A foto acima mostra as possibilidades das águas tranquilas. O reflexo da realidade acima torna-se perfeito. Assim como nosso coração só poderá compreender as coisas de cima quando compreender a importância de aquietar-se em paz e compreender e ouvir Deus. Ouvir uma música é maravilhoso, ouvir a voz que criou a música, mais precioso do que se pode imaginar... A voz que sara e conforta um coração cansado e ferido com uma música pode muito mais em um coração que se aquieta e o escuta.
Vejo muitas pessoas falarem de Deus, praticamente em todos os lugares. Mas, quando falam com Deus é como se ele não escutasse ou respondesse. Muitos vão a Deus como se Ele não fosse uma pessoa apesar de usarem chamá-lo de Senhor, Pai ou outro nome que sugere uma pessoa do outro lado da conversa. Falam e não param para escutar a resposta ou recebem a resposta e não reconhecem a pergunta.
Rubem Alves escreveu o texto “Escutatória”, com reflexão sobre escutarmos uns aos outros, mas a reflexão é válida quando queremos escutar a Deus.
Sempre vejo anunciados cursos de
oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. [...] Todo mundo quer aprender a
falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de
escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e
sutil.
[...] Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade... A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração. E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor... Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...
[...] Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade... A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração. E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor... Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...
Os pianistas, por exemplo, antes de
iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios
de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à
espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos
ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande
desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos... Pensamentos que ele
julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o
outro falou. O longo silêncio quer dizer: Estou
ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. [...] E aí, quando se
faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. [...]
Se eu falar logo a seguir... São duas
as possibilidades. Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.. Na verdade,
não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria
falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse
falado. Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade
eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso
pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de
tolo. O que é pior que uma bofetada.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se
ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá
também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num
contraponto.
A Bíblia diz: “sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” (Tiago 1:19). Se um grupo de músicos, conhecendo o valor da harmonia e das pausas param e valorizam cada palavra, quanto mais deveríamos valorizar e buscar as Palavras de Deus: "porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram." (Mateus 13:17).
Às vezes, dizemos que queremos ouvir ao Senhor, mas não silenciamos por tempo suficiente para que Ele fale e nos responda. A Bíblia ensina que depois das súplicas, devem vir as ações de graças e, por fim, virá a Paz que excede todo o entendimento (Filipenses 4:6-7). Dê tempo à Paz, porque nela está o guiar de Deus. "Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos." (Colossenses 3:15). Nós escutamos a TV, os jornais e o rádio, mas muitas vezes não queremos dar ouvidos à voz de Deus: "[...] Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;" (Atos 4:19b). O resultado é que não entendemos o que Ele tem para nos responder. A razão Deus explica: “por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” (João 8:43).
Às vezes, dizemos que queremos ouvir ao Senhor, mas não silenciamos por tempo suficiente para que Ele fale e nos responda. A Bíblia ensina que depois das súplicas, devem vir as ações de graças e, por fim, virá a Paz que excede todo o entendimento (Filipenses 4:6-7). Dê tempo à Paz, porque nela está o guiar de Deus. "Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos." (Colossenses 3:15). Nós escutamos a TV, os jornais e o rádio, mas muitas vezes não queremos dar ouvidos à voz de Deus: "[...] Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;" (Atos 4:19b). O resultado é que não entendemos o que Ele tem para nos responder. A razão Deus explica: “por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” (João 8:43).
Para escutar é preciso pelo menos quatro coisas:
1) A atitude de valorizar o que o outro diz, portanto, querer escutar, o que envolve a sua vontade;
2) Conhecimento suficiente para entender o que o outro diz;
3) Habilidade de analisar o que é dito para reter o que é melhor.
4) Agir de forma a escutar o que o outro diz, investindo tempo, espaço e qualquer meio necessário para isso;
Sem esses quatro ingredientes, escutar é só uma possibilidade, uma farsa polida ou algo sem proveito.
O precioso presente de suas palavras
Temos um problema na nossa cultura, não valorizamos o conhecimento, muito menos a sabedoria. Observe o Japão e a China, são duas nações que deram um salto econômico para o ranking das grandes potências exatamente por causa do seu amor à disciplina e ao conhecimento, também ao que eles consideram como sabedoria. Já aqui no Brasil, ouvi de uma professora do Departamento de Administração que educação é o único serviço que o cliente fica satisfeito em não receber. Podemos perceber o descaso em um governo que tem 58 instituições de ensino superior em greve por mais de quarenta dias e não há sequer uma proposta do governo. Valorizar o conhecimento requer uma compreensão da importância dele.
O dilema da valorização do conhecimento é que se você não o tem, não sabe o quanto faz falta. É como não sentir falta de um bolo de chocolate que você nunca provou. Você não saberá o quanto não sabe até que saiba o que deveria saber ou que a consequência de não saber se estabeleça como prejuízo sobre você. Ainda assim, o prejuízo poderá não ser relacionado à causa por falta de conhecimento. Assim acontece com as camadas mais pobres da população em relação ao saneamento básico, e acontecerá na nossa vida espiritual: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos." (Oséias 4:6). Observe que a falta de conhecimento destrói, mas tem seus responsáveis e todos receberão as consequências. Então, o primeiro passo é compreender e assumir que conhecimento é vida e falta de conhecimento é destruição. Então, busquemos a vida.
O tesouro do coração
16 E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. 17 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. 19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. 20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? 21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus. (Lucas 12:16-21).
O tesouro que se pode guardar que é reconhecido por Deus é aquele que Ele mesmo valoriza. A fé que vem do conhecimento da Palavra é o princípio que agrada a Deus. Aquilo que aprendemos e nos transforma à imagem dEle, aquilo que nos tornamos e que transparece o Pai, conhecimento vivo, dinâmico, é o nosso depósito nos tesouros do céu. Era isso que Paulo dizia, quando falava em ter um depósito nos bancos do céu: "e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia." (2 Timóteo 1:12). O Espírito Santo é o guarda desse depósito: "Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós." (2 Timóteo 1:14). Esse conhecimento nos dará toda a estrutura de compreensão que precisamos para a vida.
Discernindo as propostas da vida
Se valorizamos a sabedoria e acumulamos conhecimento, poderemos então, discernir entre as propostas positivas e as enganosas pela vida. Como João alertava: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora." (1 João 4:1). A própria função da igreja é fazer-nos ter capacidade de estarmos firmes diante de todas as propostas que se colocam diante de nós e permanecermos em direção a Cristo:
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, (Efésios 4:11-15)
Desenvolver a capacidade de fazer o que foi ensinado por Paulo: "julgai todas as coisas, retende o que é bom;" (1 Tessalonicenses 5:21).
Praticando a Palavra
A fé não é algo abstrato somente. Ou a fé se traduz em ações ou não é fé. Assim foi reconhecida a fé de Abraão:18 Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. 19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. 20 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? (Tiago 2:18-21)
A fé de Abraão só foi aceita por Deus porque o impulsionou a agir e inclusive contra todas as expectativas humanas, oferecendo seu filho único, esperado por 25 anos, mas ele creu na promessa da descendência e sabendo que um morto não traz descendência, anteviu o poder de ressurreição do Deus que ele adorava:
17 Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou. (Hebreus 11:17-19)
A fé nos leva ao impossível, nos faz ir além do que somos, temos e podemos. ela nos torna do tamanho e à semelhança do Deus que adoramos. Se a fé não se move na sua vida em ação não é fé, é apenas uma crença, um conhecimento superficial. Saber que Deus existe não é a fé que Deus procura. Observe no versículo de Tiago anteriormente que até os demônios creem que Deus existe e tremem. Isso não é suficiente para dar-lhes nada de Deus a não ser a condenação. Mas, foi agindo conforme a Palavra dada a ele que Abraão recebeu as suas promessas.
Então, é preciso valorizar a sabedoria e buscá-la; acumular conhecimento de Deus para nos encher de fé; usar esse conhecimento para distinguir os investimentos realmente válidos e agir sobre esse conhecimento de Deus, em fé viva para que nós possamos usufruir de tudo o que Deus tem para nos dizer.
Você pode orar assim:
Querido Deus: Recebe todos os meus problemas e
perguntas {cite-os um a um}. Agora, Senhor, ajuda-me a silenciar na tua
presença, por tempo suficiente para ouvir a tua resposta.
Leia o Novo testamento e observe os princípios sobre os quais Jesus viveu e resolveu as suas questões. Peça-lhe ajuda para aplicá-las na sua vida, observe a natureza que Jesus manifestou. A Palavra é o testemunho de Deus. Escute. Ele falará.
Texto de Rubem Alves recebido por e-mail de Beth Baltar
Linda esta mensagem Aninha, é verdade eu, sempre escutei a voz dentro de mim quando mais precisava, e me lembro bem que ELE sempre me chama de Guerreira, abençoado seja o Sr meu Deus. Lau
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