segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Os segredos entre a promessa, o tempo e a mudança



Os segredos entre a promessa, o tempo e a mudança


Há alguns dias, visitei aqui na Paraíba, o Museu da Terra e do homem. A proposta é bastante interessante. Amostras do tempo e da terra desfilam em caracol numa pequena praça, em meio a uma Universidade particular. A amostra geológica mais jovem abre o desfile com seus 65 milhões de anos. E o fim glorioso desemboca em uma senhora de dois milhões e duzentos mil anos. É um encontro inesquecível com o tempo e as forças envoltas na formação da terra.

Entre as amostras minerais, uma me chamou a atenção... Havia um cubo de mineral com um furo perfeito em cima, em tamanho muito próximo a um cano de meia polegada, mas por arte pura da natureza, o orifício fez uma curva dentro da rocha e escavou uma saída em “l” para fora, e formou a oportunidade perfeita para uma fonte natural. A água que viesse de cima escorreria para o lado, como uma fonte escavada intencionalmente. Imediatamente, me dei conta de quantos anos a água teria levado para esculpir aquela fonte. Talvez centenas, pacientemente arrastando as fraquezas da rocha e carregando seus sedimentos em outro lugar. Nós podíamos imitar o tempo, mas não sem muitos apetrechos: uma broca especial, uma técnica de corte demorado, irrigação constante e teríamos algo semelhante em menos tempo.

Estamos sempre tentando acelerar o tempo, não é? A nossa tecnologia leva cada vez mais rápida a informação, até transportamos mais rápido as pessoas, mas parece que quanto mais nos apressamos, parece que mais atrasados ficamos. Acordamos atrasados e saímos às pressas, trabalhos contra o relógio e almoçamos rápido, muitas vezes, sem sequer nos alimentarmos, só comemos algo. E corremos mais, até que no final do dia, voltamos exaustos do trabalho ou da escola, dormimos tarde e mal, para acordarmos novamente atrasados no dia seguinte. Corremos como para dominar o tempo. Mesmo as mais sofisticadas tecnologias criadas para agilizar qualquer tipo de processo logo se tornam obsoletas porque preenchemos o tempo que conseguimos liberar com outras atividades.

Mas, a pedra está lá, sendo tocada lenta e suavemente para transformar-se em fonte. Grão a grão... O que percebi é que nós, nesse desejo desenfreado de dominar o tempo e o espaço, perdemos a capacidade de aceitar que Deus precisa de tempo para formar em nós a fonte que Ele planejou e que ele determinou o seu tempo para jorrar. Precisamos recuperar a serenidade de percebermos que, por mais que nos esforcemos, o fazer é de Deus. O tempo é dEle e Ele não o submete a nós.

Mas qual o objetivo do tempo em nós? Nos organismos vivos, o tempo leva à maturação. Amadurecer, na realidade, é um processo de acumulação. Acumulação de tudo o que é precioso. Sim, guardamos aquilo que é valioso para nós, o que nos faz crescer. Se alguém guarda uma lembrança boa, é porque aquele momento, aquele ato, foi algo importante para si. Se guardamos um lembrança negativa é porque achamos que assim vamos aprender a nos defender no futuro de situações semelhantes. Mas, aí é que mora o perigo. O Senhor diz: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” (Lucas 6:45). O que está guardado como precioso no nosso coração se torna fonte de vida, estilo de vida, e vai ser declarado e vivido dessa forma. Isso nos leva a pensar sobre o que está sendo guardado no nosso coração através do tempo.

O tempo: valores e prioridades



Um dos maiores enganos que vejo quando pensamos sobre amadurecer, crescer e envelhecer é o próprio conceito de envelhecimento. Observe como a palavra descreve o envelhecer: “O ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs.” (Provérbios 20:29). Enquanto socialmente entendemos o envelhecer como degenerar, a palavra de Deus vê como beleza, tanta beleza quanto há na juventude, só que de uma forma diferente. Assim como os jovens possuem o vigor de enfrentar o novo, de conquistar, “jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.” (1 João 2:14); os idosos nada mais são do que acumuladores de experiências de conquista.

A força e o vigor físicos não são os únicos de modos de conquistar. A força interior e as experiências e conhecimentos acumulados são forças espirituais, que apesar de invisíveis são extremamente poderosos para conquistar em Deus. O espirito permanece na mesma atribuição: adorar e servir ao Senhor: “Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder.” (Salmo 71:18). Deus não está esperando menos de você com o passar da idade e do tempo, mas está trabalhando para transformá-lo em uma fonte a jorrar para a vida eterna cada vez mais forte e caudalosa. Com o passar do tempo, o Pai nos torna mais capazes e não menos:

O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça. (Salmo 92:12-15)

O cedro do Líbano era utilizado para construir porque é madeira de lei, imune a ataque de insetos, chega a uma altura de 11 metros de altura. Isto nos dá uma ideia do que o Senhor espera de nós através do passar do tempo. Mais fortes, mais resistentes, mais construtivos e colaboradores na casa do Senhor. Adoradores inabaláveis, frutíferos, verdes e florescentes.

Temos a ideia errada de velhice, tanto quanto temos de mocidade. Vejamos a declaração do Salmo 103: 2-5:
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.

Na velhice, a mocidade se renova! Como assim? A palavra para mocidade no hebraico original não se limita à juventude física, mas à juventude espiritual, à jovialidade. A capacidade de abraçar o novo, do interesse, da gratidão, da alegria. Eu conheço jovens que não estudam, não trabalham, passam o dia namorando ou na frente da tv. Não possuem objetivo nenhum e nem plano. Não veem futuro e nem investem em construir objetivos para ele. Reclamam de tudo que lhes é dado e não tentam construir nada novo. Entretanto, conheço uma senhorinha de 97 anos, que é chamada de Jovi, que toma qualquer palavra de sua boca e dela traz uma música alegre, agradece constantemente por tudo o que tem. Do pouco que possui está sempre querendo ajudar e presentear os outros, extremamente carinhosa e alegre. Quem é o jovem aqui?

Lembre-se: Deus é espírito e quer ser adorado em Espírito... “a tua mocidade se renova como a da águia”... Renovar significa recuperar, restaurar. Ser capaz de retomar a esperança, mesmo quando houve uma perda muito grande, uma decepção enorme, das quais ninguém escapa, mas é como saímos dessas situações que nos fazem obter a degeneração ou o amadurecimento através dos anos que passaram.

O tempo passou e passará para todos. Mas, o que guardamos dele? Isso é que é fundamental perceber e nos dá objetivos para investir. Aquilo que proclamamos não deve mudar com a idade, pois o Senhor farta de bens a nossa velhice e isto faz com que nossa esperança e alegria se renovem.

Deus, a promessa, o tempo e a mudança


Dizemos: o tempo muda tudo... É errado. Afirmação falsa. Veja o que diz a Palavra:

Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o restante da casa de Israel; vós, a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno. Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei. (Isaías 46:3-4)

Aleluia! Deus não vai mudar com tempo!!!! Ele pode até mudar o tempo, mas nada e ninguém podem mudá-lo! Muito menos mudar a sua fidelidade! Ele vai ser o mesmo, todo o tempo, e vai nos carregar, não importa qual seja o momento da nossa vida!! Os versículos seguintes continuam dando uma ideia do porque de nós termos problemas:

A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante confrontareis comigo? Os que gastam o ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças assalariam o ourives para que faça um deus e diante deste se prostram e se inclinam.  Sobre os ombros o tomam, levam-no e o põem no seu lugar, e aí ele fica; do seu lugar não se move; recorrem a ele, mas nenhuma resposta ele dá e a ninguém livra da sua tribulação. Lembrai-vos disto e tende ânimo; tomai-o a sério, ó prevaricadores.
Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; (Isaías 46:5-10)

Nós perdemos de vista a eternidade do Senhor e criamos imagens e ídolos para guiarem a nossa vida, substituindo e esquecendo das promessas e orientações do Pai. Muitos campeões olímpicos após vencerem as provas e ganharem suas medalhas entram em depressão. Outros, entram em depressão por não haverem conseguido estas mesmas medalhas. Da mesma forma, acontece com pessoas que passaram a vida em busca de uma conquista: são infelizes porque a conseguiram ou porque não a conseguiram. Porque buscaram algo que não os preenchem. Ídolos de ouro, que eles ou alguém habilidoso fez. Ele carregou, mas afinal não atendem às suas necessidades de ter neles um sentido para sua vida. Por quê? Porque não consideramos que... “[...] não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;” (Isaías 46: 10b) O que é o tempo diante desta declaração da natureza da eternidade de Deus? Esta ideia que nos assusta é móvel nas mãos do Pai como um instrumento de Seu amor.

O que é manter-se jovem?


Conto a história de um jovem de 85 anos que me impactou profundamente. Especificamente no momento em que Josué, sucessor de Moisés, estava chegando à Terra prometida e que ia começar a conquista e repartir a herança prometida. Ele se apresenta a Josué retomando o episódio em que ele e Josué foram os únicos a permanecerem em fé contra os inimigos gigantes e vem a ele reivindicar um direito muito especial:

(8) Mas meus irmãos que subiram comigo desesperaram o povo; eu, porém, perseverei em seguir o SENHOR, meu Deus. (9) Então, Moisés, naquele dia, jurou, dizendo: Certamente, a terra em que puseste o pé será tua e de teus filhos, em herança perpetuamente, pois perseveraste em seguir o SENHOR, meu Deus.
(10) Eis, agora, o SENHOR me conservou em vida, como prometeu; quarenta e cinco anos há desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, já agora, sou de oitenta e cinco anos. (11) Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele como para voltar. 
(12) Agora, pois, dá-me este monte de que o SENHOR falou naquele dia, pois, naquele dia, ouviste que lá estavam os anaquins [raça de gigantes] e grandes e fortes cidades; o SENHOR, porventura, será comigo, para os desapossar, como prometeu.
(13) Josué o abençoou e deu a Calebe, filho de Jefoné, Hebrom em herança. (Josué 14:8-13)

Imagine você aos oitenta anos... Será capaz de dizer: “quero o direito de botar os gigantes para correr da minha promessa?! Senhor, me dê uma nova batalha! Eu sei que a minha força é o Senhor do mesmo jeito que sempre foi! Vamos lá, Senhor, o que há de novo para mim, hoje? Estou na mesma disposição!!!” Ou estaria num canto reclamando e dizendo: “É... o Senhor não me entregou logo a minha promessa... Agora, não dá mais pra conquistar ... Os inimigos são muito fortes... Envelheci,... meu tempo já passou...” Isso é sinal de que você dependia de suas forças e capacidades para conquistar. É sinal que ao invés de amadurecer na fé, degenerou. E isto afeta o olhar de Deus sobre a sua vida.

Veja o comentário que Deus fez de Calebe:

(20) ¶ Tornou-lhe o SENHOR: Segundo a tua palavra, eu lhe perdoei [ao povo rebelde de Deus]. (21) Porém, tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do SENHOR, (22) nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, (23) nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que me desprezaram a verá. (24) Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá. (Números 14:20-24)

Calebe entrou na promessa, enquanto toda a sua geração ficou no deserto. Se você quer seguir a direção da moda e da modernidade, fique à vontade. Mas, se quiser herdar as coisas eternas e ver as promessas se cumprirem na sua vida, saiba que o tempo tem dono e destino e seu Pai cuja fidelidade não muda permanece estabelecendo que “[...] todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28).

O mal nunca determinará o nosso futuro, porque o tempo já tem um Senhor imutável e onipotente que nos ama. O fato de alguém fazer algo ruim conosco não determina que acontecerá de novo e repetidamente. O fato de não conseguirmos dez vezes, cem vezes, não nos torna derrotados, porque Deus é fiel e dono do tempo. Thomas Edison fez 2000 experimentos, mas criou a lâmpada incandescente, que mudou muito da história e foi a base tecnológica para a revolução industrial. Grandes coisas levam muito tempo para serem geradas. Você é um projeto magnífico, Deus levará o tempo que for necessário para construir o plano dele em você. Não abra mão disso.

O projeto de Deus para Abraão começou aos 75 anos de sua vida, aos 65 anos de Sara. Foi entregue com 100 anos e depois de alguns anos foi testado. O que Deus tentava construir? Um homem forte o suficiente para tornar-se uma ponte de fé entre o céu e a humanidade. Uma ponte sólida o suficiente para que por ela atravessassem todos os crentes da terra para a vida eterna. Sem Abraão e sua fé, que levou 100 anos para ser construída, não haveria Cristo e nem Igreja.

José teve um sonho na juventude, aos 17 anos, que foi desafiado e construído até os 30 anos. Quantos anos se passaram? 13 anos. Há quantos anos permanece? Milhares de anos. Em 13 anos o filho de papai Jacó se tornou versado em administração e comércio, relações públicas, fidelidade e humildade, extremamente disciplinado e meticuloso, governador de todo o Egito, o maior império da terra porque esse era o plano de Deus para ele e José nunca deixou que nenhuma circunstância tirasse de vista o compromisso de Deus com ele e não pôs sombra de dúvida sobre a Sua fidelidade.

O projeto de Deus com Moisés foi fundado sobre o projeto de Deus com José. Moisés foi estimulado a defender seu povo por toda a sua vida, mas inexperiente, tentou fazer do seu jeito aos 40 anos. Só estava pronto para depender totalmente de Deus aos 80 anos. E serviu dos 80 aos 120 anos. E há quem ache que as pessoas idosas são inúteis.

Estas pessoas que citei, só para citar algumas, passaram por muitas dificuldades para alcançar as promessas. Nunca foram perfeitas, mas Deus não foi impedido por isto. A única coisa que podia impedir Deus de continuar seu plano para com elas era se elas desistissem da fé, da busca pelas promessas, porque “de fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6). Nossa idade nunca foi impedimento para Deus operar, nosso nível de fé e obediência, sim.

A fé por vezes, não toma um caminho fácil, como avisa Tiago 5:10-11: “meus irmãos, tomai, por exemplo, de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” Mas é o melhor caminho, porque desemboca num manancial de água viva e mantém a melhor companhia possível, que nos aquece nas noites frias e nos protege do sol escaldante durante o dia. A presença do Senhor cria uma cápsula do tempo sobre a nossa vida, que tem um calendário próprio.

Que podemos dizer, da promessa, do tempo e da

mudança, então? 


Podemos ser prudentes, mas não desconfiados. O desconfiado é aquele que decidiu cultivar a pior expectativa. O prudente é aquele que testa os corações e possibilidades, mas, nem por isso, espera o pior. Mantemos, como o Senhor diz: a fé, a esperança e o amor. Principalmente, buscamos a paz dentro e fora de nós, pois a paz é a primeira caraterística do reino de Deus. Todos podem receber uma oportunidade para mostrarem-se confiáveis. Teste como Deus, com pequenas atribuições, pois quem não é fiel no pouco, não será no muito. Mas, lembre: o amor de Deus perdoa todas as nossas ofensas. Podemos nos apoiar no amor de Deus para perdoar, pois sem perdão, nem começa a oração e perdemos a comunhão com o Pai. É assim que muito se sentem velhos e sem esperança. Deixaram a amargura se tornar a sua expectativa de vida. Deixaram-se aprender que porque o mal bateu um dia à sua porta, toda batida é maligna. Mas isto é mentira. Ainda que o mal bateu à porta, Deus é fiel e o transformou ou transformará a pancada em bênção.

Precisamos crescer. Enquanto crescemos, o normal é que deixemos de nos apoiar nas mãos dos nossos pais e passemos a segurar as mãos dos nossos filhos. Quando isso acontece espiritualmente? Quando ensinamos outras pessoas a segurar na mão do Pai. Quando nos tornamos mãos que sustentam outros.

Crianças espirituais passam a vida procurando segurar na mão de outros, mas adultos experientes sabem que o Pai nos sustentará toda a vida para sustentarmos as mãos fracas e os joelhos trêmulos. Alguém que passa a vida toda esperando receber está atrofiado, não cresce, não desabrocha o seu potencial e não dá fruto, que é o objetivo de cada vida criada pelo Pai.

De que serve uma semente que não é plantada? Lixo. E uma semente plantada que não frutifica? Entulho. Crescemos doando e enfrentando os gigantes, que estão entre nós e as nossas promessas. Não existe como nos renovarmos ou vencermos sem os desafios. Não existe uma promessa dada de bandeja, existe uma promessa a ser conquistada. Toda a vez que você busca o cumprimento de uma promessa precisa se preparar e se dispor para uma conquista. Deus coopera com você. Ele não fará o que você pode fazer. Você pode não ter forças para vencer uma guerra, mas terá de ir a ela para que Deus lhe dê a vitória. Pode não ter como fazer algo, mas precisará tentar e se dispor. Só assim a promessa será conquistada, como a Terra prometida foi conquistada. E o tempo passado ou vivido não é sua justificativa para o fracasso é instrumento de Deus para aproximá-lo e não para lhe afastar da sua promessa. Deus é Fiel, tendo prometido, Ele cumprirá: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19). No tempo de Deus, floresceremos, este é o fim do caminho dEle:

Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. (Salmos 1:1-3).

Não interessa o que aconteceu de mau, o Senhor transformará em bênção. O que não chegou está chegando ainda melhor do que esperamos. O que perdemos será substituído por algo mais poderoso, mais maravilhoso e mais eficaz. Porque Deus é Deus e Deus é Fiel. Pense bem: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8:32). O desafio é permanecermos vivos, renovando-nos, novos, capazes de assumir e enfrentar novos embates e conquistas não importa quanto tempo passe, Deus nem a sua promessa mudam. Ao guardarmos o fervor na busca pelas suas promessas nos rejuvenescemos. Reivindique a sua promessa, vença o seu gigante e comemore a sua vitória no Senhor porque Ele é bom em todo o tempo!





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