima.
5
Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter
com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? 6 Mas dizia isto para o experimentar; porque
ele bem sabia o que estava para fazer. 7
Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para
receber cada um o seu pedaço. 8 Um de
seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: 9 Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada
e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente? 10 Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois
havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de
quase cinco mil.
11
Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre
eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. 12 E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos
seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
13 Assim, pois, o fizeram e encheram
doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam
comido. 14 Vendo, pois, os homens o
sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia
vir ao mundo. (João 6: 1-14)
Na realidade, o apóstolo João não inclui a primeira
solução oferecida pelos discípulos para o problema da fome, mas Mateus a
registrou bem: “Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é
deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo
pelas aldeias, comprem para si o que comer.” (Mateus 14:15). Então, podemos ver que enquanto os discípulos
queriam se livrar do problema e levantar recursos financeiros para resolvê-lo,
não funcionou, mas quando alguém entrou em sintonia com Jesus trazendo o que
tinha nas mãos, o milagre aconteceu.
Jesus não se livrou das necessidades dos outros como
muitos fazem, mas compadeceu-se delas, viu a necessidade da multidão e proveu o
suprimento sobrenaturalmente, multiplicando o que existia (cinco pães e dois
peixes) e utilizando o que existia (o trabalho dos apóstolos na distribuição).
Essa conjugação foi tão produtiva que abundou além das necessidades, pois foram recolhidos doze cestos
cheios de pães que sobraram. Assim, vale à pena, hoje, meditar sobre andar “como Deus quer”
e seus princípios de resolução das situações de escassez ou dificuldade,
sabendo que, para Jesus operar, basta o que temos, nada é pouco nas mãos dEle.
Os discípulos e a multidão
A primeira solução diante de um impasse é geralmente a do
descompromisso: “Ah, deixa pra lá, não posso fazer nada!... Que vão pelo
caminho, pelo menos não os vejo desmaiando aqui.” Cruel, não é, mas é assim que
agimos muitas vezes. Recebemos uma notícia de uma guerra terrível... “Ah, não
posso fazer nada! Quem sou eu para impedir a guerra?” Recebemos a notícia de
uma catástrofe e muitas pessoas feridas e sofrendo... E damos a mesma resposta. Mas,
lembre-se “muito pode por sua eficácia a súplica do justo.” (Tiago 5:16b).
Quando Elias orou, a sua oração atingiu a vida de toda a nação. Uma dívida do
crente a qualquer situação é sua oração e atenção. Virar as costas impede o que
Deus pode fazer a partir do seu pouco.
O que move o milagre
A primeira coisa que moveu o milagre foi a compaixão de
Jesus. Os discípulos seguiam Jesus mas não haviam aprendido sobre a principal
lição, o amor. Jesus deixou tudo o que era, tinha e muito do que podia para vir
aqui nos ajudar, mas os discípulos não queriam se empenhar pelas pessoas por causa
das quais Jesus desceu dos céus. Quantas vezes estamos levando nossa vida como
religiosos que só querem seguir em frente e cumprir suas obrigações na igreja,
enquanto milhares sofrem e não nos importamos? É triste, mas sem compaixão, não
há milagre.
Observe novamente na ressurreição de Lázaro. Jesus viu a
tristeza de todos e chorou convulsivamente, gemeu e houve a ressurreição (João
11). Jesus viu a sede da mulher samaritana perto do poço naquela vida de ciclos
de derrota e a socorreu com a Palavra e o milagre da salvação (João 4). Jesus se
compadeceu de Jairo e de sua filha, então a ressuscitou (Marcos 5) e tantos outros
momentos. Os milagres vêm do Amor de Deus e fluem no rio da compaixão, que é a
expressão mais bela do Amor. Sem compaixão não somos nada mais do que
religiosos.
Se você não pára nem para orar pelo problema de outra
pessoa, imagine se Deus poderá lhe usar para participar da solução do problema.
Você já decidiu que não tem nada a ver com aquilo e o milagre é impedido,
porque milagres são enviados por Deus para serem distribuídos pelas nossas mãos,
assim como os pães multiplicados foram entregues pelas mãos dos apóstolos. Se
dependesse da compaixão dos apóstolos, haveria uma multidão desmaiada pelo
deserto e não um grupo fascinado pelo Messias, querendo torná-lo rei de Israel
(João 6:15).
Filipe, o fiel administrador
Há muitos filhos de Deus que só operam até o limite do
natural. Estão até dispostos a servir, desde que seja lógico e quantificável.
Depois do possível, só lhes resta aceitar a impossibilidade e a derrota. Filipe
estava preocupado, afinal, era ele que estava em teste. Jesus pediu-lhe uma
solução: “Onde
compraremos pães para lhes dar a comer?” (João 6:7). Não há problemas
em fazer as contas, é o que devemos fazer, só não devemos parar por aí, porque
o nosso Deus é um Deus de milagres. Ele fez chover provisão do céu e sair água
da rocha para um povo que andou quarenta anos no deserto como reconhece
Neemias: “Pão dos céus lhes deste na sua fome e água da rocha lhes
fizeste brotar na sua sede; e lhes disseste que entrassem para possuírem a
terra que, com mão levantada, lhes juraste dar.” (Neemias 9:15).
Acontece que , segundo Filipe, o orçamento era muito alto
para aquela cruzada. Interessante é que o mesmo Jesus que tinha mandado buscar
dinheiro na boca do peixe e que podia proporcionar uma pesca maravilhosa, ou
seja, que poderia ter trazido todo o dinheiro necessário, não quis que o
milagre incluísse a provisão financeira. Jesus ensinava sempre em função de
direcionar o foco de atenção e fazer os seus discípulos se questionarem para
aprenderem.
Não foi por acaso que Jesus perguntou a Filipe o que
fazer naquela situação. Ele, provavelmente, já sabia qual seria a sua resposta.
A impressão que eu tenho é de que Ele estava “destravando” a fé de Filipe dos
recursos financeiros. Muitos de nós foca a fé de forma errada nos valores
financeiros e poder de compra como vantagem ou impedimento, mas Deus não
depende disso. Deus provê o que necessitamos com seu poder criador se for da
sua vontade. O tipo de fé que Jesus quer ensinar é aquela que havia em Abraão: “como está
escrito: Por pai de muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu,
o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.” (Romanos
4:17).
Quando o que você tem no banco não cobrir o que você tem
nas contas, é nesse Deus que cria que você tem que crer. Quando seu corpo não
puder fazer o que é preciso fazer ou responder a uma enfermidade como você
precisa, é nesse Deus que cria que você precisa crer. A sua conta bancária será
insuficiente para resolver a maioria dos problemas realmente importantes, como
as dores nos relacionamentos, as doenças que os remédios não podem curar, as
forças que você não tem, o tempo, o espaço, e tantas outras. É aí que essa
lição é importante. Nem tudo está sob seu controle, mas nada foge ao controle
de Deus e Ele controla tudo a seu favor. Ele está do seu lado.
O tempo da provisão sobrenatural
Às vezes, Deus toma seu povo e o deixa numa situação
limitada, onde a provisão vem no livramento de cada dia e no suprimento do
Senhor e não do seu trabalho ou habilidade. Assim, foram quarenta anos de
milagres e provisão para o povo de Deus no deserto. Deus não tirou o povo do
Egito para passar necessidade no deserto, mas eles não tinham tudo o que
queriam, apenas o que precisavam. Então, reclamavam do que tinham e o
desprezavam:
4
E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das
comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também
disseram: Quem nos dará carne a comer? 5
Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos,
dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. 6 Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma
coisa vemos senão este maná.” (Números 11:4-6)
Veja o engano dessa situação: O inimigo inquietou aqueles
que estavam no meio do povo e não pertenciam a Israel. Alguns dos egípcios ao
ver as maravilhas realizadas pelo Senhor para livrar seu povo acharam que era
vantagem seguir com eles. Entretanto, como não havia relação com Deus e sim com
a bênção, eles se rebelaram. É como o eleitor que vende o voto, segue o
primeiro que oferecer uma quantia maior não importando que seu futuro vai ser
guiado por um corrupto, pois ele também é corrupto a ponto de se vender. Há
pessoas para as quais só é importante receber o que desejam, essas não se
firmarão na fé e nem em uma igreja somente. Vagarão em busca de melhores
vantagens de igreja em igreja, falando mal das anteriores até que se arrependam e se tornem verdadeiros servos de Cristo.
O problema é que pessoas que antes tinham reconhecido a
ação do Deus de Israel libertando seu povo, agora estavam olhando o que “tinham”
lá trás no Egito, como se fosse vantagem. Ora, eles não tinham nada no Egito.
Eram escravos. Eles achavam que comiam de graça, quando trabalhavam de sol a sol
para pagar a comida servindo com todas as áreas de sua vida em função dos faraós. Era
algo tão "maravilhoso" estar no Egito que eles só foram libertos porque “[...] os
filhos de Israel gemiam sob a servidão e por causa dela clamaram, e o seu
clamor subiu a Deus.” (Êxodo 2:23).
O foco de Felipe estava no orçamento e Jesus queria
corrigi-lo, assim como o foco do povo saído do Egito estava nos aparentes benefícios
do Egito. Quando dependemos de situações e condições físicas favoráveis para
fazer ou deixar de fazer algo para Deus, precisamos rever nosso foco. As grandes coisas
que Deus faz e fez aconteceram porque alguém ousou ir em frente e conquistar o
impossível. Jesus já ensinou: “ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é
apto para o reino de Deus.” (Lucas
9:62). Olhar para trás é ter sua segurança exclusivamente na garantia do
que é material para avançar, quando precisa conquistar o impossível. O povo no Egito
tinha sua fé no preço da escravidão, eles se submetiam e, às vezes, tinham um
pouco de algo que lhes agradava, o que lhes remetia de volta à servidão. Essa
política escravagista de dar um pouco de festa e alegria e retirar a liberdade
e o futuro é utilizada até hoje pelos políticos e líderes tiranos.
André e o menino dos pães e peixes
Observe na história que André não foi sequer chamado para resolver a questão, Felipe foi chamado, mas ele não. Ele estava atento
em como poderia servir o Senhor. Além disso, André sempre queria compartilhar
quando tinha algo de bom. Ele era irmão de Pedro e o tinha levado a Jesus (João
1:41-42). E também levou alguns gregos para Jesus, quando o ministério de Jesus
era focado nos israelitas (João 12:20-22; Marcos 7:26-27). André tinha certeza de que Jesus podia e queria ajudar a todos, todo o tempo.
André não estava certamente entre os que dispensariam a
multidão, nem estava preocupado com o dinheiro que era necessário, mas ele foi
a fé mais prática que houve por ali. Ele já havia se informado sobre o que
havia disponível, antes de Jesus colocar a necessidade da multidão. Seu coração
compartilhador estava na mesma sintonia que o de Jesus. Ele descobriu que os
recursos que havia eram cinco pães e dois peixes pequenos. Ele guardou a
informação até que viu que estava na hora de agir sobre o problema, pois o mestre
pedia uma solução e ninguém a tinha encontrado.
André apresentou o que havia disponível. Nem mais e nem
menos. Se imaginarmos ao preço de hoje, e a quantidade de pães disponíveis,
teremos uma noção da porcentagem de solução que André apresentava. Eram
necessários no mínimo duzentos denários de pão para que a multidão não passasse
mal no deserto. Um denário é uma diária de um trabalhador em salário mínimo. Imaginamos
uma diária de 80 reais. Isso nos daria o orçamento de 1600 reais. Cinco pães e
dois peixes vamos pensar que equivalem a cinco sanduíches de mortadela, só para
ter uma noção. Teríamos um real e vinte por cinco por pão, dando um total de seis reais por pessoa. Imagine que você
tem 1600 reais para pagar e eu digo: tenho seis reais no porquinho... Eu devo
ter cinco anos de idade, ou então, você vai ficar com raiva.
Jesus não achou absurda a oferta de André e do rapaz. André achou pouco, Ele não. Quando Jesus encontrou algo com que trabalhar e alguém disposto a compartilhar, garantiu o milagre.
O amor entrega o que tem, não o que não tem. O rapaz abriu mão de seu lanche,
por amor e por fé e o milagre aconteceu. Nada nasce sem semente. Se André ou o
rapaz tivessem pensado que seria pouco ou vergonhoso oferecer aquilo que tinham,
a solução não teria chegado. Esse era o pensamento de Felipe. Ele pensou que
muito seria pouco. André pensou que o que tinha era tudo o que Jesus precisava.
Felipe dependia de si e André dependia de Jesus.
Final feliz
Todos comeram, se saciaram e até sobejou em doze cestos.
O povo faminto foi saciado pelo amor de Deus que se moveu através de pessoas
que entregaram o que tinham, não ficaram impedidas ou usaram a desculpa do
impossível para se livrarem da tarefa. No final do dia, havia pessoas
maravilhadas com o poder de Deus calmamente sentadas e jantando a ceia mais
maravilhosa de suas vidas e não pessoas desmaiando de fome no deserto.
Pergunto a você: de direito, de quem eram os doze cestos
que sobraram? Bem, você pode descobrir a pista nesse versículo: “dai, e
dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos
darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” (Lucas
6:38). A generosidade é uma característica do amor, o amor cuida, o amor
procura fazer o melhor para o outro, o amor também sabe que precisa fazer o
possível, ainda que pareça mínimo, insuficiente, mas não ficará de braços
cruzados diante da adversidade alheia (1 Coríntios 13).
Há pessoas que pensam em dar somente para receber e o
princípio é a avareza e não vai funcionar porque a avareza é idolatria (Colossenses
3:5). Há pessoas que pensam que é errado receber quando dão, mas o versículo de
Lucas diz diferente. Há pessoas que só estão focados em conquistar seus objetivos
materiais e isto matará sua fé “porque o amor do
dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e
a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1 Timóteo 6:10). Outros
ainda acham que Deus ama a pobreza, mas a pobreza é maldição da qual Jesus veio
nos libertar:
33
O fruto da tua terra e todo o teu trabalho, comê-los-á um povo que nunca
conheceste; e tu serás oprimido e quebrantado todos os dias; 34 e te enlouquecerás pelo que vires com os teus
olhos. (Deuteronômio 28:33-34)
13
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição
em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em
madeiro), 14 para que a bênção de Abraão
chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o
Espírito prometido. (Gálatas 3:13-14)
O equilíbrio é algo fundamental
Paulo é a maior lição de equilíbrio do Novo Testamento.
Ele dizia:
12 Tanto sei estar humilhado como também ser
honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de
fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; 13 tudo posso naquele que me fortalece. 14 Todavia, fizestes bem, associando-vos na
minha tribulação. 15 E sabeis também
vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia,
nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente
vós outros; 16 porque até para
Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas
necessidades. 17 Não que eu procure o
donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso
crédito. 18 Recebi tudo e tenho
abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio
de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. 19 E o meu Deus, segundo a sua riqueza em
glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.
(Filipenses 4: 12-19)
Ele continuava servindo ao Senhor em toda situação, seja
de penúria ou de conforto. Entretanto, ele reconhecia a generosidade em amor
dos filipenses como base para o suprimento de Deus nas suas vidas. Sem amor,
não valeria nada, mas o amor naquele gesto voltava para Eles na bênção do Pai.
Jó é o maior exemplo do Velho Testamento
Jó era muito rico, no tempo em que a riqueza era contada pelos
bens ele tinha 500 juntas de bois e camelos etc. Ele tinha muitos filhos, o que
também era tido como riqueza e honra. E ele perdeu todos em um dia. Mas o
coração de Jó não estava no que ele tinha, ele amava a Deus e permaneceu fiel,
mesmo sem entender nada sobre a perseguição de Satanás. Ele não tinha um
defensor junto a Deus como nós (Jó 9:33; 33:23; Hebreus 7:22-25). Seu coração
era íntegro e reto (Jó 1:8; 2:3), ele era absolutamente sincero na sua
dedicação, não era apenas por interesse como o diabo queria acusá-lo:
9
Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? 10 Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua
casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se
multiplicaram na terra. 11 Estende,
porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti
na tua face. (Jó 1:9-11)
Ao final, tendo resistido a todas as perdas, às acusações
dos amigos mal informados sobre Deus, Jó recebeu de Deus duas vezes o que tinha
antes e observe um detalhe: “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando
este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes
possuíra.” (Jó 42:10). Foi
quando Jó tinha muito pouco, mas deu tudo o que tinha que ele plantou uma nova
colheita. Jó não tinha nada material, nem saúde, nem paz, pois estava
atormentado, mas ele deixou a si mesmo de lado e se ofereceu como intercessor
pelos amigos e sua libertação floresceu.
Jó era rico
dentro do seu coração todo o tempo. Aquilo que estava nas suas mãos não mudava
essa riqueza. Como essa riqueza resistiu, a outra pôde voltar, a provisão
chegou porque ele segurou na mão do Deus provedor. Quando o contrário acontece, perde-se a
riqueza que realmente importa, como o rapaz que foi ver Jesus mas estava preso
às riquezas:
Mar 10:17 ¶ E, pondo-se Jesus a caminho, correu um
homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei
para herdar a vida eterna? [...] Mar 10:21
E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende
tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e
segue-me. Mar 10:22 Ele, porém,
contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas
propriedades. [...] Mar 10:24 Os
discípulos estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes:
Filhos, quão difícil é [para os que confiam nas riquezas] entrar no reino de
Deus! (Marcos 10:17, 21-22, 24)
Mas Jesus não deixou esse impasse sem solução, e disse: “Jesus, porém,
fitando neles o olhar, disse: Para os homens é impossível; contudo, não para
Deus, porque para Deus tudo é possível.” (Marcos 10:27). Ainda que seja difícil lidar com a provisão
e a falta dela, será pela graça do Pai que conseguiremos vencer e chegar aonde
Deus quer que cheguemos. Só pela graça, pela bondade de Deus manifesta em poder
poderemos estar “como Deus quer”!
Deus quer lhe dar abundância, a questão é se o seu coração a cabe ou está cheio de bens sem valor como a vaidade, a avareza, a tolice, pois onde está o teu tesouro está também o teu coração (Mateus 6:21). O valor e a prioridade entre ter coisas e ter a presença do Senhor é que vão dar a medida da sua verdadeira prosperidade, não importando o que haja no seu bolso: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma." (3 João 1:2). Mas, quando uma prosperidade se estabelece Deus lhe dá instrumentos para ser bênção na vida de outros, dando bens como mordomo do céu. E não á como você falsificar sua vida e suas intenções diante de Deus.
Deus quer lhe dar abundância, a questão é se o seu coração a cabe ou está cheio de bens sem valor como a vaidade, a avareza, a tolice, pois onde está o teu tesouro está também o teu coração (Mateus 6:21). O valor e a prioridade entre ter coisas e ter a presença do Senhor é que vão dar a medida da sua verdadeira prosperidade, não importando o que haja no seu bolso: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma." (3 João 1:2). Mas, quando uma prosperidade se estabelece Deus lhe dá instrumentos para ser bênção na vida de outros, dando bens como mordomo do céu. E não á como você falsificar sua vida e suas intenções diante de Deus.
Você pode orar
assim:
Querido Deus, preciso de Tua graça e teu equilíbrio para lidar com o suprimento das minhas necessidades. Acima de tudo, Senhor, dá-me equilíbrio e visão para reconhecer que a Fonte Eterna é o Senhor, não importa o que aconteça o Senhor pode me trazer o que necessito, direciona meu foco e muda meu coração se estou amando algo que não te agrada ou se estou amando algo mais do que o Senhor na minha vida. Guia-me, Senhor, dá-me equilíbrio em tudo, eu te peço em nome de Jesus.
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