Onde você está? |
Alguém
falou certa vez que, mais importante de que como as circunstâncias vêm contra nós,
é como nós vamos enfrentá-las. Eu estive meditando sobre reações a situações difíceis e parece que fugir sempre foi a tônica,
apesar de sua ineficiência em...
...resolver o problema.
Quando
somos magoados, por exemplo, queremos evitar a pessoa que nos feriu. Se ela
está, nós viramos o olhar, saímos do ambiente, procuramos não ter contato. É
uma reação natural de um animal ferido encolher-se em um canto. Ele tem medo, pois
está frágil. O ser humano, além do medo, geralmente tem o desejo de vingança,
que o faz perseguir quem o atingiu. Raramente, vamos agir no sentido de
restaurar a paz do vínculo quebrado.
Brincando de pique-esconde
com folhas de figueira
A
história do “pique-esconde” remonta a Adão. Tendo desobedecido a Deus, ele
tentou esconder-se sob as folhas de figueira, atrás das árvores. Mas Deus o
encontrou e perguntou: "Adão, onde estás?" (Gn 3:6-9). Nesse trecho bíblico podemos ver pelo menos três tipos de esconderijo: as folhas de figueira, as árvores e o outro.
Para começarmos com as filhas de figueira, vejamos:
Para começarmos com as filhas de figueira, vejamos:
Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? (Gênesis 3:6-7)
É como se Adão e Eva vestissem disfarces para parecerem outras pessoas. Podemos nos esconder sob o disfarce de vítima e então revidar, difamar o outro, contar a mil pessoas o mal recebido para receber auto-compaixão e a difamação do outro por vingança. Carregamos a mágoa e a disseminamos por onde passamos. As pessoas olharão para a nossa cena e não para nós como realmente somos. Disseminaremos o mal e a raiva do partidarismo sob um disfarce de vítima. Estas serão as nossas folhas de figueira. A vítima requer e instiga a proteção da sociedade. Todos à volta deverão apoiar o ofendido para fazer-lo sentir-se seguro e protegido, enquanto exibe a infâmia sofrida como um troféu. Entretanto, ser vítima não dá paz e nem segurança a ninguém e a situação continuará como está.
Outro tipo de sentimento-disfarce é a vingança, que pode passar desapercebido pela maioria de nós. Mas também pode ser clara e intencional, menos manipuladora, direta e agressiva. A vingança nos dá a identidade de alguém que verteu a vida em função de responder ao mal que lhe foi causado. E isso é justificado pelo mal recebido.
O esconderijo atrás das
árvores
Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? (Gênesis 3:8-9)
Nesse disfarce, usamos as circunstâncias ou o que fazemos para nos esconder. Quando não funcionou o disfarce de figueira, Adão e Eva procuraram o
esconderijo das árvores. Isto não os impediu de ouvir a voz do Pai
chamando.
Conheci mais de um rapaz que era desprezado pelo pai e passava a vida tentando provar que não era o fracasso que o pai decretou, mas mesmo trabalhando até ter uma úlcera ou infarto, não resolveu o problema original da dor de ter sido rejeitado pelo pai. Uma garota pode ser sexy toda a vida para provar que é desejável, mas não consegue se fixar em relacionamento nenhum porque nunca conseguiu acreditar que era amada. O primeiro, esconde o seu medo no trabalho e a segunda na sensualidade. Esses papéis também são possíveis a ambos os sexos, homens que são promíscuos, mas não compartilham afeto e mulheres que decidem só trabalhar para não se ferir mais ou para provar seu valor. São esconderijos da dor que aparentemente funcionam, mas pelo contrário, apenas fazem aumentar a ferida sem tratamento.
Conheci mais de um rapaz que era desprezado pelo pai e passava a vida tentando provar que não era o fracasso que o pai decretou, mas mesmo trabalhando até ter uma úlcera ou infarto, não resolveu o problema original da dor de ter sido rejeitado pelo pai. Uma garota pode ser sexy toda a vida para provar que é desejável, mas não consegue se fixar em relacionamento nenhum porque nunca conseguiu acreditar que era amada. O primeiro, esconde o seu medo no trabalho e a segunda na sensualidade. Esses papéis também são possíveis a ambos os sexos, homens que são promíscuos, mas não compartilham afeto e mulheres que decidem só trabalhar para não se ferir mais ou para provar seu valor. São esconderijos da dor que aparentemente funcionam, mas pelo contrário, apenas fazem aumentar a ferida sem tratamento.
As árvores são os elementos e circunstâncias da vida que usamos para dissimular os nossos verdadeiros problemas, para que não se olhe diretamente para nós e sim para as árvores, a paisagem, o geral. Disfarçamo-nos no contexto.
O esconderijo da acusação
Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. (Gênesis 3:12-13)
A
busca de um esconderijo pode nos levar a uma atitude de acusação. Esse disfarce já não nos faz usa máscara ou uma situação, usa o deslocamento da responsabilidade. Quando o nosso personagem ou as circunstâncias não conseguem nos esconder, então, usamos colocar a responsabilidade em outra pessoa.
Veja que, perseverando na fuga como solução apesar da falência do disfarce e do esconderijo, Adão manteve-se buscando esconder-se, desta vez de forma abstrata. Transferiu a sua responsabilidade à esposa, que lhe dera o fruto e não assumiu a sua responsabilidade de comê-lo. A mulher, da mesma forma, continuou fugindo e pôs a responsabilidade sobre a serpente... E, por fim, todos perderam a presença de Deus.
Quando se
passa a acusar, cria-se a ilusão de que nenhuma solução virá até que aquele inimigo "responsável" seja derrotado e/ou
punido. Imagine se uma pessoa diz que "A culpa de tudo isso é do meu pai...", por exemplo. Se a
razão pelos seus problemas é ele e ele já morreu, ele não será punido
e a sua situação torna-se imutável e você apenas um(a) deprimido(a) ou um(a)
revoltado(a) enquanto viver. Se ele está vivo, nada mudará até que ele mude, pensando assim, assim será.
Não entregue a responsabilidade por sua felicidade na mão de ninguém. Se você fizer isso, você também nunca assumirá o ônus da mudança, já que a responsabilidade não é sua. E todo o mal continuará AUMENTANDO. Não se iluda, todo problema de que se foge, aumenta, o mal não se resolve e nem diminui por si mesmo.
Não entregue a responsabilidade por sua felicidade na mão de ninguém. Se você fizer isso, você também nunca assumirá o ônus da mudança, já que a responsabilidade não é sua. E todo o mal continuará AUMENTANDO. Não se iluda, todo problema de que se foge, aumenta, o mal não se resolve e nem diminui por si mesmo.
Preciso lhe dizer uma coisa: alguém pode ter feito algo grave com você,
mas a responsabilidade por ser feliz é sua. Está escrito: “De que se queixa
pois o homem vivente? Queixe-se cada um do seu próprio pecado.”(Lamentações 3:29). Aquilo que está dentro de você e como você reage é responsabilidade sua. Não é o que o outro fez quem deve determinar o seu passado, presente e futuro,
mas é você quem escolhe o que deseja construir em sua vida, quem você vai se tornar.
Enfrente, e siga em frente...
Quando
Adão começou a fugir, perdeu a consciência de quem ele era para Deus e passou a
conhecer apenas seu medo e sua impossibilidade de se esconder. Não havia mais
paz e nem gozo. Adão havia vivido em paz, até o momento do choque com Deus, mas
agora, o Éden, que traduzido significa lugar da presença de Deus, passou a ser um incômodo. Quantas pessoas conhecemos que casam-se na primeira oportunidade ou vão morar fora de casa para fugir do ambiente da família... E como terminam estes relacionamentos? De
volta ao começo, provando que não adianta fugir daquilo que está dentro de nós
sem resolvermos.
Quantas
vezes Deus nos confronta, como o fez com Adão, desejando
fazer-nos entender que não adianta fugir do nosso próprio mal: - Comeste da
árvore que era proibida? Deus Tenta trazer o foco no verdadeiro problema para possibilitar a solução. É na nossa mágoa, ira,
ódio e raiva que está o problema, porque sem eles resolveríamos os problemas
sem dor e com eles, toda solução é ineficaz.
Mas
Jesus disse que haveria cuidado e cura para os que reconhecessem as suas
carências e feridas com sinceridade: "Ide, porém, e aprendei o que significa:
Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas
os pecadores, ao arrependimento." (Mateus 9:13). Ele já sabe das
nossas fraquezas. Ele só pede para tirarmos disfarces e que saiamos dos
esconderijos, que deixemos de desviar as nossas responsabilidades para que possamos nos arrepender, pedir perdão, sermos perdoados e entremos
na sua presença e reino de paz, alegria e justiça no Espírito Santo.
Enquanto
nos escondermos, teremos as dores guardadas para nós e contra nós, ainda que
nenhuma outra pessoa as veja, nós as veremos, e elas terminarão por dominar o
nosso estilo de vida e deformarão o nosso caráter.
Quer saber quais são essas dores e medos?
Pergunte ao Espírito Santo o que você tem feito e se tornado por causa do mal que os outros
lhe fizeram. Pare um pouco com Deus para deixá-lo trabalhar em seu coração. Se
estas dores se tornaram claras para você agora e você deseja ajuda sobrenatural
para mudar a sua vida, peça-a a Deus através de Jesus comigo:
“Querido Deus, eu preciso me livrar de todas as formas de me esconder dos meus medos e dores guardadas no meu coração. Jesus, eu quero que você seja meu ÚNICO Senhor e Salvador. Eu aceito o teu perdão, que ele flua através de mim e me sare. Cura-me, Senhor para que eu possa sentir a paz da Tua presença em plenitude. Enche-me do Teu Espírito, em nome de Jesus.”
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