Um viajante ia pela estrada e pensava consigo mesmo...
Eita! Menino, já passou por mim foi gente...
Primeiro, um cabra inchado, com uma vestimenta penitente.
Parecia mais um galo, que um religioso temente.
O segundo, apressado, acho que seguia o primeiro.
De porte menos taludo, tinha o rosto carrancudo,
mas ‘tava mais pra “paricero”.
Eu vou é aboticar os olhos, que aqui não é fácil não.
E o viajante encontrou um homem ferido e desmaiado.
Oxe,... pronto,... e eu não disse? Esse já é quase defunto...
Se eu não acudo agorinha, vai pra cidade do pé junto.
Então, colocou o homem sobre o seu animal e o levou a um abrigo.
Minha mulinha, vá ligeira!
Deus tomara ele melhore... senão só com as carpideiras.
Ô, ô, ô... Tsc, tsc, tsc,...
Cadê seu Zé de Ana Maria? Corra homem, que eu ‘tô vexado!
Esse ‘tá morre-num-morre. Levou uma coça e foi roubado.
Agora, seu Zebedeu, é tudo por minha conta.
Deixe ele de repouso. Dê remédio. Dê guarida.
Deixe ele de repouso. Dê remédio. Dê guarida.
Que, quando eu voltar da lida, pago tudo do meu bolso.
Oxente, será algum parente? - disse o velho futriqueiro.
E, assim, de supetão, querendo rodar-lhe a mão, respondi bem de repente:
- É gente, seu cabra misco! Isso já vale o dinheiro.
Ô, ô, ô... Tsc, tsc, tsc,...
E foi-se embora o viajante... partindo despreocupado,
sabendo no coração que a Deus tinha agradado.
sabendo no coração que a Deus tinha agradado.
Baseado no texto de Lucas 10:25-35, a parábola do bom samaritano. Onde Jesus garantiu apenas um argumento apenas para ser solidário, compassivo e cooperativo:
Ver-se como um ser humano diante de outro. Pois "[...] quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" (I João 4 : 20b)
A questão é ser humano ou ser cristão?
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