O ser humano tem uma necessidade de identidade
muito forte. Basicamente, muito do que pensamos que somos é dito por outras pessoas em nossa
infância e quando nos tornamos adultos, podemos aceitar essa identidade ou não,
mas tudo dependerá das referências que assumirmos como verdade. A estória a seguir ilustra bem a ideia:
Era uma
vez um depósito de vasos quebrados. Ninguém se importava com eles. Eles mesmos não se
importavam por estar quebrados, ao contrário, quanto mais quebrados ficavam,
mais eram respeitados pelos outros.
Um dia, por engano, um vaso inteiro foi parar no meio dos vasos quebrados, mas, por ser diferente dos demais, de imediato ele foi rejeitado e hostilizado. Justo ele, que tinha uma necessidade miserável de ser aceito.
Um dia, por engano, um vaso inteiro foi parar no meio dos vasos quebrados, mas, por ser diferente dos demais, de imediato ele foi rejeitado e hostilizado. Justo ele, que tinha uma necessidade miserável de ser aceito.
Tentou se aproximar dos vasos menos danificados, aqueles
que tinham apenas a boca rachada, mas, não deu certo. Depois, procurou se
aproximar dos vasos que tinham apenas um pequeno furo na barriga, mas, também
foi repelido. Tentou uma terceira vez, com os vasos que estavam trincados na
base, mas, não adiantou.
Resolveu, então, arranjar umas brigas, esperando conseguir
um ferimento, um risco, uma trinca ou, quem sabe, com um pouco de sorte, até um
quebrado bacana, mas, naquele lugar, ninguém tinha força bastante para quebrar
os outros. Se algum vaso quisesse se quebrar, tinha que fazer isso sozinho. E foi isso mesmo que ele fez. E conseguiu o que queria, ser
aceito no clube dos vasos quebrados. Ficou feliz,
realizado, mas, não por muito tempo, pois, logo começou a se incomodar com uma
outra necessidade, a de ser respeitado pelos demais vasos quebrados. Para isso, teve que
ir-se quebrando. E se quebrou em tantos pedaços que voltou ao pó. E deixou de ser vaso!
Jesus veio desenhar para nós a
imagem de Deus: “havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, 2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem
fez também o mundo. 3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a
expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra
do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados,
assentou-se à destra da majestade nas alturas;” (Hebreus 1:1-3). Precisamos
de um referencial e o referencial que vai nos dar vida é aquele para o qual
fomos criados, a imagem e semelhança de Deus, Jesus.
A mídia e os grupos sociais nos
oferecem vários modelos para sermos aceitos, mas nós não pertencemos a esse armazém de cópias defeituosas.
Logo, não vamos fazer tanto sucesso entre os vasos que acham que se destruindo
com hábitos e comportamentos destrutivos é que ganhamos prestígio e respeito. Sempre que nos comportamos da
mesma forma que Cristo, corremos o risco de sermos perseguidos como Ele. Mas,
se o fazemos é porque sabemos a que depósito pertencemos e, um dia, seremos
recolocados nesse lugar.
A opção adaptativa é entrar no
processo de destruição que os demais vivem para conseguir, por algum tempo,
alguma atenção dos que não conseguem resolver sequer suas rachaduras ao preço
da nossa própria integridade e identidade como filhos de Deus. O que acontece
quando nos igualamos para sermos aceitos é que “o sal perde o seu sabor e para
nada mais serve, senão ser lançado fora”: "Vós sois o sal
da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para
se lançar fora, e ser pisado pelos homens." (Mateus 5 : 13).
Coragem! Faça a diferença!
Seja como Jesus! Concorde e discorde como Jesus faria! E a recompensa e reconhecimento virão de Deus! Ele vai reconhecê-lo como filho. A Palavra de Deus nos desenha e define para a vida e não para a morte, para que nós experimentemos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.“1 ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2)
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