Uma vez Jesus se apresentou de uma maneira especial. Ele tomou o livro do profeta Isaías, na sinagoga, e leu esta passagem:
O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro,...
...devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. (Lucas 4:18-20)
Após a leitura, ele chocou a audiência com a seguinte declaração: "Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir." (Lucas 4:21). Apesar do choque, as pessoas se admiraram muito com tudo aquilo e diziam: "Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios, e perguntavam: Não é este o filho de José?" (Lucas 4:22). Havia duas coisas intrigantes naquela situação: havia a presença e autoridade de Deus naquela fala e não apenas palavras; e elas estavam vindo de um homem comum, que eles conheciam desde criança...
O Ungido, o Cristo, o Rei com uma missão
Cada parte daquela frase era impressionante... Ele dizia que o Espírito do Senhor estava sobre Ele. Isto significava dizer que Ele era o Ungido, o Cristo, o Rei de Israel. A sua missão era trazer uma boa notícia aos pobres, mas não apenas aqueles que não tinham dinheiro, aos que estavam pobres de esperança, aos desesperados. Jesus dava vista aos cegos em todos os sentidos. Ele tanto curava os que não podiam ver fisicamente como abria os olhos das para as coisas de Deus, como no caso de Nicodemos (João 3). Ele livrava aos oprimidos do diabo, quer no corpo, quer na alma, quer no espírito. E, mais fundamental de tudo: Ele apregoava o Ano Aceitável do Senhor.
O Ano aceitável do Senhor
Este ano fazia parte da lei judaica e era chamado o ano do jubileu. Jesus era a concretização do ano do jubileu, em que todos os escravos deveriam ser libertos, suas dívidas perdoadas e sua terra devolvida:
Santificareis o ano qüinquagésimo e proclamareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família. O ano qüinquagésimo vos será jubileu; não semeareis, nem segareis o que nele nascer de si mesmo, nem nele colhereis as uvas das vinhas não podadas. Porque é jubileu, santo será para vós outros; o produto do campo comereis. Neste Ano do Jubileu, tornareis cada um à sua possessão. (Levítico 25:10-13)
É o ano da graça... Todos os moradores sob aliança teriam suas propriedades perdidas restauradas. O sustento da vida não viria do trabalho dos seus donos. Todos voltariam para casa e teriam suas identidades restauradas.
Jesus vinha como homem igual a todos no seu corpo físico, mas o que o diferenciava era o que se colocava sobre Ele e através dEle. O Espírito de Deus, o Espírito da Graça, estava sobre Ele para trazer libertação, cura e restauração. Ele inaugurava um novo momento para a humanidade, onde as cadeias iriam se soltar das mãos e dos corações, o espelho não iria mais mostrar desterrados e filhos afastados de seu Pai, mas filhos que teriam uma casa para voltar. Um lugar para chamar de seu. Uma vida para construir e alimento que não haviam plantado para sustentá-los. Tudo isso é a imagem da graça que Jesus proclamava.
Ele anunciava: Tenho uma boa notícia: vocês não podem fazer, mas vão receber de mim! Eu recebi poder de Deus para fazê-los capazes! Eu recebi poder de Deus para torná-los livres! Eu posso levá-los para casa! Eu posso sustentá-los! Eu posso curá-los! Vocês não podem, mas chegou o momento em que Deus disse que eu vou fazer para vocês! Eu posso! Eu sou o Filho! E se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres!
Naquele momento, Jesus estava dizendo: Chegou a hora tão esperada! Deus enviou quem vocês estavam esperando! Eu tenho poder sobrenatural para manifestar a bondade de Deus para vocês! Estou coberto de graça! Posso manifestar a bondade de Deus, sou a Fonte dela, vivo nela, falo a partir dela e transbordo para vocês o efeito de tudo o que Deus quer dar a vocês por causa da bondade dEle!
Era isso o que Jesus anunciava: Findou o tempo da escravidão, da dependência de suas próprias qualidades para aproximar-se de Deus! Agora é por mim! É pelo meu trabalho! É pelo meu poder! É pelo meu sacrifício! E é pela minha ressurreição! É o tempo de Deus para restaurar a sua vida.
Ore comigo agora:
Querido Deus, eu quero que seja hoje, agora, avivada essa palavra na minha vida. Senhor, que cesse toda a opressão, a angústia, a enfermidade, entra na minha vida, Jesus, traz a tua unção restauradora e libertadora. Eu quero essas palavras de graça agindo na minha casa, na minha escola, no meu trabalho, em toda a minha vida em nome de Jesus! Eu recebo este momento como o meu jubileu! Recebo a unção libertadora e restauradora do Cristo de Deus, Jesus! Eu recebo! Eu recebo! Eu recebo, em nome de Jesus!
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