O Senhor me inquietou profundamente com essa frase no
coração: O segredo de Davi. A princípio, eu não sabia se tratava de alguma
coisa que Davi havia feito escondido ou algo que impulsionasse seu sucesso.
Orando, decidi ler os salmos de Davi. E segui até o salmo 19, quando o Senhor
começou a me revelar o segredo de Davi. O que havia de especial em Davi que o
tornou reconhecido como um homem segundo o coração de Deus, um ascendente do
Salvador.
A primeira coisa a observar nesse salmo é que Davi
procura mostrar Deus na criação. Ele intencionalmente atrai os nossos olhos
para ver o reflexo do Criador na criação. Na grandeza insondável da criação: “Os céus
proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras [de arte] das suas
mãos.” (Salmo 19:1). Então, Davi começa a nos guiar por uma seção de
figuras, conceitos e mensagens, como é próprio de uma poeta e mestre como ele.
A primeira figura é o céu que brilha sobre nós.
Das nuvens
Do ar, das tempestades...
... e calmarias...
Do sol, do dia
Das estrelas e da noite, da ordem perfeita das órbitas e
das estrelas
O céu dos céus onde habita o Senhor dos Senhores
O conceito apresentado é que os céus são uma obra de arte para nós apreciarmos, ainda assim, trabalho
de arte é uma metáfora terrena do que é celestial, pois obra de glória seria
mais apropriado. O sol a lua e as estrelas são pregadores itinerantes da glória
de Deus. Hoje, temos um certo conhecimento sobre os astros, mas na época de
Davi eles não eram mais do que mistérios de beleza incomparável para o qual os
seus olhos eram atraídos e seu coração se elevava para perceber a grandeza do Deus,
que os criara.
As mensagens são várias. Podemos perceber que a natureza não contradiz o que é celestial,
pelo contrário, o afirma. As obras de Deus confirmam a palavra e não a
contradizem. A ciência e a fé possuem fundamentos no mesmo Criador. Além disso,
essa mesma criação em sua perfeição é a prova de um Criador consciente,
inteligente, planejador, controlador e presidente no universo. Centímetros,
segundos de variação na órbita dos planetas em torno de si ou do sol extinguiriam
a vida na terra. O que torna a luz geradora de tudo a mais importante de todas.
Deus, o Deus Santo deve nos iluminar ou todos os sóis na via láctea nunca irão
fazê-lo.