sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Viva seu desejo ser feliz


Aquilo que desejamos define pelo que vivemos. E aquilo pelo que vivemos define quem somos. Muitas pessoas não se dão conta disso. Essa ilustração, atribuída a Alexandre, o Grande, conquistador de toda a Europa, ilustra bem o que quero refletir hoje.

Conta-se que os três últimos desejos de um grande conquistador foram os seguintes:
1.    Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos melhores médicos da época;
2.    Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados como prata,  ouro, e pedras preciosas ;
3.    Que suas duas mãos fossem deixadas  balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus subordinados, admirado com esses desejos estranhos, perguntou ao chefe quais as razões desses pedidos e ele explicou: 
1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder maior do que a morte; 
2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem; 
3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Vivemos numa sociedade que tem ânsia por possuir e consumir. Podemos deixar as pessoas que amamos sem assistência ou cuidado para angariar mais coisas, novidades, títulos e dinheiro numa espiral sem fim de posse e consumo. Mas, a realidade é que nós levamos conosco a única coisa em que podemos acumular bens para a eternidade, a nossa alma. 

Diante do fim, todas as conquistas materiais serão impotentes e a nossa memória será o legado para os que nos amam. Se nós alimentarmos os laços dos relacionamentos com coisas, o que estaremos ensinando ou quem estaremos formando? Buscadores, compradores e consumidores de coisas? Quem os acolherá e amará? As coisas?

Fiquei pensando nos filhos olhando para as mãos daquele homem fora do caixão.  Se eles conseguissem ver nelas o afago, o carinho, o guiar cuidadoso, elas não estariam vazias. As nossas mãos sempre estarão cheias de nossos atos e gestos. Para nós até o fim, mas para os que amamos e até para os que não nos amam isso virá até depois do fim. Esta é a história que escrevemos todos os dias.

Jesus fala de um homem que vivia ocupado em juntar coisas e não pensava no que estava se tornando. Ele lhe disse então: "E o que tens preparado, para quem será?" (Lucas 12:20b).

Você pode até tentar dizer que tudo isso é para seus filhos e família, mas será que para eles vale à pena não ter você por causa das coisas? E para você, vale? É preciso ter equilíbrio em tudo. É preciso estudar, trabalhar, cuidar da família, mas antes de tudo é preciso ter Paz. E a fonte da Paz é ter comunhão Jesus. Ele disse: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."  (João 14:27).


Colocando a vida de cabeça para cima



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quando a bênção está ao lado




Às vezes, nós pensamos que o que está em nossa frente é a bênção, mas, na realidade, a bênção está ao nosso lado, pelo caminho do desvio, que , muitas vezes, somos obrigados a trilhar. Vou chamar essa virada de “a bênção adjacente”. A bênção que está ao lado.

Observe José, a bênção que estava à sua frente era a casa do pai, mas se ele tivesse continuado nessa direção teria passado fome com toda a sua família. Então, veio a bênção da casa acolhedora de Potifar. Se tivesse continuado lá, teria sido assediado até que a esposa dele conseguisse desviá-lo da sua bênção real, o trono do Egito. A bênção real não era a que estava à frente, era a que estava ao lado. O que parecia ser o destino final era apenas uma parada estratégica para abastecimento.

E o que dizer de Davi. Ele serviu na casa de Saul. Ele tornou-se íntimo de Saul, Saul, orei, o tornou seu genro. Davi tornou-se amigo de seu filho, sentava na sua mesa. Davi o via como um pai, um patrono, alguém que fosse promovê-lo, mesmo quando Saul o perseguia injustamente, Davi procurava convencê-lo de sua inocência e manter-se sob sua proteção, dizendo:

Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão. No fato de haver eu cortado a orla do teu manto sem te matar, reconhece e vê que não há em mim nem mal nem rebeldia, e não pequei contra ti, ainda que andas à caça da minha vida para ma tirares. (1 Samuel 24:11)

Davi queria manter-se ao lado de Saul, José ao  lado do pai, a serviço de Potifar (quem sabe imaginando uma promoção ou a herança de Potifar), mas às vezes, somos lançados para o plano B involuntariamente. Entretanto, é nosso plano B, mas não de Deus. É preciso ter uma visão aberta de que a vontade de Deus não está limitada à nossa e de que os planos dEle são sempre maiores e melhores. É dessa concepção que você poderá ter convicção de que: “[...] todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28).

Nossos melhores planos não podem ser comparados aos de Deus para nós: “porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55:9). Ele nos surpreenderá com bênçãos cada vez maiores e transformações mais poderosas. A sua bondade e sabedoria desafia os nossos mais altos sonhos e desejos:

20 Ora para aquele que por (em conseqüência da) [ação de Seu] poder que está em operação dentro de nós, é capaz de [levar a efeito Seu propósito e] e superabundantemente mais, além e acima de tudo o que nós [ousarmos] pedir ou pensar [infinitamente além de nossas mais altas orações, desejos, pensamentos, esperanças ou sonhos] – (Efésios 3:20 – Bíblia Amplificada)

O Senhor fará grandes coisas e trará bênçãos dos lugares mais inesperados. O Senhor não cumprirá apenas o que você deseja, mas suprirá tudo o que você necessita. “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” (Salmos 126:5-6).  A ceifa é resultado da semeadura, isso é uma lei de Deus. Ninguém poderá detê-la. Talvez você não conheça a força da sua semente ou da chuva que a rega, mas Deus conhece.

Observe os princípios da semeadura na Palavra:

assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei. Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a murta; e será isto glória para o SENHOR e memorial eterno, que jamais será extinto. (Isaías 55:11-13).

Você percebeu que:

·         A Palavra fará acontecer a vontade de Deus (fará o que apraz a Deus);
·         A Palavra guia em alegria e paz (saireis em alegria e em paz sereis guiados);
·         Diante do poder de criação da Palavra os poderes da terra se dobram e aplaudem a ação do Senhor (os montes, outeiros e árvores);
·         Aquilo que machuca e se opõe ou é vazio de frutos será transformado em alimento, abrigo e prazer. A murta produzia frutos comestíveis e flores de agradável odor, o cipreste era útil para todo uso, da confecção de instrumentos musicais até móveis e carpintaria. O espinheiro e a sarça só serviam para ferirem e serem usados nas fogueiras;
·         O Senhor vai manter aquilo que vier de sua Palavra para sempre e não apenas temporalmente.

Se a bênção estiver ao lado, vire-se para ela. Procure nas "adjacências". O senhor prometeu que se ouvissemos sua voz, elas estariam sempre lá para nós: "E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus; " (Deuteronômio 28:2)


Protegido nEle


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Crescendo para vencer






Nós temos uma promessa de que “[...] Cristo, sempre nos conduz em triunfo [...]” (1 Coríntios 2:14). A palavra triunfo, no original, tem o mesmo sentido que a palavra sucesso em latim (HOUAISS, 2009). Ela era usada para referir-se à entrada de um rei vitorioso na capital conquistadora, sendo aclamado pelos cidadãos e levando cativos os inimigos, amarrados em fila. Essa é a ideia de sucesso, que a palavra de Deus traz para você e para mim.

Os bons pais almejam o sucesso para os filhos e lhes cabe a difícil lição de prepará-los para trilharem um caminho, que os levem ao êxito. É uma grande responsabilidade, hoje, nesse tempo de mudança contínua. Os movimentos e relações são realizados num nível global. Um movimento financeiro na China pode desestabilizar a economia em todo o mundo. Previsões são apenas probabilidades. Desafios são diários e constantes. Não há como preparar bem pessoas para a vida fazendo-as acreditarem que terão sucesso se apenas repetirem o que já foi feito. Ou formamos pessoas que imprimam a sua marca no mundo ou o mundo imprimirá a sua marca de derrota e confusão em nós e em nossas famílias. Essa marca é o caráter. Essa marca determina qual é o inimigo sobre o qual devemos triunfar.

Creio que nenhum pai ou mãe queira desenvolver insegurança, acomodação, preguiça, desânimo, rebeldia, indisciplina, lamentação ou desistência nos seus filhos, mas vemos que as muitas queixas entre os pais que apontam essas características em seus filhos “depois de tanto esforço para lhes dar tudo de bom e de melhor”. Também não são incomuns essas atitudes e ações entre os adultos. Entretanto, essas características precisam ser vencidas para obter-se sucesso em qualquer área. Mas, como nós estamos colocando esses prerrequisitos para a derrota dentro do coração de nossos jovens? Através da superproteção. O que nós temos considerado amor tem se tornado desresponsabilização e acobertamento.

Observe a parábola do filho que desperdiçou tudo o que tinha. O filho tomou posse da sua herança, saiu de casa, fez o que podia de errado, depois, vieram as consequências:

14  Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. 15  Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. 16  Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. 17  Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! 18  Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; (Lucas 15:14-18)

Em nenhum momento, esse pai impediu que o filho saísse de casa, gastasse o que possuía e vivesse de uma forma que ele desaprovava. Ele era adulto. O pai já o havia instruído como podia. Só que há duas formas de aprender: uma, é provando um princípio por aplicá-lo e segui-lo; outra, é indo contra ele para ver se a advertência realmente é verdadeira. E só você pode escolher como deseja aprender. O rapaz da estória escolheu o pior caminho e o pai não poderia impedi-lo de seguir em frente sem impedi-lo também de aprender a lição mais importante da sua vida. Não se engane, não foi falta de amor. Era a única forma de amá-lo. Deixá-lo colher da sua semente mostrou-lhe o gosto do fruto colhido e não era nada saboroso. Tinha gosto de fome.

Somos definidos pelo que desejamos no coração e pelas formas que validamos para consegui-lo. Isso é caráter. Se só o fazemos o certo e o bem na frente dos outros ou por impedimento é hipocrisia. Vejo, com tristeza, uma geração de “atores mascarados” sendo levantada, por pais que não percebem o risco de não impor limites e ensinar disciplina aos filhos ou acobertar seus erros; e outros que os impedem de tentar e descobrir seu próprio potencial. Formar o caráter bem-sucedido é o desafio principal e não fazer com que o filho apenas aparente ser uma boa pessoa, que tem bastante dinheiro e nenhum escrúpulo.

Responsabilidade é uma chave no processo: pai ou mãe, você pode subsidiar a formação de um caráter, mas não pode tomar a decisão de tê-lo. Filho ou filha, você pode ter recebido subsídios para o bem e para o mal, mas sempre será responsável pelas suas escolhas. Nós precisamos formar pessoas para o mundo real e não para o imaginário, onde papai e mamãe resolvem tudo. Mostro adiante nesse texto como se têm formado pessoas e trago umas dicas de como podem ser apoiadas algumas características de construção do sucesso baseado no caráter. O caráter de sucesso permanece como base para todas as outras ações de sucesso e ninguém pode roubá-lo de você, ao contrário do dinheiro, cargo e outros tipos de aquisições passageiras.



Construindo a segurança


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Falar é conquista e conquistador




Comunicação é uma arte que poucos dominam. Ela exige perceber aquilo que pode interromper a troca de informações e a clareza de expressar-se de uma forma que o outro entenda aquilo que realmente se quer dizer. Mas, na realidade, o outro entende o que quer e o que pode entender. Às vezes, precisamos de instrumentos de comunicação para contornar a montanha do querer/poder entender do outro. Hoje, essa habilidade é estudada pela Psicologia como Inteligência Interrelacional. A ilustração a seguir nos ajudará a compreender o princípio da compreensão:

A Verdade visitava os homens; sem roupa e sem adornos, tão nua quanto o seu nome.
E todos os que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.
Numa tarde, muito desolada e triste, encontrou a Parábola que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.
— Verdade, porque estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
— Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
— Que disparate - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam. Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda a parte onde passava era bem vinda.
Então a Parábola falou:
— A verdade é que os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada!

Observe a dificuldade do falar direto, claro e objetivo que essa estória apresenta. Por vezes tenho percebido que pessoas que são muito objetivas têm sido vistas como brutas, grosseiras, quando na verdade estão apenas falando de forma direta aquilo que realmente pensam. Mas, há vários motivos para procurarmos um roupa aceitável para a verdade participar da festa dos relacionamentos. Uma delas é a relação de autoridade e o poder daquele que escuta. O profeta Natã utilizou-se de uma parábola para falar o que precisava a Davi, confrontando-o com seus próprios princípios morais. A parábola levou Davi a ver situação de um ponto de vista diferente.

Davi havia desejado a mulher alheia, traído o marido adulterando com sua esposa e deixando-o sozinho no campo de batalha para morrer para encobrir a sua triação. Observe como o profeta Natã o confrontou:

O SENHOR enviou Natã a Davi. Chegando Natã a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. Tinha o rico ovelhas e gado em grande número; mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma cordeirinha que comprara e criara, e que em sua casa crescera, junto com seus filhos; comia do seu bocado e do seu copo bebia; dormia nos seus braços, e a tinha como filha. Vindo um viajante ao homem rico, não quis este tomar das suas ovelhas e do gado para dar de comer ao viajante que viera a ele; mas tomou a cordeirinha do homem pobre e a preparou para o homem que lhe havia chegado. Então, o furor de Davi se acendeu sobremaneira contra aquele homem, e disse a Natã: Tão certo como vive o SENHOR, o homem que fez isso deve ser morto. E pela cordeirinha restituirá quatro vezes, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul; (2 Samuel 12:1-7)

As pessoas do caso que Natã contou estavam na mesma posição de Davi e Urias (esposo de Bate-Seba) do ponto de vista de Deus. Só que com a estória, Natã conseguiu retirar o  interesse pessoal de Davi, assim como colocou-o na posição de executor da justiça e não como alguém que utilize o poder em benefício próprio. Retomou os valores de um pastor cuidadoso e amoroso com seu rebanho e expôs o egocentrismo com que ele havia agido. Em suma, Natã conseguiu desviar-se das barreiras que iriam impedir que Davi ouvisse e fez com que ele compreendesse a gravidade da situação a partir da empatia, colocando-se no lugar do outro. Glória a Deus pela sabedoria que lhe foi dada. Daí, pode-se retomar o versículo de provérbios:
“O que ama a pureza do coração e é grácil no falar terá por amigo o rei.” (Provérbios 22:11). Observe que as duas condições são essenciais para ter por amigo o rei: ter o coração puro e ser grácil no falar. Peça sabedoria ao Senhor quando tiver que dizer algo. Saber como é tão importante quanto saber o que dizer. O tempero sempre será o amor: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” (1 Coríntios 13:1). O amor não se omite e nem fala de qualquer modo. O amor transmite a mensagem da forma mais inteligível possível porque se importa não apenas em falar e se impor, mas em que o outro seja abençoado ao escutar.

Graça no falar


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A vitória da verdade




Há momentos em que pensamos que é impossível provar ou revelar a verdade e de  ambos os lados de uma disputa, os argumentos são lógicos e palpáveis. A verdade parece estar no fundo de um lago e nós não encontramos redes para pescá-la de volta. Mas essa estória (ou história) é um exemplo de que, de um modo ou de outro, a verdade prevalece:

Um réu estava sendo julgado por assassinato na Inglaterra.
Havia fortes evidências sobre a sua culpa, mas o cadáver não aparecera.
Quase no final da sua sustentação oral, o advogado, temeroso de que seu cliente fosse condenado, recorreu a um truque:
- Senhoras e senhores do júri, eu tenho uma surpresa para todos vocês - disse o advogado, olhando para o seu relógio.
- Dentro de um minuto, a pessoa presumivelmente assassinada neste caso, entrará neste tribunal.
E olhou para a porta.
Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram olhando para a porta.
Um minuto passou. Nada aconteceu. O advogado, então, completou:
- Realmente, eu falei e todos vocês olharam com expectativa. Portanto, ficou claro que vocês têm dúvida, neste caso, se alguém realmente foi morto. Por isso, insisto para que vocês considerem o meu cliente inocente.
Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final.
Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:
- Culpado!
- Mas como? - perguntou o advogado...
- Vocês estavam em dúvida, eu vi todos vocês olharem fixamente para a porta!
E o juiz esclareceu:
- Sim, todos nós olhamos para a porta. Exceto o seu cliente...

Jesus usou a expressão “não há nada oculto que não venha a ser revelado em três momentos:

1º. Quando o acusavam falsamente de Belzebu, maioral dos demônios:

Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos? Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados. Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. (Mateus 10:25-28)

Não tema, a verdade sobre a inocência aparecerá.

2º. Quando enviou os discípulos a testemunharem o evangelho

Ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama; pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz. Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado. (Lucas 8:16-17)

Não tema falar a verdade do evangelho, pois ela se defende a si mesma.

3º. Quando alertou sobre a hipocrisia religiosa

¶ Posto que miríades de pessoas se aglomeraram, a ponto de uns aos outros se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido. (Lucas 12:1-2)

Não tema, aquele que vive em pecado não ficará impune, nem passará despercebido indefinidamente.

O sinal da verdade


sábado, 24 de novembro de 2012

A vitória do jeito que Deus quer


  
“Do jeito que Deus quer...” É impressionante que, a maioria das vezes, escutemos essa frase como justificativa para uma caminhada penosa e árdua. Como se Deus nos desejasse o pior. Mas, o povo perece porque lhe falta o conhecimento e Deus se revela na Sua Palavra (Oséias 4:6). Conhecendo um pouco a Palavra de Deus, meu coração responde imediatamente a essa acomodação com o mal, a injustiça ou o sofrimento. Lembro imediatamente de que Jesus é “[...] o resplendor da sua glória [glória de Deus], e a expressa imagem da Sua pessoa, [...]” (Hebreus 1: 3). Sua missão é que “[...] tenham[os] vida, e a tenham[os] com abundância.” (João 10: 10a), enquanto o diabo não vem senão para “matar, roubar e destruir” (João 10: 10b).

Como estabelecer a vitória sobre o mal? Pela fé. Porque “[...] esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé."  (I João 5 : 4). E a fé vem de ouvir a Palavra de Deus, por saber o que Ele promete (Romanos 10:17). É quando conhecemos a Palavra e o que Deus quer que vivamos, que entendemos que Ele, sendo bom, não quer nada de mal para nós. 

A fé nos faz resistir ao diabo e o afugenta: “sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tiago 4: 7). Pela fé, podemos repreendê-lo: “eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.” (Lucas 10: 19);  “e estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios;[...]” (Marcos 16:17a).

Se há algum mal sobre sua vida, clame pelo poder maior de Jesus para fazê-lo fugir desbaratado por sete caminhos (Deuteronômio 28: 7). Essa é  verdadeira vontade de Deus para você, "porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16). "Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?"  (Romanos 8 : 32). 

Certamente, a vida de Deus em nós não é um mar de derrota e uma devastação. Também não é só de ventura e alegria. Mas, durante as lutas, há a certeza da vitória e da presença de Jesus, que nos acalenta em meio às dificuldades e dá a certeza do destino eterno, que Ele conquistou para nós, diante das batalhas transitórias dessa vida. Nós estamos aqui para experimentar a vontade de Deus que a Palavra descreve: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."  (Romanos 12 : 2). Lembre-se que as aflições são vencidas pelo ânimo e o ânimo se enraíza na certeza da vitória de Jesus sobre o mundo: “estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33).

Vencedores enfrentam desafios




sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Um Pai Onipotente que cumpre suas promessas






Até os adesivos de carro sabem que “Deus é Fiel”. Mas, só se é fiel a alguma coisa ou a alguém. O que provoca a fidelidade de Deus é uma questão das mais importantes e não a vejo ser muito esclarecida. A fidelidade de Deus está ligada de modo fundamental às suas promessas. A confirmação da promessa vem com juramento de Deus: “porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei. E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa.” (Hebreus 6:13-15). Abraão teve o juramento de Deus por si mesmo de que cumpriria a promessa e isso foi suficiente para que ele esperasse 25 anos.

Em outro lugar, Paulo escreve a Tito que “fiel é a Palavra” (Tito 3:8). Isso significa que Deus é fiel ao que prometeu. Como diz “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?”  (Números 23:19).  Faz parte da natureza de Deus ser verdadeiro e a fidelidade dele se estabelece através da sua Palavra, que não pode ser quebrada.

É de extrema importância  sabermos que a fidelidade de Deus está atada à sua Palavra. Extremamente importante. Tem implicações poderosas no nosso relacionamento com Deus. Se algo está prometido na Palavra, temos Deus em pessoa comprometido com a garantia de cumprimento dessa promessa. Se não está prometido, não está garantido. 

Uma promessa é um princípio que Deus estabeleceu. Uma implicação direta de causa e efeito. Por exemplo: “porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.” (Salmo 84:11). O Senhor é sol, ilumina e dá calor e vida; é escudo, protege. Mas, observe: “não negará bem algum” é efeito do princípio de “andar na retidão”. Muitas vezes, queremos tomar a promessa desligada do princípio que determina a condição da qual ela é efeito. O princípio citado e a promessa nele contida submetem a provisão à retidão, que a reivindica. Observe que só o Senhor diferencia um pedido por vaidade e daquele por necessidade. Para mim, o meu carro está ótimo, supre as minhas necessidades, mas há pessoas que realmente precisam de caminhonetes grandes e bem mais caras, por causa de seu trabalho e outras atividades, há ainda outras que desejam as mesmas caminhonetes por sua vaidade. Quem sabe a diferença? Somente Deus. Essa promessa que citei está claramente submissa a uma condição. Havendo vaidade a condição da retidão não é cumprida e não adianta querer se apresentar a Deus com a Palavra, mas sem o condicionante do coração reto. A promessa não é um controle remoto de Deus, é apenas um indicador do caminho com ele. É um GPS da bênção. Por isso, precisamos examinar o nosso coração e intenções antes de pleitearmos qualquer coisa.

Garantindo a compreensão da promessa




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Recebendo uma mudança real e positiva





O novo será sempre um desafio. Ele desafiará o velho, tentará reordenar os valores para estabelecer a mudança como válida. Um processo controverso, sem dúvida, que pode terminar mostrando que o novo é apenas mais uma face do velho. Afinal, o que torna algo realmente novo? E o que o faz tornar-se um melhoramento? Vamos meditar sobre o equilíbrio para a mudança, que a torna tanto aceitável, quanto frutífera. Quantas vezes você ouviu da sua empresa que vai haver uma grande mudança administrativa? Houve um tempo em que tudo era re-engenharia. Na maioria das vezes, para os funcionários, isso somente significou cortes de cargos, gratificações e mais supervisão.

Quando estamos diante de desafios, geralmente, tendemos a polarizar as decisões, pensando que são soluções, mas isso é somente inverter a situação para outro extremo. Por exemplo, pessoas muito passivas entendem que para mudar devem tornar-se autoritárias, rígidas e inflexíveis. Ou pessoas que são rígidas, entendem que para mudar devem tornar-se um sim eterno e indiferenciado. Isso não é mudança real. É só a inversão do problema. O problema da rigidez é que ela é uma decisão antecipada de não escutar a mais ninguém a não ser a sua própria razão e seu querer. O problema de estar sempre concordando com outros é que você nunca vai poder contribuir com a sua posição e ela será anulada. Continuando a explorar esse exemplo, no caso do rígido ou do ultra-flexível, o problema real não é o que ele decide, mas como decide. A postura de ambos impede que a escolha seja relacionada à necessidade de resolver cada situação. Já existe um método pré-selecionado para todos os problemas: ceder ou não ceder.

O novo não pode ser apenas o oposto do atual, o novo precisa ser eficaz, precisa resolver os problemas. O novo, para não ser apenas uma mudança de problema, precisa resolver realmente as situações de conflito e trazer o equilíbrio que soluciona as questões e supre as necessidades.

Jesus trouxe uma proposta nova. Mas, muitas pessoas a interpretam como algo antigo. Ele veio para mostrar Deus em relacionamento conosco, mas muitos o interpretam apenas como um novo conjunto de regras ou uma desculpa para ações ritualísticas, filosóficas, políticas e sociais. No tempo do Novo Testamento, os fariseus eram ritualistas religiosos, que pensavam satisfazer a Deus com rituais; os saduceus eram negociantes políticos e religiosos, achavam que, com práticas e políticas sociais, poderiam ampliar a esfera de ação da igreja e seu poder. Observe que a intenção de ambos não era necessariamente má. Os fariseus e saduceus sinceros achavam que aquela era a forma correta de servir a Deus e havia honestidade nos corações deles. Mas, no fim, tudo estava como antes.

Não havia nada de novo nessas práticas. Deus não estava mais perto dos homens, quer com a repetição dos rituais ou com as ações sociais e políticas. Isso não resolvia a separação entre Deus e os homens. Além disso, havia os fariseus e saduceus hipócritas, que só se utilizavam do discurso dos seus grupos para obter vantagens pessoais, o que valeu várias críticas de Jesus (como em Mateus 23:13-29, por exemplo). Jesus veio trazer o novo que resolvia o problema da distância entre o homem e Deus, o problema que as duas repetições religiosas não resolviam.

Não adianta tentar resolver a necessidade de vida com qualquer outra coisa que não seja vida. Se nós queremos algo novo, precisamos resolver as nossas necessidades espirituais e não apenas repetir métodos das tradições, que vimos e ouvimos a vida toda ou que ouvimos em um workshop qualquer. Uma mudança real precisa responder primeiro à necessidade fundamental de todo ser humano, pois “[...]todos pecaram e carecem da glória de Deus,[...]” (Romanos 3:23). Há uma carência de glória, uma carência da presença de Deus, que precisamos suprir, antes de mais nada. Nenhum ritual, prática social ou política resolverá isso. Jesus é radical quando dá a solução: “[...]respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. [...] quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” (João 3:3-5).

Quando o novo é novo realmente, vem do céu e dá vida nova. Começando do zero, sobre novos princípios, animado por novo poder: “e, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” ( 2 Coríntios 5:17). O novo de Jesus vem do cancelamento da dívida do pecado: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz;” (Colossenses 2:14). Com Jesus, podemos realmente partir do zero. Mesmo mantendo a lembrança do que foi feito, podemos contar com o perdão dos nossos erros por Deus. Aceitar esse reinício é responsabilidade nossa.

Libertando-se para receber o novo


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Recebendo o Amor do Pai




O primeiro sinal de um relacionamento baseado na admiração é a imitação. É também o primeiro passo da aprendizagem humana. O momento mais rudimentar de aprender a ser humano. Um bebê aprende a falar, imitando o som de quem brinca com ele. Mais tarde, ele imitará sequências de sons de conversas, como aqueles vídeos de crianças discursando ou conversando na internet.

Tudo começa no jogo, na brincadeira de imitar quem é amado. Pois a imitação é garantia de que se está no padrão de proximidade e aceitação. E inconscientemente, nós alimentamos essa identificação, elogiando a imitação. Para uma criança, o amor não necessita de motivos claros e racionais além de si mesmo, ela simplesmente segue aquele que ama por todos os cantos da casa. O amor atrai. Atrai os olhos, os ouvidos e a observação daquele que age e reage. Um pai amado embebe-se no filho enquanto está com ele.

O nome Pai quando é aprendido com o referencial correto torna-se uma Palavra mágica que faz surgir cuidado, proteção, orientação e confiança, num mundo em que tudo é muito maior do que você. Como um menininho de uns quatro anos, que mora no meu prédio. Entre o momento que desce as escadas até chegar no carro com o pai, que deve tomar uns três minutos, repete a palavra “pai” pelo menos uma cinco vezes. A palavra “pai” é sua vírgula e seu ponto final.

Pai é uma palavra especial pela qual podemos chamar apenas duas pessoas na vida: nosso pai terreno e nosso Pai celeste. Por isso, O Senhor nos diz: “1  Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; 2  e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” (Efésios 5:1-2). Quem ama, imita. Se amamos a Deus, vamos imitá-lo e agradá-lo em tudo o que fazemos, porque Ele sempre está conosco.

Como um filho se vê


domingo, 18 de novembro de 2012

Vencendo a dor da solidão




De todas as dores que se pode impor a um ser humano o isolamento talvez seja a mais dura e cruel. Desde o princípio, ficou claro que ficar só era doloroso, ainda que fosse no paraíso. Deus criou cada parte da criação e disse que era boa. A luz , a terra, as plantas, os astros no céu, os animais (Gênesis 1:4, 10, 12, 18, 21, 25), mas houve algo que não estava bom: “disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gênesis 2:18). Interessante mostrar que houve um princípio de identidade e identificação para prover uma companhia para o homem. Mas, antes, eu quero lhe mostrar uma história que acontece no mundo animal, para que você tenha ideia do tamanho da necessidade de agregação que nós temos. Em dezembro de 2004, o New York Times publicou a seguinte matéria:

Canção do mar, à Capela e não respondida

Por ANDREW C. REVKIN

http://graphics8.nytimes.com/images/misc/spacer.gifImagine vagar pelo oceano mais largo do mundo, ano após ano sozinho, chamando com a regularidade de um metrônomo [instrumento que mede compassos de ritmo para músicos] e não escutar nenhuma resposta.


Essa é, aparentemente a situação enfrentada por uma baleia solitária, de espécie desconhecida, que tem sido captada desde 1992 no Pacífico Norte por um vetor de hidrofones [microfones subaquáticos] secretos usados pelo monitoramento de submarinos inimigos da marinha [americana].

O animal é chamado a baleia de 52 hertz porque ela faz uma linha de sons distinta em torno da frequência do baixo profundo, abaixo da nota mais grave de uma tuba. Sua assinatura sônica é claramente a de uma baleia, mas nada como uma voz normal da gigante azul ou das maiores espécies próximas, a baleia Fin ou qualquer outra baleia, disse Mary Ann Daher, uma bióloga marinha da Woods Hole Oceanographic Institution em Cape Cod.

A Senhora Daher é parte de uma equipe organizada pelo Dr. William A. Watkins, um pioneiro em acústica de mamíferos marinhos, que morreu em setembro [de 2004], que passou anos tentando perceber a vida oculta das baleias. Na edição corrente do periódico Deep-Sea Research, membros dessa equipe relatam que todos os sinais são de que os sons vêm de um único animal, cujos movimentos “parecem ser não relacionados à presença ou movimentos de outras espécies de baleias.”

A baleia 52 hertz pode estar amadurecendo, uma vez que sua voz tem se tornado mais profunda com o passar do tempo, disse a Sra Daher. Um arquivo de amostra de seus sons, incluindo o seu chamado de 52 hertz, podem ser escutados em www.pmel.noaa.gov/vents/acoustics/spectrograms.html. [o som da baleia azul, está em http://www.pmel.noaa.gov/vents/acoustics/whales/sounds/whalewav/atlblue_512_64_0-50_10x.wav e o da baleia de 52 hertz está em http://www.pmel.noaa.gov/vents/acoustics/whales/sounds/whalewav/ak52_10x.wav].

Os membros da equipe e outros especialistas propuseram uma gama de explicações para os sons da baleia, entre eles que o animal é malformado ou, mais comumente, é um híbrido de baleia azul e outras espécies. A Sra Daher disse que quando o artigo foi disseminado, ela recebeu muitas mensagens de e-mail, alguns de amantes de baleias lamentando a ideia de um coração solitário no mundo cetáceo. Algumas mensagens têm vindo de pessoas surdas especulando que a baleia pode compartilhar sua deficiência.
Baleia de 52 hertz

Dra. Kate Stafford, uma pesquisadora do National Marine Mammal Laboratory em Seattle, disse que há razões para crer que a baleia é saudável:
"O fato desse indivíduo tem sido capaz de existir nesse ambiente hostil por pelo menos 12 anos indica que não há nada errado com ele”, ela disse. Mas ela concordou que há algo de relevante sobre o achado.

“Ele está dizendo: Ei, eu estou aqui”, ela disse. “Bem, não há ninguém em casa para atender.” (REVKIN, 2012, p. 1).

Você sabe o que é chegar em casa e encontrar a casa vazia e ser inútil chamar porque não há e não haverá ninguém lá para lhe responder? Ou, no seu momento de angústia e necessidade não haver quem se coloque do seu lado para apoiá-lo? A perspectiva de envelhecer e morrer sozinho pode ser assustadora... Não é como se esse pobre animal fosse um retrato vivo da solidão, que chama dentro de cada coração incompreendido e sozinho, aflito em busca de quem lhe diga ao menos a que espécie ele pertence?  Encontro muitas pessoas fugindo de relacionarem-se de maneira mais profunda e compromissada, sem saberem que estão se tornando como esse animal desgarrado e sem identidade. Falando a linguagem da solidão, do isolamento, eles cantam uma canção, que os levará à solidão auto-imposta, como um auto-flagelo que se submetem, sem saber que condenam a si mesmos ao pior martírio que pode ser imposto a um ser gregário.

A identidade e a identificação


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Recebendo o derramar da Vida




Estamos em uma sociedade que está imersa em informação. Hoje, esta é a matéria prima que agrega valor aos produtos e se torna o seu componente mais importante. Isso muda a relação das pessoas com ela e muda também a nossa relação com a importância de aprender, ou seja, transformar a informação em conhecimento. O valor desse processo muda e cresce EM ESCALA GEOMÉTRICA. Mas, o que nos daria condições satisfatórias nesse novo tipo de sociedade? A ilustração a seguir é preciosa nessa descoberta:

Era uma vez um pobre e modesto alfaiate, que sonhava muito tornar-se rico.
Um dia bateu à sua porta um viajante mercador. Dentre os vários objetos que viu, o alfaiate interessou-se tão-somente por um livro muito velho, de capa de couro, escrito num idioma que ele nem conhecia.
O mercador assegurou-lhe tratar-se de um livro que continha os segredos de um grande tesouro escondido por piratas. Muito já haviam tentado desvendar este mistério, sem sucesso.
O alfaiate comprou o livro, não pelas histórias do mercador, mas porque achou que poderia ganhar algum dinheiro ao revendê-lo. À noite, entediado, decidiu examinar melhor sua aquisição. Por mais que lesse, nada entendia, mas, seu coração disparou quando conseguiu decifrar algumas palavras: “prata… ouro… jóias”.
De imediato desistiu de revender o livro. Afinal, se houvesse mesmo ali um segredo de um tesouro, ainda não desvendado, ele não iria desperdiçar esta oportunidade única que bateu à sua porta. Para decifrar o resto, o alfaiate percebeu que teria que estudar algumas línguas estrangeiras. Dedicou-se por anos, sem nunca desistir nem se cansar. Todas as tardes, não via a hora de poder fechar a alfaiataria para poder voltar aos estudos.
Um dia, um mensageiro trouxe-lhe uma convocação: O seu país precisava de seus préstimos como intérprete do rei, pelo que seria muito bem recompensado. Atendeu a convocação, mas teve que deixar a profissão de alfaiate, pois não queria parar de estudar e o rei sempre o requisitava. Comprou numa bela casa próxima ao castelo do rei, para não perder muito tempo se deslocando.
Como o livro tinha muitas figuras, cálculos e números, enveredou nos estudos da filosofia, física, aritmética e matemática. Em breve, também era requisitado para efetuar cálculos complicados para grandes edificações.
Ganhou muito dinheiro e tornou uma pessoa notória em seu país, mas, nunca parou de estudar nem de tentar decifrar seu estimado livro; tarefa que finalmente ele conseguiu, muitos anos depois. E o livro dizia o seguinte acerca do tesouro escondido:

“Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento; pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro. Mais preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar é comparável a ela”  (Provérbios 3.14-16).

Para conhecer o Senhor é preciso conhecer a Palavra de Deus. Aprender é parte essencial da vida cristã. Na escola, trata-se muitas vezes a aprendizagem como se fosse natural, caísse em nossas mentes como comer uma fruta ou andar a pé. Não é assim. A cultura passada na escola não é a da classe mais baixa, geralmente difere da familiar e isso se torna uma barreira para aprendizagem, mascarada de dificuldade individual do estudante. Se a função da escola fosse distribuir conhecimento não teríamos apenas 5% da população que entra na escola no ensino fundamental entrando na Universidade e desses 5% muitos não a concluem. O pior de tudo é o engano de uma cultura que não valoriza o saber, o aprender, a escola e os professores. Mas, é um coração aprendiz que consegue renovar a mente e gozar da boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Aquele que não quiser se dedicar a aprender, não provará o efeito da vontade de Deus. A acomodação ou conformação é o inverso da renovação: “e não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2). O conhecimento de Deus é para nós a chuva que faz brotar a semente e que faz amadurecer o fruto. Dependemos dEle para gozarmos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

Aptidão para o sucesso e a aprendizagem




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Receba forças para construir vida




Todos os dias nos deparamos com algum tipo de enfrentamento, incômodo, raro é o dia que alguém ou alguma coisa não tenta nos irritar. Só que a raiva nos tira do prumo de Deus (Tiago 1:19-20). Ela nos faz perder a capacidade de decidir baseados na justiça que agrada a Deus. É o famoso: “Você precisa esfriar a cabeça”. Mas, temos realmente vigiado esse inimigo de perto? A estória abaixo ajudará a compreender o que quero levantar hoje:

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos; não aceito; gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu para ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho como está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos desejar atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a sujeira da fuligem ficam sempre em nós mesmos.

A questão é que Deus não nos fez como atores passivos na vida. Ele nos disse para estabelecer o que é bom fora de nós e não para nos transformarmos naquilo que o mal nos oferece. Então, podemos perguntar: devemos deixar de querer o que é bom porque outros decidiram querer o que é mau? "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas."  (Mateus 7 : 12). O que você quer que os outros lhe façam? Então, faça primeiro. Se o  outro quer perder a colheita que seja problema dele e não seu. Só permita o bem na sua vida, a paz, o amor e o perdão. Perdoe por sua causa e não por causa do outro.


Você não colhe o que outro plantou





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