domingo, 3 de junho de 2012

Confiança é sinônimo de Amor



A fé é algo muito mais profundo do que a expectativa de conseguir o que se quer e até o que se precisa. É certeza e convicção do que se espera, mas não se vê. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” (Hebreus 11:1). Significa que a fé é baseada numa idéia que vem antes de tudo acontecer. Uma idéia de segurança total no motivo da esperança.

A fé tem como pré-requisito a idéia de uma relação onde a confiança é inabalável, imutável, garantida. A fé na definição bíblica inclui duas condições de existência. A primeira ideia base da fé é a de que há Alguém que é digno de confiança total, que nos dá a condição de termos certeza absoluta do que esperamos, a ponto de gerar a segunda condição da existência da fé, a idéia de que não há dúvida de que mesmo que não possamos ver, aquilo que foi prometido está lá. Isso é Integridade absoluta.

A idéia de integridade absoluta fundamenta o conceito de fé. Não há incerteza nAquele de quem se espera e não há dúvida em quem espera nEle. Isso fala de relacionamento. Todo o relacionamento de Jesus com os apóstolos foi no sentido de dar a conhecer o Amor de Deus de forma que eles pudessem crer firmemente na pessoa de Deus. Mas não foi uma tarefa fácil para Jesus, Ele mesmo chegou a lamentar-se disso certa ocasião quando um homem foi pedir-lhe para ajudar com seu filho que apresentava sintomas de epilepsia, porque os discípulos não tinham sido capazes de expulsar o demônio de enfermidade:
  
41  E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me aqui o teu filho. 42  E, quando vinha chegando, o demônio o derrubou e convulsionou; porém, Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai. (Lucas 9:41-42).

O nosso relacionamento com Jesus precisa estar além do misticismo de recorrermos a Ele quando não podemos resolver.  Também deve ser mais do que o de assistente de um espetáculo de milagres e ir além da admiração dEle como um sábio ou filósofo brilhante. E ainda deve estar acima das possibilidades políticas que suas idéias possam oferecer. Jesus é Deus feito carne. Não é o que você espera ou conhece, Ele é muito mais do que isso. Você precisa abrir o coração para conhecê-lo e relacionar-se com Ele nessa condição, como imagem perfeita de Deus:  

15  O qual [Jesus] é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16  Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele. 17  E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. (Colossenses 1:15-17)

Jesus está trabalhando desde sempre para nos tornarmos semelhantes a Ele: “9  [...] pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, 10  E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” (Colossenses 3:9-10)

Assim, vamos escrever hoje, sobre esse relacionamento com Deus, que desenvolve a fé.



Milagres e fé

Não importa o quanto nós vejamos milagres, isso não vai gerar fé, só admiração momentânea, a menos que haja um conhecimento anterior que dê um significado ao milagre como resposta de fé. O povo no deserto presenciava um milagre por dia: recebiam o maná do céu (Neemias 9:20) e milagres o dia todo, suas vestes não se rasgavam e suas sandálias não se estragavam (Deuteronômio 29:5), e mesmo assim, tombaram na incredulidade e perderam a promessa. Não havia falta de milagres para os discípulos. Eles moravam com Jesus. Mas havia falta de fé e além de falta de fé, havia muito mais da natureza humana transparente neles do que devia.  “Ó geração incrédula e perversa!” (Lucas 9:41). Esse foi um lamento do próprio Cristo...

Jesus chegou mesmo a desejar a cruz por causa da incredulidade dos apóstolos: “até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei?” (v. 41). Ele sabia que sairia desse mundo pela porta da cruz e chegou a dizer-lhes isso naquele momento (Lucas 9:44), preferia isso a suportar tanta incredulidade e falta de compaixão.

Por mais que Ele se esforçasse em explicar o amor, os discípulos se mantinham mesquinhos e egoístas como no caso da multiplicação dos pães, em que queriam despedir a multidão para não ter despesas. Nada machuca mais o coração de Deus do que a incredulidade: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6).

A prova das limitações dos discípulos é que depois de Jesus fazer uma repreensão grave como essa, eles se mantinham ocupados com suas vaidades e ambições, disputando entre si cargos e posições, pois logo “[...] suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.” (Lucas 9:46). Eles estavam tão cheios de si, que não perceberam que pediam cargos como os maiores merecedores, sem terem dado conta do trabalho que lhes fora incumbido. Estavam na categoria incrédulos e perversos, mas ainda queriam promoção e honrarias.

O alvo redirecionado: rumo à filiação divina

A grande falha na fé daqueles homens era a ausência de conhecimento da pessoa em quem eles tinham que confiar. Jesus é mais do que um místico, mais do que um político, mais do que um filósofo, mais do que um santo, mais do que um sábio, muito mais, Jesus é o resplendor da sua glória [de Deus], e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder , havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas.” (Hebreus 1: 3).

Apesar do sofrimento, Jesus levou até o fim a sua missão de abalar as estruturas de entendimento dos discípulos até que pudessem entender quem realmente era o Filho de Deus e quem eles podiam ser em Jesus. Quando os discípulos compreenderam pela revelação do Espírito, eles se tornaram como seu Mestre. Só há fé através do conhecimento da Verdade, pois “[...] a fé vem do ouvir e o ouvir da Palavra de Deus.” (Romanos 10:17) e “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32).

Jesus está focado em quem nós somos

O objetivo dEle é nos tornar como Ele é. Deus procura pessoas que o reconheçam como Pai, fonte de Vida Eterna, que recebam a sua filiação desde a sua natureza até seu caráter para usufruírem da sua posição. Não pense que a bênção recebida é o mais importante, pois a bênção é passageira, o Abençoador é Eterno.

Não escolha ir embora com o copo d’água e deixar a fonte para trás, a água vai acabar e você pode não ter tempo ou forças para voltar à fonte. Arme a sua tenda próxima à Fonte, não há lugar melhor no deserto desta vida. Você será:

1  Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2  Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3  Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. (Salmo 1:1-3)

Jesus disse: “38  Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 39  E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; [...]” (João 7:38-39a). O Espírito produz o fruto e ministra os dons, introduzindo o caráter e o poder de Deus em nós. Precisamos das duas coisas para vivermos a vida que Senhor tem para nós. São elas que nos transmitem as características de Filhos de Deus.

Você pode orar assim:

Querido Deus, preciso conhecer Jesus, preciso saber como realmente é seu coração e sua vontade, revela-me a tua natureza nEle. Quero que a minha fé seja baseada no sólido fundamento da Tua Palavra e que ela cresça e produza muitos frutos, Te peço em nome de Jesus .








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